2:45 Hs escrita por Isleane Ellen
Notas iniciais do capítulo
Oiiii o/
Capitulo grandinho, pra compensar o outro que era pequeno.
Espero que gostem o/
1 semana depois --
Já estavamos no aeroporto. Eu, minha mãe e alguns amigos, Carlos, Mariana, Rebecca, Marcos e Camilla. Nosso voô sairia daqui a alguns minutos e eu ainda tentava fazer Camilla parar de chorar.
– Amiga, para de chorar por favor! - eu disse a abraçando, meus olhos já estavam cheios de lágrimas.
– Eu não quero que você vá!
– Eu tenho que ir, mas eu prometo que venho te visitar sempre que for possível! Eu nunca vou esquecer de nenhum de vocês, a gente pode se falar pela Skype.
– Não vai ser a mesma coisa - disse Carlos.
– Mas é melhor que nada - eu ri, enxugando minhas lágrimas.
– ATENÇÃO, SENHORES PASSAGEIROS DO VOO 134 , O EMBARQUE COM DESTINO A SÃO PAULO - BRASIL , SERÁ FEITO NA PLATAFORMA 06 , POR FAVOR SE DIRIJAM A ELAS. - a mulherzinha da voz irritante disse. Logo comecei a chorar de novo e abracei todos.
– A gente, preciso ir. Mas saibam que eu amo muito voces e nunca esquecerei dos nossos momentos ! Eu vou voltar prometo! - me despedi novamente, então eu e minha mãe seguimos para a plataforma, olhei para trás uma ultima vez, eles acenaram e eu retribui. Vou guardar aquela imagem, tenho a impresão que não os verei tão cedo. Entramos no avião, e fomos para os nossos assentos.
– Filha, eu sei que você está triste por deixar seus amigos ... - eu a interrompi.
– Agora não mãe, por favor, agora não. - coloquei meus fones , não queria discutir ali, naquele momento.
Ainda estava chatiada por estar passando por isso. Meu sonho de fazer faculdade de moda em Londres, poderia estar indo por agua a baixo. Agora eu estava indo para o Brasil, não tenho nada contra, estava até com um pouco de saudades, mas não a ponto de voltar a morar lá, só para uma visita ou coisa do tipo. Só espero que tudo tenha voltado ao normal, e que eu consiga algo de bom com essa volta.
[...]
– SENHORES PASSAGEIROS, SEJAM BEM VINDOS AO BRASIL - acordei com essa mulherzinha da voz irritante gritando. Até no avião ela está? Olhei para o Lado, minha mãe ainda estava dormindo, eu a acordei , logos tivemos que descer do avião, quando coloquei o pé fora do avião, meu celular recebe uma mensagem de de um desconhecido:
A Partir daqui, tudo vai mudar...
xx
Estranho, ninguem tinha o meu número, á não ser o pessoal de Londres. Logo me correu um frio na espinha, e sacudi a cabeça, para afastar pensamentos ruins. Ou era os meninos ou algum tipo de espertinho aqui. Olhei o relógio, 2:45 hs, já tinha passado o horário do almoço e nada do motorista da minha vó chegar.
– Podemos pegar um táxi? - eu disse irritada.
– Não, não podemos. Sua vó já mandou Félix vir nos buscar!
– Ah, esse é o nome do incompetente? Ele vai ouvir bem muito quando chegar aqui, 30 minutos de atraso já é demais.
– Pare de reclamar Jade, por favor!
– Não até ele chegar , eu não aguento mais essa moça do microfone falar, tem uma voz horrivel! - minha mãe riu.
– Olha, acho que ele chegou! - ela disse se levantando do banco, e pegando o carrinho com as malas. Era um homem, de cabelos castanhos e olhos verdes, tinha lá seus 35 anos.
– Boa Tarde Senhoritas, me desculpem pelo atraso, o trânsito de São Paulo hoje está terrivel. - ele pegou as bolsas, e colocou no porta malas. Minha mãe me olhou com uma cara de repreensão e fiz uma careta pra ela.
– Sem problemas, acabamos de chegar não é Filha?
– Ah claro! - Entramos no carro. Huum, tinha me esquecido como era ficar em um engarrafamento.
São Paulo hoje estava totalmente fria, parece que a cidade estava sem cores, será que é por que eu cheguei ? Hunf, que ideia. Depois de mais uns 20 minutos, chegamos no bairro, a vizinhança possuia casas bonitas, bem enfeitadas, com graminhas verdes, pessoas sorridentes e etc. Logo chegamos a casa da Vovó, não era diferente das outras, era muito bonita, me virei para Maggie:
– Eu já vim aqui?
– Claro , só que moravamos na casa mais pra baixo - ela apontou para o fim da rua. - Naquela casa verde, antes ela era Laranja, não sei por que mudaram - ela me olhou e rimos.
