Subimos a montanha, quando chegamos no topo percebemos que não passava de uma colina média. Havia algo estranho. A lua mudara de posição, parecia que haviam passado horas quando haviam passado minutos! Olhamos para baixo, os outros estavam tranquilamente. A vegetação me encantava! Era lindo! Pequenas estrelas pareciam estarem se descolando do céu e voando até bem próximas do meu rosto. Fadas. Eram criaturas encantadoras diferente do que imaginava (pequenas meninas voadoras brilhantes) eram pequenas luzes coloridas que nos provocavam várias sensações diferentes.

Um rosto de uma garotinha surgiu no tronco de uma árvore. Ela sorriu e desapareceu.

–Aquilo... aquilo era uma ninfa! – Loren explica um pouco confusa.

Uma pequena criatura pálida me fitava alegremente atrás de uma rocha. Tinha olhos grandes brilhantes púrpura que explorava cada um de nós muito rápidamente. Ele acena. Tinha orelhas pontudas, cabelo ruivo e não media mais meio metro! Usava uma touca muito maior do que o resto do corpo.

–E... aquilo é um gnomo! – exclama. – Aponta para uma ave completalmente branca e aparentemente comum. Com os olhos arregalados Loren fala baixinho: – aquilo é um vol! Era uma das aves de meu pai!

O vol percebe o movimento e abre suas enormes asas. Eram completalmente prateadas e haviam pequenas penas que pareciam ter ser sido feitas com diamantes lápidados com perfeição. A ave levanta voo, e quando alcança uma certa altura, ela simpresmente se tranforma em uma estrela e explode anos-luz longe de nos.

–Como você sabe tanto? –questiono.

–Antes de meu pai desaparecer... essas criaturas e muitas outras mais habitavam Flosd. Homens e feras viviam em paz. Acho que...– ela não pôde completar a frase...

Algo atrás de nós uiva, ou... ruge. O som era de um lobo e de um leão.

Olho para trás e me deparo com a figura mais assustadora que ja vi até então! Era um lobo gigantesco! Mas lobos nao tem jubas de leão e não tem olhos gigantes vermelhos assustadores! Muito menos presas tão grandes que mal cabiam dentro da prórpia boca! Nem lobos nem leões tinham garras com mais de quarenta centímetros que perfuravam o solo!

Minha respiração acelera e meu coração batia tão rápido que mau o sentia!

Eu gostava do termo “homens e feras viviam em paz”, estava gostando ainda mais naquele momento.

Os soldados preparavam-se para atacá-lo quando tive o pensamento de que aquilo seria em vão.

–Não se movam até o meu sinal. – sussurrei sem mover um músculo.

Os olhar faminto da besta me encarava como se eu fosse um prato de carne! Na verdade eu estava me sentindo um prato de carne alí!

–Separem-se! – grito, quase no mesmo segundo eles saem correndo em todas as direções.

Eu não tinha um plano. Então eu fiz a coisa mais sensata que uma heroína como eu poderia fazer: berrar como uma louca! Eu saí correndo e escalei um pinheiro até o topo com uma velocidade incrível (não me pergunte como fiz isso!) e começei a gritar bem alto. Isso atraiu o monstro como planejei.

Ele tentava me alcançar no alto como um gato tenta alcançar um brinquedinho.

Foi então que esculto um barulho que não queria escultar. A árvore estava rangindo! Em breve cairia! Percebo uma inclinação no tronco e a coisa que batia no pinheiro era mesmo persistente!

–Seria uma boa idéia se alguém levasse ele pra bem longe de mim! – gritei para Loren.

Ela atira uma flecha e atinge o monstro nas costas. Não o feriu, apenas chamou a atenção para ela.

Loren não tinha armas! Sua última flecha estava encravada nas costas do animal. Ela ingenuamente joga pedras e outras coisas que encontavam no chão. Os soldados atrás atiravam dardos, flexas, e por um momento um deles encrava uma espada em seu ombro. Ele se contorce de dor e levanta as duas patas dianterias como a um cavalo e fica apoiado com as duas patas traseiras por um segundo. E nesse único segundo pude pude atirar uma pequena adaga em direção à sua barriga.

Estava convicta de que ele nem sentiria dor. Estava enganada, a fera cai no chão inconciente.

–Isso... isso quase nos matou! – Ela exclama. Todos a encaramos. – nos o chamamos de Besta do Som. Ele é atraído por sons altos. É invencível!

–Temos uma bela equipe. – Encaro graciosamente os soldados. Eram homens, feras... vivendo em paz. Como em Flosd.

Não tivemos tempo para nos abraçarmos e dizermos o quanto éramos incríveis. Uma trilha se abre sozinha na escuridão e no fim, uma luz azul aparece lentamente.

Seguimos. Não era bem uma luz, era uma mulher. Usava uma coroa com cristais e um vestido como o mar. A Rainha da Espuma.

–Bravos jovens, que nunca desistem e nem nunca falham para com o reino. – Ela diz docemente. –Não pensais que este é o fim de vossa longa jornada. O perigo se esconde em vossos medos. Não anceiem o fim, a pressa é para os fracos de mente, pois esta cria expectativas inalcançáveis.

Ela sorri e sesaparece. Um cortinado de folhas e flores a nossa frente escondia uma enorme clareira. Não tinha flores, apenas grama. O céu se colore num tom de rosa rapidamente e as estrelas e a lua desaparecem.

Ao longe um jovem alto, loiro quase ruivo corria em nossa direção. Era o mesmo jovem que nos traíra. O mesmo jovem que estava em meus pensamentos durante todo o dia. O mesmo jovem que escondia a saudade e a ambição de encontrar o pai com um simples sorriso. Cedric.

Ele me abraça como se todo o mundo tivesse desabado. Seus lábios tocam os meus como se o meu mundo estivesse acabado de uma forma maravilhosa.