Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 43
Capítulo 43 Sem Saída




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Do lado de fora da cabana a policia fazia o cerco, estava ficando escuro e logo não daria pra ver nada naquela mata, Carlos Daniel estava muito nervoso, era possível ver uma claridade dentro da cabana, Carlos Daniel estava atrás do delegado, sua vontade era de entrar correndo naquele lugar e salvar sua mulher e sua filha.

Fabrício acende alguns lampiões dentro da casa e o local se ilumina mais.

Isabel percebe a movimentação do lado de fora e olha pela abertura da janela.

— Droga Fabrício, - ela diz com raiva – a casa esta toda cercada de policia.

Fabrício olha incrédulo para Paulina.

— VOCÊ FOI CAPAZ DE COMUNICAR A POLICIA SUA CRETINA? – ele grita com fogo nos olhos.

Paulinha acorda chorando nos braços de Isabel.

— E agora Fabrício? – Isabel pergunta assustada.

— Vamos ter que da um fim nessa menina chorona. – ele diz indo em direção a Paulinha que chora cada vez mais nos braços de Isabel.

— NÃO... - Paulina grita desesperadamente, tão alto que todos que estavam do lado de fora ouvem – por favor Fabrício, deixe Paulinha ir, faça o que quiser comigo mas deixe Paulinha, deixe ela ir. – ela suplica com os olhos transbordando em lágrimas.

Fabrício a olha curioso, Isabel vai ate ele tentando acalmar Paulinha.

— Fabrício, você disse que não faria nada com a menina, que assim que tivesse Paulina entregaria a menina a família, ela é só um bebê Fabrício, não tem culpa de nada. – Isabel fala com certo desespero na voz.

Fabrício continua olhando Paulina, que tenta inutilmente se soltar das cordas que a prende na cadeira, ele sorri ao ver o desespero dela para tentar impedi-lo de fazer algo contra a menina.

— PAULINA... – Carlos Daniel grita do lado de fora, o desespero de ouvir o grito da amada o deixou fora de si, e se não fosse pelos policiais que o seguravam ele teria entrado naquela cabana.

Isabel ao ouvir a voz de Carlos Daniel se assusta.

— Carlos Daniel também veio, - ela diz com raiva olhando seriamente para Fabrício – você disse que Paulina viria sozinha, ela não só trouxe o marido como também veio com um bando de policiais.

Fabrício continuava sorrindo, a loucura o dominava, ele se senta na cadeira e começa a passar a mão pela testa.

— Fabrício e agora? – Isabel pergunta impaciente.

— Calma Isabel, já tenho tudo muito bem planejado, vou trocar a menina pelo pai.

Paulina se sente aliviada e ao mesmo tempo arrasada, ela podia ver nos olhos de Fabrício que ele não tinha nenhum medo de morrer.

— Mas não quero que Carlos Daniel me veja, ele não pode me ver. – Isabel diz surtando, Paulinha estava mais calma nos braços dela, a menina soluçava pelo efeito do choro.

— Se esconde em qualquer canto, - Fabrício diz nervoso pela impaciência de Isabel – quero reunir os dois pombinhos pela ultima vez.

Um frio desce pela espinha de Paulina a deixando totalmente arrepiada.

— Por favor Fabrício, deixe minha família em paz, eu faço tudo o que você quiser, tudo. – Paulina suplica em meio ao choro.

Fabrício não da atenção a ela, ele pega Paulinha dos braços de Isabel e a leva ate Paulina colocando a menina no seu colo, Paulina queria abraçar a filha, mas as mãos amarradas na cadeira não lhe permitia qualquer movimento.

—Se despeça dela, que nunca mais ela vai ver a mamãe. – Fabrício diz tranqüilo desamarrando as mãos de Paulina.

A menina abraça a mãe escondendo o rosto entre seus cabelos, Paulina chora demasiadamente enquanto aperta a filha em seus braços.

— A mamãe te ama muito minha filhinha, muito. – ela fala beijando o rosto da filha e a abraçando forte.

Fabrício coloca uma arma na cabeça de Paulina, ela prende a respiração ao senti-la.

— Levante-se. – ele ordena sério.

Paulina abraça a filha e se levanta, a menina gruda na mãe, suas perninhas entrelaçam na cintura de Paulina e seus braços o pescoço, Paulinha esconde o rosto entre os cabelos da mãe, sentia medo de Fabrício e de ser arrancada dos braços da mãe novamente.

Fabrício agarra o braço de Paulina e vão para fora. Carlos Daniel ao ver a esposa e a filha começa a ir em direção a elas, um policial o segura.

— Assim vai colocar tudo a perder senhor, - ele diz tentando acalmá-lo – vamos resgatar sua esposa e sua filha.

Paulina chorava olhando o amado, Paulinha continuava com o rosto escondido entre os cabelos da mãe, Fabrício aperta o braço de Paulina, a arma apontada pra sua cabeça, ele diz alto olhando para Carlos Daniel.

— Quero fazer uma troca.

— Eu troco de lugar com elas, deixe elas livres que fico no lugar delas. – Carlos Daniel diz desesperado.

— Se entregue Fabrício, - o delegado diz – a casa esta cercada, não tem como escapar.

Fabrício não da atenção ao delegado, ele continua olhando para Carlos Daniel com um sorriso no rosto.

— Vou deixar a menina ir, mas você vai ficar no lugar dela, aposto que vai querer estar ao lado de sua esposa.

Carlos Daniel olha para Paulina, ele vê o medo nos olhos da amada.

— Solte Paulina também, deixe as duas livres.

— É pegar ou largar senhor Bracho, - Fabrício diz sorrindo – vou te avisando que não suporto crianças, ainda mais quando são choronas.

