Esse É O Meu Destino? escrita por Zoey Afuro


Capítulo 9
Gosto de calda de chocolate


Notas iniciais do capítulo

hey guuuuuuuuuuuuys, eu sei demorei de novo.
final de ano é fogo, mas felizmente EU PASSEI UHUUUUUUUUUL O/
vcs passaram? Espero que sim ^~^

e também, depois que as ferias chegaram, nós aproveitamos pra nos mudar, ai eu tive que esperar a boa vontade da minha mae, pra chamar o cara pra instalar a internet e-e
buut, capitulo fresquinho pra vcs.

boa leitura ^~^



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Fiquei feliz ao ver seu rosto todo machucado, apesar de o meu estar latejando muito. Mira e Runo, especialmente a azulada, me olhavam com um olhar de dar medo, sério. Já via elas aqui vindo me bater, mas um cara de preto chegou antes disso.

– É o seguinte: vocês cinco pra fora AGORA!

Runo P.O. V

Olhei para aquele segurança indignada, como assim ele vem nos expulsar?

– Como é? Eu não vou sair daqui mesmo – reclamei cruzando os braços e fuzilando o careca de terno preto. Ele me olhou com uma carranca horrível, mas filho me deixa avisar que se eu não tive medo do Exorcista, de você mesmo é que eu não vou ter beleza?

Fiz uma careta pior que a dele, e a gente ficou se encarando por um minuto.

– A senhorita vai ir embora ou vou ter que pedir que a segurança os carregue pra fora? – perguntou.

– Não precisa chamar ninguém moço, nós já estamos indo não é mesmo Runo? – perguntou-me retoricamente minha amiga ruiva. Agora ela quer dar uma de Alice, me poupe hein. Nisso vários carinhos de preto começaram a aparecer atrás do careca, e que carinhas hein... To me sentindo como se estivesse naquele filme do Will Smith.

– Espera aí – puxei seu braço a fazendo parar de me arrastar, o que a fez me olhar com uma cara impaciente – eu gostaria de ser carregada por eles – falei, o estranho foi que minha voz saiu como a de uma criança pedindo doce, eu hein.

– Meu Deus, me lembra de nunca mais deixar você beber – lamentou balançando a cabeça negativamente, e voltou a me puxar. Estraga prazeres, somente.

Percebi que Ace e o manézão estavam vindo atrás de nós. A essa altura todos as outras pessoas já não olhavam mais, e o DJ havia voltando com a música. Vagabundo! Só porque eu to saindo, ele começa a tocar Play Hard.

Saímos do bar e Mira finalmente me soltou. Passei a minha mão no local em que ela agarrou, poxa ‘tava doendo. Diego tinha ficado impune da confusão quando seus amigos o puxaram para a mesa deles. Ah que ótimo aquele lá nunca mais vai querer me ver.

– Feliz garoto? Estragou minha noite, muito obrigada – descontei todo o resto da minha raiva ao dizer isso. Ele apenas me ignorou e sentou na beirada da calçada – E agora como vamos embora?

– Se não me engano ali na frente tem um posto de taxi, vou ir lá ver se tem algum, fiquem aqui – informou Ace apontando para o final da rua.

– Eu vou com você – prontificou-se o Kuso já se levantando.

– Mas não vai mesmo, já aprontou de mais por hoje, vê se fica quieto aí. – rebateu Mira já indo para o lado do namorado. Dan apenas bufou e voltou a sentar de cara amarrada – se tiver um lá, eu te mando um SMS amiga.

E lá se foram os dois, caminhando. Depois de alguns minutos perdemos a vista deles. Soltei um suspiro longo e me sentei no chão. Uma brisa um pouco forte começou a transitar por aqui, fazendo as folhas das árvores começarem a balançar e eu automaticamente me abraçar com o meus braços, já que meu blusão lindo acabou ficando lá dentro do bar.

To com frio, com fome e bêbada. Maravilha!

– Toma, coloca – escutei sua voz baixa, e percebi que ele havia tirado a jaqueta, ficando apenas com uma camiseta manga longa preta, e estava a estendendo para mim.

Dei uma falsa risada e balancei a cabeça negativamente.

– Agora você quer ser gentil?

– Se você quiser ficar tremendo aí o problema é seu – respondeu indiferente. Olhei para as minhas mãos e percebi que estava mesmo tremendo, bom observador...