– Ok, vamos entrar, de certo modo estou com saudades da vovó. - peguei minha bolsa, minha mãe me abraçou de lado e seguimos para dentro. A beleza interior da casa chegava a ser estonteante, móveis refinados com um toque de antiguidade. Gostei, é do tipo que eu gosto. Nada tão chique e nada tão simples.
– OH MEU DEUS, ELAS CHEGARAM! - ela entra na sala, e abraça mamãe. Depois de um tempo ela olha pra mim e sorri - Awwn, mais que linda, está tão grande, um verdadeira mocinha - ela disse me abraçando.
– Oi vovó! Como a senhora está?
– Estou ótima querida, melhor agora que vocês duas estão aqui. Oh mas eu estou tão feeliz! - ela começa a tossir. Mamãe se aproxima e a faz sentar no sofá, dando-lhe um copo de agua. - Obrigada filha, é só a emoção - ela colocou o copo na mesinha de centro - Mas então, como foi a viagem?
– Foi ótima, não tivemos nenhum contratempo. - mãe disse.
– Eu dormi a viagem toda - eu disse e elas riram.
– Oh, que indelicadeza minha. Vocês devem estar muito cansadas, venham e lhe mostrarei os seus quartos. - ela se levantou e a seguimos. Primeiro, ela mostrou o quarto de minha mãe, era enorme, com ton azulado, sua cor preferida, logo fomos para o meu, que muito bonito, com os detalhes roxos, do jeito que eu gostava. Ela saiu do quarto, e pulei na cama, estava acabada e morrendo de cansaço. Acabei dormindo, acordei era 17:00 hs, tomei um banho e desci para comer algo. Quando escutei minha vó falar:
– Não acredito que ainda não contou a ela Maggie!
– Não acho que sejo uma boa hora.
– Uma boa hora pra contar o que? - eu perguntei entrando na cozinha.
– Não é nada querida - minha vó disse.
– É só a escola, amanhã cedo iremos te matricular, sua vó me indicou uma, e parece ser ótima - ela disse tomando o suco.
– Pra quê escola? - eu disse, me sentando na mesa e me servindo.
– Tem que estudar né querida, ou da onde você acha que vai sair o seu dinheiro futuramente ?
– Do seu bolso né mãe - eu disse brincando - ou do meu marido, sei lá - elas riram. Quando terminei, subi e me deitei, meu primeiro dia em São Paulo, não teve nada de especial, a não ser aquele SMS, que eu tinha recebido.
São Paulo, dia 18 de março de 2013
– VAMOS JADE, ACORDA ! - minha mãe entra no quarto, abrindo as janelas.
–Mãe, tenha dó né! Ainda está muito cedo! - eu disse colocando o travesseiro na cabeça, ela o tirou, e puxou o meu lençol - AAAH , TÀ BOM ! VAI, Sai do meu quarto, eu vou me arrumar! - empurrei ela pra fora e me deitei novamente.
– JADE , SUA MENTIROSA , VAMOS LOGO MENINA, TEMOS QUE IR CEDO, MARQUEI HORÁRIO COM A DIRETORA! - ela abre a porta do quarto, e me encara.
– Tá Bom, já vou MArgarett Daren ! - bufei furiosa, uma coisa que eu destestava era acordar cedo , ainda mais quando sou acordada com gritos. Fui ao meu closet, peguei minha roupa, tomei um rápido banho e desci. Tomei meu café da manhã, e sai com minha mãe, para a tal da escola.
Grande, muito grande, era o que definia ela. Um Problema, cadê os armários, os jogadores de futebol, lideres de torcidas (por mais nojentas que fossem), e outras coisas tipícas de escolas americanas? Ah, esqueci, estamos no Brasil. Logo vimos uma mulher que aparentava ter seus 30 anos, saindo de uma sala e veio em nossa direção.
– OH Meu Deus, Maggie é você? Está tão linda! Quanto tempo - ela abraçou minha mãe - E essa é a sua filha ? Parece tanto com você, os olhos identicos ao do seu pai! - ele me olhou e me abraçou.
– Pois é né, vamos pra sua sala e a gente conversa! Filha, pode ficar aqui, eu já volto.
– Claro – me sentei em um banquinho próximo á sala, coloquei mes fones.
5, 10, 15 minutos se passaram e ela não saia da bendita sala. Resolvi dar uma volta, me familiarizar com o lugar, ainda tinha alguns alunos nos corredores, logo o sinal tocou e eles começaram a se dirigir ás suas salas. Sem querer me esbarro com uma garota, e derrubo os seus livros:
– Oh Meu Deus, me desculpe – eu disse me abaixando e pegando os livros que eu tinha derrubado. A garota tinha cabelos escuros, um pouco ondulados e olhos castanhos claros.
