My Dark Side escrita por Kelly


Capítulo 28
Terminar sem começar //


Notas iniciais do capítulo

Olááá , hoje vou postar dois capítulos :)
ps. vejam em baixo o porquê , bjinhos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/343248/chapter/28

Anteriormente em My Dark Side:
–Estás bem. Eu peguei-te. Estás bem, Cassie. - ouvi-o dizer.
–Tira-me daqui. - pedi, com a voz embargada, pegando nos diários do meu tio.
Senti Stefan pegar-me ao colo e tirar-me dali.

Atualmente em My Dark Side:

Pov. Cassie

Entrei em casa, apoiada em Stefan.
–Obrigada. - agradeci.
–Acho que estares a agradecer é um bom sinal. - respondeu, sorrindo.
O meu melhor amigo vampiro largou-me, hesitante e foi em direção ao seu quarto. Fui a passos lentos para a sala principal. Assim que vi Damon cambaleei, rápido, até ele. Assim como ele aproximou-se, em passos acelerados e abracei-o, com força, começando a chorar silenciosamente. Ele passava as mãos pelo meu cabelo, aconchegando-me. Afastei-me, olhando-o nos olhos.
–Eu... estou a sentir, Damon. - solucei - Eu pensei que tu...
–Eu sei. - confessou, analisando-me - Estou bem. Nós estamos bem.
Damon beijou-me a testa, apanhando-me de surpresa.
–Está tudo a atingir-me... De uma vez. - expliquei, com a voz embargada e ele assentiu.
–Vai passar... - sussurra e eu nego, com a cabeça.
–Eu fiz coisas horríveis! - exclamei, arrependida - Usei as pessoas como alimento, cacei-as.
Ele agarrou na minha cara, com uma mão de cada lado e olhou nos meus olhos, fazendo-me acalmar graças ao azul dos seus olhos.
–Tu és uma boa pessoa, Cassie. Só porque as pessoas fazem coisas horríveis , isso não faz delas pessoas horríveis. - repetiu o que lhe disse.
Eu sorri fraca e subi para o meu quarto, tomei um duche e vesti umas roupas confortáveis. Desci, seguidamente, para a sala e sentei-me no sofá, ao lado da lareira com o diário do meu tio Grayson e comecei a lê-lo. Alguns minutos depois, ouvi passos e olhei vendo Damon, caminhar até mim com uma caneca na mão.
–É estranho. Mesmo quando crianças, havia algo naquele porão que nos assustava. - comentei.
Ele sentou-se ao meu lado, noutro sofá mais pequeno e estendeu a caneca na minha direção.
–Queres mesmo ter pesadelos por leres isso? - perguntou.
Eu peguei, bebendo um pouco e sentindo-me quente.
–E lembro-me do meu tio falar comigo e com Elena sobre uma menininha. - continuo, pousando a caneca na mesinha - Acho que ele referia-se à minha colega Megan. Ouve: "Janeiro de 1999. Visitei Megan King hoje. Ela tem 7 anos. Sofre de um defeito cardíaco congênito. A expectativa de vida é de 2 meses. Uma injeção de sangue de vampiro parece ser a solução eficaz para salva-la".
Damon olhou-me atento e curioso.
