Tales Of a Heart escrita por Kira 09


Capítulo 7
Fuga


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui começa a fuga de Raze, Mathius e Erika!
Espero que gostem!



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Cap 7 – Fuga


 


Logo paramos percebemos que não estávamos mais nem próximos da escola, mas também ainda estávamos muito longe do litoral, provavelmente nos achariam em 3 ou 4 horas se ficássemos parados, mas mesmo sabendo disso tivemos que parar para pelo menos descansar e comer algo. Primeiro de tudo nós nos sentamos e começamos a falar sobre o que fazer daqui para frente, Erika começou em um tom inconformado:


- Como assim? Você deu uma de herói e nem sabe o que fazer agora? Achei que você tinha um plano.


- E eu tinha, mas era só para mim e não esperava pessoas nos seguindo.


- Como assim?- Raze falava baixinho.


- Bem, eu iria sair da escola hoje de qualquer jeito, tenho assuntos pendentes em outro lugar.


- Que lugar? – Erika falava com um sorriso falso no rosto.


- Vou para o porto primeiro, depois pretendo ir para Waltz.


Waltz estava entre as maiores cidades do mundo, consegui observar bem a expressão de surpresa no rosto delas, acho que não devia ter falado para onde ia, agora elas iriam querer saber também o por quede eu querer ir lá, e isso eu pretendo deixar em segredo até chegarmos lá, mas por sorte elas não perguntaram nada mais, nós apenas iríamos arranjar algo para comer e depois iríamos correndo para o porto.


Nossa busca por comida não demorou muito, eu consegui nada mais que um mangusto , que foi muito difícil de matar, Raze pegou algumas frutas que pareciam muito boas, mas Erika foi a surpresa, ela veio carregando algo parecido com um javali nas costas!! Sinceramente não quero ver ela brava!


Depois de comermos corremos com a ajuda do vento de Erika novamente e graças a isso chegamos ao porto ao anoitecer, Raze disse que talvez pudéssemos passar a noite lá e de manhã pegarmos o barco, mas eu tive que discordar, eles poderiam chegar aqui enquanto dormíamos e isso nos traria muitos problemas, então fui até o porto ver se não havia mesmo nenhum barco lá, tivemos azar, não havia barco algum, porem quando olhei para a ponta do porto consegui ver um pequeno barco a vela, e logo nos dirigimos até ele, com a esperança de que tivesse alguém lá, por sorte o provável dono do barco estava colocando algumas cargas no barco e parou para nos ouvir.


-O senhor é o dono deste barco?- Eu perguntei calmamente.


- Sim, prazer, meu nome é Cid.


- Pois bem senhor Cid, temos que fazer uma viajem urgente e precisamos do seu barco.


- E para onde vão com tanta pressa?


- Vamos até Waltz.


- É uma pena, meu barco vai parar em Seiz, e é meio longe de lá sabe?


Seiz era uma cidade que não havia magia alguma, o povo de lá era adaptado à tecnologia e não a magia, mas ainda sim era uma cidade razoa mente grande, e a maior inimiga de adeptos de todos os tempos, mas não tínhamos escolha, era pegar ou largar.


-Ok, vamos pegar, depois pegamos um trem para Waltz ou coisa do gênero.


Cid concordou e nos colocou em seu barco cobrando uma pequena taxa, que iríamos pagar trabalhando no barco ou coisa do gênero, sinceramente não sei o por que não ganhei o costume de andar com minha carteira! Por mais que pareça não sou pobre, conseguiria pagar um barco dez vezes melhor que esses!


A noite foi difícil, eu passei a noite limpando o convés e lavando a lousa, Erika cozinhou para nós e Raze, simplesmente teve que resistir as cantadas de Cid que até chegou a “suborná-la”  com a opção de não trabalhar enquanto ela estivesse do lado dele, e ela aceitou, é nessas horas que eu queria ser mulher!!


Então, quando minhas mãos doíam de tanto trabalho parei para descansar sentado no convés olhando para o céu estrelado, até que, quando olhei para trás vi um homem de mais ou menos 1,75M usando um longo manto azul cobrindo-lhe o corpo em minha frente, mas vi, mesmo aparecendo feito um ninja ele não tinha uma presença ofensiva, parecia que estava lá só para conversar.


-Quem é você?


-Um inimigo.


- Se você fosse um inimigo acho que já teria me matado antes de eu te perceber né?


- Não agora, vim aqui apenas como mensageiro, e te digo, eu estou me segurando para não lhe arrancar a cabeça agora mesmo.


Então dei uma boa olhada nele, ele não era um “homem” era apenas um adolescente de uns 17 anos, porem ele tinha cabelos brancos que caiam nos ombros e profundos olhos vermelhos sangue, e eu podia ver em suas costas uma longa Katana, de quase 1,60 metros.


-Então, qual é a mensagem?


- Eu trago a vida e a morte;Sou o começo e o fim;Torturo aqueles que me odeiam e agrado aos que me louvam; sou aquilo que tem vivido com os mortais desde o princípio; Não sou deus ou o diabo; Sou um ser vivo mas não me mexo, apenas observo; Que meus frutos tragam-lhe harmonia na troca por ódio; Eu sou..............


