No dia seguinte.

Acordei com a minha mãe a aspirar a casa. Fui à cozinha, peguei numa maçã e fui para o meu quarto. Liguei o computador e a Joana estava lá.

Estivemos a falar e, como de costume, ela contou-me as novidades todas. Eu falei-lhe do meu dia anterior e lá estava ela outra vez a apoiar-me em relação ao John. Pedi-lhe para ela chamar o Pedro. Estive a falar com ele e a matar as minhas saudades. Ele depois teve de sair e eu continuei a falar com a Joana.

Somos interrompidas uma mensagem:

“Queres vir ter comigo ao jardim? Justin xx”

Na verdade eu queria, mas ainda tinha a marca do estalo do meu padrasto e não queria dar satisfações a ninguém.

A Joana apenas disse:

-Princesa, vai e diverte-te. Quanto à marca diz que deve ter sido a dormir, porque quando te deitaste não tinhas isso.

-Adoro a tua maneira de simplificar as coisas!

Mensagem:

“Está bem Justin, estou lá dentro de 20 minutos, ok?”

“Está bem (:”

Despedi-me da Joana e vesti umas calças e uma camisola roxa. Aproveitei que a minha mãe e o John estavam a trabalhar e saí.

Quando cheguei o Justin ainda não tinha chegado. Sentei-me no mesmo banco que estivemos na tarde anterior e ficar a admirar os pássaros da árvore em frente.

De repente senti umas mãos a tapar-me os olhos, só podia ser o Justin.

-Quem é?

-És o Peter Pan? Eu sabia que vinhas amor!- dei uns saltinhos, a fingir que estava contente.

-Peter Pan?- Acho que ele ficou confuso.

-Estou a brincar Justin, eu sei que és tu!- dei uma gargalhada.

Ele tirou as mãos dos meus olhos, levantou-me e ficou de frente para mim a sorrir.

Os olhos dele foram de encontro à minha bochecha e o sorriso logo se desfez.

-O que aconteceu?- disse preocupado