Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah


Capítulo 42
Capítulo 42 Revelações




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Carlos Daniel chega à velha casa de Paulina, e antes de sair da viatura da policia ele avista seu carro estacionado.

— É meu carro, - ele diz para o delegado – Paulina disse que a cabana fica perto daqui.

— Tem uma mata aqui perto, com certeza é nela que existe essa cabana.

Eles partem atrás do delegado, ao todo eram 5 policias, o delegado e Carlos Daniel, que estava muito nervoso com tudo que estava acontecendo, o sol estava baixo no horizonte, eles vão em direção a mata que era possível avistar há uma boa distancia da vila, o local era de difícil acesso, eles correm pela areia da praia, o tempo era essencial.

 

Na cabana, Paulina acorda e percebe que esta amarrada a uma cadeira, seus braços sentem a falta da filha, uma luz muito forte esta sobre seus olhos, ela pisca varias vezes e vira a cabeça para escapar da claridade, um riso assustador enche a velha casa.

Paulina tenta olhar para ver de onde vem o som e do nada a luz some de sua visão deixando tudo totalmente escuro, ela tenta ver alguma coisa na escuridão que esta dentro da casa, som de passos vem em sua direção, uma mão forte e pesada segura seu ombro, um gemido de medo escapa de seus lábios, quando a luz volta a acender esta iluminando o rosto dele, Fabrício, a imagem faz tudo parecer um filme horrível de terror, Paulina sente um medo terrível, Fabrício da gargalhadas ao ver a expressão de Paulina.

— Esta com medo meu amor? – ele pergunta irônico – Sabia que me encontraria, você sempre corre pra mim.

— Cadê minha filha Fabrício? – Paulina diz com a garganta apertada.

—Ela está sendo muito bem cuidada pela Isabel. – ele diz sorrindo irônico.

Paulina tenta se soltar da cadeira para procurar sua filha e Fabrício sorri alto da tentativa Paulina.

Isabel aparece na sala com Paulinha nos braços que agora dorme, Paulina olha para ela e Fabrício com imensa raiva.

—Por que esta fazendo isso Isabel? – ela pergunta – Desde quando conhece Fabrício?

Fabrício e Isabel se olham sorrindo.

— Ah meu amor, - Fabrício diz pegando uma cadeira e colocando em frente à Paulina, ele se senta e a olha sem tirar aquele cruel sorriso do rosto – é uma historia bem interessante, cheia de emoção. Você vai adorar ouvir.

Paulina olhava pasma para Isabel, que sorria alegremente com Paulinha nos braços.

— Sabe Paulina, isso tudo que aconteceu foi culpa sua, - Fabrício diz ficando sério olhando-a nos olhos – se não estivesse me deixado, nunca teria passado por isso, e olha que dei algumas chances de ficar comigo, mas você sempre foi essa teimosa e cabeça dura, e isso me deixa mais louco por você.

Paulina o olhava com os olhos transbordando em lágrimas, Fabrício era louco, disso ela não tinha duvidas, mas Isabel estar junto com ele e ainda por cima com sua filhinha nos braços se sentindo a dona dela, a deixava com um nó apertado na garganta.

— Bom, eu e Isabel, - ele sorri e olha para Isabel – nós nos conhecemos no melhor momento possível, ainda se lembra do nosso ultimo encontro?

Paulina não diz nada apenas olha para a filha nos braços daquela mulher, sabia que ela não era de confiança, nunca gostou dela, e no fundo sentia que não era apenas ciúmes. Fabrício sorria cada vez mais com as expressões de Paulina, ele queria que ela sofresse, sofresse amargamente.

— Claro que lembra. Foi um encontro explosivo. – ele diz caindo na gargalhada – Você achou que tinha se livrado de mim? Achou que eu iria pro inferno sem levar você comigo?

Paulina chorava cada vez mais, sua cabeça girava, as palavras de Fabrício acertava seu peito, a loucura daquele rapaz era percebível a qualquer um. Fabrício continuou contando sua historia animadamente.

— Bom, naquele dia tão especial eu queria ter morrido com você, mas quando acordei dentro daquele carro ele estava vazio, você saiu dele e nem ao menos tentou me salvar. Eu sai muito machucado daquele acidente, mas minha vontade de achar e te colocar naquele carro para poder morrer queimada junto a mim era imensa. Com muita dificuldade eu cheguei ate a estrada, minha perna doía muito sabia? Fui rastejando ate a estrada, e te vi caída a uma boa distancia, quando comecei a caminhar em sua direção eu vi um casal de velhos nojentos te pegando e colocando dentro do carro. – os olhos de Fabrício queimam de ódio – Um senhor me vendo tão machucado quis ser gentil e parou o carro para me ajudar, que homem simpático aquele, era tão prestativo. Eu disse chorando pra ele que minha amada esposa estava presa no carro, e nós dois voltamos ate o veiculo, ele colocou a cabeça pra dentro do carro procurando minha amada esposa, eu sem pensar duas vezes dei uma marretada na cabeça dele, acho que quebrei seu crânio fez um barulho, Crac – Fabrício sorri se lembrando do fato – Essa parte foi a mais difícil, aquele homem era tão pesado que você nem imagina, eu joguei ele dentro do carro, e depois coloquei fogo na roupa dele, sai o mais rápido que pude dali ate me proteger bem atrás de um barranco, fiquei lá esperando a explosão, foi bonito, estrondoso, luminoso. Tenho certeza que essa alma bondosa que me ajudou esta descansando na paz do Senhor.

Paulina chorava com o peito esmagado, não podia imaginar que Fabrício fosse tão mal a ponto de fazer algo tão cruel e frio, seu medo só aumentava ali, seu olhar sempre buscava a filha, Isabel olhava Fabrício contar a historia como se fosse algo que ela já soubesse de cor, sua expressão continuava a mesma, de vitoriosa.

— Agora vou contar a melhor parte, - Fabrício diz trazendo a atenção de Paulina de volta a ele – aposto que esta se remoendo de curiosidade pra saber como eu e Isabel nos conhecemos.

Fabrício olha para Isabel e os dois trocam um olhar sorrindo, como cúmplices.

— Bom, depois que eu “morri” naquele acidente, entrei no carro daquele senhor e parti, ate que Isabel me encontrou, preocupada, quis me ajudar. Ela queria me levar ate um hospital, mas eu a convenci que não era necessário, ela me deixou em minha casa e me ajudou com meus ferimentos, no outro dia de manha, Isabel chegou pra me visitar, havia ficado preocupada comigo, foi quando vimos a noticia de sua morte, confesso que na hora um sorrisinho apareceu no rosto de Isabel, aquilo me deixou muito intrigado, Isabel feliz com a sua morte? Ela disse que tinha que ir embora porque iria visitar o recém viúvo Carlos Daniel Bracho. Não pude deixar de perceber uma certa alegria na voz dela, e depois de muito conversar com ela, eu descobri que ela era apaixonada pelo senhor Bracho. Contei que você não havia morrido e vi a decepção no olhar dela, depois foi questão de dias para convencê-la a se unir a mim e juntos fazer você pagar pelo nosso sofrimento.

Paulina olhava em estado de choque para os dois, eles eram loucos, dois loucos psicopatas que estavam dispostos a acabar com sua vida.


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