Pensei por um tempo se aceitava ou não, até outro vento gelado vir na minha direção. Quando me dei conta, já havia puxado a jaqueta de sua mão e tudo que me restou foi vesti-la. Fechei o zíper, e me abracei novamente para me aquecer mais rápido. Amaldiçoei-me internamente por isso, pois com esse movimento pude sentir o seu perfume e o amaldiçoei por ele ser cheiroso.

Mas que merda esse garoto tem na cabeça? Porque ele se importou tanto se estava com outro cara? Ele estava com a puta da Alana, mas nem por isso eu fui lá dar uns tapas nela, que alias estava merecendo, e não é por causa dele. Não que ele também tenha uma porcentagem do motivo, eu estou falando de quem ela humilhou até hoje, e somente isso ok? Argh, que confuso.

Balancei a cabeça tirando esses pensamentos doidos. Mas pelo menos nesse meio tempo eu consegui ficar aquecida. Voltei meus braços para uma posição mais normal e suspirei de novo.

– Melhor?

– Ér... Sim – respondi colocando minha franja atrás da orelha – obr... Obrigada – relutante pronunciei essas palavras.

– Disponha, azulada – disse simplesmente.

Aí se instalou aquele silêncio chato. Só queria saber em que raio de “final ali da rua” que aqueles manés foram buscar um táxi. Desbloqueei meu celular e já iam dar 3 horas da madrugada... Julie só iria me matar amanhã, ou hoje, no caso. Guardei o celular no bolso do short novamente e olhei para onde eles tinham ido, e olha só, quase gritei aleluia naquela escuridão.

Levantei tirando a sujeira da minha bunda, e já ia andando na direção das duas figuras que se aproximavam, porém, antes que eu pudesse dar minha glória em voz alta, alguém colocou a mão na minha boca e me puxou pra trás.

– Para de se debater sua louca – sussurrou no meu ouvido, me dando um arrepio, merda.

– Ta maluco, me solta! O Ace e a Mira devem estar lá esperando a gente – reclamei me soltando dele. O maluco me enfiou atrás de uma placa, e que possuía alguns furos me dando a visão de onde estávamos.

– Mira disse que iria te mandar uma mensagem, mandou? – perguntou retoricamente. Odeio quando ele tem razão – e desde quando aqueles dois se parecem com os nossos amigos? – olhei para onde ele apontava e dois homens tomaram conta da minha visão – vê se fica quieta e não se mexe – me alertou.

Meio difícil com você respirando bem na minha nuca!

Era só o que faltava dois bandidinhos, destino, cara você ta com tudo hein?! Eles não percebem que eu sou muito nova pra morrer, ou o quanto eu batalhei pra conseguir a merda dessa iPhone?

– Runo eu sei que você ta nervosa, mas não precisa apertar tanto a minha mão! – mas quando foi que eu segurei a mão dessa criatura? Corpo pare de agir sem o meu consentimento, isso não é legal.

Não disse nada apenas soltei sua mão. Passou mais alguns minutos e de repente aqueles dois saíram correndo, me deixando confusa, mas quando uma viatura policial passou ali indo atrás deles, tudo se esclareceu. Demos um suspiro juntos, o que foi estranho, e automaticamente olhamos um pro outro, mais estranho ainda.

E lá vamos nós de novo, naquela troca de olhares nada legais, castanho no verde-água, respiração com respiração, e eu ficando corada. UHUL que lindo, porque essa inspiração melosa não me vem quando o professor nos obriga a escrever um poema?

Do nada alguma coisa começou a vibrar no meio de nós

– AAAAAAAAAAH – gritamos juntos até ele levantar minha mão direita e apontar com o dedo o meu celular com uma cara engraçada.

Desviei meu olhar e levantei saindo dali de trás, vendo a mensagem da Mira dizendo que já estava em frente ao bar e não nos achou. Voltamos de onde viemos e os achamos. Ao entrarmos no carro, que logo já começou a andar, veio o interrogatório de ambas às partes. Acredita que esses dois ficaram de ‘pegação lá no ponto? Isso quem contou foi o taxista, deixando os dois corados. Nós contamos da nossa aventura linda e eles riram... Vagabundos, quando acontecer com eles eu não vou salvar eles.

