Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah
Quando Carlos Daniel acorda Paulina ainda continua dormindo com a cabeça no seu peito, ele coloca a mão na testa da esposa.
– Ainda esta com febre. – ele diz preocupado.
Carlos Daniel tenta se levantar sem acordar Paulina, mas ao tentar tirar a cabeça do seu peito ela acorda.
– Me desculpe meu amor, – Carlos Daniel diz beijando sua cabeça – não queria te acordar. Como se sente?
– Estou com um pouco de dor de cabeça, - ela diz colocando a mão na testa.
– Acho que vou ligar pro médico meu amor. – Carlos Daniel diz se levantando com cuidado enquanto a deita no travesseiro – Você ainda continua com febre.
– Não meu amor, - ela diz sorrindo – me dê o remédio que o médico receitou.
– Mas minha vida, sua febre não esta abaixando, e agora esta com dor de cabeça também. – ele diz acariciando seu rosto.
– Eu tomo o remédio Carlos Daniel, se não melhorar você liga.
– Ta bom meu amor, - ele diz beijando seus lábios – mas se daqui a uma hora você não melhorar eu ligo pro Doutor Evandro.
Carlos Daniel se levanta e pega o remédio para Paulina.
– Esta com fome? – ele pergunta acariciando seu braço enquanto ela toma o remédio.
– Não meu amor. – ela diz fechando os olhos.
– Mas você tem que se alimentar Paulina. – Carlos Daniel diz suave – Não comeu nada o dia todo, já são quase 15:00 horas.
– Espere o remédio fazer efeito meu amor, - ela diz abrindo os olhos para olhá-lo – mas e você? Aposto que não comeu nada também.
– Não mesmo meu amor, - ele diz sorrindo – eu vou descer pra almoçar e pedir pra Cacilda fazer uma sopa pra você, ate ficar pronta você já vai querer comer.
Carlos Daniel se inclina ate ela e a beija.
– Não vá se levantar senhora Paulina Bracho. – ele sussurra no seu ouvido sorrindo.
– Ta bom meu amor. – Paulina responde sorrindo.
Carlos Daniel sai do quarto e Paulina fecha os olhos.
Na sala.
– Papaizinho. – Lizete vem correndo e pula nos braços do pai.
– Oi princesa. – Carlos Daniel beija o rosto da filha.
– Papai, como a mamãe esta? Adelina disse que ela esta com febre. – Carlinhos pergunta preocupado.
– Esta meu filho, mas vai melhorar logo. É só agente deixar ela quietinha descansando e não incomodá-la.
– Eu posso ir vê-la paizinho? – Lizete pergunta.
– Não meu amor, agora ela tomou um remédio e precisa descansar. – Carlos Daniel diz colocando a menina no chão.
– Vamos crianças, - Filó diz se aproximando com Paulinha no colo – eu vou ensinar uma brincadeira pra vocês de quando eu era criança.
– Oba vovó Filó, vamos logo então. – Lizete diz sorrindo.
Filó e as crianças vão para o jardim e Carlos Daniel para a cozinha.
– Carlos Daniel, - vovó Piedade sentada na mesa da cozinha diz olhando o neto entrar na cozinha – Paulina esta melhor?
– Ainda esta com febre vovó, - Carlos Daniel diz beijando o rosto da avó – e agora esta com dor de cabeça também.
– Não seria melhor ligar pro médico meu filho. – vovó Piedade diz preocupada.
– Eu ate iria ligar vovó, - Carlos Daniel diz enquanto se senta – mas Paulina não quer. Disse pra esperar o remédio fazer efeito, e se não melhorar ai posso ligar.
– Paulina é muito teimosa, - vovó diz seria – veio buscar alguma coisa pra ela comer?
– Bom vovó, na verdade eu é que vim comer, - ele diz e sorri – estou com muita fome. E Cacilda pode preparar uma sopa pra Paulina?
– Claro que posso senhor, - Cacilda diz sorrindo – eu vou esquentar seu almoço e faço uma sopa bem gostosa pra D. Paulina.
Carlos Daniel almoça enquanto conversa com vovó Piedade e Cacilda prepara a sopa, depois ele sobe ate o quarto para ver como Paulina esta, e vovó Piedade ajuda Cacilda com a sopa.
Quando chega no quarto Paulina esta voltando do banheiro.
– O que eu te disse sobre não sair da cama meu amor? – Carlos Daniel pergunta indo ate ela e a ajudando a deitar.
– Eu só fui no banheiro Carlos Daniel.
