Intermissão escrita por Miss Stilinski


Capítulo 2
1.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Eu não ia postar hoje hahaha. Mas eu estou inspirada!



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Ane andava de um lado para o outro, com um garoto moreno e estranho ao seu lado. Seus olhos a acompanhavam por onde quer que a garota se movesse. Algo em seus cabelos vermelhos chamavam a atenção. Mas este desviou o olhar quando Ane o observou.

Ela respirava com força, com o coração pulsando freneticamente e tão forte que, ela pensou, poderia sair pela boca. O que estava acontecendo lá? O Will estava bem? Ela o veria de novo? Nesse estava bem? E Jacob? E, aonde esla estava? Não sabia, tampouco se importava. Desde que dessem algum tipo de sinal, algo do estilo: “Estamos todos bem.” e Jacob sorrindo ao lado de sua melhor amiga, a família vampira dela e Bella, com quem queria conversar desesperadamente.

Ane se encontrava em uma casa de aparência nova mas — ao mesmo tempo — abandonada. Querendo aliviar um pouco a tensão, a garota de virou para o moreno, que olhava para a grama que crescia descontroladamente.

— Qual... — Ela suspirou e ele a olhou — qual o seu nome?

— Embry — respondeu o outro.

— Ah. — Uma pausa. — Embry, pode me dizer onde nós estamos?

Ele demorou dois segundos para responder, pois olhava para os jardins, como se estivesse esperando alguém:

— Na antiga casa dos Cullen.

Ane ficou surpresa. Não esperava ir para lá. Achava que estava em alguma casa abandonada no mio da mata.

— Eu... e como você sabia para onde me levar? — indagou Ane, ainda controlando a vontade de chorar, de gritar. Embry a olhou por um longo momento.

— Jacob. — Ele pareceu parara para pensar. — Na verdade, foi a Nessie e Jacob que mandaram.

— Ah.

Os dois voltaram a ficar em silêncio. Ane a toda hora, espiava pela janela, na esperança de ver Jacob, Nessie e Will caminhando por entre a mata rebelde. Aquilo tudo a estava matando. Queria saber o que estava acontecendo.

Suspirou de impaciência. Por que a demora? Por que esses Volturi simplesmente não iam embora? Ane gostava deles. Eles já haviam atormentado a vida dos Cullen duas vezes, e nas duas vezes, de deram mal, então por que raios não desistiam dos Cullen? Não havia nada do que eles possam querer. Para quê ficar perdendo tempo?

Ane não suportava aquele silêncio agonizante; parecia algum tipo mau de presságio, que algo aterrorizante iria acontecer. Algo que ela provavelmente iria se arrepender. Sentia os olhos de Embry suas costas, queimando-a. Ela queria desesperadamente abraçar alguém e ficar ali até tudo acabar, até ver seus amigos e seu namorado chegarem.

Virou-se para Embry.

— Embry — ele piscou. — Pode me fazer um favor? — pediu.

— O quê? — perguntou ele, inclinando a cabeça.

— Pode me manter ocupada? — balançou as madeixas ruivas. — Sei lá, me pergunte qualquer coisa. Tudo para eu não poder pensar. — E reprimiu a vontade de chorar. Seu coração batia em suas costelas, a sensação de algo ruim a atingiu novamente.

Embry pareceu corar sob a pele morena, quando Ane o lançou um olhar de súplica. Ele não sabia o que fazer. Ou por onde começar. O olhar dela era tão intenso, tão esmagador, que ele gaguejou ao falar a primeira fase.

— Qual... qual o seu nome? Eu ainda não sei — disse o garoto.

— Ane Bell — respondeu ela. — Me pergunte outra coisa.

— Está bem... hã... qual é a sua cor favorita? — perguntou Embry, nervoso.

Ane deu um sorriso, que mais se pareceu uma careta.

— Nossa, ninguém me faz essa pergunta há séculos. — Ane fez uma pausa. — Adoro amarelo.

— Por que?

— Eu... eu adoro o sol. Onde eu morava dava para vê-lo quase sempre. Agora, aqui, quase nunca — respondeu Ane. Embry ergueu as sobrancelhas. Estava achando-a interessante.

