Vírus

Capítulo 47 : O Fim ao Horizonte

Anteriormente em Vírus .. : Jessie teve que se virar sozinha na resistência, tentando se reerguer depois do grande abalo que foi a perda de sua filha, Beth . Enfrentando grandes desafios, como proteger seu filho mais novo da ameaça do vírus, que ao que parece as contas dos dias estavam erradas, por fim, se reencontra com Henry, que trás uma surpresa para todos.

‘’ Ambos seguravam um caixote, pensei imediatamente nas vacinas, observo Henry, ele definitivamente estava mais calmo, ou mais ciente em sua consciência . Ele demonstra uma face séria, aproxima-se de mim, e estende a caixa, eu a pego estranhando a situação, abro a caixa de papelão, e ao ver do que se tratava, a largo imediatamente, colocando minhas mãos sobre minha boca, fiquei mais que assustada, lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto, e por fim, eu abraço Henry, ele conseguiu sua vingança, e aquela cabeça do Sam na caixa, foi a prova de sua determinação . ‘’

Buzinadas, esse era o único barulho que se podia escutar em Charleston, fora o canto dos pássaros que surgiam junto com o ainda tímido sol, depois de um tempo, as buzinas cessaram e agora, batidas surgiram no portão de aço do refugio.

– Quem está ai ?? – Grita Blaine um dos capangas de Sam .

– Somos da Secure Place, queremos falar com o Sam ! – Responde a voz de um homem no outro lado .

Assim como Oliver afirmava quando ainda era vivo, a Carolina do Sul foi o primeiro lugar onde os governantes mandaram a população ir, fazendo surgir assim, inúmeros centro de refugiados, como a Resistência, Charleston e Secure Place, que é um pequeno abrigo de sobreviventes, localizado ao norte de Charleston .

Após abrir os portões, Blaine começa a conversar com todos os habitantes de S.P que estavam devidamente armados e tendo uma caminhonete como veículo .

– Me chamo Thomas . – Se apresenta o homem com uma jaqueta preta por cima de uma camisa cinza . - Nossas pessoas, estão morrendo, a todo instante . Sem serem mordidos, apenas desmaiam e retornam como errantes, não sabemos o que esta acontecendo, e precisamos de ajuda urgentemente, queria saber se você pode nos ajudar, por favor .. Sam .

– Eu não sou o .. – Indaga Blaine sendo interrompido pelo grito de Benjamim que se aproxima do jovem rapaz dizendo :

– Blaine .. o Sam .. ele morreu !!

– Só restou o seu corpo, a cabeça foi levada . – Afirma Ben já no alojamento do loiro, todos observaram o corpo do mesmo ao qual tinha uma faca ao lado,e o chão estava encharcado de sangue .

– Quem você acha que fez isso ?? – Questiona Thomas .

– Provavelmente ... alguém da resistência . – Responde Blaine .

– E o que vamos fazer ? – Indaga Bem

– Vamos revidar, nos uniremos aos homens de Secure Places, e a resistência será tomada por completo .

Pov. Henry

Estou acostumado com as perdas constantes ao meu redor, essa é a impressão que eu tinha de mim mesmo, mas nos últimos dias, foi comprovado o contrário . Ver diante dos meus olhos, o meu garotinho descer daquela van, todo ensanguentado e pútrido, foi um abalo para mim, meu chão cedeu, senti como se tudo ao meu redor tivesse desabado . Nunca imaginei que isso aconteceria tão cedo e de uma maneira tão tenebrosa . Sempre quis proteger minha família, a Claire, o Hector ... desde quando o começo do fim se iniciou . Naquela estrada, cercado pelos errantes, Hector chorando intensamente e Claire tentando acalma-lo, nunca vi ele tão apavorado, talvez por conta do meu trabalho, ser perito em criminalista tomou bastante tempo nosso mas de certa forma, o apocalipse nos proporcionou esses momentos, mesmo que tenha sido correndo e fugindo, vi o meu garotinho amadurecer rapidamente, sempre ao meu lado . Na verdade, eu aprendi muitas coisas ao seu lado, ele suportou a perda da própria mãe e de todos os outros que se foram, enquanto eu, ficava chorando, feito uma criancinha .