–Ela tinha uma foto do meu tio no telemóvel porque ele salvou-a. - conclui sorrindo, doce.
–Centenas de paginas de torturas, e tu achaste uma passagem feliz. - disse ele.
–O meu tio usava a pesquisa para salvar pessoas, Damon. - expliquei - Crianças, famílias.
–E enquanto isso ia dessecando vampiros. - acusou Dam e eu sorri triste - Só para lembrar, Cassie. Tu és uma vampira. Achas mesmo que ele se sentaria aqui e te veria como algo além disso?
–Não sei. - confessei, suspirando - Mas é o meu tio. Preciso de defende-lo.
Damon levantou-se e virou-me as costas caminhando.
–Sei que precisas. - disse ele - Tu defendes-me o tempo todo.
–Não estou a defender-te. - corrigi, confusa - Não estou a defender a tua decisão de matar toda a familia de Aaron. De saíres da cidade e matares a tia dele... Enquanto estávamos naquela de... grandes amigos.
Damon voltou-se, novamente e olhou-me.
–Então porque ainda continuas aqui? - perguntou e eu olhei-o confusa - Sou mau, Cassie! Eu sou mau para ti! Então porque não ficas o mais longe que puderes de mim?
Eu levantei-me, atordoada com as suas palavras.
–Porque ... há algo entre nós, Damon. - confessei, cansada de tudo - Eu não consigo não sentir nada! E quando eu tento, eu sinto mais. Tudo aquilo que sofri por tua causa já não existe mais. O que sobrou foi o sentimento. Por mais que tenha doído, só me lembro da parte boa. E eu não sei porquê!
Conforme fui falando fui avançando mais passos, aproximando-me de Damon. Houve um silencio, em que ele ficou surpreso e pensativo.
–Agora, eu vou escolher. E escolho deixar-te ir. Ir embora daqui enquanto tens oportunidade. - disse ele e eu olho-o confuso.
–O quê? - perguntei, olhando-o - Não, Damon.
–Escolho não ter que pensar como te vais sentir sempre que um fantasma do meu passado aparecer. - avisou Damon - Escolho libera-te de me defenderes por todas as coisas más que fiz.
–Para de agir como se eu fosse uma menina perfeita! - exclamei irritada e ele virou-me as costas caminhando - Eu também fiz coisas horríveis! Achas que te vou julgar depois que eu soube que te torturaram por 5 anos?
–Para de me defender! - gritou , voltando-se para mim e eu encolhi-me um pouco - Não vou mudar quem sou, Cassie. Não posso. Mas eu nego-me a mudar-te.
Damon voltou-se outra vez, pronto para caminhar enquanto os meus olhos se começaram a encher de água. E então ele foi, deixando-me para trás. Sentei-me no sofá, em que eu estava anteriormente, largando algumas lagrimas. Peguei no diário do meu tio e pensei se o devia mostrar para Elena. Não, não vou. A minha prima deve ficar com a memoria perfeita do pai, então aproximei-me da lareira e suspirei entre lagrimas. Beijei o diário e lancei-o para o fogo, deixando-o ser consumido e destruído.