— Está arrependida de ter vindo para Forks? — tornou Embry. Ane balançou a cabeça.

— Não. — Ane respirou fundo. — Minha vez. — Embry assentiu. — Não minta, está bem? — O garoto assentiu novamente. — Quantos anos você tem?

— Quer mesmo saber?

— Sim. Por favor — pediu ela.

— Eu não conto mais, então... Acho que devo ter uns quarenta. Talvez quarenta e cinco... sou mais velho que o Jacob — disse Embry. Ane arregalou os olhos, surpresa.

— Caramba. E você não envelhece, não é? — perguntou ela.

— Não — respondeu Embry, balançando a cabeça. — Parei de envelhecer há algum tempo.

— Puxa. — Ane procurou os olhos de Embry. — Como eu nunca vi você? Com Jacob, pelo menos —Ele estava conseguindo distraí-la. Não sabia como estava fazendo aquilo, mas conseguiu não fazê-la pensar. Como ela queria.

Embry deu de ombros.

— Não sei. Não gosto muito de ficar com Jacob, quando está com Nessie. É uma melação só — revirou os olhos. — Mas eu já vi você.

— Já? — Se surpreendeu Ane. — Onde?

— Eu a vi duas vezes. Uma quando... — ele engoliu em seco — quando você estava na praia com... com o seu namorado — o coração de Ane bateu mais forte ao ouvir o “namorado” — e na outra, foi quando você deu um "tchauzinho" do ônibus. — Ele deu um sorriso sem humor. — Sabe, eu fiquei assustado naquele dia, eu não sabia que você estava vendo — e corou fortemente.

— Desculpe — disse Ane.

Nessa hora, os dois ouviram um barulho vindo do lado de fora. Ambos se aproximaram da enorme janela de vidro para observar o que estava lá. Embry pareceu ver algo que Ane não conseguiu enxergar, e depois este colocou a mão no ombro da garota.

— Seja o que for acontecer agora, vai ficar tudo bem — garantiu ele. Ane não entendeu nada do que ele quis dizer, porém não conseguiu falar mais nada, pois Nessie entrou em um rompante na casa, acompanhada por Jacob (que parecia estar ligeiramente verde) e a família Cullen (todos com expressões assombradas no rosto).

Nessie atravessou a sala em um átimo. Era estranho vê-la daquela forma. Parecia tão... natural. Para ela, é claro.

Mas havia algo errado. As lágrimas escorriam sem para do rosto de Renesmee. Ela abraçou Ane com força; Ane por alguns segundos ficou confusa, mas logo envolveu os braços ao redor da cintura da amiga. O que estava acontecendo?

Ela ficou assim por algum tempo. Nessie soluçava e não falava nada, apenas chorava fortemente. Ninguém falava, ninguém se movia. Os únicos a fazerem alguma coisa, eram Jacob e Embry do lado de fora. Ane estava confusa. E por que ninguém falava?

Foi nesse momento que a garota esquadrinhou a sala com os olhos. Bella e Edward estavam um pouco atrás das garotas, Emmett e Rosalie olhavam para Renesmee, Carlisle e Jasper trocavam olhares um com o outro, Alice e Esme olhavam para a casa. Então, Ane deu falta de uma pessoa.

— Cadê o Will? — Assim que Ane pronunciou as palavras, Nessie chorou ainda mais. Ane afastou a amiga do abraço para olhá-la. — O que houve, Nessie? Onde ele está?

Nessie enxugou os olhos — tentou, porque as lágrimas continuaram a cair — e olhou para Ane, encarando seus olhos claros.

— Levaram ele, amiga. — Nessie chorou mais um pouco. — Levaram o Will para a Itália.

— O... o quê? — Ane sentiu seu coração afundar. Não, aquilo não estava acontecendo.

Edward se aproximou de Ane.

— Sentimos muito — disse. — Mas era o único jeito de deixá-lo vivo.

De repente, Ane se sentiu tonta. Tudo na sala estava girando, as lágrimas já caindo pelo seu rosto branco. Ane escorregou pela janela e colocou a cabeça entre os joelhos, deixando as lágrimas inundarem seus jeans. Como ela iria viver sem ele?

Nessie sentou-se ao lado da amiga e as duas puseram-se a chorar.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!