Os dias seguintes estavam sendo normais, eu acordava cedo, ia para a escola, voltava, fazia os temas com Silena e Percy e depois nos encontrávamos com nossos amigos, enfim, minha vida era de uma adolescente normal de 16 anos de idade.

A única coisa que me assustava de vez em quando era Rachel, as vezes eu a pegava me encarando com raiva. Certo dia contei para Silena e Bianca sobre Rachel, mas elas pediram para eu não dar bola e foi o que fiz.

Já fazia dois meses que as aulas tinham começado e eu estava morando em New York. Hoje, depois que as aulas acabaram eu fiquei no colégio terminando um trabalho, tinha avisado para Percy e Silena que até às 4 horas chegaria em casa.

Eu estava indo em direção ao meu armário, já não tinha mais ninguém nos corredores, só estava eu no colégio. Olhei no relógio eram 3: 30, cheguei no meu armário guardei os meus livros e fui em direção a porta, quando sou puxada para dentro de uma sala, sou puxada com tanta força que caio no chão e bato com a cabeça em um armário. Meio tonta consigo levantar a cabeça e ver Rachel, na minha frente, sorrindo:

–Boa detenção queridinha! – ela saiu tão rápido que não tive tempo de fazer nada, apenas ouvi o CLIC dela trancado a porta.

Fiquei encolhida em um canto da sala – que era um deposito de limpeza, sem janela e sem luz – até que não aguentei mais e comecei a gritar e a bater na porta, sem perceber que as lagrimas que eu tinha segurado até agora já tinham começado a rolar pelo meu rosto. Continuei gritando por socorro e batendo na porta.

–Annabeth! – ouvi uma voz familiar do outro lado da porta.

–Percy! Aqui Percy! – gritei batendo na porta

–Annabeth! Você ta aqui? – ele perguntou batendo do outro lado da porta

–Sim, eu estou presa, Percy. – respondi

–Ta, er... Saia de trás da porta, eu vou arrombar.

–Ok.

Em segundos a portinha de madeira do deposito se quebrou toda e Percy entrou.

–Annie! – ele me abraçou enquanto eu sentava segurar as lagrimas que lutavam para sair – O que aconteceu?

–Vamos sair daqui. – falei entre soluços – No caminho eu explico tudo.

–Ta bom, vem. – ele disse me guiando entre as madeiras quebradas.

Quando chegamos ao carro contei tudo o que tinha acontecido, desde que eu deixara as minhas coisas no armário.

–E ela te machucou? – ele perguntou assim que eu terminei

–Não... Só quando eu cai no chão, mas...

–Ah, eu vou matar a Rachel!

–Não! Percy não! Me promete que não vai fazer nada, por favor. - pedi

–Desculpa Annie, mas não posso fazer isso, não depois do que ela fez com você.

–Percy, por favor, depois vai sobrar para mim.

Ele se virou para mim e segurou as minhas mãos.

–Eu prometo que não vou deixar ela encostar uma dedo em você, ok?

–Percy...

–Annie, confia em mim. Vai ser até engraçado.

–Perai, você já sabe o que vai faze?

–Já! – ele deu um sorriso malicioso

Respirei fundo

–Ta! Vamos logo para casa.

Assim que chegamos pedi para Percy contar tudo o que tinha acontecido no colégio enquanto eu tomava um banho, o que não adiantou nada porque na hora da janta Sarah e Silena não pararam de fazer perguntas sobre o ocorrido.

–Amanhã eu vou junto com vocês nessa escola falar com o diretor. Como ele deixou isso acontecer? – perguntou Sarah

–Mas Sarah, se você fizer isso o Percy vai ser punido por ter arrombado a porta do deposito de limpeza.

–É, mas relaxa mãe! Eu já sei o que eu vou fazer para me vingar da Rachel.

–O que você vai fazer? – perguntou Silena

–Logo vocês saberão. – ele respondeu e voltou a comer.

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Estava tão cansada que assim que acabei de comer fui dormir, não antes de ligar para a minha mãe, claro, depois de responder as suas mil perguntas pude me deitar. A noite estava silenciosa e eu dormi em seguida, sem pesadelos nem nada eu dormi tranquila, a única coisa irritante foi o despertador às 6 horas da manha.

Coloquei um vestido preto e tênis All Star, prendi o cabelo em um rabo de cavalo e desci. Percy me esperava lá em baixo na mesa.

–Bom dia! – eu disse

–Oie! O Charles passou aqui e a Silena foi com ele, vamos?

–Sim, só me deixa tomar um suco.

–Ta, eu te espero no carro.

Depois que tomei o suco encontrei Percy no carro, entrei e ele foi em direção á escola. Chegando ao estacionamento quando ele vai descer seguro a sua mão:

–Espera. – ele se vira para mim – Quero falar com você.

–O que foi? Alguma coisa sobre a Rachel?

–Não, sobre você. Eu. Quer dizer, você me salvou ontem. Se não fosse por você eu estaria presa lá...

–Shh – ele me interrompe colocando o dedo nos meus lábios – O importante é que você ta aqui.

–Mas é serio, se você...

–Shh!

–Mas...

–Mas nada. – ele diz e me abraça

–Obrigada – sussurro em seu ouvido

Eu poderia ter ficado abraçada ali com Percy por muito tempo, só que o sinal tocou dando inicio as aulas e nós tivemos que entrar. Porem uma certeza eu tinha, Percy era o meu herói.