8º Capítulo

Estavamos em frente da minha casa. Percorremos todo o caminho até aqui em silêncio.

- O que você vai fazer Jade? - ele resolveu quebrar o gelo.
- Eu não sei, você acha que eu devia tentar falar com minha mãe?
- Não custaria nada tentar. 
- Hum, não sei. Tenho medo da minha mãe se estressar comigo. Ela tem andado com os nervos a flor da pele esses ultimos dias.
- E a sua vó?
- Acho que vou falar com ela também, não sei se vai fucionar muito. Ela tem estado muito debilitada.
- Nossa. Desejo melhoras pra ela. Mas e aquele assunto do chip hein, ficou desconfiada não? O que será?
- Não acreditei muito, mas sei lá. Será que eles conseguiram fazer esse chip? Queria saber para o que ele servia.
- Acredite eu também queria saber. 
- Vou entrar, antes que minha mãe venha aqui. Obrigada por ter ido comigo hoje.
- Sempre que precisar, eu moro aqui do lado, de frente com a sua janela.

- Não vou me esquecer disso - ri e entrei. Minha mãe estava sentada lendo um livro.
- Oi filha.
- Oi mãe - me sentei no sofá.
- Como foi o encontro? 
- Não foi um encontro mãe, saimos  pra ver umas coisas, nada demais.
- Sei, é assim que começa sabe.. 
- LALALALA . Não estou ouvindo nada - tampei os ouvidos e fui para meu quarto.

Tomei um banho demorado pra deixar fluir meus pensamentos. Vesti uma roupa mais confortável, já que era domingo e não tinha nada planejado para hoje. Minha mãe ainda estava lendo o seu livro e decidi começar o assunto com ela.

- Então mãe. Você sempre disse que meu pai era um homen inteligente. Serio que ele fez um programa de reciclagem para a cidade?
- Como você soube disso?
- Sabe né, a gente chega aqui e as pessoas comentam comigo sobre ele.
- Hum, e quem te falou sobre ele?
- Uma senhora, não lembro de tê-la visto alguma vez.
- Ah certo - ela fechou o livro. Sei que poderia doer pra ela lembrar dele, mas pode ter certeza que doeria mais em mim saber algo que não seja por ela. - Seu pai era um homen muito inteligente e incrivelmente bom e inocente - ela riu - Lembro da época da escola...

P.O.V MArgarett

~ Flashback On ~ 

- Heey Maggie - Leticia me abraçou forte, quando ia entrando na sala, e interrompendo minha entrada.
- Oi Leticia - eu disse, tentado me separar dela - é, já pode me soltar.
- MAs por que?
- Por que abraços podem durar menos sabe..
- Mas e se eu quiser que esse abraço dure mais tempo?
- Mas e se eu não quiser que ele dure mais tempo? 
- Pronto, já acabou nosso abraço - ela me empurrou pra dentro da sala.

- Idiota, eu sei entrar em uma sala sozinha ok - me sentei na cadeira perto da janela, e fui pegar o meu caderno que tinha emprestado para Jonh. Me aproximei de sua cadeira, e tinha um outro garoto sentado nela - Me desculpa, mas essa cadeira é do.. - ele olhou pra mim.
- Desculpe, não entendi.
- AI. MEU. DEUS. O que fizeram com você Jonh? - ele estava incrivelmente bonito. Não que ele não era antes, mas ele nunca ligou para a aparencia, não era um menino vaidoso. Usava umas roupas sem estilo, e era muito timído. E agora ele aparece, com cabelo cortado, sem óculos e totalmente estiloso.
- Só mudei o visual - ele riu - o que foi? - eu ainda estava com a boca escancarada.
- Eu queria saber se você terminou com meu caderno. 
- Ah, claro - ele se vira e mexe na bolsa. Ótimo, o que acontecceu com os botons do Harry Potter. Ele me entrega e volto para a minha cadeira.
- E ai, o que achou do garoto novo? - Leticia perguntou.
- É bonito, mas prefiro o antigo Jonh. - bufei estressada.

~ Flashback Off ~ 

- Mãe.. Mãe .. MÃE! - Jade gritou.
- O  que é menina? 
- Você estava falando do meu pai..

- Sim, sim.. onde estava mesmo? Ah, seu pai era um homem muito inteligente, então criava projetos, coisas estranhas e loucas de uma hora pra outra. Então no 1º ano do ensino médio, houve a 1º feira de ciências no colégio e ele se juntou com um amigo, e fizeram um projeto de reciclagem e o prefeito da cidade presente e gostou muito. Ele aderiu ao projeto deles e investiu na cidade, e ganharam algumas coisas. 

- Nossa, ele devia ser bem inteligente mesmo.
- Concerteza, ele era conhecido por todo canto. - ri.
- Hum, e ele parou por ai?
- Claro que não. Depois desse, ele e o amigo fizeram mais, e por ai vai. Foram contratados por umas pessoas para criar coisas novas, mas eles pararam, de prestar serviços para elas e desistiram dos projetos, e cada um foi pro seu lado.

- Qual o nome desse amigo do papai?
- Não sei filha, por favor não insista nesse assunto - peguei meu livro e subi para meu quarto. Dei de cara com uma foto minha, Jonh e Jade, estávamos na praia, foi um mês antes de ele morrer - Seria bem mais fácil se você estivesse aqui.

P.O.V Jade

- Não sei filha, por favor não insista nesse assunto - ela pegou o livro e subiu.
- Se ela pelo menos me confirmasse que o nome era Max, seria um passao dado. - bufei estressada, isso está me matando, queria saber logo o que Max quer que eu o ajude.

- Oi querida, o que está fazendo aqui sozinha? - vovó se sentou do meu lado.
- Nada vó.
- Então, que tal você ir comigo dar uma volta no parque? Preciso esticar um pouco os musculos, não aguento mais ficar sentada sem fazer nada. Posso parecer velha, mas ainda sirvo pra alguma coisa.

- Claro vó, queria conversar com a senhora mesmo. - peguei meu

celular e saimos, ela comprou dois sorvetes e voltamos a caminhar. - Vó o que você achava do meu pai?
- Seu pai era um ótimo homen, não é novidade pra você que ele era um homen inteligente. Você deve se lembrar dele, ensinando nas faculdades e colégios daqui.
- É eu lembro, ele adorava ver as estrelas, no telescópio. Tinha vezes que ele me chamava para o jardim e me ensinava um pouco sobre cada uma. Ele pegou até uma estrela mais brilhante e disse que se acontecesse algo com ele, sempre eu poderia conversar com ela, como se fosse ele.

- Eu me lembro, eu levava o lanche de vocês para o jardim.
- Aham, agora vó, eu lembro de um amigo do papai que sempre vinha aqui em casa, não me lembro muito bem dele. Era o Ma.. - fiz uma cara de confusa.
- Max. O que tem ele?
- Acho que vi ele um dia desses.
- Não confie muito nele.
- Por que vó? Ele é um homem bom não?
- Só faça o que eu estou lhe falando, não se aproxime muito dele - ela se calou e negou falar algo a mais sobre Max. Voltamos para casa, e subi para o meu quarto.

Agora, que descobri que Max era realmente amigo de meu pai e que eles eram gênios da ciência e blablablá, vou ter que falar com Max, ele dessa vez vai ter que me contar a história inteira.