Bella narrando

Olá meus carros jovens. Vocês já devem ter ouvido sobre as lendas da realeza, onde Imperious Witch eram apenas os mais poderosos, aqueles que moravam no castelo, o Castelo de Bran. Antes da guerra, os Imperious criaram o primeiro ‘chupa-sangue’, Vlad III, mais conhecido entre os humanos por Drácula. A primeira bruxa do mundo, Elly Kedward, foi quem o criou.

Isso causou a guerra entre bruxos, mais conhecida como ‘Witchers War’, que originou os ‘vampiros’ e ‘transmorfos’. Logo após seu termino, Elly, que raramente aparecia em público, começou a raptar crianças.

Há uma missão que somente vocês podem completar. Dizem que seu diário está no castelo onde viveu junto a Vlad III, seu suposto amante. Em seu diário, há registrado cada rapto que executou, e também a localização de cada uma delas, que conforme a lenda, estão vivas.

Eu por exemplo, sou Elliot Fitzer, fui raptado dia 13 de setembro de 1994, aos 7 anos, não sei onde estou, apenas sei que estou vivo e que continuo sendo humano, mas agora aparento ter 18 anos.

Uma das únicas duas magias que consigo executar, é abrir um portal que me mostra uma garota de cabelos castanhos e olhos do mesmo tom. Deve ter 1,70 e está sentada em meio a flores lilases e brancas, e em seu colo tem um pequeno que deve ter 2 anos, de cabelos acobreados e olhos de um verde esmeralda.

Gostaria muito que me ajudassem, esta garota é minha irmã, Isa. Não consigo lembrar-me de qualquer outra pessoa, nem mesmo meu verdadeiro nome ou meu ‘futuro’ (minha vida antes de vir para cá), apenas lembro-me vagamente de que Isa esbarrou em mim e eu cai de uma cachoeira, e morri. Na verdade, não sei ao certo se morri ou não, sei que fui trazido para cá.

Ao que me parece eu tenho um afilhado, mas de uns tempos para cá, não consigo mais vê-los, apenas Isa encolhida em um canto, abraçando suas pernas e chorando sem lágrimas.

Enfim, sua missão é encontrar o diário e libertar todas as crianças.

[N/A: quem quiser saber mais sobre estas lendas: Vlad III/Drácula: http://www.tocadodragao.com/2012/04/o-castelo-de-bran-o-famoso-castelo-do-conde-dracula/& Elly Kedward/1ª bruxa: http://phenomenonpoltergeist.blogspot.com.br/2010/07/bruxa-de-blair-verdadeira-historia.html(se não der certo, o link estará nas Notas finais)]

Isto era o que estava dentro do baú, uma carta, uma carta de Elliot Fitzer, ou melhor, acho que era Elliot...

- O que isso quer dizer? – perguntou Tia tirando-me de meus devaneios.

- Vamos atrás deles? – perguntou Andrey, visivelmente ansioso.

- Vamos – falei convicta.

- Também vamos – falou Benj segurando a mão de Tia.

- Ok, vamos todos então. – falou Amanda.

- Partimos amanhã?

- Combinado, nos encontramos todos, às 8h00 nesta mesma sala, é bom que levem uma mochila, mas não acho que seja necessário uma mala. – falei.

- Ok.

Peguei a carta e a guardei comigo. Segui para o meu quarto, a fim de pensar um pouco, mas não estava conseguindo com o barulho vindo dos quartos ao lado, então, decidi ir até o tronco que me encontrava com Kate às vezes.

Dito e feito, passei a tarde lá, pensando em tudo o que aconteceu. E quando deu 22h, Tanya apareceu por lá.

- Oi Bells. – sentou-se ao meu lado.

- Oi Tan. – falei – Vamos para Romênia amanhã.

- O que? Como assim?

- Ganhamos a caça ao tesouro, onde dentro do baú havia uma carta, de Elliot Fitzer, que foi um dos raptados por Elly Kedward, a primeira bruxa. Lembra-se da lenda? – assentiu – Iremos ajudar a todos, eu sempre acreditei que a lenda fosse real, mas nem todos pensam assim.

- E quem mais vai?

- Amanda, Andrey, Benj e Tia.

- Ah, não conheço todos eles.

- Hahaha, na verdade, conhece só a Amanda.

- Que seja – deu uma pausa – Podemos mudar de assunto? – apenas assenti – O que sente sobre Edward?

- Já sabe – murmurei.

- Então por que não lhe dá uma segunda chance?

- Vou pensar nisso, depois que eu voltar de Romênia. Mas não lhe garanto nada.