Paulina não dizia nada apenas olhava o amado e sentia a filha preencher seus braços.

— Fabrício, se entregue que é o melhor pra você, não vai conseguir sair daqui. – o delegado tenta convencê-lo.

— Quem diz que quero sair daqui. – Fabrício diz dando gargalhadas – E então Carlos Daniel, vai trocar de lugar com sua filhinha?

Carlos Daniel começa a ir em direção a Fabrício, havia dois policiais com as armas apontadas para Fabrício, e os outros três cercavam a casa.

— Venha devagar, - ele diz olhando Carlos Daniel que aumentava os passos cada vez mais que se aproximava – qualquer gracinha eu estouro a cabeça de sua amada Paulina.

Paulina deixava as lágrimas cair, Paulinha tremia nos braços da mãe.

Quando Carlos Daniel chega ate a eles sua vontade era de quebrar a cara de Fabrício, mas Paulina tinha uma arma em sua cabeça, e ele sabia que Fabrício não hesitaria em usá-la.

— Pegue sua filha, - Fabrício diz sério – sem gracinha, pense bem em o que vai fazer.

Carlos Daniel olha nos olhos da esposa, ele pega a filha que ao sentir que vai ser tirada da mãe se agarra mais a ela e começa a chorar.

— Shhh... – Paulina diz acariciando as costas da filha – é o papai meu amor.

Paulinha tira o rosto dos cabelos da mãe e olha para pai.

— Vem com o papai minha princesa. – Carlos Daniel diz entendendo os braços pra filha.

Fabrício olha entediado a cena.

Paulinha olha para mãe e passa a mãozinha pelo seu rosto, Paulina pega a mão da filha e a beija.

— A mamãe te ama muito minha filha, muito. – ela diz passando Paulinha para Carlos Daniel.

Carlos Daniel abraça a filha, ele olha para Paulina, a menina não tirava os olhos da mãe, ela chorava baixinho tentando voltar para os braços de Paulina.

— Agora leve essa menina ate os policiais. – Fabrício diz segurando os braços de Paulina pra trás.

Carlos Daniel vai ate os policiais entregando a filha, a menina chora mais ao ser deixada com estranhos, ele volta devagar ate Fabrício e Paulina.

Eles entram de volta na cabana, Fabrício empurra Paulina para os braços de Carlos Daniel, ela abraça o amado escondendo o rosto no seu peito.

— Porque fez isso Paulina? Por quê? – ele pergunta enquanto beija toda a face de Paulina.

— Que cena mais linda, - Fabrício diz batendo palmas – formam um casal maravilhoso.

Carlos Daniel olha para Fabrício, suas mãos se fecham, sua expressão se torna dura.

— Nem tente se aproximar, - Fabrício diz com a arma apontada para os dois – melhor se comportar bem.

— O QUE VOCÊ QUER FABRÍCIO? – Carlos Daniel pergunta abraçando Paulina numa forma de protegê-la – PORQUE NÃO DEIXA PAULINA EM PAZ?

Fabrício sorri sem abaixar a arma que continua apontada para os dois.

— Paulina nunca terá paz, - ele diz – ela acabou com minha vida, eu a amei com toda minha alma, com todo meu coração, e sabe como me retribui? Me abandonando.

Paulina o olhava indignada, não acreditava que um dia chegou a ter um sentimento por ele, ele era mal, perverso e louco.

— Eu era louco por Paulina, mas havia saído da cidade e nunca mais encontrei com ela, ate o dia que a vi toda feliz com você naquele hotel. Paulina sempre foi linda, bela, doce, meiga... Era minha princesa, e o tempo parece que intensificou a beleza dela, não podia acreditar que ela poderia ter sido minha, senti um ódio crescer dentro de mim, ela havia destruído minha vida, não correspondeu ao meu amor, e a partir daquele dia prometi a mim mesmo que não descansaria ate vê-la sofrer, sofrer como sofri quando ela me abandonou. Eu amo Paulina, e se ela não quis ser minha, não vai ser de mais ninguém.

— Isso não é amor Fabrício. – Paulina diz, suas mãos estavam sobre o peito de Carlos Daniel que a envolvia nos seus braços.

— Você é louco... – Carlos Daniel fala com ódio.

Fabrício solta uma gargalhada.

— Eu acho que vou acabar logo com isso. – Fabrício diz apontando a arma diretamente para Carlos Daniel e Paulina – Acho que com um único tiro consigo matar vocês dois.

Paulina olha assustada para Carlos Daniel, seus olhos embaçados pelas lágrimas que caiam, Carlos Daniel fica em sua frente protegendo-a.

— Que atitude romântica, ficar na frente da amada. – Fabrício diz irônico – mas não vai adiantar, talvez seja melhor, mato o amado esposo e deixo Paulina o ver se agonizar no chão ate a morte.

Paulina abraça Carlos Daniel passando os braços por debaixo dos dele, Carlos Daniel sente o corpo dela tremer.

Fabrício brinca com a arma, girando-a entre os dedos, sempre com um sorriso no rosto, num descuido a arma cai, Carlos Daniel não pensa duas vezes e voa ate ele, seus braços agarram seu pescoço e os dois caem no chão, Carlos Daniel aperta a garganta de Fabrício com as mãos, o ar começa a faltar no pulmão dele e Fabrício procura desesperadamente com as mãos a arma que caiu, Carlos Daniel apertava com ódio, raiva, queria vê-lo se agonizar sem ar.

Paulina olhava sem reação, um estado de choque a dominou, estava paralisada.

Fabrício alcança a arma, Carlos Daniel segura os braços dele impedindo de atirar, eles lutam e rolam no chão, Fabrício fica por cima de Carlos Daniel, um estrondo forte acontece e Paulina cai ajoelhada no chão.


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