Intermissão escrita por Miss Stilinski


Capítulo 19
18.


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas! Bem aqui estou eu, para postar um capítulo fresquinho para agradá-las (espero). Ah, bem vinda de volta, Rebeca Harumi :D



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Ane olhava para Jacob, que parecia um pouco distante depois que falara aquele estranho. Ela ainda estava com as costelas enfaixadas, mas agora podia caminhar sem sentir tanta dor e havia voltado para casa.

Eles estavam no restaurante onde a mãe de Will trabalhava; Edward encarou Sarah e logo depois ficou perdido em pensamentos. Ane sentiu que havia algo errado com os dois e queria saber o porquê.

Ane pensou que Sarah fosse ficar triste por estar levando Embry como seu namorado. Mas a mulher não pareceu chateada; até tratou Embry como se fosse seu conhecido. Ela não tocou no nome de Will.

Toda vez que Ane ia ao restaurante para comer, sempre pedia a comida que Will comera no primeiro encontro. Durante um ano, Ane evitou ir até lá, mas não conseguiu segurar as lembranças perfeitas e começou a passar lá com mais frequência, sem nunca deixar de pedir a comida brasileira que tanto Will um dia gostou.

Ao mesmo tempo que ela observava os outros ao redor, não conseguia impedir que as memórias de Will viesse com mais impacto ali. Ane olhou para a grande janela, longe dali e daquela chuva, para longe todos, se concentrando no primeiro beijo que tivera com Will. Embry havia dito que a vira na praia naquele dia. O que teria pensado?

Ela o olhou, esperando que, um dia, ele encontrasse alguém que o amasse pura e completamente. Embry não merecia aquele amor dividido, aquele amor quebrado que Ane lhe dava. O ela sentiria se o visse com outra? Ele era tão bonito, mas a sua beleza aplacar o sentimento que Will lhe proporcionava.

Embry a olhou e sorriu. Ela retribuiu o sorriso, pensando que ele conseguia iluminar tudo com apenas seu sorriso e seus olhos. Como Ane gostaria que ele fosse feliz completamente!

Ele chegou mais perto dela, passando a mão delicadamente pelos ombros dela.

— Você está bem? — Ele sussurrou ao ouvido dela.

— Sim, eu estou — respondeu Ane no mesmo tom. — Gostou daqui?

Embry olhou em volta antes de de olhar novamente para Ane.

— Gostei. É bem diferente — ele sorriu e voltou a sussurrar ao ouvido da garota. — Somos um bando de gente estranha, então o diferente é super legal.

Ane riu e viu que todos tinham um sorriso no rosto. Ela gostava tanto deles! Nunca pensara que uma família, que ela conhecera por um diário proibido, seria sua segunda casa. Não conseguia viver sem eles também.

Edward deu um sorriso carinhoso, lendo os pensamentos de Ane. Jasper também sentiu a mudança no humor de ambos e deu um sorriso discreto.

Ela voltou a encarar a janela, pensando novamente em como fora parar ali e que não mudaria nada.

(…)

— Sabe nadar? — perguntou Embry.

O dia em Forks estava incrivelmente ensolarado e quente. Dias assim eram raros ali; Ane estava sentada à margem da praia com Embry apenas de shorts.

Ane o olhou e viu que ele a fitava com expectativa. Ela havia, finalmente, tirado as bandagens que envolviam suas costelas, agora, curadas. Embry ainda a olhavam mas observando as roupas que a garota usava: um shorts jeans curto, uma regata verde com decote quadrado. Ela achava que não tinha nada demais, porém Embry achava o contrário.

A verdade era que Ane sabia nadar; a questão toda era se a água estava gelada. E, pelo o que ela via, devia estar congelando.

— Sim, mas não estou com roupa de banho — ela fez uma expressão triste.

Embry riu e a puxou para si, afastou os cabelos longos e ruivos para o outro lado e sussurrou:

— Você não me engana, Ane — ele sorriu. — Comigo, você não vai sentir frio.

Ane se inclinou, seu rosto a centímetros do de Embry e, quando falou, seus lábios se tocaram.

— O caso é que, senhor sabe-tudo, eu não estou de biquíni.

— E desde... — ele passou a mão na barra da blusa de Ane — quando precisa... — levantou a blusa e a tirou, deixando-a de sutiã — de roupa de banho... — Embry passou a mão na barriga à mostra de Ane — para nadar? — E abriu sorriso para a garota.