Chegamos em frente ao colégio, e fizemos uma vaquinha pra poder pagar a corrida, que felizmente não saiu tão cara. Agora vem a parte difícil, entrar nessa coisa, pois com certeza aqueles manés já devem ter acordado, pois o portão estava trancado com outro cadeado que não era o que colocamos e a luz do posto de segurança ‘tava acesa.

– Espera, tem alguém vindo, volta – sussurrou Ace. Fomos atrás de um muro, e ficamos apenas com as cabeças erguidas. Um carro parou em frente ao instituto e dele saíram Wil, outro garoto que não lembro o nome, Gisele e a vaca da Alana.

– Quero ver como essa patty vai fazer pra entrar – disse. Ela tocou o interfone normalmente e um cara gorda veio atender, abriu o portão pra eles, mas antes que entrasse ele estendeu a mão pra Alana como se pedisse algo. Ela bufou e pegou um quantia de dinheiro na bolsa – ah mais eu preciso tirar uma foto disso... – coloquei em modo câmera no celular e tirei umas quinhentas fotos. Eles entraram rapidamente, o cara olhou para os lados conferindo se não tinha ninguém, o que fez com que a gente abaixasse as cabeças.

Quando voltamos a olhar ele já não estava mais lá.

– O que vai fazer com as fotos? – perguntou Ace.

– Usar se for necessário – disse simplesmente – agora vamos logo, que temos um muro para pular.

[...]

Dei graças a Deus por estar de shorts, porque pular aquele muro foi tenso. Entramos pelos fundos da escola, meio que abandonado, assim não tinha muita segurança. Atravessamos uma parte do jardim e entramos por uma janela da biblioteca. Ao passarmos pelas portas de entrada, saímos no corredor dos armários. Ace foi levar Mira ao seu dormitório e só ficou nós dois novamente. Seguimos o lado contrário da deles e fomos para a ala dos nossos quartos.

Enquanto ia caminhando, alguns flashbacks dessa noite passaram na minha mente. De quando chegamos na arena, conheci a Yume, da Avril entrando no palco, da ligação que tivemos com ela durante as canções, entre outros momentos do show. E também do bar, de mim e o Diego dançando, do seu beijo que mesmo que tenha sido bom não causou nada demais, da raiva de certas pessoas. Eu quase perdi meu bebê hoje (lê-se celular), e ainda estou com fome!

Ah e não podendo esquecer, das quatrocentas e tantas bebidas que eu experimentei. Sim queridos foi a primeira vez que eu fiquei bêbada, beijo sociedade.

Bebida... Só de pensar nessa palavra minha barriga da uma coisa estranha, e tipo ele ta aumentando e eu nem pensei em bebid... Ai caralho para de falar isso. Parei de andar e coloquei a mão sobre a barriga, ai que merda acho que eu vou por tudo pra fora.

Olhei para os lados e por sorte o banheiro estava bem ali. Saí correndo deixando um Dan confuso pra trás e entrei no cômodo, indo direto pra uma cabine, ajoelhando perto do vaso sanitário e o resto vocês já devem saber.

Gosto horrível, situação horrível... Senti mãos puxando meus cabelos num rabo de cavalo e os levantando pra cima, até olharia pra pessoa, mas nem dá.

Após dois minutos mais ou menos, eu vomitei tudo que tinha direito e um pouco mais. Levantei e dei tchau pra aquela nojeira ao dar descarga. Fui até o lavatório e passei uma água na minha cara, secando logo depois. Olhei meu reflexo no espelho, e minha cara ‘tava um cu.

– Acho que alguém bebeu demais – debochou o mané olhando pra mim pelo espelho.

– Argh, cala a boca eu já não to me sentindo bem, ok?

– E ressaca também, olha só – como esse olhar idiota dele me irrita, com esse sorrisinho sarcástico ainda, mereço. Iria lhe responder, porém o baralho do meu estomago foi maior. Se eu já estava com fome, imagina só agora? – vai indo lá pro refeitório que eu te levo um remédio pra dor de cabeça.

– Não precis... – ah quem disse que eu consegui responder? O bonitinho já se tinha ido...

Saí do banheiro e fui pra cantina. Cheguei no balcão e vi um bolo de chocolate me chamando, aquele com direito a granulado e cobertura. Passei por cima mesmo, e abri a portinha de vidro, pegando o prato e um talher no escorredor da pia. É por isso que eu amo a tia Nancy, ela sempre deixa aqui aberto pra quem quiser vir fazer o lanchinho da meia noite, ou no meu caso, o das 04h30min.