~dia seguinte~

Abri os olhos, novamente, não conseguindo dormir. Vi que todas ainda dormiam, então tapei a minha cara com o cobertor. Quando, mais tarde, todas se levantaram, eu fui tomar um duche e vestir-me. Quando voltei para o quarto, consegui ficar sozinha com Bonnie e então aproximei-me.
–Lamento. - confessei e ela olhou-me - Lamento por tudo, Bon.

A minha amiga abraçou-me forte e eu retribui. Que saudades desta bruxa linda... ancora, Ups. Meu deus, ambas nos soltamos e rimos, respirando fundo para não chorarmos. Quando Caroline saiu do banheiro, entrou Bonnie. Elena fica lá enquanto toas vamos, é verdade... lentinha. Eu senti o olhar fixo de Caroline, sobre mim. Olhei-a, insinuando uma explicação da sua parte.
–Ah... que aconteceu? - perguntou, curiosa.
Eu contei-lhe sobre Damon, tomando cuidado de, talvez, ocultar alguns detalhes.

~mais tarde~

Ouvíamos os rapazes fazerem festa, bebendo, pela morte da Katherine. Entramos na sala da mansão Salvatore.
–Sério? - exclamou Elena.
–Estávamos apenas... - tentou Jeremy explicar-se.
–Nós sabemos o que estavam a fazer. - disse eu, e caminhámos até eles - E podem parar!
Jeremy olhou-me não acreditando. Eu coloquei-me em frente à mesa de bebida e olhei para Damon que retribuiu o olhar. Eu peguei no copo que estava na mão dele.
–Se alguém vai comemorar os últimos dias de Katherine... Serei eu e Elena. - avisei sorrindo.
Entreguei um copo a Elena e olhei para todos.
–Ela fingiu ser Elena comigo, varias vezes. - e eu e Lena bebemos.
Pegamos noutro copo.
–Fez a tia Jenna se apunhalar no estômago, quase matando um membro da nossa familia. - lembrou Elena - E cortou os dedos do tio John.
–Ele fez por merecer. - acusou Jeremy.
Ambas nos olhamos e assentimos sorrindo. Caroline e Bonnie juntaram-se e começamos a celebrar. Matt saiu para ir buscar mais bebida.
–Ela tentou matar-me! - exclamei, bebendo o 30º copo.
–Ela matou-me... - disse Caroline e também bebeu, assim como Elena.
Stefan entrou na sala.
–Parem ou saiam daqui. Estão sendo insensíveis. - acusou ele e olhamos-o.
–Qual é, Stefan. Não deixes que uma versão humana e frágil de Elena te manipule. - pediu Damon, dando um copo ao irmão.
–Em 1864, Katherine mudou-se para a minha casa, onde me obrigou a ama-la, seduzindo o meu irmão e nos dava sangue de vampiro. E então iniciou uma guerra que nos matou. - disse Stefan.
–Exatamente. Saúde. - disse Damon.
–Mas seculos antes disso, ela era só uma garota inocente que foi rejeitada pela familia. - lembrou o vampiro - Então por 500 anos ela mentiu, manipulou e fez tudo para sobreviver. E ela conseguiu. Ela é uma sobrevivente, certo? Vou brindar por essa garota. Saúde.
Eu baixei a cabeça , pensado nisso.
–A garrafa está vazia. - comentou Bonnie.
–Pois está. - disse Damon, pegando-a e levantando-se - Nadia, a filha do diabo. Caroline lembraste de contar isso?
Eu engasguei-me com a bebida e comecei a tossir, enquanto Caroline bateu com a mão na testa esquecida. Katherine tem uma filha?!
–Acho que o meu cérebro explodiu. - disse Elena.
Todos nos levantamos e olhamos para a rapariga. Eu reconheci-a e aproximei-me.
–Tu? - perguntei e ela olhou-me.
–Cassie Gilbert. - respondeu.
–Uou. O que está a acontecer? - perguntou Caroline.
–Raptaste-me. - lembrei.
–Pois. Lamento esse incidente. - respondeu ela.
–Katherine está lá em cima. - avisou Elena.
–Na verdade estou aqui para vos vera todos. - disse, olhando todos -Encontrei um modo de salvar a minha mãe. E preciso de ajuda.
–Não. Nem pensar. - respondeu Damon - Até o meu irmão influenciável sabe que vou chuta-lo daqui até à China se ele ajudar a Katherine a viver mais um dia nesta terra.
Damon começou a olhar à volta.
–Pois. Sem voluntários. - disse Damon.
–Foi o que imaginei. - pousou um anel na mesa - Por isso é que encontrei o cofre em que Stefan ficou preso e enterrei-o com Matt lá dentro, sem o anel.
Eu olhei-a atonita e preocupada, levantando-me.

