No sábado as 5:00 horas da manha.

Paulina se levanta da cama acordando Carlos Daniel.

– Aonde vai Paulina? – ele pergunta meio sonolento se sentando na cama.

– Vou fazer um bolo de chocolate, - Paulina diz sorrindo vestindo o roupão – estou com um desejo enorme de comer bolo de chocolate.

– A essa hora da manha? - ele diz olhando o relógio ao lado da cama – Não pode esperar ate Cacilda levantar e fazer pra você?

– Ah não Carlos Daniel, eu quero agora. – ela diz suspirando – Fique ai que vou la fazer.

Carlos Daniel se levanta e veste o roupão também.

– Eu vou com você meu amor, - ele diz indo ate ela e a abraçando – acha que deixaria você fazer um bolo a essa hora sozinha?

– Então vamos, estou sonhando com esse bolo.

– E você nem gosta muito de bolos. – ele diz sorrindo enquanto vão para a cozinha.

– Pra você ver meu amor, quem diria que eu iria levantar de madrugada pra fazer bolo de chocolate?

Eles descem as escadas em silencio para não acordar ninguém e vão para a cozinha.

Paulina pega os ingredientes e Carlos Daniel as vasilhas que irão usar.

– E desde quando você sabe fazer bolo Paulina? – Carlos Daniel pergunta sorrindo.

– Eu sei cozinhar meu amor, - ela diz colocando farinha na tigela – não se preocupe que não sou um desastre na cozinha.

Paulina prepara a massa do bolo enquanto Carlos Daniel a observa e passa os ingredientes pra ela. Pouco tempo depois o bolo já esta no forno.

Paulina pega as vasilhas que sujarão e coloca na pia, Carlos Daniel vai ate ela e a abraça por trás beijando sua nuca.

– Carlos Daniel, - ela diz se virando – deixe eu lavar essas vasilhas antes que Cacilda acorde e veja sua cozinha bagunçada.

– Agora não meu amor, - ele diz a beijando.

– Acho que vou fazer um brigadeiro. – Paulina diz sorrindo enquanto Carlos Daniel beija seu pescoço.

– Brigadeiro? – ele pergunta assustado olhando pra ela – Que vontade louca de chocolate é essa?

– Não sei, - ela diz sorrindo – é o Gabo.

Paulina vai ate a geladeira e pega os ingredientes para o brigadeiro, Carlos Daniel se senta a observando, alguns minutos depois ela se senta ao lado dele com a panela de brigadeiro e duas colheres.

– Você quer? – ela pergunta sorrindo.

– Mas é claro. – ele diz sorrindo muito.

Eles começam a comer o brigadeiro.

– Vou guardar a farinha. – Paulina diz se levantando com a colher cheia de brigadeiro na mão.

– Não meu amor, - Carlos Daniel puxa Paulina pra se sentar – deixa que eu guardo.

Paulina continua com seu brigadeiro enquanto Carlos Daniel pega o saco de farinha, a farinha escorrega de suas mãos caindo na mesa e deixando o rosto de Carlos Daniel branco. Paulina o olha assustada e de repente começa a rir descontroladamente.

– Qual é a graça? – ele pergunta serio.

– Você. – ela diz em meio a gargalhadas.

– Ah é? – Carlos Daniel diz sorrindo pegando um ‘’punhado’’ de farinha na mão e tacando na esposa.

Paulina para de rir e o olha seria.

– Ham... Então é guerra que você quer? – ela diz sorrindo pegando o brigadeiro com as mãos e passando no rosto de Carlos Daniel.

– Você que pediu. – ele diz pegando o brigadeiro e passando no seu rosto também.

De repente a cozinha virou uma guerra de farinha e brigadeiro, Paulina e Carlos Daniel estavam cobertos de farinha e tinha brigadeiro pregado a te nos cabelos dos dois.

– Meu Deus o bolo? – Paulina diz assustada desligando o forno.

Carlos Daniel pega a luva e tira o bolo do forno o colocando na pia.

Só então eles vêem a bagunça que a cozinha esta.

– Cacilda vai nos matar. – Carlos Daniel encostado na pia diz puxando Paulina para seu corpo.

– Vamos limpar antes que ela veja. – Paulina diz sorrindo.

Carlos Daniel a puxa mais para si e a beija.

– Beijo com gosto de brigadeiro. – ele diz sorrindo.

– É bem gostoso. – Paulina sorri e o beija.

Cacilda e vovó Piedade entram na cozinha e olham tudo espantadas, Carlos Daniel e Paulina estão tão ocupados que nem vêem elas chegando.

– Minha Virgenzinha!!! – Cacilda diz espantada.

Paulina se vira para olhá-la sorrindo sem graça.

Vovó Piedade e Cacilda que estavam serias e bravas, ao ver os dois cobertos de farinha e com brigadeiro pelo rosto e cabelo, tem uma ataque de risos enquanto Carlos Daniel e Paulina os olham sem graça.