Os dois se olharam. Como ela conseguia ficar arrepiada, mesmo amando outro? Por que ela o queria? Por que continuava aquilo com Embry? Por que ela não conseguia afastá-lo? Seria o certo para ambos.

Então por que ela estava se levantando e sorrindo com malícia para Embry?

Porque ela gostava dele, também.

Embry sorriu com a mesma malícia e a observou ficar apenas de roupas íntimas. Ane atirou o shorts onde ele estava e Embry estreitou os olhos.

— Não vai vir? — Ane ergueu uma das sobrancelhas; Embry deu outro sorriso e, quando Ane piscou, ele já a estava pegando no colo, levando-a para a água.

Assim que a água gelada bateu nas costas de Ane, o corpo dela arrepiou-se todo. Embry sentiu a diferença e a abraçou mais forte contra si. Imediatamente, Ane sentiu o corpo acostumar-se com a temperatura da água em contraste com a de Embry.

Os dois riram e começaram a nada. Ane deu um mergulho e, quando voltou a emergir, viu Embry a encarando. Ele a abraçou novamente e a girou na água. Ane riu, fechando os olhos.

Ainda de olhos fechados, Ane sentiu os lábios de Embry tocar os seus. Ela os abriu e encontrou Embry de olhos abertos, ainda com os lábios nos seus. Ela abriu a boca e deixou que Emby aprofundasse o beijo com gosto de água do mar.

O gosto era bom e Ane sentia bem. Não completa, mas bem. As mãos de Ane agarraram a nuca de Embry para que ele colasse ainda mais seus corpos, enquanto as mãos de Embry afastavam os cabelos ruivos e molhados de Ane, para passar os dedos nas costas dela.

Ane inclinou a cabeça para trás e Embry beijou o pescoço da garota, afundando-se na pele macia e branca de Ane. As mãos dele deslizaram pela lateral do corpo de Ane, trazendo as pernas dela para os seus quadris e a segurando ali.

As ondas quebravam nas costas de Embry, que sustentava — com facilidade — o peso de Ane sem vacilar. Os dois sorriam no beijo que ainda trocavam e, então, Ane abriu os olhos.

(…)

Ele vagava pela floresta, em direção à praia de La Push. O sol brilhava nas brechas que, às vezes, a floresta cedia. Estava perdido em pensamentos; mais uma vez, Jacob dera passagem para ele.

Will, depois de ter ido embora do restaurante naquele dia, sentiu uma súbita necessidade de ir à praia de La Push. Será que ele conseguiria respostas ali? As palavras do transmorfo não lhe saía da cabeça; eles estavam sempre falando em códigos. Will jamais seria amigo dele.

Balançou a cabeça enquanto atravessava as plantas e chegando à praia. Mas o que viu ali não o fez sentir-se bem. Será que era possível um vampiro ficar enjoado?

Ane estava os beijos com o cachorro na água salgada, apenas de roupas íntimas, enrolada ao corpo do outro. Ela parecia sorrir enquanto as mãos do passeavam livremente pelo corpo dela, se segurando no pescoço do cachorro.

Will deveria sentir raiva, ódio, de Ane. Ele havia se martirizado tanto por tê-la machucado! Ele deveria dedurar Ane e os Cullen. Ele deveria matá-la. Ele deveria sentir qualquer coisa que chegasse perto do ódio.

Mas ele apenas se sentia magoado e vazio. Sentia como se sua razão de viver fosse arrancada. Não era como das outras vezes que ele havia visto ambos se beijando; dessa era mais íntimo, como se os dois estivessem compartilhando algo só deles. E era isso que o fazia se sentir mal. Ele a amava tanto!

Deus, ele a amava! Por meses Will pensara que Ane fosse apenas uma obsessão, pois esta apenas o ignorava. Chegou até pensar que era paixão. Mas agora ele via que era mais complexo do que tudo o que ele vivera até ali. Ele desviou o olhar; aquilo doía até demais. Pior do que sentir a dor que Jane proporcionava quando queria.

Quando Will voltou a olhar, Ane abriu os olhos, mirando-o com suas íris verdes, parecendo duas bolas de gudes.

Encarou-a por alguns segundos e depois saiu de lá, mas não sem antes ver a dor atravessar o rosto de Ane Bell.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!



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