Sentei numa mesa e comecei a comer. Não demorou muito e um copo de água, um comprimido e um Kuso apareceram na minha frente. Ele deixou tudo na mesa e já ia saindo.

– Perai... – soltei. Perai digo eu, que raios eu to fazendo? Ele se virou esperando uma fala minha, mas nem eu sei o porquê eu o chamei – não... não quer? – perguntei apontando para a torta.

– Você querendo dividir alguma coisa comigo, ainda mais comida? – perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

– Ok, falei sem pensar, esquece... Mas nem por isso eu sou tão egoísta assim, ta? – ele apenas riu da minha cara e se aproximou sentando do meu lado. Tomei o meu remédio e ele roubou uns três pedaços do prato. Não disse nada, afinal ele tinha me ajudado... E isso é mais uma coisa que não sai da minha cabeça, o motivo de estar fazendo isso – Ér obrigada... De novo – respondi sem graça, oi? – mas não precisava me ajudar por sentir culpa de ter bat...

– Culpa? Do que se ta falando?

– Ué, você me deu sua jaqueta, me ajudou lá no banheiro porque se sente culpado por ter estragado minha noite não é? – perguntei pondo outro pedaço de bolo da boca.

– Você acha mesmo que eu me arrependi de ter batido naquele idiota? – perguntou retoricamente dando uma risadinha no final.

– Desisto de entender você – respondi frustrada largando o garfo no prato, enquanto o olhava. Pelo visto ele me olhava com o mesmo sentimento, confuso, irritado e frustrado.

– Caramba Runo é tão difícil assim entender, que eu me importo contigo e gosto mesmo de você?

É O QUE?

Droga, meu coração começou com aquelas batidas rápidas como das outras vezes que estava com ele. Olhei pra baixo antes que eu ficasse perdida nos olhos dele de novo, e acabasse acontecendo alguma coisa ali. Mas... E se eu quiser que aconteça? Argh, nunca fiquei tão confusa em duas opções desde que aquele teste de matemática.

E mais, minha voz sumiu, como eu vou responder ele agora? O que nem adianta, pois eu nem sei o que dizer.

– Olha pra mim – NÃO QUERO PARA COM ISSO! Ta bom engraçadinho quer levantar meu queixo em sua direção, levante, mas eu não vou abrir meus olhos. – vai deixar eu te beijar tão fácil assim? – sussurrou no meu ouvido, é pra matar uma pessoa dessas né?

– Como é que é? – falei abrindo os olhos, erro numero cinco mil. – droga... – ele riu ainda olhando pra mim, o negocio ta intenso aqui.

– Bem melhor – sibilou chegando mais perto, seja o que Deus quiser. Senti seus lábios quentes roçando nos meus, fazendo com um choque elétrico partisse dali e passasse pelo meu corpo inteiro. Senti sua mão ir para a minha cintura me puxando para mais perto, enquanto ele pedia passagem com a língua. Já estava fora de mim mesmo, então eu deixei.

Eu tenho que admitir o garoto tem pegada, gente. Enrosquei uma das minhas mãos em seus cabelos, perto da nuca, fazendo um carinho. Nossas línguas estavam numa batalha insana, o beijo transmitia desejo, como se precisássemos daquilo. E o melhor, gosto de calda de chocolate.

Mas nem tudo que é bom dura, e dessa vez eu não eu to falando de falta de ar ou algo assim.

– MAS QUE POUCA VERGONHA É ESSA? – de repente as luzes se ascenderam e uma figura apareceu na porta, fazendo com que nos separássemos. Só foi eu olhar pra pessoa da porta e pensar o seguinte minha gente:

– AI MEU DEUS! - notei que tinha outra pessoa ali também.

To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. To fodida. E pra acabar... to fodida.


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Notas finais do capítulo

aaaaaaaaaaaaaah ' até eu fiquei emocionada com o primeiro, finalmente, beijo deles aaawn
e vcs o que acharam? será que agr vai? hmmmmm

e essas pessoas que acabaram o magic moment dos dois? vishe vishe
será Alana? o Diretor? uma pessoa desconhecida? amigos?
tudo isso no prox capitulo aahahaha

sério gente, agr eu to de ferias e ngm vai me segurar (8 '
comentem bastante, me desculpem dnv ://

beijo



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