My Dark Side escrita por Kelly


Capítulo 26
A antiga Cassie morreu //


Notas iniciais do capítulo

Alô ahahaha novo capitulo gente :)



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Anteriormente em My Dark Side:

E eu desisti. Senti a dor extinguir-se e com isso foram todas as outras coisas. Levantei-me do chão, sai do duche e vesti-me. Aproximei-me da cama, lancei-me para trás, fixei o olhar no teto e sorri.


Atualmente em My Dark Side:

~dia seguinte~

O relógio marcava 9h28 quando acabei de atar o vestido. Balancei o meu cabelo loiro no espelho e sai do quarto, descendo para o andar de baixo.
–"Bonnie de volta" blá blá. - repeti o que ouvi Elena dizer e todos me olharam - Quando vais entender que ela não vai voltar, Elena?
–Vocês também ouviram certo?! - perguntou Damon confuso, olhando para Stefan e Elena.
–Cassie. - saudou Stef e eu sentei-me no sofá.
–Aqui o nosso amigo... - disse Damon ainda me olhando desconfiado - recuperou as memorias, todas.
Jeremy interrompeu-nos e sentou-se no sofá, despertando a nossa atenção. Ele contou uma ideia de Bonnie para traze-la de volta. Ela ser a ancora. Eu quase ri da estupida esperança deles.
–É mesmo. Tens razão, Jeremy. - disse Elena - Só precisamos de alguém para fazer o feitiço.
Todos me olharam e eu desviei o olhar.
–Ela não sabe o feitiço. - disse Jer, provavelmente a mando de Bonnie.
–Diz-me que não é quem estou a pensar. - pediu Damon.
–É sim. - respondeu Elena.
Eu rolei os olhos.

~minutos depois~

–Cassie. - entrou alguém no meu quarto.
–Sim, é esse o meu nome. - respondi.
Levantei-me da cama e fiquei sentada.
–Que se passa? - perguntou Stefan, parecendo preocupado.
–Nada. Está tudo prefeito. - respondi, ajeitando o cabelo e ele olhou-me nos olhos.
–Ontem estavas ... - interrompeu-se a si próprio.
Eu sorri, sem emoção.
–Desligaste a humanidade. - acusou Stef.
–Não me venhas com tretas, Stefan! - pedi irónica.
–Ouve, eu sei que estavas com dor, Cassie mas isto vai tornar-se pior. - avisou Stefan.
–Eu não sinto nada e isso sabe bem. - expliquei - Então, pensei que irias ficar feliz por eu estar bem.
Sai de casa em velocidade vampírica e resolvi ir beber algo ao Mystic Grill. Encontrei um rapaz num beco, depois de ter bebido uma cerveja. Empurrei-o, com força, contra a parede.
–Não te mexas e não grites. - compeliu.
Aproximei-me do rapaz e mordi o seu pescoço, sem piedade. Senti-o debater-se nos meus braços mas não parei, continuei a sugar-lhe o sangue. Larguei-o e ele caiu no chão, ajoelhei-me ao seu lado e toquei na ferida no pescoço.
–Ui, devias tratar disso. - avisei, sorrindo.
Passei a minha mão na sua face pálida, devido à falta de sangue. Ele olhou-me com medo.
–Foste um bom menino! - exclamei e olhei-o nos olhos - Esquece o que falamos.
Levantei-me, voltei-me de costas para o rapaz e preparei-me para caminhar mas antes sorri para o nada e então sim, caminhei para sair do beco. Ajeitei a jaqueta e continuei o caminho.

~mais tarde~

–Cassie Gilbert! - exclamou uma voz feminina.
Eu levantei-me curiosa e olhei a mulher parada ao lado de Damon.
–É para uma transa sem compromisso, Damon? - perguntei irónica.
–Eu gostava de saber o que se está a passar contigo mas não há tempo. Fica para depois. - avisou ele.
–Quem és tu? - perguntei, cruzando os braços.
–Tessa ou mais conhecida como Qetsiyah. - apresentou-se.
A bruxa aproximou-se de mim e analisou-me. Eu levantei as sobrancelhas. Damon saiu da sala, deixando-nos sozinhas.
–És muito famosa do outro lado. Dizem que és muito poderosa. - comentou a Tessa - Também dizem que tens bom coração.
Eu ri e ela olhou-me, analisando-me novamente.
–Desligaste a humanidade. - concluiu.
–Perspicaz. - elogiei.
–O que aconteceu? Algum homem te partiu o coração? Eu entendo. - disse ela.
–Pois. Amara, Silas, já ouvi falar. - comentei.