– O que vocês dois acham que estavam fazendo? – vovó Piedade pergunta em meio a gargalhadas.

– Estão muito engraçados, cobertos de farinha desse jeito. – Cacilda diz rindo alto.

– Me desculpa Cacilda, - Paulina diz sorrindo – mas estava com desejo de comer bolo de chocolate, e nem sei como fizemos essa bagunça.

– Ah essa hora? – vovó diz em meio a risos – E por que resolveram destruir a cozinha?

– É vovó, - Carlos Daniel fala sorrindo e abraçando Paulina – Paulina acordou as 5:00 com vontade de comer bolo, e a bagunça foi eu que comecei.

– Mas nós vamos limpar vovó, - Paulina diz sorrindo e olhando Cacilda – não se preocupe Cacilda, não vamos deixar essa bagunça pra você limpar.

– Nada disso senhora Paulina, - Cacilda diz meio sem ar de tanto sorri – não tem nada melhor que começar o dia com um ataque de risos, só de ter visto vocês assim já paga a bagunça.

– Não Cacilda, - Paulina diz olhando Carlos Daniel e depois para Cacilda – nós vamos limpar.

– Não senhora, vocês vão subir e tomar um banho e eu limpo a cozinha, - Cacilda fala ainda sorrindo – nunca vou limpar a cozinha tão feliz na minha vida.

– Eu ajudo Cacilda meu amor, e você vai tomar banho. – Carlos Daniel diz olhando Paulina.

– Nada disso senhor, a cozinha é minha e eu que mando aqui – Cacilda fala sorrindo – e vão logo tomar banho que vocês estão precisando.

– Vão logo e larguem de discutir com Cacilda. – vovó diz alegre – Acho que rejuvenesci uns dez anos hoje.

– Eu também vovó Piedade. – Cacilda fala e elas começam a sorrir descontroladas de novo.

Estephanie, Filó, Adelina e Lalinha entram na cozinha.

– Estamos escutando os risos de vocês la de cima. – Estephanie fala olhando vovó Piedade e Cacilda que se equilibram uma na outra de tanto rir.

Cacilda só consegue apontar para Carlos Daniel e Paulina encostados na pia, quando elas os vêem também tem um ataque de risos.

– O quê que é isso? –Lalinha fala rindo alto.

– Vocês estão muito engraçados, - Filó diz – o que estavam aprontando?

– Fazendo bolo de chocolate. – Carlos Daniel reponde sorrindo e abraçando mais a esposa.

– Vão logo tomarem banho antes que Carlinhos e Lizete vejam vocês assim e inventem de fazer guerra de farinha também. – vovó Piedade diz sorrindo dos dois.

– Vamos meu amor, - Carlos Daniel diz pegando na cintura de Paulina e indo para o quarto enquanto todos dão gargalhadas dos dois.

Quando chegam no quarto Carlos Daniel puxa Paulina para seu corpo e começa a beijá-la.

– Carlos Daniel, - Paulina diz se afastando e sorrindo – agora não, vamos tomar banho pra gente comer o bolo.

– Só por que você esta com muita vontade de comer esse bolo meu amor, - Carlos Daniel diz beijando seu rosto – você hoje esta com gosto de brigadeiro.

– Carlos Daniel! – Paulina diz sorrindo – Vou tomar banho.

– Eu vou junto. – ele diz sorrindo.

– Mas é só banho meu amor. – Paulina diz sorrindo e vão pro banho.

Quando descem Cacilda, Filó, Lalinha e Adélia já terminaram de limpar a cozinha, e vovó Piedade e Estephanie estão tomando café.

– Demoraram. – Estephanie diz sorrindo.

– Foi difícil tirar o brigadeiro do cabelo. – Paulina diz e sorri.

– Eu imagino. – vovó diz olhando os dois – Cacilda trouxe seu bolo.

– Que bom, - Paulina diz pegando um pedaço e comendo – não fazem idéia de como queria esse bolo.

– Da pra fazer, - Estephanie diz entre risos – com a bagunça que fizeram na cozinha.

– Seu bolo ficou muito bom Paulina. – vovó diz.

– Você não quer Carlos Daniel? – Paulina pergunta olhando-o.

– Claro, - ele diz pegando o bolo e sorrindo – vamos ver se você sabe mesmo fazer bolo de chocolate.

Lizete e Carlinhos chegam correndo.

– Eu senti cheiro de bolo de chocolate. – Lizete diz se sentando e pegando um pedaço.

– Eu também. – Carlinhos também pega um pedaço – Adoro bolo de chocolate.

– E foi a mãe de vocês que fez – Estephanie diz sorrindo.

– Ta muito gostoso mamãe. – Carlinhos responde sorrindo.

– Fazia muito tempo que eu não ria tanto. – vovó Piedade diz olhando os netos – Obrigada por isso meus filhos.

E eles começam a sorrir enquanto as crianças olham uma pra outra sem entender e sorriem também. E aquela foi a manha mais alegre dos Brachos.