Strawberry against Blood escrita por Miahh


Capítulo 5
Olhe nos meus olhos e diga que me ama - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

O capitulo que inicialmente era pequeno ficou enorme,tipo 10 pags no word,ai eu preferi dividir em dois capitulos :) Espero que gostem.



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–Você consegue ser insuportável sabia? – Teresa resmungava bem baixinho, enquanto corria os olhos pelo cardápio variado de peixes e bebidas.

–Não reclame – Eu respondi sorridente – Já disse que pago o almoço e as eventuais bebidas.

–Não podemos beber Patrick, estamos em serviço.

–Meh Teresa, quebre as regras de vez em quando. Uma taça de vinho branco não faz mal a ninguém.

–Faz mal a mim.

–Pare de se fazer de difícil, eu sei que você quer.

–Eu não quero.

–Quer sim.

–Não.

–Sim.

–Jane, eu juro que estou me segurando para não dar um tiro na sua cabeça agora.

–Meh Lisbon, se você me matar, quem vai fechar os casos?

–Eu sempre fechei casos antes de você aparecer, vou continuar fechando.

–Ah vai? Quem vai te incomodar então?

Nossa conversa foi interrompida pelo garçom que trouxe nossos pedidos, uma garrafa de vinho branco e dois pratos de strogonoff de camarão, que pelo cheiro estava delicioso.

Dei a primeira garfada enquanto observava o garçom despejar um pouco de vinho na taça da Lisbon, depois na minha.

–O que acha? Gostoso?

–Uhum delicioso – Ela respondeu.

–Sabe Teresa, poderíamos fazer isso mais vezes...

–Não vai se acostumando com a minha boa vontade de sair com você Jane.

Eu dei um sorrisinho de canto de boca para ela, que me fitava com aqueles lindos olhos verdes.

–Sabe o que deixaria esse momento perfeito?

–O que?

–Se começasse a tocar More than words e fossemos dançar como naquela reunião escolar, lembra?

–Lembro, mas eu não dançaria com você novamente – Respondeu dando outra garfada na comida.

–Por que não?

–Porque somos amigos, apenas.

–E existe alguma lei que impeça amigos de dançarem?

–Não, ao menos que se o amigo for um loiro irritante como você, ou melhor, for você. –Disse com o semblante séria, mas em tom de gozação.

–Eu sei que você me ama, não precisa esconder.

Ela ficou corada instantaneamente com as minhas palavras.

–Eu não te amo.

–É verdade, você ama aquele idiota da segurança nacional....qual mesmo o nome?

– Robert Kirkland. E ele não é idiota, é simpático até.

–Viu você ama ele.

Ela deu outro gole no vinho que tanto rejeitou e respondeu, dando um leve sorrisinho.

–Você nunca saberá.

–Você sabe que eu sei das coisas, Teresa, você sabe...

Logo que terminamos aquele delicioso almoço, fomos para a casa do senhor Thal, uma casa de muro de tijolos baixos e bem pequena, perto de um canal que ficava minutos da cena do crime. O tempo estava fechando lentamente, indicando que em breve teríamos uma longa tempestade anunciada.

Lisbon bateu na porta e esperou alguns segundos até que a abrissem. Um rapaz de aproximadamente vinte e quatro anos, estatura média, cabelos escuros e bom porte físico abriu a porta, fazendo uma careta quando nos viu.

–Somos da CBI e gostaríamos de fazer algumas perguntas sobre Math Avila – Disse mostrando o distintivo – Podemos entrar?

–Claro, claro entrem –Ele abriu a porta e entramos, parando logo a frente.

–Gostariam de beber alguma coisa? – Ofereceu.

–Chá seria ótimo – Respondi sorrindo percebendo os olhares de Teresa para mim. Ela odiava que eu bebesse chá na casa dos outros, desde que eu quase morri quando bebi acidentalmente chá de Beladona.