– Não, tudo bem – ela pegou os livros – Novata?
– É, vim me matricular, minha mãe está á um século na sala da diretoria.
– É assim mesmo, ela sempre demora mais que o normal. Então a gente se ver por ai, Tchau.
–Tchau, até mais – ela sorriu e foi para a sala. Resolvi voltar e bater na porta – Mãe?
– Oi Filha, pode entrar – fechei a porta – estavamos lembrando os velhos tempos, nós eramos grandes amigas.
– Ah que legal – eu disse sem ânimo.
– Pois é, você era uma das amigas de minha filha Melinda, não sei se lembra dela.
– Tenho uma vaga lembrança.
– Tenho certeza, que ela iria adorar revê-la – ela sorriu – Mas teremos que deixar essa conversa pra mais tarde. Tenho algumas reuniões agora.
– Claro, vamos logo né filha – ela pegou a bolsa, e saimos. Antes de irmos para casa, passamos em uma papelaria, compramos materiais escolares. Chegamos em casa eram quase 13:00, o cheiro de comida infestava o local.
– Huuum, que cheirinho bom! – abri a tampa da panela.
– Opa, não pode mecher ainda mocinha – uma mulher me repreendeu – Ah, desculpe , não me apresentei, meu nome é Carmem, sou a cozinheira da casa.
– Prazer, meu nome é Jade. Desculpa por mecher, é que o cheiro está ótimo e faz bastante tempo que não como comida brasileira.
– Como conseguiu sobreviver garota? Acho que morreria se não comesse a as comidas tradicionais daqui.
– É, eu também não sei.- rimos e ficamos conversando, até ela terminar. Ela era super legal, e não igual a essas governantas sérias e chatas. Quando terminou, me sentei a mesa e comecei a comer, estava tão bom, vovó se juntou a mim.
– Está gostando querida?
– Sim, está uma delicia.
– Carmen, é uma ótima cozinheira, mas não me referia a isso.
– O quê?
– Está gostando do Brasil? Sei que parece ser diferente pra você, costumes, pessoas, clima, essas coisas. Mas você vai gostar daqui, esse sempre foi o seu lugar, sua mãe nunca devia te-la levado daqui.
– Por que vó? Por que eu não podia ter saido daqui?
– Por nada querida, é só por que, o Brasil seria um lugar melhor pra você viver – ela voltou a comer. Resolvi deixar o assunto acabar por ali. Coloquei meus fones e resolvi dar uma volta pela vizinhança, ver se acho alguem conhecido. Depois de algum tempo, vejo uma praça, e um grupo de garotos em uma roda, rindo e conversando, logo reconheci a garota que tinha visto hoje mais cedo. Ela percebeu minha presença, e acenou para que eu se aproximasse. Sorri em resposta, uma avenida cortava a passagem, não tinha uma sinalização próxima, então resolvi arriscar passar.
– CUIDADO ! – foi o que eu ouvi, antes de ser arremessada no chão por um garoto.
– Devia olhar para os lados antes de passar mocinha – o garoto estava em cima de mim.
– Podia jurar que não vinha nenhum carro na pista, parece que surgiu de repente. - Eu disse e ele se levantou, e me ajudou a levantar.
– Isso é o que todos dizem. Prazer sou Nicholas – estendeu sua mão, e eu a apertei.
– Sou Jade, Muito Obrigada mesmo por ter me salvado sério. 2º dia por aqui e as coisas, não estão tão boas – eu ri.
– Sabia que não era daqui , tem um sotaque estranho.
– Pois é, Londres, de lá que eu vim.
– O que uma pessoa de Londres veio fazer aqui?
– Nem eu mesma sei – ri, e logo a garota, veio correndo até mim.
– Você está bem? Quase morreu atropelada!
– Estou sim, obrigada.
– Eu acho que não nos apresentamos direito, meu nome é Melinda. E vi que já conheceu Nicholas – ela acenou pra ele.
– Meu nome é Jade, pois é, ele me salvou.
– Que bom, teria sido ruim se nao estivesse aqui – ela riu.
– Eu tenho que ir garotas, até depois – ele se despediu e saiu.
– Acho que também vou embora.
– Sério, não quer conhecer uns amigos. – olhei para o grupinho, todos estavam olhando em nossa direção.
– Deixa pra outro dia, nos vemos amanhã?
– Claro ! – ela saiu, e eu comecei a andar de volta para casa. Melinda, espera, será que era a Melinda? Minha Amiga? Seria, tanta coiencidência assim? Olhei o relógio , era 2:47, era melhor voltar pra casa.
Continua ?
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Nhaaaw , e aí gostaram ?
O que acham que vai acontecer na escola nova?
Huuuum , mistério !
Comeeeeeeeeeeeentem please
Mil beijos
xx