O Prometido escrita por Hal Hudson


Capítulo 10
Parada gay com um deus...


Notas iniciais do capítulo

Voltei pra vocês, sentiram minha falta? Bom, eu senti a de vocês ^-^'
Capítulo quentinho, espero que gostem.



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Sinceramente, eu não queria sair em missão. Eu estava apavorado, frágil e sendo debochado por ser um Prometido, ou o que quer que isso fosse.

E tinha meu pai. Ele surtaria se soubesse que eu era filho da deusa da beleza, ou cantaria a sapatearia de alegria. Eu achava meu pai bipolar, mas sentia saudades do velho. Na verdade, eu quase abracei Afrodite por me mandar em missão.

Enquanto arrumava minhas coisas uma voz falou comigo. Ela murmurava Na Estátua da Liberdade você achará o deus acorrentado.

Terminei de me arrumar e fui para a colina do pinheiro-velocino-dragão.

– Tem alguma ideia de pra onde ir? – perguntaram as meninas, batendo o pé na grama.

– Estátua da Liberdade – disse acariciando a cabeça de Peleu. O dragãozinho – que de inho não tem nada – bocejou uma coluna de fumaça e se enroscou mais ainda no caule do pinheiro.

– Por que tão confiante? – Piper me puxou em direção ao carro.

– É só instinto.

Duas horas. Esse foi o tempo que durou a viagem até o centro da cidade. O trânsito estava um caos. Argos cantarolava alguma coisa, Piper polia sua faca, Drew brincava com suas pulseiras e eu estalava meus dedos.

Chegamos à Quinta Avenida com a Central Park North às 15:00. Descemos no meio da rua totalmente parada, demos um dracma a Argos e fomos em direção ao Central Park. Uma música tocava ao longe, mas eu ainda não conseguia ter certeza do nome, parecia Lady Gaga.

Ah! Uma coisa sobre o Central Park...

Parada gay! O parque estava lotado de homens e mulheres se agarrando, balões em formatos toscos voando pra lá e pra cá. Camisinhas infladas estavam no chão, Lady Gaga tocava em meio a multidão e Drag Queens faziam seus shows. Não me pergunte o porquê de termos ido lá, eu só sentia que teria ajuda na multidão.

Infelizmente eu estava certo.

Chegamos ao Harlem Meer e encontramos um cara engraçado e nojento.

Ele era loiro, parecia ter dezoito anos e estava pelado. Bem não totalmente pelado, mas ele estava sem camisa, usando uma calça transparente e uma cueca branca tosca com o elástico bordado em ouro. A cueca estava molhada. Nem conto qual foi a reação de Drew.

Eu vomitei, Piper riu e Drew babou. O loiro gargalhou e abraçou Drew, que quase desmaiou. Ele fez menção de abraçar Piper, mas ela se esquivou. Ele veio pra cima de mim e eu tirei minha faca da bainha. Ele recuou, mas não tirou o sorriso do rosto.

– Que droga! Semideuses. – O loiro resmungou ainda sorrindo.

– Quem é você? – nivelei a lâmina – O que quer?

– Não reconhece um deus, garoto? – o cara disse chateado.

– Você é deus de que? Dos gays?

Ele bufou. Estalou os dedos e brilhou. Quando o brilho cessou eu via um cara parecido comigo, só que loiro e um pouco mais alto.

Drew e Piper se vergaram rapidamente. Eu continuei com minha faca alta.

– Eu vou perguntar de novo. Quem é você?

– Sou Apolo. Hal abaixa essa faca. Minha irmã adorava me cortar com ela.

Eu guardei a faca. – O que você faz na parada gay? – retruquei.

Apolo riu – Ei, não posso me divertir?

– Pode, claro, perdão– Piper disse rapidamente me olhando brava.

– Espere Piper, o garoto tem o direito de perguntar – disse Apolo divertindo-se.

– Ok – Piper me olhou com mais raiva.

– Estou aqui por você Hal – Apolo mudou novamente. Agora ele era igual a mim. Cabelo, roupas, expressão e sorriso. Ele só parecia mais velho, como se fosse eu com vinte anos.

Depois do choque de me ver mais velho eu notei uma coisa: Eu estava em um salão gigante. O som da cidade gritava distante, quase mudo. Eu nem ligava. O salão era enorme, com doze tronos em formato de U invertido com um braseiro no centro e constelações no teto.

Na ponta inversa do grande salão tinha uma criatura nadando tranquilamente em uma bolha de água gigante. Minha boca secou na hora.

– O Ofiotauro? – perguntei boquiaberto.

– Ou Bessie como Percy o chamava – Apolo disse se sentando em um trono dourado.

Ele tinha mudado de forma e agora tinha quase seis metros de altura. Vestia uma camisa branca apertada, jeans e All Star e um Ray Ban também branco. O cara era um pesadelo branco do tamanho de um sobrado.

– Por que nos trouxe aqui, senhor? – perguntei me curvando.

– Para ajudar vocês, e avisar você Hal – Apolo disse sombriamente.

– Me avisar? Sobre o que?

– Você vai morrer em breve. Você é o morto da profecia – ele disse isso penosamente, como se me conhecesse desde sempre.

Meu mundo desabou. Eu iria morrer. Não iria trazer honra a Afrodite, não cresceria, não me casaria, não teria uma família, não veria meu pai envelhecer, não teria mais nada de bom. Mas as lágrimas não vieram. Eu sabia, lá no fundo, que morreria bravamente.

Apolo levantou-se de seu trono e tremulou até a altura normal. Ele me abraçou como se fosse meu amigo, como se fosse meu familiar mais próximo.

– Eu sei seu destino, sei que você vai se apaixonar por minha irmã, que vai torná-la uma mulher. As Parcas fizeram seu destino a éons. Você voltará dos mortos e fará seu destino por completo. Você terá o maior dom do mundo, meu amigo. Honre o Olimpo, minha irmã que lhe deu essas armas e a mim – Ele sussurrou ao meu ouvido e se afastou.

Eu ainda estava pasmo. Passei meus olhos pelo salão e ergui a cabeça.

– Eu o farei senhor. Honrarei sua família, minha mãe. Cumprirei a profecia – empunhei minha faca e a entreguei a Apolo – Entregue para sua irmã como uma oferenda. Quando eu encontrar ela, a faca volta para mim. Jure pelo Estige.

– Eu juro – um trovão estourou.

Olhei para Piper e Drew, que mal respiravam. As coitadas deviam estar desconfortáveis – Vamos continuar. Se eu for morrer, que seja heroicamente.

Elas assentiram. Eu me virei para Apolo – Pode nos ajudar?

Ele assentiu – Claro. Estátua da Liberdade?

– Sim – me virei para minhas irmãs. Piper estava fazendo um eforço monstruoso para não chorar. Drew já tinha derretido em lágrimas. Ajeitei minha mochila no ombro e caminhei em direção à porta do recinto – Vamos soltar o amor.


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Notas finais do capítulo

Primeiro: não me matem muito! O Alê não vai gostar se eu ficar machucado.
Segundo: o que acharam?
Terceiro: Crias de Apolo, me desculpem por fazer seu pai parecer gay, e pelo fato de eu brilhar mais que ele u-u
Quarto: Mereço reviews? Recomendações? Beijos? Rosas? Socos, pontapés, tapas? Ok, parei com o drama.

Alê: Se vocês baterem nele, eu faço MACUMBA!

O capítulo ficou pequeno, eu sei, mas eu estou tentando aumentar o próximo.
Beijos de Nutella.



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