– Pelo menos sua febre esta abaixando, - ele diz colocando a mão na testa de Paulina e ajeitando os travesseiros para ela se encostar – se sente melhor?
– Só com um pouco de dor de cabeça. – ela diz passando a mão na testa.
– Sabe como me sinto em te ver assim? – Carlos Daniel diz com os olhos tristes.
– Estou bem meu amor. – Paulina sorri.
– Bem você não esta minha vida, - ele diz e a beija – mas vai ficar com a sopa que vovó Piedade e Cacilda estão fazendo pra você.
– Eu não estou com fome Carlos Daniel.
– Mas tem que comer, - ele segura as mãos de Paulina – se não se alimentar vai ficar mais doente.
– Eu sei meu amor, eu prometo que vou tentar comer. – Paulina diz sorrindo.
– Isso mesmo meu amor.
Paulina o puxa para si e o beija, vovó Piedade entra no quarto com Lalinha que trás a bandeja com a sopa, vendo os dois se beijando.
– Pelo visto já esta melhor Paulina, - vovó Piedade diz sorrindo enquanto Carlos Daniel se afasta de Paulina – não quero desculpas para não querer comer.
– Eu a convenci vovó, - Carlos Daniel diz sorrindo olhando a esposa – prometeu que vai comer tudo.
– Eu disse que vou tentar meu amor.
– Como esta se sentindo D. Paulina? – Lalinha pergunta.
– Só com um pouco de dor de cabeça Lalinha.
– Lalinha entregue a bandeja pro Carlos Daniel que eu quero ver se Paulina vai mesmo comer. – vovó Piedade diz indo ate Paulina e colocando a mão na testa da neta – Você ainda esta com febre minha filha, mas também não comeu nada.
Lalinha entrega a bandeja para Carlos Daniel.
– O cheiro esta ótimo minha vida, - ele diz olhando Paulina – vai ter que comer tudo.
– Eu vou tentar, - ela sorri – mas não acho que vou conseguir comer tudo.
– Carlos Daniel, o que esta esperando? – vovó Piedade diz sorrindo – Comece logo a dar essa sopa pra Paulina, quero ver se vai comer mesmo.
Carlos Daniel enche a colher com a sopa.
– Vamos meu amor, - ele sorri – abra a boca.
Paulina olha sorrindo para vovó Piedade e Lalinha e abre a boca.
– Isso mesmo minha filha, - vovó diz alegre – continue assim.
Carlos Daniel enche outra colher e Paulina abre a boca sorrindo.
– Parece que não vai dar trabalho como pensei que daria, - vovó Piedade diz sorrindo – vamos Lalinha, Carlos Daniel consegue sozinho.
As duas saem do quarto e Carlos Daniel continua o seu ritual, encher a colher e levar ate a boca de Paulina. Depois de algumas colheres...
– Ta bom meu amor, - Paulina diz – eu não consigo mais, já comi o suficiente.
– Você comeu só metade da sopa meu amor.
– Olha o tanto que vovó Piedade trouxe, não conseguiria comer nunca. – ela diz e sorri.
– Ta bom Paulina, - ele diz se levantando e colocando a bandeja na mesa ao lado da cama – mas no jantar você vai comer tudo.
– Se não for esse tanto que vovó trouxe.
Carlos Daniel se senta na cama ao lado dela e pega suas mãos.
– Agora descanse mais um pouco que eu fico aqui com você. Ainda esta com dor de cabeça? – ele diz acariciando seu rosto.
– Não. - ela diz sorrindo.
– Que bom minha vida. – ele diz e a beija suavemente.
Nesse momento batem na porta.
– Pode entrar. – Carlos Daniel diz.
– Senhor, o Doutor Evandro chegou. – Lalinha diz entrando com o médico.
– Obrigado Lalinha. – Carlos Daniel diz e Lalinha sai do quarto.
Paulina olha seria para Carlos Daniel.
– Como vai doutor? – ele diz se levantando – Mas, eu não liguei pro senhor.
– É eu sei, - o doutor diz sorrindo – foi a D. Piedade que me ligou e disse para vir examinar Paulina.
– Mas eu estou bem doutor. – Paulina diz seria.
– Parece mesmo bem, - ele diz sorrindo – mas não custa nada examina-la não é?
– Claro que não doutor, - Carlos Daniel diz e olha para Paulina – eu mesmo iria ligar mas Paulina é um pouco teimosa, ela esta com febre e agora a pouco estava com dor de cabeça.