~mais tarde~

Sai do carro, quando Nadia parou, assim como Stefan.
–Imaginei que seriam vocês os voluntários. - confessou ela.
–Parabéns pela intuição. - ironizou Stef.
– Estamos aqui, voluntariamo-nos. Agora diz-nos onde está o Matt. - pedi, seguindo-as.
–Liberto o Matt quando me ajudares no que quero.- avisou.
–O que é? - perguntou Stefan.
–Um viajante. - respondeu Nadia e olhamos-a - Katherine nasceu numa linhagem de viajantes. Ela pode ser passageira no corpo de alguém se um viajante a ensinar.
–Como o teu namorado Gregor que ficou no corpo do Matt? - perguntei curiosa.
–Até Katherine o matar. - completou Stefan e eu olhei-o.
–Gregor iria mata-la, provavelmente, só estava protegendo-a. - conclui - E no fim, Katherine é mãe dela.
Chegamos a uma casa e olhei à volta.
–Chegamos. - avisou Nadia.
– Katherine vai tomar mais uma vida? - perguntei.
–Não a vida de qualquer um. A minha. - respondeu e eu olhei-a, surpreendida - Vou faze-la passageira no meu corpo.
Nós olhamo-nos e seguimos-a. Entramos numa casa velha, a cair de podre.
–Não é muito luxuoso. Viajantes não possuem muito. - explicou Nadia - Sempre estão se locomovendo. Mas às vezes os seus serviços podem ser comprados.
Uma mulher apareceu, aproximando-se de nós e eu cheguei-me para perto de Stefan.
–Encontrei um que pediu o preço certo. - disse ela.
–Trouxeste-as. - disse ela.
–Sim, Mia. - concordou Nadia- Pronta para fazeres o serviço?
Mia passou pelo meu lado, olhando-nos e caminhou até à filha de Katherine.
–O que está a acontecer? - perguntou a minha prima.
–Tenho um pressentimento que o preço somos nós. - respondi, vendo Mia nos analisar.
–Desculpem, mas pediram copias. - explicou Nadia e eu olhei-a confusa.
–Mas como tu sabes que eu...? - ela sorriu.
–A minha mãe contou-me da Gisela. - respondeu ela - Podia ter sido Elena mas toda a gente tem preferência por ti. Não sei porquê, Cassie.
Eu engoli em seco e olhei Stefan, que retribuiu o olhar. De seguida elas saíram da cabana em velocidade vampírica. Eu olhei à volta, assim como o vampiro. Corri até à porta, que se fechou e o sol começou a queimar-me , então recuei até Stefan.
–Nossos anéis. - disse eu - Estão enfeitiçados.
–Não podemos sair. - disse Stef.
Pessoas começaram a entrar e a surgir de todos os lados, falando coisas que não me parece linguagem de bruxa. Começamos a recuar, e um pedaço da cabana soltou-se fazendo entrar sol. Queimei-me mais e continuamos a recuar. Stefan começou a puxar-me para um canto, onde está sombra. Algumas pessoas aproximaram-se , um deles com dois baldes, pousando-os no chão à nossa frente.
–Não sabes falar a língua deles, sabes? - perguntou ele.
–Não. - respondi e o homem sacou uma faca - Stefan?
Ele pegou o meu braço e Stefan colocou uma mão à frente da faca, que foi desviada pelo homem.
–Tudo bem. - disse eu - Acho que quer sangue de cópia.
Ele fez-me um corte apenas, deixando escorrer o sangue para um dos baldes. Seguidamente, pegou no de Stefan e repetiu o processo que fez em mim.
–Devíamos arrancar a cabeça dele? - perguntou ele, olhando-me.
–Depende. Se o matar-mos o resto das tabuas vão cair? - perguntei, olhando-o.
–Certo. Sangue, então. - concordou Stef.
Olhei para o meu pulso e fiquei preocupada.
–Porque não nos estamos a curar? - perguntei confusa e ele encolheu os ombros.
Passou-se algum tempo e os baldes já iam a meio.
–O que aconteceu entre ti e o Damon? - perguntou Stefan.
–Acho que a nossa amizade acabou. - respondi, não indo muito ao detalhe.
–E eu acho que Damon continua a afastar-te porque ele se odeia. Pelo que é e pelo que fez. - olhamo-nos - Lembra-te que nunca desististe de mim, no verão, então não desistas dele. Não o deixes desistir de ti também.
Eu sorri, baixei a cabeça e assenti. Reparei que o meu pulso estava a sarar.
–Tudo o que precisavam de nós era um pouco de sangue? - perguntei.
Passei a mão no sol e não queimei.
–Vamos sair daqui. - avisou Stefan, puxando-me.
–Vamos. - concordei.

~mais tarde~

Eu entrei no quarto de Stefan, vendo-o beijar a testa de Katherine.
–Adeus Katherine. - ouvi-o sussurrar.
Sorri triste.
–Ela está.. ? - perguntei.
–Ainda não. - respondeu - Com estas drogas... Ela não irá acordar novamente.

Pov. Stefan

–O que seja que estiver acontecendo entre ti e a Cassie, precisas de consertar. - avisei, olhando Damon - Ela é a melhor coisa que te aconteceu.
–Achas que não sei disso? Como olhar para a garota que tu amas e dizer a ti mesmo que é hora de seguir em frente ? - exclamou e ficou pensativo - Não posso viver sem a loirinha. Mas sabes que não sou melhor que a Katherine. A Cassie será mais feliz sem mim.
Eu olhei-o, quase sorrindo e ele olhou-me confuso. Então sorri e olhei para a frente.
–O quê? Estou a ser generoso. Não me olhes assim. - disse Damon.
–Não estou a fazer nada. - disse eu, olhando-o.
– A maldita da Katherine Pierce pode ser generosa, e eu não? - pergunto ele, irónico.
Eu bebi um pouco de uísque.
–Se eu tiver algo com a Cassie e seja lá qual for a consequência... Até porque o universo torce para que cópias fiquem juntas. Espero que tu banques o bonzinho. - avisou irónico.
–Vou pensar nisso. - respondi sorrindo.
–Faz isso. - disse, sério.

