A Semideusa Perdida escrita por Bel Di Angelo


Capítulo 4
Capítulo 4 - Um sonho quase real


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Desculpa a demora!



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4. – UM SONHO QUASE REAL


POV. May


No topo da colina havia um enorme pinheiro. Eu podia enxergar ao longe inúmeros campistas usando camiseta laranja e praticando esportes. Haviam também garotos com pernas cabeludas e chifres, mulheres que se camuflavam por entre as árvores. Esfreguei os olhos e virei-me para Max.

– Mas oque...? – Ele não usava mais calças jeans, agora tinha pernas de... Bode. Isso explica o cheiro horrível de seu suor – Oque você fez?

– Nada. Eu sou um sátiro. Você se acostuma. Agora venha, vamos conhecer Quíron.

Que ótimo, estou ficando maluca. Ele me levou a uma enorme construção azul em estilo grego. Lá, tinha um senhor de cabelos castanhos meio grisalhos. Era aparentemente simpático, até eu olhar abaixo de sua cintura.

– Olá jovem semideusa! Bem Vinda ao acampamento meio-sangue, onde os jovens Heróis recebem treinamento. – Ele usava uma camiseta laranja e tinha uma... Traseira de cavalo – Qual o seu nome?

Antes mesmo que eu pudesse falar, Max se meteu

– Olá Quíron, esta é May. Seu protetor olimpiano é o pai. – Protetor olimpiano? Pai? – Foi atacada por duas dracaenae na escola. Esse é Quíron, o centauro.

– Com licença, - Interferi – Podem me explicar oque está acontecendo?

– Ah, sim. Desculpe-me. Você é uma semideusa, filha de sua mãe com um deus grego.

Minha mãe sempre me disse que meu pai era um homem bonito, mas pelo tom que ela falava, acho que não chegaria a ser um deus grego.

– Ahn... Como isso é possível? – Tentei juntar alguns fatos, mas não foi suficiente, nunca tive muita informação sobre ele.

– Bom, isso você aprende depois de um tempo, vou chamar um campista para te mostrar o acampamento – Disse Max com a atenção voltada a uma garota que mais parecia uma modelo.

Nos despedimos do centauro. Ao longe, vi uma garota de camelos castanho-escuros e olhos cinza vindo em minha direção.

– Oi, campista nova? – Disse ela – Sou Carolina, filha de Atena.

– Ótimo! Carol, leva ela pra ver o acampamento – Ele saiu trotando em direção aos outros garotos-bode.

– Oi... Eu sou May – Ela sorria com naturalidade.

– Vamos ver os chalés! – Puxou-me em direção a um grande U formado por casinhas distintas. – Esse é o chalé 1, pertence a Zeus.

Era uma enorme construção branca, ao seu lado, o chalé 2, de Hera. Vimos todos os chalés, um a um, até chegarmos ao último. Ela me explicou os deuses que tem filhos ou não, e a função de cada um. Vimos os lagos de canoagem, o pavilhão refeitório.

– Eaí? Interessou-se por algum? Quem é seu protetor olimpiano, pai ou mãe? – Eram tantas perguntar que eu tinha que parar por alguns instantes antes de responder.

– Não sei. – Respondi a primeira pergunta – Meu pai.

– Bom, vamos te deixar no chalé de Hermes até você ser reclamada – Fomos em direção a um chalé lotado de campistas. O chalé 11 é normal, acima da porta encontra-se um caduceu.

– Bom... Boa sorte. – Ela saiu e foi se encontrar com seus irmãos – Ah, guarde sua carteira!


– Bem vinda! Deite-se aqui – Me levaram a um colchão no canto da parede – Já está no final da tarde, descanse um pouco, daqui a pouco iremos jantar.


POV. Max

Aquela garota tinha um cheiro estranho... Mas isso é normal, a maioria dos semideuses tem. Bom, admito que não esperava vê-la no jantar, depois de hoje ela não parecia muito bem. Sentada na mesa 11 e comendo um pão com manteiga... Espero que seja reclamada logo.

– Max! – Virei-me – Ahn?

A ultima coisa que vi foi uma bola de futebol americano voando na minha cara.

POV. Carolina

Espero que o Max esteja bem... Aproveitando que todos estão olhando-o... Vou ver como aquela garota está. Não deve ser nada bom comer pão sozinha numa mesa tão grande.

– Oi! – Ela me olhou, mas seus olhos não expressavam nada – Oque achou do chalé?

– Parece minha antiga sala de aula – Disse-me – Grande, lotada, suja... Ah, e barulhenta.

– Bom... – Eu não gostava do jeito que ela me olhava, costumo ver oque as pessoas sentem pelo olhar, mas ela não expressa nada. – Vai ter caça-a-bandeira amanhã de manhã!

– Parece divertido, como é? – Embora ela tenha dito divertido, me pareceu mais da boca para fora – É algo como barra-bandeira?

– Não, é muito melhor! – Ela deu de ombros – Bom, somos divididos em duas equipes, azul e vermelha. O time que atravessar o campo com a bandeira do adversário primeiro vence!

– Bom... Então é tipo barra-bandeira.

– Exceto pelas armas! – Ela fitou-me arregalando os olhos.

– Armas?

– Sim, espadas, facas, lanças. Coisas do tipo. – Tive a esperança de que ela sorrisse, mas não foi bem isso que aconteceu.

– Que tipo de acampamento deixa crianças mexerem com armas? – Embora a pergunta seja com intenção de parecer responsável, sua expressão era entusiasmada – Legal.

– Vamos, temos que te achar uma armadura!

POV. May

Carolina não parecia uma má pessoa, embora eu não me importasse muito com companhias, foi até legal tê-la por perto. Estava exausta, mal deitei em meu pedaço de colchão no canto da parede, e já caí no sono.

= Acordei em um lugar sinistro. O chão era frio e arenoso, no teto haviam estalactites pontudas.

– Onde eu estou? – Perguntei, mas não havia ninguém por perto – Alguém...

Não terminei a frase e vi uma garota. Era branca, seus cabelos eram marrom-escuros e... Eu podia ver através dela. É um fantasma? Eu quis perguntar, mas as palavras não saíram de minha boca.

– Olá, tenho pouco tempo, mas me escute, eu posso te ajudar – Inclinei a cabeça para ouvi-la – Meu nome é Bianca, e eu preciso que faça uma coisa para mim.

Assenti.

– Amanhã te levarão ao arsenal, escolha sua arma com sabedoria. Aí sim, poderei te ajudar – Sua voz soava fria, seu tom era de firmeza, engoli em seco. Ouvi passos. – Adeus May... E boa sorte.

Tudo ficou embaçado, a imagem tremeluziu. Abri os olhos. =


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Notas finais do capítulo

Bom, peço que me deixem um comentário para que eu possa me comunicar com vocês. Qualquer problema, só mandar uma MP, vlw.



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