Império Romano escrita por Capitain Fabbris
Notas iniciais do capítulo
Narração: Lola
Se fumaças verdes significassem mal cheiro, Lola tinha certeza de que Lindsay não havia escovado dentes a pelo menos três anos. A aparência grotesca da serpente fazia com que a maior vontade da garota fosse fugir. Gabriel havia buscado a menina em seu chalé assim que soube da ‘noticia’ e deixou Lola no local. De alguma forma, ele era muito calmo. Talvez fosse pelo seu dom de ser filho de Hipnos e um menestrel de Orfeu. Mesmo assim, Lola não se atreveu a voltar para falar com Gabriel, ela sabia que devia ficar parada ali e esperar seja lá o que fosse. Seus olhos rodearam o local. Lunna, a filha de Hades parecia pegar fogo, podia ver suas mãos tremendo e olhares fixos na cobra de fumaça, Ninha, no entanto, era a mais nova e mais calma das três;
A cobra de fumaça deu duas voltas no pescoço de Lola a fazendo paralisar totalmente.
“Dos céus, a raiva vingará,
Da filha do rei, a morte seifará”
A fumaça de cobra passou como se pudesse sorrir em Lola mais uma vez e saiu do lado dela, indo diretamente a Lunna.
“Do submundo e da primavera,
Virá uma escolha eterna”
Lola se sentiu com inveja. A verdade era que pelo menos, Lunna não iria matar ninguém, A cobra se contorceu novamente em Lunna e rastejou até os pés de Ninha, que não tremia e encarava com um ar de mistério. Lola começara a pensar que a garota devia ter anos de mentalidade.
“Perdida a filha de Poseidon ficará,
Até a solução no mar encontrar”
A cobra subiu até a cabeça de Ninha a engolindo e sumindo, a garota parecia branca. O que significava tudo isso? Lola não conseguia entender. Lindsay voltou a cor natural e caiu no chão, assustando as três garotas. Ninha, a que incrivelmente parecia mais calma, correu para pega-la e a segurou no colo, a olhando fixamente. Não se passaram segundos até que a porta de trás abriu, fazendo os olhares se fixarem instantaneamente. Quíron novamente apareceu e sua expressão parecia um tanto assustadora, junto a ele, o diretor do acampamento, brincando com algumas cartas de baralho.
- Alguém tem um GPS? – Ninha falou cortando o clima macabro que emanava a ponto de explodir qualquer um ali. Quiron parecia não ter explicação para os pensamentos da menina, mas mesmo assim sorriu vendo que alguém poderia estar disposta a ir em uma missão tão perigosa.
- O que aconteceu por aqui?
- Eu vou morrer.. – Lola começou
- Ou matar alguém – Luna Sorriu indo do seu lado – Não é tão ruim assim. Eu tenho uma escolha pra fazer, e mal sei sobre o que é!
- Estão reclamando do que? Eu vou ficar perdida no mar até achar a solução pra seja lá o que for – Ela olhou – VOCÊS SABEM QUÃO ENORME É O MAR?
Quiron andou para perto das garotas e colocou Lindsay em seu dorso esperando que ela se recuperasse. Logo os três acompanhantes entraram olhando para as garotas esperando uma solução. Lola ainda estava assustada e pensava no que fazer. Não, ela não queria viver em guerras, mas sabia que não podia negar o destino que o bafo verde a tinha colocado.
Assim que a garota oráculo acordou, as meninas começaram a descrever o que o espírito de Dofus havia dito para elas. A explicação não se alongou muito, Lola foi direta e objetiva, sempre enfatizando a morte e seus problemas em matar alguém. Assim que terminaram Quiron estabeleceu um acordo de silêncio. Nada seria falado até que os Deuses se manifestassem e colocasse a missão como obrigação.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
mais?