Não deixei ele terminar, eu apenas apontei minha espada para seu pescoço e ele deixou-se ser encurralado de propósito e eu, inconformado com aquele encantamento, achava que só eu sabia usá-lo,  pois, ninguém nunca nem ao menos pensaria em usar ele.


-Como você sabe usar isso?


-Eu não sei usar, só estava falando os versos, mas então? Você admite que conhece esse encantamento?


-Tsc.........



Não consegui fazer mais nada alem de virar o rosto e ficar com cara de bravo e quando me virei para olhar o rosto do maldito ele não estava mais lá, então, com raiva, fui dormir e tive um pesadelo.



 


No meu pesadelo eu estava simplesmente sozinho numa cidade devastada com uma grande “Arvore” amarela saindo do chão, seus ramos estavam cheios de um fruto prateado que na verdade eram feitos de almas que saiam do chão e iam na direção da árvore. A árvore tinha pelo menos 500m metros de altura e cada ramo seu tinha uns 100m.



Então comecei a andar pela cidade devastada em busca de algo, que eu não sabia o que era, porem, depois de muito tempo de busca encontrei, mas, antes de ver o que era eu acordei.



 


Acordei com Erika na minha frente me balançando dizendo que havíamos chegado e que tínhamos que descer agora, mas o desespero dela era estranho, algo ruim deve ter acontecido.


-O que aconteceu? Por que o desespero?


-Aconteceu um desentendimento entre Raze e o Cid quando nós chegamos e se não descermos agora !!


- Me conta logo o que aconteceu, depois eu levanto com calma, ou não.


Erika me explico que Cid tinha pedido a Raze para ficar, mas ela recusou calmamente, e depois Cid continuou insistindo como se realmente achasse que conseguiria um resultado, então Raze soltou a bomba, ela falou “ Pelo amor de deus, como você é irritante! Não ficaria num barco que cheira a peixe morto e queijo estragado nem se eu não tivesse nariz!”, se eu fosse um marinheiro que tem esse barco a tanto tempo quanto Cid eu teria matado Raze naquele instante, mas por “gentileza”  ele só nos expulsou do barco.


Quando subi no convés Raze já estava de malas feitas e esperando por nós na saída, eu simplesmente me desculpei com Cid e descemos do barco, agora estávamos em Seiz, a cidade onde não havia magia. Antes de começarmos a ir para Waltz decidimos passar a noite aqui e no dia seguinte partirmos  e quando estávamos procurando por um hotel para ficarmos alguém esbarrou em mim com tal força que cai no chão, e esse alguém estava em cima de mim,  eu sabia disso porque ela usava uma mini saia que agora estava encima do meu rosto, então comecei a ouvir ela reclamar, pela voz provavelmente era uma criança.


- Ai, ai!! Não deveria correr tão rápido enquanto fujo!Ein?


Acho que ela finalmente percebeu onde meu rosto estava, pois ela pulou com tanta vontade que até me machucou, assim finalmente consegui ver seu rosto, era uma criança de quase 12 anos e estava levando algo parecido com um cano de 1m de diâmetro nas costas, imagino que seja para seu pai,ela tinha cabelos loiros e usava marias-chiquinhas e seus olhos eram de um verde muito claro.


- Pervertido!!Pedófilo!! AAAAAAAAAHHHHHHHHH


Ela estava gritando tanto que começou a chamar atenção na rua, então logo tapei a boca dela e comecei a cochichar em seu ouvido.


-Garota, você que esbarrou em mim em primeiro lugar, então por favor não faça toda essa gritaria! Me desculpe por olhar sua calcinha, agora você pode se desculpar por esbarrar em mim e ficarmos amigos?


A garota abaixou a cabeça e ficou olhando para baixo, e depois voltou a olhar para mim e falou com uma voz educada.


- Me desculpa por esbarrar em você tio.


- Ser chamado de “tio” me dói muito, então me chame de Mathius ta?


- Tudo bem! Me desculpe Ma.....Mathi....., tio seu nome é difícil! Vou te chamar de Mat!!


Dei uma risadinha e depois fiz um cafuné na cabeça dela, logo após ela foi embora correndo, ela devia estar com muita pressa. Então me virei para Raze e Erika e começamos a procurar um lugar para ficar novamente.


Depois de duas horas de procura incessante encontramos uma estalagem onde poderíamos ficar em troca de trabalho não muito forçado, eu iria lavar pratos enquanto Raze e Erika seriam garçonetes do lugar, sinceramente acho que tenho cara de quem gosta de lavar pratos e que Raze tem cara de........”Acompanhante de políticos”, por que nosso trabalhos são praticamente os mesmos da ultima vez, só espero que Raze não insulte o lugar novamente. O dia se passou com eu lavando pratos e Raze e Erika sedo bajuladas por todos os clientes, então, quando finalmente a noite caiu fomos todos dormir esperando pelo dia seguinte quando iríamos para Waltz.


   


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Como o encantamento está realacionado ao passado de Mathius?
Será que o "encontro" deles com a pequena foi uma mera conhecidencia?

Sinceramente vocês vão descobrir se não enjoarem e esperarem o proximo capítulo!



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