Intermissão escrita por Miss Stilinski


Capítulo 17
16.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu sei, eu sei que demorei... mas nessas férias, eu nem fiquei em casa direito. E ficava muito mais no celular. E no celular quase não dá para fazer nada. Bem, mas está aqui um capítulo novinho para vocês ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/343995/chapter/17

Ane escutava vozes ao longe. Sentia sua cabeça girar e todos os membros de seu corpo pareciam pesar quilos. Tudo doía e ela não sabia onde estava. A última coisa que se lembrava era a expressão indiferente e a voz dele chamando Nessie. Ela não sabia o que pensar sobre Will, só sentia que seu coração fora esmagado com força em seu peito.

Abriu os olhos. Uma luz branca forte a fez ficar momentaneamente cega. Ane piscou os olhos para se acostumar com a luz. Depois que seus olhos voltaram ao normal, Ane olhou em volta, ainda ouvindo vozes. Ela se encontrava em um quarto lilás, deitada em uma cama macia. Tentou se levantar. Além de não conseguir, alguns pares de mãos a impediu.

A garota olhou os donos das mãos e viu Embry, Nessie, Jacob, Seth, Carlisle, Alice, Edward e Bella a encarando com preocupação. Então ela percebeu que estava na casa de Renesmee. E percebeu, também, que tinha algo a imobilizando e não eram as mãos deles.

— O que aconteceu? — A voz dela saiu fraca e rouca. Até falar doía.

— Você quebrou duas costelas, teve uma pequena concusão e um braço quebrado — respondeu Carlisle, que era médico, fazendo Ane ficar surpresa.

— Tudo isso? — Ela perguntou e Carlisle assentiu, checando a pulsação de Ane, que viu que havia alguns aparelhos fazendo barulho e cujos os nomes ela não sabia; mas reconhecia por ter visto em filmes e séries de televisão. — Meu Deus, como vou explicar isso aos meus pais?

Nessie passou a mão nos cabelos de Ane antes de falar:

— Não se preocupe. Você pode ligar para ligar para eles e confirmar a nossa história de que você vai ficar conosco durante uns poucos meses, porque pegou uma virose contagiosa e só meu avô tem como cuidar de você.

— Minha mãe vai morrer! — exclamou Ane e Nessie quase riu, se a situação não fosse tão grave. — E ela não vai estranhar tudo isso?

— Vai — respondeu Seth. — Mas ela vai saber que só Carlisle tem o que é preciso para cuidar de você. E, além disso, precisa passar um tempo com as amigas... considere isso como uma festa do pijama macabro prolongado. — Ao seu lado, Embry rosnou, mas ele ignorou o amigo.

Ane olhou para Carlisle.

— É o único modo para que seus pais não perguntem se você quis se matar — disse ele com calma. — E eu preciso cuidar de você sem levá-la ao hospital... perguntas demais.

Ane suspirou e olhou para Embry, que se mantinha calado e com a expressão impenetrável. Suas costelas começaram a dar pontadas, que Ane ignorou. Ela olhou para Carlisle novamente.

— Tudo bem.

— Sei que você está com dor, Ane — falou Bella docemente. — Todos nós sabemos, não tente dizer que não.

Ane tentou sorrir.

— Parece que vocês me conhecem mesmo — ela olhou para o namorado, que ainda não havia dito nada. Ane desejou dizer algo para acalmá-lo, pois viu que as mãos dele estavam tremendo.

— Vamos deixá-los a sós — disse Edward, lendo os pensamentos da garota. — Carlisle está terminando de medicá-la.

— Com o quê? — perguntou sentindo a dor nas costelas diminuir.

— Morfina — respondeu Carlisle voltando para o lado da família. — Descanse, querida. Mais tarde Esme trará algo para você comer — Ane assentiu.

— Fique boa logo, ruiva — disse Seth, beijando a testa dela, arrancando outro rosnado de Embry. — Fala sério, Embry! — Seth a olhou. — Ele era bem menos chato, como aguenta?

— Ah, eu sou chata também — Ane riu e deu de ombros, fazendo caretas de dor.

— Vamos lá, Seth — Jacob deu um soco de brincadeira no ombro do amigo. — Quero ver o que Esme está fazendo. E, Ane, você não é chata. Embry é.

Todos riram e saíram, Alice sendo a última a dar um recado.

— Se ela sentir dor ou alguma coisa que você não saiba lidar, por favor, Embry, se afaste para eu poder ver o futuro dela. — Alice saiu, então, deixando Embry e Ane sozinhos.

Por um tempo, ambos ficaram em silêncio. Embry havia se sentado na cadeira ao lado da cama dela e não falou nada. Ane pensava no que Will havia feito; não coneguia odiá-lo por aquilo, mas parecia ue Embry não pensava assim. Ele só não atacava Will porque Ane ficaria ainda mais magoada. No fundo, sabia que Ane amava Will, mesmo que estivesse com ele. Ela não era dele.

