Lindo. Era assim que eu podia descrever o Acampamento Meio-Sangue. Do alto da Colina, que é igual como eu sonhei, dava para ver os estábulos, os campos de morangos, a praia, o anfiteatro, tudo. Era extremante limpo e organizado, viam-se as pessoas andando com armas e conversando animadamente. Vi o pinheiro, do qual eu sonhei. Isso me deu arrepios, pois me lembrei de Luke. Afastei esse pensamento.

- Vamos falar com Quíron – disse Milla me arrastando para uma grande casa, do qual eu descobri o nome ser Casa Grande, o povinho sem criatividade hein

Quando chegamos lá, todos. Lá estavam um homem baixo e gorducho com a pontinha do nariz vermelha, olhos que pareciam ter um tom de roxo e cabelos pretos e outro sentado em uma cadeira de rodas. Ele parecia com o homem do meu sonho, só que o outro era um centauro.

- Quíron, chegamos – disse Milla. Os homens se viraram na nossa direção

- Olá Camilla, que bom – disse o que eu acho ser o tal de Quíron e franziu as sobrancelhas – Vejo que acho uma semideusa, seja bem vinda. Eu sou Quíron, diretor de atividades do acampamento. Qual é o seu nome?

- Obrigada - eu disse e o gorducho me encava profundamente – Meu nome é Samantha Muller.

- Olá querida, já sabe quem é o seu pai ou mãe? - perguntou e eu neguei com a cabeça – tudo bem, você vai se estalar no chalé de Hermes por enquanto. Crianças levem a para conhecer o acampamento

- Ok – disseram em uníssono. Fomos andando e eles contaram de quem eram filhos. Nico de Hades (bem que eu desconfiava), Milla e Píper de Afrodite, Jason de Zeus e Leo de Hefesto. Agora eu entendi por que foram três monstros de uma vez só, pois dois filhos dos Três grandes mais três semideuses e uma possível semideusa juntos...

Enquanto andávamos um casal chegou correndo até nos. Uma menina loira de olhos cinza e um menino moreno de olhos verdes mar. Peraí!! Eles também estavam em meus sonhos! Fiquei pálida, ele era lindo, mas já sabia que namorava, então...

- Gente que saudade – disse a loira abraçando eles, o menino fez o mesmo, menos com os meninos. Devo falar que fiquei sobrando?

- Por que demoraram a chegar? - perguntou o menino. Ok, eu sei que sou invisível, pode me ignorar.

- Estávamos trazendo uma semideusa junto – Milla disse e eles finalmente olharam para mim.

- Oi, meu nome é Annabeth Chase, filha de Atena. – disse a loira, que dizer Annabeth. Acostumei a chamar ela assim, faze o que.

- Olá e o meu nome é Percy Jackson, filho de Poseidon. – disse o menino. Cara ele era realmente lindo, ta parei. “Finalmente descobri os nomes deles” pensei

- Olá, meu nome é Samantha Muller – disse sorrindo

- Já sabe de que é filha? - perguntou Annabeth. Neguei com a cabeça e ela franziu a testa – Quantos anos têm?

- 16 anos – respondi. Vi Percy ficar por um instante vermelho, mas voltou ao normal

- Eles não cumpriram o trato – ele disse olhando pra loira (assim é mais fácil) e depois ele olhou para mim – Eles tinham que te reclamar com 13 anos, mas deixa isso pra lá. Então, como vocês se conheceram

- Milla já era minha melhor amiga e os outros eu conheci esses dias – respondi e uma trombeta soou.

- Já esta na hora do jantar – disse Leo

 Fomos para o pavilhão, não sei como, mas eu já sabia andar lá sem me perder. Lá tinha varias mesas com símbolos centro e uma fogueira com uma cor curiosa. Fomos botando nosso jantar e eles seguiram em direção a uma fila e jogaram parte de sua comida. Eles disseram que era uma oferenda para os deuses. Derramei minha comida de pensei “aos meus parentes”. De alguma maneira eu sabia que não devia falar pai mãe.

Sentei-me à mesa de Hermes, pois era o deus dos viajantes e blá blá blá. Falei com gêmeos, Travis e Connor Stoll. Eles são meio legais e muito brincalhões, sem contar que são lindos.

Depois fomos para a fogueira e sentamos em círculo e fiquei conversando com meus amigos até que um lindo menino, com olhos verdes, não como os de Percy, mas bonitos e cabelos loiros falou comigo.

- Oi sou Austin Tritan, filho de Apollo – falou sorrindo, e que sorriso.

- Oi, meu nome é Samantha Muller, indeterminada – respondi

- Você canta com a gente? - perguntou

- Não – disse envergonhada. – Não sei cantar

- Ah, vamos – e deu mais um sorriso charmoso. Tentei cortar o efeito dele, mas sem sucesso

- Ok – disse me dando por vencida – Vou cantar Smile da Avril Lavigne.

Desejei meu violão e assim ele apareceu, abrindo a boca de todos.

Comecei a cantar.

“The reason why-y-y. I smi-i-ile”.

Terminei de cantar e todos me encaravam de boca aberta. Sentei-me novamente no meu lugar e meus amigos me vieram dar parabéns. Logo a trombeta soou novamente e fomos em direção ao chalé.

Aquele dia foi um dos melhores para mim. Com certeza achei um bom lar.