Apressada, Esme checava tudo na casa para ter certeza do que estava fazendo. Respirou fundo antes de entrar no... Quarto de Charles.

Só por olhar a cama tudo o que ela não queria voltou a sua mente.

"Pará, Charles... Por favor!"

Ela se sentou no chão e escondeu o rosto com as mãos. Por que era tão difícil? Por que não dava para esquecer?

– Esme? - Carlisle se materializou ao seu lado, mas ela continuou com o rosto escondido.

– Eu não consigo ficar aqui. Tudo volta ... - ela passou por ele correndo e desceu as escadas.

Ele, por sua vez, não ficou surpreso com o ato da esposa. Para qualquer outro homem, é muito dramático que Esme o tempo todo chore, fique com medo ao pensar nisso. Mas não para Carlisle. Ele sabia ver o lado da esposa.

O tempo não cura tudo. Ela sofreu demais. Algumas marcas não vão embora, apenas se escondem.

Ele desceu as escadas lentamente e viu ela no sofá. Observando o bebê que se aconchegava agora em seus braços.

– Carlisle? - ela o olhou. - desculpa ter corrido, eu só...

– Não conseguia ficar ali. - ele a interrompeu. - Esme, você tem seus motivos para querer sair correndo daquela forma, e eu tenho que respeita-los.

– Sempre cuidando de mim. - ela disse e ele sorriu. Carlisle se aproximou, segurou a pequenina e a colocou no sofá, rodeada por almofadas que formavam uma especie de berço.

Ele se ajoelhou em frente a esposa e ajeitou uma mecha de seu cabelo. Ela sorriu quando ele mordeu seu queixo.

– Faz cócegas. - ela disse.

– No queixo? - seu marido riu.

– É, você que fica com essa sua mania de me morder.

– Então tá, não mordo mais.

– Ah não! - ela choramingou, o fazendo rir e beijar seu queixo. - meu bebê.

– Está falando comigo ou com... - ele se virou para a neném que continuava calma e leve.

– Com você mesmo. - respondeu Esme puxando Carlisle para si. - você sempre será meu bebê e eu sua pequena.

– Gostei. - os dois riram.

Mal imaginam que aquela alegria não estaria protegida, muitas coisas podem mudar para bom ou mal...