Ane o olhou, vendo como Embry se controlava para não explodir. Esticou a mão que não estava enjessada e segurou a mão dele, sentindo o calor tão conhecido e tremedeira passou. Embry a olhou, sentindo-se péssimo por sentir aquilo apenas ao simples toque dela. Ele desejou, pela primeira vez desde que a conhecera, amar alguém que o amasse sem ter outro ocupando o maior espaço.

Contudo, Embry não conseguia deixá-la ir. Ao mesmo tempo que Ane o desejava, sofria por não ter alguém que o amasse pelo o que ele era. Ele sentia que Ane precisava dele, e aquela coisa dentro de si, se agarrava com unhas e dentes àaquela vã esperança. Preferindo ignorar sua parte racional.

— Embry — chamou-o Ane.

Ah, a voz dela era tão linda! Ele amava o jeito que ela pronunciava a última sílaba de seu nome, com aquele longíquo sotaque de Nova York. Embry ficava contente — até demais — ao saber que era o nome dele que Ane chamava. Mesmo que não fosse do jeito que ele, na maioria das vezes, imaginava.

— Olhe para mim — pediu Ane e ele a obedeceu. Os olho dela eram tão verdes, que lembrava o oceano verdadeiro, sem a interrupção do azul do céu. — Está bravo comigo?

— Não — respondeu Embry. — Eu não devia é ter feito aquilo, deixar você sozinha com um vampiro. — Ele não queria dizer o nome de Will e Ane agradeceu por ele não ter dito.

— Ah, Embry — Ane passou a mão no rosto dele. — Não foi sua culpa.

— Ane, você o ama — Embry pegou a mão dela e fitou a palma, evitando olhar nos olho de Ane.

— Por que está falando isso? — perguntou Ane, com a voz rouca. — Eu não quero falar sobre esse assunto.

— Eu estou me controlando para não ir lá, seja onde for que ele more, e arrancar os membros dele, An. Olha só o que ele fez com você! — Embry apontou para as bandagens que envolviam partes de Ane, que se encolheu na cama. — E você não consegue parar de amá-lo. — Ele estava magoado.

Ane engoliu em seco e reprimiu a vontade de seixar as lágrimas escaparem.

— Você me odiaria se fosse o contrário? — perguntou Ane , olhando nos olhos de Embry, que escureceram ao ouvir aquelas palavras.

— Isso não é justo, Ane — respondeu ele, passando as mãos no rosto, deixando a mão de Ane pender ao lado da cama.

—S eria a mesma coisa se fosse com você — continuou a garota, olhando para a mão vazia. — Eu não ia parar de amar você, só por causa disso. Não é algo que eu possa controlar.

Embry a encarou o que pareceu uma enternidade. Ela estava certa. Se fosse o contrário, ele continuaria a amando e nada o faria mudar de ideia. Mas Ane amava ambos e aquilo era difícil. Só que ele não ia perdê-la, mesmo que no final seguissem caminhos diferentes.

Ane também o olhava e a necessidade que sentia dele, parecia aumentar mais. E, pensar que ele poderia terminar tudo, doía ainda mais. Também não conseguia odiar o fato de que amava Will mais do que tudo no mundo, mas odiava por estar magoando Embry. E ela não sabia o que era pior.

Ela esticou a mão novamente e pegou a de Embry, que ainda a olhava.

— Você vai me deixar? — sussurrou Ane com medo da resposta. Ela precisava dele.

— Eu deveria — disse ele e Ane sentiu os olhos marejarem. — Mas não posso. Eu também preciso de você e só vou embora quando você pedir. Mesmo que doa.

— Eu nunca vou pedir isso — garantiu Ane e Embry deu uma risada amarga.

— Por enquanto.

As lágrimas desceram pelo rosto de Ane, sem que a garota percebesse. Se aquilo doía nele, doía em Ane também. E aquelas palavras a cortaram como se fossem facas afiadas, rasgando o peito de Ane.

— Dói em mim também — disse ela, virando o rosto.

— Não vou deixá-la — Embry pegou o rosto dela e secou as lágrimas. — E me perdoe se minhas palavras magoaram-na.

— Beije-me — Ane o encarava ainda com lágrima nos olhos.

Embry se inclinou e tocou os lábios de Ane com delicadeza; mas Ane devorou os lábios de Embry, segurando nuca dele com a mão boa. Ele pousava as mãos no pescoço de Ane tentando não machucá-la mais.

Quando se separaram, Embry enxugou os vestígios de lágrimas dos olhos verdes de Ane.

— Não vou deixar você — ambos disseram em uníssono e, alguns minutos depois, Ane caiu na inconsciência.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Intermissão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.