Sentimentos Cruzados escrita por Pupils Nómada


Capítulo 12
Capítulo 8 (parte 3)




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Olhei para a letra. Respirei fundo umas quantas vezes para me acalmar e comecei a cantar a música que escrevera no dia anterior à minha decisão do pedido a meus pais para esta minha mudança de vida para aqui.



Sentia o seu olhar avaliando-me cuidadosamente. Encarei-o silenciosa, esperando que ele falasse. Ele por momentos nada disse.
Pupils: Fui mal?
Lysandre: Pelo contrário. Foste bem na voz mas…
Esperei. De novo silêncio da parte dele.
Pupils: Mas…?
Lysandre: Enquanto cantavas notava-se que não já sentias aqueles sentimentos, por isso a música já não foi boa; apenas a voz. Tinhas de senti-la para ela sair perfeita.
Fiquei em silêncio. Abaixei um pouco a cabeça como sempre fazia em situações parecidas com esta. Ele, como anteriormente, apenas me levantou a cabeça com a ponta dos seus dedos, obrigando-me a encará-lo. Sentia as faces quentes, sinal que estava corada. Ele com a outra mão afastou-me a franja dos olhos, pondo-me para trás da orelha. Entreabri a boca e comecei a respirar profundamente para ver se me acalmava.
Lysandre: Pupils, tu gostas de alguém?
Minha respiração ficou descontrolada com o louco batimento do meu coração. Desviei a cara para o lado, deixando um pouco da franja se desprender da orelha. Não lhe respondi. De repente senti a sua mão poisar na minha face quente. Olhei para ele de novo e ele sorria-me.
Lysandre: Tem calma…
Riu-se entredentes. Seu rosto também tinha um pouco de cor.
Lysandre: Não te queria deixar nesse estado, desculpa.
Pisquei os olhos mais lentamente e apoiei um pouco a minha cabeça na mão dele, sorrindo levemente.
Pupils: Não tem mal.
Ele tirou delicadamente a mão da minha cara e levantou a minha mão que segurava, coisa que não tinha reparado com isto tudo, e beijou-me a parte de cima da minha mão, não desviando os olhos dos meus.
Uma enorme vontade de estender minha mão e tocá-lo me assolou. Tentei controlar este novo sentimento e concentrei-me nas nossas mãos. Voltei-me ligeiramente pra ele pra ficar mais confortável. Ele num movimento voltou a sua mão e entrelaçou os seus dedos. Olhei pra ele enquanto entrelaçava os meus também.
Lysandre: Mais calma para continuar? Vamos ver da tua música que não acabaste.
Pupils: Sim. – sorri.
Não me apetecia soltar a sua mão e dava a sensação que ele também não queria. Peguei no caderno com a mão desocupada e cheguei-me mais a ele, encostando-me, para que ele pudesse ler. Abri o caderno na página da música por acabar e levantei-o, estendendo-lho. Ele pegou com a mão desocupada e leu. Eu apenas o observava.
Lysandre: Esta já mostra confusão perante o que sente…
Olhou para mim. Eu olhava pra ele. Ele soltou a minha mão pra tirar da mochila o lápis e a borracha.


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