Pov Percy

A Sam é boa pessoa para conversar. Eu estava sentindo muita saudade do Acampamento. Ela me contou um pouco da vida dela. Que tinha sido abandonada, pelo que sabia, ao nascer, tinha algumas visões e algumas coisas.

– Sabe que as vezes só quero ser uma menina normal ou até me isolar do mundo – falou ela suspirando e se sentando perto de uma arvore. Estávamos caminhando há alguns minutos

– Sei como é, foi um baque imenso quando descobri ser filho de um Deus Grego – falei me sentando ao seu lado. Isso que eu tinha falado era verdade, até hoje eu não tinha me acostumado com a idéia, imagina ela que descobriu ha pouco tempo. O caso dela é um pouco parecido com o meu, mas ela ainda não descobriu quem é seu pai ou mãe, o que torna ainda mais dificil para ela. – É difícil, mas não temos como mudar isso

– Eu queria poder mudar, sei lá. Fazer tudo ficar diferente. Que a minha vida fosse diferente – falo

– Eu não – falei sorrindo e ela me olhou curiosa

– Mas você não disse... – eu a interrompi

– Se isso não me acontecesse, não teria conhecido Grover, nem Quíron, nem Nico, enfim, o pessoal do Acampamento (era muita pessoa para citar). Pior, não teria conhecido Annabeth. – Falei a ultima parte provavelmente sorrindo bobo e apaixonado no rosto (N/A: Ownt que cute). Sinceramente eu não me arrependo de nada até hoje, nem mesmo de meus erros, isso era fato, ser filho de quem eu sou me fez crescer, conhecer pessoas que hoje eu não me imagino sem. (N\A: ui filosofou, ele ta inspirado)

– Deve ter sido bom pra você, mas mesmo assim difícil, né? - me perguntou. Era difícil e como! Mas foi a melhor coisa, mesmo com essas coisas de monstros e tals.

– É mais vale a pena, pelo menos valeu pra mim – falei sorrindo para ela e ouvimos um barulho. Ficamos em guarda, mas sem sacar nossas armas e nos viramos na direção do barulho – Ouviu isso?

– Não Percy – falou irônica – Eu pensei ter visto um coelho e queria levar para casa

Bufei e rolei os olhos. Novamente ouvimos algo e nos viramos. Assim foi varias vezes até eu ficar realmente assustado. E lentamente algo fez barulho de uns dos arbustos e quando sai E PONTE QUE PARTIU, ERA UM COELHINHO

Sam caiu na gargalhada enquanto eu encarava atônito o coelhinho fofinho na minha frente. Só podem estar de sacanagem com a minha cara

– Ai, Ai. Eu- acertei – falou Sam pausadamente entre suspiros por causa das lagrimas de tanto gargalhar.

– Como... – Eu ia terminar de falar quando o coelhinho deu um tipo de rosnado. Ele começou a crescer e seus olhos ficarem mais vermelhos, agora de ódio. Ok, agora a poha ficou seria.

Peguei contra corrente e fiquei em guarda, Sam se posicionou no meu lado e sacou sua arma, de cá entre nós, era perfeita. O coelho (que agora era maior que Srª O’leary) atacou contra ela. Ela desviou perfeitamente. Então a ajudei e começamos a duelar juntos contra aquele animal. Ele foi meio que nos mandando para trás conforme nos lutávamos, quando percebi estávamos na água

Água. Aquele era o meu ambiente, conseguiria vencer fácil aquele animal ali. Concentrei me aquela água

– Percy NÃO – ouvi Sam gritar – SEUS PODERES NÃO FUNCIONAM AQUI, ELE SE VIRA CONTRA VOCÊ

E agora que ela me avisa? Senti meu corpo afundar e pela primeira vez eu estava me afogando

Pela primeira vez em toda a minha vida a água era a minha inimiga. Eu tinha que me concentrar de repente eu senti água me puxar para cima e eu vi uma Samantha totalmente encharcada com a respiração ofegante e expressão cansada.

– Você esta bem? - Me perguntou, antes de responder cuspi toda a água que estava na minha boca. (N\A: Eca seu nojento, nos poupe desses comentários)

– Sim eu acho – falei – Como eu subi?

– Eu, não sei como, consegui fazer você subir – falou, como assim “Não sei como”? Ela percebeu minha confusão – Eu não te toquei em momento algum

– Que dizer que...

– Eu posso ter controlado a água – falou. Eu arregalei os olhos. Fiquei encarando o chão por uns segundos, quando ela interrompeu o silencio que reinava

– Vamos voltar, pelo menos já tomei meu banho – ela disse se levantando e eu fiz o mesmo. Nota: nos já estávamos na terra.

– O que aconteceu com o Coelho? - perguntei curioso

– Foi morto por mim, ele meio que enfraqueceu quanto entrou na água – falou - Olha, eu quero que isso de eu ter possivelmente controlado a água fique somente entre nos, ok?

Eu assenti. Ainda estava traumatizado por eu quase ter me afogado. Meus Deuses, eu sou filho de Poseidon! Isso nunca poderia acontecer comigo. Isso era vergonhoso, muito vergonhoso. Agora eu entendo quanto Thalia fica fula da vida quando lembramos que ela tem medo de altura. Nota mental: nunca deixar Thalia saber desse meu fato vergonhoso.

É pessoal, lá vai uma dica para vocês, meio batida, mas importante:

Nunca subestime essa floresta