~minutos depois~

As três doppelganger colocaram-se à volta de uma mesa. Eu encostei-me à parede analisando, apenas enquanto Tessa se preparava para o feitiço. Finalmente, começou e eu senti a onda de poder, que está em jogo, me atingir. As luzes quase foram a baixo e eu olhei à volta desconfiada.

–Não!
–Está feito? - perguntou Katherine.
–Não, não está. - respondeu Tessa.
A sala foi preenchida por um vento e as luzes arrebentaram.
–O que está acontecendo? - perguntou Elena.

–É o Silas. - exclamou - Aparece idiota!
Agora sim, as luzes foram abaixo de vez. Eu vi um vulto passar por mim e identifiquei-o.
–Não vejo nada! - exclamou Katherine.
Damon apareceu atrás de mim, com uma lanterna.
–A energia foi-se na casa toda. - avisou ele - O que aconteceu?
–Silas. Deves lembrar-te, o teu amigo. - respondi irónica.
–Boa! Esperem... - ele apontou a lanterna para mim, Elena e Katherine - Só estou vendo duas cópias iguais. Onde está a doida?
–E a outra maluca? - perguntou Elena.
Eu voltei-me de costas para eles e sorri. Eu sei onde está a doida da pedra, eu vi Stefan leva-la. Sai da mansão em velocidade vampírica, eu vou gostar desta noite! Vi Silas atacar Stefan com magia e Amara soltar-se. Ponderei sobre o que fazer, assim que decidi caminhei atrás de Silas, apanhando uma faca do chão e espetei no seu peito. Stefan levantou-se e espetou mais fundo, fazendo Silas gritar e depois partiu-lhe o pescoço, matando-o.
–Uma ótima noite, não? - perguntei, sorrindo sem emoção.
Stefan caiu no chão e eu olhei-o.
–Que se passa contigo? - perguntei confusa.
O vampiro gritou e eu baixei-me ao seu lado, estreitando os olhos. Amara caminhou, até Silas, tirou a faca do seu peito e espetou na sua barriga.
–Não! - gritou Damon, correndo até ela.
Ele apanhou-a e tentou cura-la, mas a cura não deixa. Levantei-me e fui até eles. Talvez antes eu seria capaz de morrer por amor, sem duvida mas agora? Nunca. Quanto mais pessoas amamos, mais fracos seremos. Faremos coisas por elas que sabemos que não devemos fazer. Agiremos como tolos para mantê-las alegres e seguras. O amor vai acabar sendo aquilo que vai destruí-los. Eu acabei com ele pela raiz, para sempre.
–Cassie! - exclamou Damon - Ajuda-me.

–Porquê, Damon? Ela quer morrer. Eu gostava que alguém me tivesse deixado morrer. - respondi.
–Não! Amara! - exclamou ele.
–Deixa-me morrer. - pediu ela, fraca.
–Vês!? Deixa-a morrer. - avisei, cruzando os braços.
–Não, não. - disse Damon.
Ouvi o coração de Amara parar. Damon levantou-se e aproximou-se de mim.
–Que raio se passa contigo?! - gritou ele.
–Nada. - respondi calma e sorri, sem emoção.
Virei-lhe as costas, ajeitei a minha jaqueta e preparei-me para caminhar.
–Ela desligou a humanidade. - contou Stefan.
Voltei-me para olha-lo.
–O ataque de pânico acabou? - perguntei, irónica
Damon arregalou os olhos e levou as mãos à cabeça.
–Não! Tu estás de brincadeira, não é Cassie? - perguntou - Diz-me que estás de brincadeira?! Por favor...
–O amor foi a minha fraqueza durante todos estes anos, já era hora de eliminar isso. - expliquei, olhando-os.
–Cassie, podias ter-te agarrado à esperança de trazer Bonnie de volta. - avisou Stefan.
–E depois? Achas que a dor teria ido embora? Que o facto de ser uma vampira se tornaria uma coisa boa? - perguntei e sorri - Não há qualquer sinal de remorso, agora. Não olho para trás. Eu não amo. Eu não sinto.
–Tu vais liga-la de volta. Eu vou fazer com que ligues. - disse Damon.
–E estou melhor desta maneira. - respondi.
–Podes achar que estás mas não estás. - disse Stefan.