Quando acordei na resistência, finalmente senti que aquele sim, era o lugar que tanto imaginei, todo esse tempo, correndo e fugindo foi para encontrar um lugar seguro para o meu filho, para que ele fique a salvo e não se abale com as ameaças ao seu redor . Mas toda a minha felicidade se foi, quando Sam e seus ratos, invadiram a resistência matando todos e revelando o que meu filho se tornou, um errante em busca de carne fresca, sua imagem nunca se apagará em minha mente . Um sentimento tomou conta de mim, vingança, eu queria pegar naquele filho da mãe, e mata-lo, não só eu, mas todos queriam ver o Sam morto, nunca odiei tanto alguém, tudo que passamos, lutando e batalhando para a nossa sobrevivência acabou diante de alguém tão tenebroso, o Marck .. e o Nick, não são nada comparado a ele, e isso só aumentava ainda mais o meu ódio . Definitivamente fiquei cego, a vingança me possuiu e eu apenas queria vê-lo morto, junto a Adriana, formos em direção a Charleston para iniciarmos o nosso acerto de contas, lá o conflito surgiu, e de repente, me vejo com uma faca apontada para a garganta daquele miserável, que implorou pela sua vida, mas alguém que matou várias pessoas inocentes, a coitada da Beth e o meu garoto, não merecia viver ! Em uma facada, corto parte do seu pescoço, a Adriana fica atordoada, arregalando seus olhos e observando o meu ato horrível, realmente o que fiz foi terrível mas mesmo assim, ele merecia coisa pior . Uma sequência de facadas surge, minha roupa fica ensanguentada, assim como o meu rosto, mas definitivamente, eu tirei a cabeça daquele verme, levando de presente para Jessie, que ao abrir a caixa, a larga imediatamente no chão, me abraça e ficamos assim por longos minutos, ao nos separarmos, pego a cabeça de Sam pelos cabelos, arrastando-lhe pelo chão, os habitantes que restaram da resistência nos observavam curiosos .

– Essa é a cabeça daquele que matou seus parente, essa é a cabeça daquele verme que proporcionou momentos horrendos para todos nós ! Sam agora queima no inferno !! – Eu exclamo enquanto eles tem diversas reações, uns comemoram, outros choram, mas creio que foi de felicidade .

A tarde chega, e o sentimento que agora me dominava, foi o de dever cumprido, finalmente acabei com a vida daquele que tirou a do meu filho , sempre fui um homem sereno que sempre buscava uma forma calma e tranquila de resolver as coisas, mas agora, depois de tudo isso, mudei a forma como encaro as coisas ao meu redor .

– Você devia descansar . – Afirmou Jessie aproximando-se, pegando um banquinho e sentando-se ao meu lado .

– Não consigo, o dia foi bem conturbado e em instantes ficarei de vigia, já que todos foram mortos pelo .. – Respondo enquanto sou interrompido por ela que diz :

– Não fale o nome dele, ele agora morreu,e isso já passou, agora só nos resta esquecer tudo, sei que será difícil, mas devemos continuar com a nossa vida, mesmo que seja a mais desumana possível, agora .. só cala a boca .

Seus lábios tocam nos meus, aquele momento foi incrível e emocionante, ficamos envolvidos e eu realmente esqueci por um tempo, de todos os acontecimentos, a Jessie era uma pessoa especial para mim, ela não esta substituindo a Claire, e nem quero, mas quando esse apocalipse acabar, é com ela que eu quero estar ao lado, em uma casa, multiplicando momentos como esse, nossos lábios se separam, minha testa encosta na sua, fecho meus olhos, e ela suspirando fala :

– Obrigado .

Jessie com certeza sofreu muito mais com tudo isso, perdeu a filha assim como perdi o Hector, mas de certa forma, eu já estou ciente de que ninguém está a salvo e perdas são constantes, por isso o abalo foi muito maior na sua ocasião que sempre ficou protegida pelos muros da resistência .

– Parabéns cara, finalmente alguém tomou coragem e matou aquele imbecil . – Indaga John, não pensava que ele tinha sobrevivido ao ataque do Sam, e fico feliz, pois ele é um bom homem, além de querer proteger todos a sua volta, estávamos na parte de cima dos muros da resistência, apunhalando armas, atirávamos em qualquer errante que se aproximava, escuto a doce voz de Jessie, me viro e vejo que ela está formando uma fila com os sobreviventes, para que entrassem com calma no alojamento ‘’esperança’’ como Hector apelidou, era lá que os feridos ficavam, provavelmente, vão se vacinar, nem me lembrava dessa questão, acho que a segunda semana chegou, logo depois de todos entrarem no local, Ron se aproxima correndo, e da um longo abraço em Jessie, que ainda no lado de fora o levanta com dificuldades, eles estavam felizes, e pela primeira fez, eu também estava .

– Essa não ... – Escuto John falando, me viro mudando de expressão rapidamente, arregalo meus olhos, vários homens armados aproximavam-se surgindo bem longe, a quantidade era muito maior do que todos de Charleston, não entendi aquela situação, mas o nosso fim, estava ao horizonte .