- Bells, tem certeza que este é o melhor a ser feito? Não devia se arriscar deste jeito...

- Tenho certeza absoluta, eu irei até o inferno se for preciso, mas irei ajuda-lo.

- Por que fala com tanta convicção?

- Só acho que se estivesse no lugar dele, também gostaria que me encontrassem.

- Tudo bem então, acho que já vou indo. – murmurou e levantou-se – Boa sorte á vocês. Volte logo.

- Até Tan, retribui o abraço.

Edward narrando

Estava sentado na sala assistindo a um jogo de beisebol na TV junto a Emm e Eleazar, quando Tanya entra com uma expressão indiferente no rosto, mas em sua mente pensava em qualquer coisa ridícula para me esconder algo, provavelmente algo sobre Bella.

- Oi meninos – sorriu agradável.

- Oi – falei, mas Emmett nem se quer desviou os olhos da TV – Estava com a Bella?

- Ééé... – murmurou – Sabe onde está a Kate?

- Deve estar na cozinha – falei voltando meus olhos a TV.

Logo que Tanya saiu da sala - um minuto, para ser mais exato – o jogo acabou. Iria voltar ao meu quarto, não estava a fim de ficar ali conversando com Emmett, não tinha cabeça para ficar pensando em certas coisas.

Quando estava no 13º degrau da escada, ouvi algo que me chamou atenção. Eram apenas sussurros de Tanya, Kate e Irina, e pareciam vir lá de cima. Continuei a  subir, dessa vez mais lentamente, e depois segui os sussurros, que me levaram até o quarto de Irina, ao lado do meu.

Entrei em meu quarto e sentei-me na cama, completamente mudo, apenas ouvindo a conversa delas.

- E quando eles vão?

- Não me disse, apenas que partirão rapidamente e que esta disposta a ir até o inferno para ajuda-los.

- Por que Bella faria isso?

- Não faço ideia.

- E ela falou algo mais?

- Sobre este assunto não.

- E o que mais conversaram?

Tanya ficou muda por alguns segundos, então suspirou pesadamente.

- Que talvez, quando voltar, irá atrás dele.

- Ela falou exatamente isso? – perguntou Kate com indiferença na voz.

- Na verdade, perguntei por que ela não lhe dá uma chance. Ela falou que iria pensar.

- Tudo bem, mas acho que deveria ir atrás dele.

- Foi apenas isso que ela falou?

- Hmmm, ela também perguntou quando é que você irá correr atrás do Garrett.

- O QUE? – as duas riram.

- Calma ai Kate, ela não perguntou isso não, mas se bem que devia estar pensando nisso. – elas riram novamente.

Tentei desligar-me de sua conversa, o assunto não me interessava mais. Deite-me em minha cama, fitando o teto.

Bella narrando

- Todos prontos? – perguntou Amanda.

- Sim – respondemos.

- Esperem ai, alguém está levando a carta? – perguntou Tia.

- Estou – afirmei, sentindo-a em meu bolso traseiro.

Estalamos os dedos enquanto proferíamos tais palavras:

- Lanuae Magicae ad castrum Bran. [tele transportar para o Castelo de Bran].

Castelo de Bran: (se não aparecer a imgem, o link estará nas Notas Finais)

Logo após encontrávamo-nos a frente das portas do antigo castelo, que há muito tempo estava vazio, abandonado. Benj abriu a porta, a qual estava destrancada. Seguimos pelo primeiro andar do castelo, depois fomos para o segundo, e mais tarde o terceiro. No topo da torre central, encontrava-se, atrás de uma porta grande de madeira, algo que mais parecia uma minibiblioteca sobre lendas bruxescas e alguns livros de magias por nós já conhecidas. Em um canto, encostada na parede, havia uma velha mesa de madeira, juntamente a cadeira, também esculpida na madeira.

Haviam duas gavetas em cada canto, abri-as e encontrei, na gaveta de baixo no canto esquerdo, um livro. Na verdade, não era um livro, e sim o diário de Elly Kedward.

Diário de Elly Kedward: (se não aparecer a imgem, o link estará nas Notas Finais)

- Pessoal – chamei a atenção de todos – Acho que encontrei.

Todos vieram rapidamente em minha direção, enquanto eu começava a lê-lo com os olhos, procurando pela localização das crianças. Depois de folhear algumas páginas, encontrei o que procurava.

“Ao topo da montanha leste do castelo, há algumas rochas, removendo a rocha certa, pode-se encontrar uma caverna, cavernas esta que abriga Emily Hollands desde 13 de novembro de 1940”.