–Claro que estou. - corrigi e virei-lhes as costas.
–Um dia vais olhar nos meus olhos e dizer: Obrigado por não desistires de mim. - garantiu Damon.
Eu ignorei e sai dali em velocidade vampírica, voltando para casa. Entrei na mansão e vi uma figura conhecida em frente à lareira. Ela voltou-se e os meus olhos arregalaram-se levemente, porque vi nitidamente quem é. Ela sorriu.
–Cassie. - saudou e parecia ter lagrimas nos olhos.
A dor fez-se presente, me puxando para dentro, exigindo ser sentida. Eu quase cedi, então lembrei-me do que sofri e das lagrimas que chorei. Olhei para a rapariga como se nem a conhecesse.
–Bonnie. - saudei de volta e subi as escadas, indo para o meu quarto.

~2 dias depois~

–Então tu vais à festa como boa amiga que és. - avisou Damon, empurrando-me para a rua.
Eu rolei os olhos e voltei-me, quando quase chegávamos à porta, fazendo-nos ficar muito próximos. Ele dirigiu o seu olhar para os meus lábios e eu mordi-o para o provocar mais. Levei as minhas mãos ao inicio da sua camisa, desabotoando botão a botão.
–E se eu ficasse? - perguntei, sorrindo mesmo sem emoção.
Damon ia responder quando o beijei, fazendo-o apenas retribuir e apertar a minha cintura. Empurrei-o, indo junto, em velocidade vampírica contra a parede e continuamos a beijarmo-nos. Hesitei um pouco porque comecei a sentir algo muito forte, sim sentir e se eu me permitir sentir algo ... a humanidade volta e tudo o resto. Damon começou a subir a minha camisola, então ele parou o que fazia e afastou-me. Sorri, sem emoção e agradecida enquanto ele rolou os olhos.
–Pois. Faculdade, já. - disse ele.
Eu sorri e peguei na minha mala saindo de casa. Quando o olhei, antes de fechar a porta parecia bastante frustrado por o estar a usar apenas como distração.

~mais tarde~


Entrei no salão e vi Elena e Caroline a preparem tudo para a festa. Elas olharam-me.

–Finalmente! - exclamou a loira.
–Era suposto ter vindo mais cedo? - perguntei desentendida.
–Sim, Cassie. Claro. - respondeu ela.
–Ups. - disse apenas.
Vi-a rolar os olhos e continuar o que estava a fazer. Elena fez o mesmo.

–Onde está a ex-morta? - perguntei irónica.
–A TUA amiga está a matricular-se. - respondeu Elena.
Rolei os olhos, devido à estupida forma de me fazer ligar de volta e fui para o nosso dormitório, que tem mais uma nova ocupante. Larguei a mala no chão e sentei-me na cama, até que o meu telemóvel começou a tocar. Li Damon e pensei em não atender mas provoca-lo mais um pouco parece-me tentador.
–Alô. - saudei com a voz provocante.
–Já estás entregue às raparigas? - perguntou.
–Sim, se bem que o que começámos mais cedo é bem mais tentador. - provoquei.

Não ouvi nada durante um tempo, ficou sem resposta e eu sorri, sem emoção.