Nós o seguimos até a cozinha para que enquanto ele preparava o meu chá, Teresa pudesse fazer algumas perguntas e eu, claro observasse as coisas.

–Qual foi a última vez que você viu Math vivo?

–Um ou dois meses atrás, talvez.

–Você costumava conversar com ele?

–Não muito, apenas assuntos profissionais.

–Que assuntos são esses?

–Coisas da pesca, você sabe...

–Não, nós não sabemos – Respondeu Teresa sendo um pouco sarcástica.

–Ele e eu tínhamos problemas com as questões ambientais da região, mas nada muito extremo que me fizesse mata-lo.

–Ah claro, seu problema com Math era outro além dos peixes – Comentei, observando as capas de revista emolduradas que ele mantinha na parede da cozinha. Eram todas capas sobre revistas de pesca e natureza – Math sabia que você estava tendo um caso com a filha dele?

–Jane –Lisbon me repreendeu brava – Me desculpe senhor Thal, ele é o consultor e você sabe como são os consultores né?

O rapaz estava corado, meio boquiaberto.

– Eu nunca tive nada com Bryanna e nunca vou ter, somos amigos. Além disso tenho uma noiva que está trabalhando em São Francisco.

–Meh, não minta, Bryanna é filha do seu inimigo, o único dos pescadores que desobedeceu suas ordens expressas de parar de pescar, separando até da mulher por isso. Ela era um desafio a você e você ama desafios.

Teresa e o rapaz me encaravam assustados. Ele tentava negar, mas a verdade estava escrita em seus olhos.

–Eu nunca tive nada com ela, eu juro, amo minha noiva.

–Não jure mentiras – Respondi.

–É sério, eu não tive nada com Bryanna.

–Por favor me polpe da enrolação, estou cansado demais para isso.

–Senhor Thal, se você não dizer a verdade, serei obrigada a te levar para a policia. –Teresa ameaçou, finalmente colaborando comigo.

–Ok ok – Respondeu áspero – Eu e Bryanna tivemos um caso, nada de mais.

–Vocês tem um caso – Eu o corrigi.

Ele virou os olhos e assumiu:

–Ok, nós temos um caso, mas ninguém sabe, é um segredo.

–Senhor Thal, o que você estava fazendo na noite de ontem ? –Teresa perguntou desconfiada que ele tinha algo haver com o assassinato.

–Eu estava assistindo um documentário sobre cardumes de salmão na TV – Respondeu nervoso, meio ansioso podemos dizer.

–Sozinho?

–Sozinho.

–Não é um bom álibi – Completei.

–Eu sei, mas eu estou dizendo a verdade.

–Nós veremos isso na CBI – Teresa respondeu já pegando as algemas.

–Ele está falando a verdade – Respondi antes que Teresa fizesse uma besteira.

–Viu, eu estou –Ele respondeu em um tom agressivo.

Teresa deu um suspiro e disse nada empolgada:

–Então eu vou ligar para o Cho e perguntar se ele já falou com a moça.

–Ok.

A água que o rapaz havia colocado no fogo começou a ferver e ele correu, retira-la imediatamente, despejando um pouco em uma caneca verde, relativamente pequena. Então ele me entregou o chá e eu dei um gole.

–Chá de limão, delicioso – Afirmei sorrindo.

–Obrigada.

Caminhei pela casa com o chá em mãos, a procura de Teresa que estava falando no celular, perto da mesma porta que entramos. A conversa durou três minutos certinhos até ela desligar com um “Obrigado”.

–E então? – Perguntei já finalizando o meu chá.

–Cho e Rigsby estão nos esperando no píer com a filha mais velha, Bryanna. Vamos lá?

–Vamos – Respondi entregando a xícara ao dono da casa. –Obrigado senhor Thal.

– De nada e até logo -Ele se despediu seriamente.


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Notas finais do capítulo

Se alguem percebeu,o nome do capitulo é bem sugestivo,né? hehehe
Agradeço a todos os reviews novamente :) Amo vcs *--*