Renée acordou com uma leve dor de cabeça e o delicioso cheiro de chocolate no ar, estava prestes há completar dezoito anos, faltava apenas uma semana, e seus estudos adiantados mostravam a ela um futuro brilhante pela frente, colocando seu roupão arrumou os cabelos alaranjados para trás descendo em seguida, ela parou em frente à família, a mãe de cabelos grisalhos preparava chocolate batendo o doce manualmente, aproximando-se beijou-lhe a esta passando o dedo na mistura levando-o na boca.

– Bom dia mamãe. – sorriu pegando uma xícara de chá.

– Bom dia minha linda, vai à faculdade hoje? – perguntou vendo a ruiva suspirar resignada.

– Hoje teremos expedição na corte, ver pessoalmente o rei e a rainha, e o maldito príncipe. – reclamou perdendo a fome – É obrigatória essa visita, então terei que ir.

– Reneé você não deveria odiar a família real. – alertou sua mãe observando-a bufar – Carmélia é sua madrinha.

– Não tenho nada contra a rainha, só não suporto o filho dela, aquele animal que se diz gente. – rebateu pegando a xícara subindo para seu quarto.

A ruiva odiava o play boy, o via todo dia saindo com uma das garotas da universidade, cada dia era uma, todas no dia seguinte chegavam sorrindo se gabando que tiveram a melhor noite de toda sua vida, que ele ligaria novamente, e que no futuro seria rainha ao lado dele, pura imaginação, ele sempre sorria e ignorava-as em outro dia, eram como nada, ninguém pra ele, uma mercadoria, que ele basicamente comprava com rosas e bombons, uma vez ela esbarrou nele, um encontro catastrófico, pois acabara em briga, ela discutira com ele por ter derrubado seus materiais, e no momento que ajudava passou a mão nela descaradamente, levando um tapa que o fez cair no chão, desde então ela não chegava perto do abusado, e agora teria que ir para a corte se curvar diante dele, ela odiava isso.

Vestida simplesmente esta saiu desejando bom dia para os pais na sala, discutindo mais uma receita que ela não tinha conhecimento, caminhou até a faculdade poucas quadras dali, cumprimentando a todos, muito simpática sempre recebia carinhos cumprimentos e delicados elogios para sua pessoa, desta vez não fora diferente, parando ao lado da loira ela sorriu cumprimentando-a.

– Any. – disse a ruiva a amiga.

– Esta feliz por visitar a família real? – perguntou brincando.

– Não. – afirmou respirando fundo – Nada feliz, mas é necessário, caso contrario o professor vai me expulsar de sua aula definitivamente.

– É culpa nossa se ele não aguenta uma disputa de conhecimento? – disse alguém abraçando as duas – Digamos que nosso querido professor não sabe tanto sobre o país como você Re.

– Nem me venha com essa. – reclamou à loira se afastando – Não vou ficar segurando vela de vocês.

– Não sei do que esta falando. – rebateu a ruiva ainda abraçada com o moreno – Nós não estamos juntos.

– Porque você não quer. – disse o garoto aproximando seu rosto do dela.

– Poupe-me de investida Joshua. – riu Reneé virando o rosto – Meus pais me proibiram de namorar, e não vai ser a você que vai me fazer burlar as regras.

– E lá vem a garotinha certa novamente, para de ser careta e vão logo para um quarto satisfazer esse fogo. – disse Any.

– Você acha que vou fazer amor logo com ele? Trepar é a palavra certa pra Joshua. – afirmou a ruiva soltando-se do garoto.

– Olé! Reneé Felton disse trepar! Vai acabar o mundo. – debochou – Vamos foder se quiser ser mais especifica meu bem, e sabe que com você seria amor, não só sexo.

– Chega desse assunto agora. – reclamou a ruiva olhando para os lados temendo que alguém escutasse a conversa – Vamos logo para esse passeio turístico a mansão dos pesadelos.

– Isso que é amor. – riu uma morena passando ao lado da ruiva – Só porque o príncipe não te visitou ela fica toda bravinha.

– Acha que sou uma concubina dele pra o cachorro vir no cio dar em cima de mim? Não sou cadela como você Justine, só não se esqueça de latir pra ver se ele reconhece você depois de comer. – rebateu Reneé vendo a morena avançar para si.

– Opa, opa, opa. – disse Joshua entrando em seu caminho – Nada de brigas garotas, só na banheira e por sabonete.

– Não sei como consegue ficar com essas fracassadas. – comentou Justine jogando o cabelo de dando as costas.

– Talvez porque elas são mais inteligentes que um fio do seu cabelo falsificado. – afirmou o garoto fazendo a morena pisar duro acompanhando o professor – É cada piranha se passando por sereia.

– Bela forma de começar o dia. – suspirou Reneé andando na mesma direção da outra – Aposto que não vai acabar bem.