–Ouve, loirinha, porta-te bem. Por favor. - pediu.
Ouvi a conversa entre Caroline e Jesse, por telemóvel, que pedia ajuda urgente.
–Vou divertir-me, Damon. Apareceu uma ótima diversão. - avisei.
Damon ia dizer algo, provavelmente um sermão e eu desliguei antes disso. Desci, encontrando uma aflita Caroline a sair do salão. Passei reto por Elena e segui a loira, até ao quarto do namoradinho. Entrei logo atrás dela e vi Aaron no chão e olhei para Jesse.
–Vampiro? Fome incontrolável? Horrível? Eu entendo. - comentei, piscando o olho.
–Cassie, por favor! - exclamou Caroline e olhou para Jesse - Quem diabos te transformou em vampiro?!
O recém vampiro sentou-se e contou tudo, sobre ser torturado e trancado numa cela o dia todo enquanto de dia era alvo de experiencias. Fui, a mando de Caroline, buscar o estoque delas de bolsas de sangue e voltei.
–E estás com fome. - avisou Car para ele.
–Não por muito tempo! - exclamei, passando-lhe uma bolsa.
Elena entrou no quarto e aproximou-se.
–Como estás indo? - perguntou ela.
–Mais ou menos. - respondeu.
–Vais ficar melhor. - avisou Elena - Depois e beberes essa bolsa do nosso estoque.
–"Nosso", lá está a palavra outra vez. - comentou sorrindo - Também és?
–Sim. Primeira regra sobre ser vampiro: perceber o quão incrível é. - respondeu Elena sorrindo.
Eu aproximei-me deles e olhei para Jesse, cruzando os braços.
–Incrível. - repeti irónica - Quando todos os teu sentimentos se intensificarem, incluindo a dor, tu vais querer ter morrido e não virar um vampiro, Jesse. Isso é a pior coisa que te podia acontecer. A pior.
Todos me olhavam e eu virei as costas, saindo quarto. Voltei para o salão e entrei na casa de banho, balancei o meu cabelo no espelho e uma rapariga entrou. Ela sorriu para mim e eu olhei-a fixamente, ouvindo atentamente os seus batimentos cardíacos.
–Passou-se alguma coisa? - perguntou ela, simpática.
–Acho que me cansei da faculdade. Vou voltar uns dias para casa. - respondi, parecendo doce.
–Fazes bem. Chamo-me Camila. - apresentou-se e eu aproximei-me.
–Cassie. - apresentei-me, também.
Ela voltou-me as costas e ia a sair, quando coloquei uma mão no seu ombro. Camila voltou-se, olhando-me.
–Acho que vou precisar de um snack antes da viagem. - informei, transformando-me - Estou com tanta fome!

Saltei-lhe para o pescoço, mordendo-o. Quando vi que quase perdi-a os sentidos, parei e olhei-a nos olhos.
–Não contes o que se passou aqui. - compelia.

Olhei, fingindo estar preocupada, para a ferida no seu pescoço.
–Só tens de pôr algo aí. - avisei, lambendo os lábios.
Olhei para o meu pescoço e retirei o lenço que usava, colocando à volta do dela para tapar a ferida.
–Pronto. Já está. - avisei - Vemo-nos por aí, Camila.
Deixei-a recuperar do choque e sai da casa de banho. Fui ao dormitório buscar a minha mala e fui para o meu carro. Entrei e dirigi de volta para Mystic Falls. Damon quer que vá à festa e eu digo que não vou. Porque haveria de ir?! Só raparigas idiotas. Antes de tudo, entrei no beco e sorri ao ver um rapaz fumar. Aproximei-me e ele sorriu, piscando, ao ver-me.
–Adoro este beco. - comentei e transformei-me.
O rapaz assustou-se e começou acorrer para sair do beco. Sorri irónica e deixei-o quase chegar à saída, então fi-lo cair com magia. Eu adoro isto. O rapaz levantou-se e voltou a correr, eu coloquei-me na sua frente em velocidade vampírica.
–Damon tinha razão. A caçada dá tanto prazer. - disse eu, mordendo o seu pescoço.
Depois de deixa-lo ferido no beco e limpar a boca, entrei no Mystic Grill e fui até ao balcão, compelindo o empregado a dar-me uma garrafa de uísque. Vi Stefan numa mesa e fui até lá.
–Oi. - saudou ele, quando me sentei.
–Olha o que encontrei. - avisei, mostrando a garrada.
–Estou a deixar de beber. - avisou Stefan.
–Tudo bem. - respondi, bebendo da garrafa.
–Não era suposto estares a ajudar numa festa por causa da Bonnie? - perguntou ele, olhando-me.
–Damon conseguiu fazer-me lá ir, mas desisti. - respondi - Sabes que aquele novo namorado da Caroline, o Jesse, é um vampiro?
–Aquele que eu ataquei e tu salvaste-me? - perguntou, relembrando.
Eu percebi o truque, meu antigo eu. Sorri.
–Que seja. - disse eu - O que importa é que elas estão numa missão de salvamento, fazendo com que ele se sinta melhor por ser um monstro.
–Uau. A antiga Cassie ficaria lá e faria por ele tudo ao seu alcance. A doce Cassie. - acusou Stefan.