– É a sua avo me disse la em baixo, disse que você pegou aquela tempestade ontem não foi? -
Ele diz olhando Paulina – Fiquei sabendo do seqüestro.
– Pode ficar a vontade para examiná-la doutor. – Carlos Daniel diz serio.
Doutor Evandro vai ate Paulina e coloca um termômetro no braço dela, ele olha seus olhos, confere seu pulso e examina também as marcas no braço dela.
– Esta doendo? – ele pergunta.
– Não muito. – Paulina diz.
Carlos Daniel a olha triste.
Doutor Evandro aperta também a barriga de Paulina.
– Sente alguma dor? – ele diz enquanto vai apertando com cuidado sua barriga.
– Não, nehuma. – Paulina o olha preocupada – Esta tudo bem com meu filho?
– Esta sim não se preocupe, ele esta ótimo.
Carlos Daniel observa tudo com muita atenção.
– Bom, - o médico diz olhando para Carlos Daniel – ela esta com febre, 38,5⁰, esta tomando algum remédio para febre?
– Esta sim doutor, - Carlos Daniel diz pegando o remédio e mostrando para o médico – foi o Doutor Fernandes que receitou.
– Ótimo, - doutor Evandro diz pegando a caixa – continue dando esse, mas dê de duas em duas horas, ela vai continuar tendo febre mais algum tempo. A pressão dela esta um pouco baixa, mas da pra ver que esta um pouco fraca, tem se alimentado bem?
– Ela acabou de comer.
– Ótimo, quanto as marcas do braço dela vou receitar uma pomada, vai ajudar com as dores. – ele diz escrevendo a receita e entregando para Carlos Daniel.
– Mais alguma coisa doutor? – Carlos Daniel pergunta.
– Não senhor, continue cuidando dela como vejo que esta fazendo. – ele diz olhando Paulina e sorri – Ate logo senhora.
– Ate logo doutor. – ela diz.
– Eu te levo la embaixo doutor. – Carlos Daniel diz e olha Paulina – Volto logo meu amor.
Os dois saem do quarto.
Na sala.
– E então doutor, - vovó Piedade pergunta – como Paulina esta?
– Esta bem senhora, não se preocupe, passei tudo para o senhor Carlos Daniel.
– Eu vou pedir pro Pedro comprar a pomada que o doutor recitou vovó, - Carlos Daniel diz – eu te acompanho ate la fora Doutor Evandro.
– Claro senhor, ate logo D. Piedade
– Ate doutor.
Carlos Daniel entrega a receita para Pedro e volta para o quarto, quando Pedro volta com a pomada Carlos Daniel passa no braço de Paulina com todo cuidado e amor.
– Cadê as crianças Carlos Daniel? – ela pergunta enquanto ele olha triste as marcas do seu braço.
– Esta com Filó.
– Busca elas pra mim.
– Não acho que seja boa idéia Paulina. – Carlos Daniel diz olhando-a.
– Eu não vi elas o dia todo meu amor. – Paulina diz fazendo beicinho e sorrindo – Por favor?
Carlos Daniel sorri e a beija apaixonado, ficando ambos sem ar.
– Ta bom meu amor, - ele diz se afastando ofegante e sorrindo – vou buscá-las, e pra que o beicinho?
– Sei lá. – ela diz sorrindo e o beija – Vai la então, estou com saudades delas.
Carlos Daniel sai do quarto e pouco tempo depois volta com as crianças e Paulinha nos braços. Ele entrega Paulinha para a mãe e as crianças deitam na cama ao lado de Paulina, Carlos Daniel se senta no sofá e os observa sorrindo. Eles ficam com Paulina ate à hora do jantar, Carlos Daniel leva a janta para Paulina no quarto, não deixando ela se levantar pra ir para sala.
No domingo, Patrícia e Rodrigo vão visitá-la, Paulina já esta sem febre e com um pouco de insistência convence Carlos Daniel a deixá-la sair da cama. Na segunda de manha, Carlos Daniel e Paulina vão à delegacia, o delegado pega o depoimento de Paulina e diz que com ele Fabrício pode pegar no mínimo 10 anos de prisão, mas que ainda pode ser reduzida, isso deixa Carlos Daniel inconformado, depois do almoço eles vão para a fabrica, e a rotina volta ao normal.
A semana passa depressa, Carlos Daniel não deixa Paulina sozinha nenhum minuto, tanto na fabrica como em casa, as marcas no braço de Paulina começa a desaparecer saindo do roxo para um amarelo escuro.
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