Pov. Cassie

Vi Katherine abrir os olhos e respirar ofegante.
–Posso jurar que ouvi o teu coração parar de bater. - disse eu, surpreendida.
–Onde estou? - perguntou.
–Viva. - respondi.
–Achei que tinha morrido por um segundo, mas ainda tenho negócios inacabados. - explicou Katherine.
–Eu também. Eu tinha um grande discurso, para dizer ao teu corpo inconsciente. - avisei sorrindo.
–Deixa-me adivinhar. Odeio, detesto, morre vadia, etc. - acusou ela.
–Ah... - eu mordi o lábio - Eu perdoou-te.
–Tu o quê? - perguntou, surpresa.
–Eu perdoou-te. - repeti e sorri doce - Tu não nasceste má. A tua vida fez-te assim. Perdeste todos que amavas, muito jovem. E não tens uma familia que cuide de ti. Soa-te familiar?
–É que... não somos tão diferentes. - respondeu ela, fraca - Então, o discurso? Eu preferia ignora-lo.
–Guardarei para o funeral que não faremos. - respondi , sorrindo.
–Perfeito. - disse a ex-vampira, tentando sorrir.
–Só queria chegar na parte do perdão. - expliquei - Eu sou assim... e não me quero perder.
–Bom para ti. - disse e tossiu forte - Talvez pudesses ajudar-me... E me dares mais uma aplicação. Se alguém irá... enfiar uma agulha em mim pela ultima vez... quero que sejas tu, Cassie.
Eu peguei na seringa, na mesinha e olhei para ela com os olhos cheios de água.
–Gostavas que fosse a tua irmã aqui. A dizer que lamentava tudo e que te ama. - conclui, limpando uma lagrima que escapou - Eu acredito que ela te amou.
–Eu não... - sussurrou ela.
Peguei no seu braço.
–Cassie... - chamou e eu olhei-a, largando outra lagrima - Obrigada pelo teu perdão.
–De nada, Katherine. - sorri doce.
Encostei a seringa na sua veia, aproximando-me e ejetei o liquido. Ela agarrou na minha cara, apanhando-me de surpresa e disse umas palavras estranhas, e depois só me lembro do impacto no chão. Voltei à consciência, ouvindo o meu telemóvel tocar, peguei-o e atendi.
–Alô.- saudei, atordoada.
–Tcaneck...
Não me lembro de mais nada.

~minutos depois~

Pov. Katherine

Aproximei-me do espelho e fiz um ar sexy, até dei uma volta.
–Oi. Eu sou Cassie Gilbert. - disse, sorrindo doce.
Ri, depois. Tenho a aparência da Gisela, tenho o poder da Gisela e tenho tudo o que sempre sonhei.

~dia seguinte~


Eu olhava pela janela, já aborrecida, quando Nadia entrou no quarto.
–Mia disse que precisa do teu cadáver. - avisou e eu olhei-a confusa.
–O meu cadáver? - perguntei irónica - Viajantes podiam ser mais assustadores?
–Sê agradável. - pediu Nadia - Sem Mia, tu não estarias viva, nem dentro do corpo da Cassie.
–Eu sei. Estaria morta dentro do meu cadáver. - concordei, sorrindo irónica - Um cadáver cujo qual os viajantes precisam. Percebeste como é assustador?
–Queres controlar o corpo da Cassie, ou não? - perguntou Nadia.
–Eu percebi, ok? Não temos ideia de quando a loira vai aparecer. - comentei e olhei-a - Queres dizer-me o que estás a fazer?

–Fica na cama. - ordenou e colocou lá uma algema - Apenas no caso de Cassie resolver aparecer enquanto eu procuro pelo teu corpo.
–Então eu vou ficar trancada num quarto de hotel, presa a uma cama... - o "meu" telemóvel tocou e levantei-o - Enquanto Damon Salvatore me deixa mensagens de voz? Diz-me como isto é melhor do que estar morta.
Eu levantei-me e caminhei até à minha filha. Sentei-me na cama, preparando-me para ficar no tédio.
–Porque quando Mia terminar o feitiço, Cassie vai desaparecer para sempre. - ela prendeu as minhas mãos - E este corpo... Será teu para sempre, assim como o poder que ele carrega.
Eu sorri feliz, afinal... eu tenho tudo o que sempre sonhei. Nadia saiu do quarto, indo procurar o meu cadáver morto e sujo.