–Sim, aquela rapariga que morreu sem nenhum amigo ao seu lado? - perguntei irónica, bebendo mais - Ela era uma ótima rapariga!
–Ela ainda aí está. Eu sei que sim, Cassie. - confessou o vampiro - Sabes que o Damon não vai desistir, certo?
–Ele vai, um dia. - respondi e bebi mais um pouco - Mas fala-me sobre a dor que cresce no teu peito. Quão horrível é lembrar-se de tudo?
Sorri, sem emoção, esperando uma resposta.
–Bem, eu pensava que tudo ira acabar quando matasse Silas mas não. - respondeu.
–Eu poderia ajudar-te a livrares-te do trauma. - insinuei sorrindo.
–Claro. - ironizou - Que percebes tu de traumas, Cass?
–Nada, Stefan. Só vi a mina mãe morrer, num incendio na minha casa onde quase morri também. Fui raptada e morta. Mas nada de especial... - ironizei, também - Mas claro que irei querer algo em troca...
–E o que seria? - perguntou Stefan.
–Eu ajudo-te e tu fazes com que o teu irmão me deixe em paz, desligada. - propus.
Stefan olhou-me pensativo e levantou-se. Debruçou-se na mesa, olhando-me.
–Não. - respondeu - Porque não há nada que eu mais queira agora do que ver-te ligada.
Pegou na minha garrafa e saiu do Mystic Grill. Eu sai logo em seguida, entrei no carro e o meu telemóvel tocou. Peguei-o, atendendo.
–Alô. - saudei.
–Cassie, eu estou no campus e gostava de saber onde estás?! - exclamou Damon.
–Eu estive a tratar de uns assuntos. - respondi, calma.
–Pois, então volta já para aqui! - disse ele.
–Não és meu pai. - acusei, ligando o carro.
–Não, mas sou responsável por ti, então mete-te no carro e vem para o campus. - pediu Damon - Por favor, Cassie.
Pensei em provoca-lo mais um pouco, então sorri sem emoção. Desliguei-o telemóvel e fui, novamente, para aquela faculdade.

~mais tarde~

Entre no consultório de Wes e vi-o amarrado á maca enquanto Damon vi-a algo num armário.
–Estou aqui, pai. - avisei.
–Cassie? - perguntou o Dr. Maxfield - És um deles?
–É uma pena, eu sei. - respondi, irónica.
–Ótimo! - exclamou Damon, olhando-me.
Damon quer interroga-lo, percebi. Mas Wesley não quer falar. Eu encostei-me ao lado do vampiro.
–Não queres falar? É justo. - disse Damon e passou-me uma seringa.
Eu sorri, sem emoção e aproximei-me de Wes.
–Ela está desligada, então é um pouco cabra. É a assistente perfeita! - disse Damon para o coitado.
Eu encostei a agulha ao seu pescoço.
–Bem, acho que pelo meu estudo isto é uma bactéria comedora de carne. - expliquei, sem pena - Então injetar-lhe-ei isto e Damon fará umas perguntas. Se responderes certo beberás um pouco do nosso delicioso sangue. Se não... bem, não é uma opção certo?
Espetei-lhe e Wes baixou a cabeça. Olhei para Damon que sorriu.
–Ajudar os outros é ótimo não é? - perguntou Damon e eu rolei os olhos.
Wes estava pronto para as perguntas.
–Transformar um rapaz em um vampiro para testar nele? - perguntou Damon - Que duro. O que tem neste lugar que transforma as pessoas em cientistas malucos?
–Teste em humanos é uma parte vital da medicina atual. - respondeu ele.
–Mas as pessoas não são voluntárias? - perguntei irónica.
–Às vezes fazes o que é melhor para um bem maior. - disse ele.
Eu lembrei-me de mim, a antiga Cassie identificar-se-ia com essa frase.
–Não sou o melhor homem do mundo, mas o que fazes, parece coisa do anjo da morte, então devo perguntar... - disse Damon, entregando-me outra seringa - Qual é o seu bem maior?