Seguimos para lá, e soltamos a pequena. Ela nos agradeceu, mas o mais estranho de tudo foi o que disse depois.

- Obrigada por me libertarem, não tenho nenhuma pendencia aqui na terra, então partirei para reencontrar meus familiares e amigos. Adeus. – então como um clarão, uma luz a iluminou, e em questão de segundos ela estava flutuando para o céu.

- Wow! – exclamou Andrey.

“Na montanha mais baixa do leste, encontra-se Shelly Terra, muito amiga de Emily Hollands, desde 8 de janeiro de 1941, dia que completou 10 anos.”

E mais uma vez fomos salva-la, ela também nos agradeceu, e logo depois partiu rumo ao céu.

“Na fronteira sul da cidade de Blair, encontra-se Steven Thompson desde seu aniversário de 11 anos, no dia 2 de fevereiro de 1941.”

O garoto estava dentro do rio, bem ao fundo, e só foi possível alcança-lo pois não precisamos respirar. Ele nos agradeceu, mas ao invés de partir para o céu, disse que tinha coisas pendentes a fazer na Terra, antes de partir. Sendo assim, oferecemos-lhe ajuda, e ele disse que apenas iria visitar o túmulo do irmão e pedir-lhe desculpas, e seu perdão seria a passagem para o céu.

- Como irá receber o perdão de seu irmão se ele não está aqui? – perguntou Amanda.

- Ele me ouvirá de qualquer jeito, se a luz aparecer, quer dizer que me perdoou, caso contrário, ficarei na Terra, sendo uma alma penada, mas serei invisível a qualquer outro que não seja o mesmo que eu. – murmurou antes de partir flutuando em direção ao cemitério de Blair.

“Em uma casa antiga na Rua Weston, nº 503, encontrasse Michael Guidry, desde 5 de março (3) de 1941.”

O pequeno garotinho falou “Obligado”, e então foi levado pela luz, seguindo para o céu.

“No beco da Rua Faltdon, atrás do imóvel nº 1303, encontrasse Eric Norris, desde 13 de março de 1941.”

Este também seguiu algum caminho para se desculpar e pedir o perdão que tanto deseja, para que possa ir ao céu, reencontrar toda sua família, amigos. Seu perdão era com Kyle Brody, pois sempre pegava em seu pé,  e também porque raptou seu cachorro e nunca devolveu-lhe.

“Casarão dos Imperious Witch: Julie Forsyth, 2 abril de 1941 & Margareth Lowel, 20 de maio de 1941”

As duas meninas eram amigas e seguiram de mãos dadas ao céu. Logo chegou a última vítima, a que eu mais queria encontrar, abraçar e pedir perdão. Uma pessoa que sempre amei. Folheei as páginas até encontrar o que tanto queria. Mas antes disso, encontro algo surpreendente e até então oculto aos meus olhos.

“Hoje os gêmeos de Renée fazem 7 anos, e quem me dera, estão em Devil’s Kettle Falls, uma das cachoeiras mais lindas do estado de Minnesota, nos EUA. O meu plano de vingança por Renée ter me entregado aos Imperious, me acusando de má bruxaria e rapto de inocentes, irei raptar um de seus queridos filhos. Como que para facilitar todo meu plano, os pirralhos foram para a borda da cachoeira, tudo o que fiz foi fazer com que a menina esbarrasse em seu irmão, o fazendo cair. Deixei que caísse e então, utilizando novamente da magia, tele transportei-o para a montanha ao norte de Blair, pois em meio as árvores que haviam lá, havia também uma espécie de porão, porém estava muito bem camuflado.”

Cachoeira Devil's Kettle Falls: (se não aparecer a imgem, o link estará nas Notas Finais)

“Logo fui par Forks, onde encontrei todos no cemitério da cidade, com um caixão aberto, onde dentro haviam algumas coisas do pequeno pirralho, afinal, ele sumiu, então nada de corpos neste enterro. A pequena estava clamando a todo segundo para que ele lhe perdoasse, pedia desculpas e chorava desesperadamente, culpando-se pela morte do irmão. Isso era divertido demais, apenas mais divertido que isso, foi ver Renée de joelhos do chão pedindo a Deus que seu menino voltasse e que tudo não passasse de um pesadelo.”

“Eu não podia deixar que o garoto lembrasse de tudo, então o fiz esquecer de tudo, seu nome, ao seu ver, agora era Elliot Fitzer, não se lembrava de nada nem ninguém, a não ser a data de sua morte, sua idade.”

“Eu estava feliz, pois agora minha vingança estava completo, eu havia, de certa forma, acabado com Elliot Swan.”

Continua...