Pov. Caroline

O meu telemóvel começou a tocar depois de Aaron sair do dormitório e eu corri para atender.
–Alô, fala Caroline Forbes. - saudei.
–Preciso de um favor. - avisou o Salvatore - Sabes que o Damon tentou dar uma de nobre e afastou a Cassie?
–Claro, ela contou-me. Tomei champanhe sem ela ver. - respondi, sincera.
–Bem, eu meio que o convenci de que ele foi um idiota. - disse Stefan.
Eu parei de limpar e arregalei os olhos.
–Tu o quê?! - exclamei.
–Agora ele está bem animado... - comentou o vampiro - Acredito que ele esteja a tentar falar com ela, mas ela não retorna as ligações.
–Deste o momento em que a Cassie pôs um pé em Mystic Falls eu avisei-a para se afastar de Damon. Agora, ela está. - expliquei- Eu ajudaria se achasse que ele é uma boa companhia para ela, mas não acho.
–Caroline... Gostarias de ser julgada apenas por quem amas? - perguntou Stef.
Eu fiquei alerta e pensei em Klaus, logo.
–Porquê? Sabes de algo? - perguntei preocupada.
–Porquê? Devia saber de algo? - perguntou, desconfiado.
–Só me pergunto... se é isto que tu realmente queres. Admite, Stefan, que no primeiro dia que os apresentaste morreste de medo dele a usar... - lembrei, mudando de assunto - Ambos queremos o melhor para ela.
–Eu realmente acredito que isto seja bom para ambos. - respondeu Stefan - Ela fá-lo feliz, e nós sabemos que quando Damon está feliz...
–Ele não está a matar ninguém. - completei, suspirando - O que é algo positivo para a humanidade.
–Ela faz dele uma pessoa melhor. - confessou ele.
–Mesmo que eu quisesse ajudar, ela não está aqui. Pensei que estivesse aí. - expliquei, confusa.
–Ela disse que ia ficar em Whitmore. - respondeu Stef.
–Ok... isso é estranho... - disse eu, desconfiada - Então, onde raios ela está?

Pov. Katherine

Estou presa à algumas horas, acho. Sinceramente, não sei. Bufei mais uma vez, achando isto secante demais e o telemóvel começou a tocar mais uma vez.
–Isso nunca se cala?! - exclamei, farta.
Respirei fundo, para me acalmar. Comecei a olhar á volta, sentindo-me um pouco tonta e a ouvir uma vozes sussurrando. Fechei os olhos.

Pov. Cassie

Abri os olhos, desacordada e tonta. Olhei à volta confusa e assustada.
–Onde estou? - perguntei para o nada.
Tentei levantar-me mas algo me puxou para trás, olhei percebendo que o meu pulso está a ser apertado por uma algema. Puxei a outra mão, mas também prendeu. Tentei soltar-me.
–O que está a acontecer? - perguntei, novamente.
Voltei a puxar os meus braços, com força... sem efeito.
–Meu deus. - disse, lembrando-me - Katherine.
O meu desespero aumentou e ouvi um tremer de telemóvel. Olhei e vi o MEU telemóvel em cima de uma mesa, perto da janela. Agarrei nas correntes e com a minha força vampírica comecei a puxa-las, partindo as barras da cama e soltando-me. Levantei-me, urgente e corri até ao telemóvel, pegando-o. Ia carregar em atender quando Caroline, desligou. O meu telemóvel foi retirado das minhas mãos e eu voltei-me para trás, vendo Nadia.
–Olá, novamente, Cassie. - saudou ela.
–Tu puseste a Katherine dentro de mim ao invés de dentro de ti. - acusei.
Ela olhou-me nos olhos e disse outra palavra que não percebo. Apaguei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, as minhas aulas começam amanhã, então... não vou conseguir escrever, nem postar :( Agora, acho que só daqui a 2 meses :( Estou muito triste com isso ... Mas não me abandonem , bjinhos, gosto muito de vcs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Dark Side" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.