Eu li a seringa e olhei-o.
–Raiva. Parece divertido. - comentei sorrindo.
Desmanchei o sorriso e espetei-a no seu braço. Esperamos algum tempo e nada.
–Raiva foi uma desilusão. Meu deus. - comentei, rolando os olhos - Procura algo mais imediato, Damon!
–Queria que Jesse fosse um novo tipo de vampiro. - contou Wesley.
–Isso é bem ambicioso. - comentou Damon.
–Sou muito inteligente. - disse o Dr. Maxfield.
Damon aproximou-se de mim e deu-me outra seringa. Aproximei-me de Wesley e li a seringa.
–Ebola. - disse eu sorrindo - Porquê?
–A vossa espécie é perigosa aos humanos. - respondeu ele.
–Sim e a tua também. - respondi irónica.
–Porque somos vosso alimento. Quero mudar isso. - completou - Se vampiros não se alimentassem de humanos, não seriam mais uma ameaça.

–Não vou cair nisso de medico bonzinho. - avisou Damon.
Dito isso, ia a espetar a seringa mas Damon segurou o meu braço. Olhei-o, aborrecida.
–Sangue humano só vai saciar o Jesse temporariamente, até ele provar o que realmente deseja. - avisou Wes.
–E o que seria isso? - perguntei, olhando-o nos olhos.
–Sangue de vampiro. - respondeu sorrindo.
Damon rapidamente ligou para Elena, para a avisar.
–Tudo bem. Não o mato. - disse para ela.
Damon aproximou-se do Dr. Maxfield.
–O problema é que eu conheço pessoas como tu. - avisou Damon - Bem melhor do que pensas. E se eu te deixar viver, vais voltar a atacar. Vais transformar outro vampiro, vais fazer outra experiência. A única maneira é simplesmente te matar. Sorte a tua que não estou com vontade de cavar.
Damon olhou para mim e eu aproximei-me mais de Wesley, mordendo o meu pulso e encostando à sua boca. A porta abriu-se e vi Jesse.
–O que fizeste comigo?! - exclamou Jesse e Damon olhou-o.
–Calma aí, matador. - pediu.
–Já não foi bom me prender e fazer experiencias comigo? - perguntou Jesse, irritado - E agora quero beber da garota que gosto.
–Alimentas-te de monstros, Jesse.- disse Wes, parando de beber do meu pulso.
Damon olhou para o meu pulso e Jesse veio na minha direção, empurrando-me para fora do consultório. Ele vinha na minha direção, quando Damon o parou.
–Caso o Dr. não te tenha dito sou muito mais velho e muito mais forte que tu. - ameaçou.
–Na verdade isso não está 100% certo. - avisou Wesley.
Levantei-me, limpando os vidros da minha roupa. Jesse empurrou Damon para o chão e veio para cima de mim, fazendo-nos cair a chão. Ele estava por cima de mim e eu empurrei-o para a parede mas rapidamente os papeis se inverteram.
–O que fizeram contigo? - perguntei.
Não tive mas força para o segurar e ele mordeu o meu pescoço. Eu tentei arranca-lo de lá e Damon fez o mesmo mas Jesse empurrou-o para longe apenas com uma mão. Eu gritei, sentindo dor.
–Cassie! - exclamou Elena, vindo na minha direção - Jesse, larga-a! Jesse!
Eu fiz força tentando solta-lo de mim, mas ele continuou a morder o meu pescoço com mais e mais força. Gritei alto.
–Ele vai arrancar a minha cabeça! - exclamei.
Fechei os olhos, forçando-o mais. Senti-o amolecer e então largou-me, caindo no chão. Vi uma estaca no seu peito e Damon veio até mim, vendo o meu pescoço.
–Eu estou bem. - disse, afastando-me.
Caroline apareceu e ajoelhou-se ao lado de Jesse.
–Aguenta! Fica comigo, por favor. - pedi-a, chorando.
E então ele morreu. Eu coloquei a mão no meu pescoço e respirei ofegante. Damon colocou as mãos de cada lado da minha cara e olhou-me nos olhos.
–Sentiste medo? Medo de morrer? Sentiste esperança? - perguntou, com esperança - O teu coração bateu mais rápido do que devia num vampiro? Sentiste alguma coisa?
–Não, Damon. - menti - Não senti medo ou nada. Não tenho coração, não mais.
Larguei-me dele e virei-lhe as costas.
–Sentiste sim, Cassie. Eu vi nos teus olhos. - disse.
Eu apenas caminhei, passado ao lado da loira, e voltei para o dormitório. Deitei-me na cama e apenas, adormeci.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham delirado com o capitulo! Bjinhos, comentem



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