Vírus escrita por Artur


Capítulo 45
Caminho Doloroso


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo !! O mais cumprido da fic até agora, estamos chegando nos capítulos finais, e adorei de coração escrever até aqui, obrigado a quem recomendou,favoritou,comentou e esta acompanho e quem ainda não recomendou sempre tem uma vaga sobrando hahahaha :*
Espero que gostem, e sei que muito gente vai adorar pois algo que tantos esperavam irá acontecer, ou não :P



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/342923/chapter/45

Vírus

Capítulo 45 : Caminho Doloroso

Anteriormente em Vírus : Sam demonstra o tão da sua crueldade, dando inicio ao ataque a residência deixados inúmeras pessoas mortas ou feridas, colocando a vida de todos em risco e testando os limites de Henry, revelando Weaver e Hector transformados naqueles errantes .

Tudo que Henry queria naquele momento era matar o Sam, independente de tudo, mesmo que os capangas do loiro atirassem nele, pois de agora em diante, sua vida não teria mais sentido, tudo que lhe fazia ficar em pé, desmoronou . Diante daquelas cenas de horrores que presenciou com os próprios olhos, queria apenas realizar seus instintos, e matar o impiedoso Sam .

– Me soltem !! Eu vou mata-lo ... olha o que ele fez, eu tenho que mata-lo !! – Berrou Henry constantemente ainda sendo impedido por Jessie e pelos cidadãos sobreviventes da resistência .

– Você não percebe ?? Todos vocês são míseros ratos, e nós vamos pisotear vocês, um por um . Quanto mais resistirem, mais rápido morrerão, o apocalipse acabou para todos vocês . – Indaga Sam com um tom de voz elevado e uma expressão séria em face.

Depois disso, os todos ficam encarando o mesmo, o silencio prevalecia no local, enquanto que Sam e seus capangas, esboçavam a felicidade daquele momento único em suas vidas . Até que uma doce e leve voz pode ser ouvida .

– Hector ... Hector ?? – Questionou a jovem Beth, dona daquela linda e pura voz, que se tornou em gritos de agonia ao ver o filho de Henry caído no chão, transformado em errante, ela enxuga suas lágrimas que começaram a escorrer rapidamente, teve sua perna abraçada por Ron, o jovem estava bem mais assustado, era apenas um garotinho e presenciou tudo aquilo . Seu choro baixinho despertou a atenção de Jessie, que foi tentar acalma-los abraçando-os .

– Independente de tudo, vocês devem sobreviver, devem ser fortes, resistam .

– Vamos parar de tanto drama, você ! Onde está as vacinas ?? – Indaga Sam, apontando para Jessie .

Ele junto a mais capangas, senguem a médica que os levam para o centro de feridos, lá ela remexe nos caixotes que contiam as vacinas, eram três com dez vacinas cada, Sam olha a quantidade e menospreza :

– Quem diria, todos da resistência irão morrer, já que a cura vai acabar aos poucos, eu só fiz antecipar as coisas . – Ele riu completando : - Mas ainda são úteis para o meu povo !

Do lado de fora, Henry, ainda abalado, fica ao lado do corpo de Hector, molhando suas roupas imundas e ensanguentadas com pingos de lágrimas, seus olhos fixaram na imagem de seu filho morto, justo ele, que era um garotinho perante os olhos de Henry. Hector queria conquistar sua independência, se tornar responsável e maduro, no fim ele conseguiu fazer isso, só ter suportado a perda de sua mãe, ainda no inicio de tudo isso, o fez encarar a realidade a sua volta, que todos estão marcados pela morte, e o destino de cada um, é decidido em instantes .

– Ah meu Deus ... sinto muito Henry . – Indaga Adriana que surge perante os sobreviventes ao ataque, percebendo que se tratava de Hector o ser pútrido a sua frente, Henry nada diz, continua olhando seu filho .

– Vai ficar tudo bem, iremos encarar isso também, você consegue, depois de tantas coisas que você passou .. com certeza vai achar uma maneira de se reerguer .

– Por que você nos atacou ? Matou tantas pessoas .. realmente era preciso tudo isso ? – Questiona Jessie a Sam, que da um sorriso irônico e responde enquanto que seus capangas pegavam os caixotes .

– O que queremos é a cura, Charleston é segura o suficiente para o meu povo, mas acontece .. que ficar naquela bosta de lugar é tedioso , e matar todas essas pessoas, além de trazer o caos para a mente de todos vocês, é algo divertido, que comprova que eu realmente estou vivo . – Responde olhando seriamente para Jessie que atordoada disse :

–Você é um monstro e .. – Antes que pudesse terminar sua afirmação, Henry chega por trás e da um soco em Sam que cai no chão, o homem continua chutando a barriga do loiro, nesse momento a raiva de Henry era revelada, mas nem se compara a explosão de ódio que ele realmente sentiria mais tarde, Henry é rapidamente detido por Blaine e outro capanga de Sam que se levanta limpando sua boca, da um sorriso e fala :

– Covarde !! – Indaga realizando diversos socos no rosto de Henry, que é salvo de um grave ferimento, pelo ato de coragem de Beth, que por trás, dá um tiro acertando de raspão o ombro de Sam, a garota estava apavorada, ela realmente gostava e adorava o Hector, talvez, ela queria demonstrar que é forte, e que consegue sobreviver, Sam em longos gemido, olha para a loirinha com um olhar impiedoso, trinca os dentes e diz :

– Não era pra você ter feito isso garotinha ..

– Beeth !! – Grita Jessie tentando aproximar-se da jovem, porém é impedida pelos seguidores de Sam, que apontam a arma para ela, evitando que ela ande, Henry estava sendo segurando por Blaine, seu rosto estava todo ensanguentado pelas fortes batidas de Sam, que pega sua arma e aponta para a cabeça de Beth, que se ajoelha e começa a chorar, sua mente está mais que confusa, as lágrimas escorriam pela sua pele clara, seus olhos azuis demonstravam sua tristeza profunda .

– Calma .. calma .. Sam, eu sei que você não quer fazer isso !! – Exclama Henry tomado pela tensão do momento e pelos gritos de ajuda da Jessie . Do lado de fora, as pessoas ficaram angustiadas, e definitivamente curiosas, mas eram impedidas pelos homens de Charleston .

– Na verdade, eu adoraria fazer isso . – Sam responde bastante frio e seco .

– Me desculpa ... podemos .. podemos conversar, eu não queria fazer aquilo . – Beth afirma enquanto que soluçava e gaguejava .

– Não converso com gente morta . – Responde Sam apertando o gatinho e disparando a arma, o som que se eclodiu pelo local, foi como um baque para Jessie, que grita pela filha intensamente, se livrando dos capangas e abraçando a sua querida filha, que agora, se torna mais uma vitima de crueldade cometida por Sam que indaga :

– Veja pelo lado bom, pelo menos eu evitei que ela retorne como uma errante .

– Seu miserável !! – Bradou Henry correndo em direção ao loiro que se vira dando um soco no rosto já ferido do mesmo, que no chão, recebe vários socos e pontapés de Sam e seus capangas, que depois de pegar os caixotes se retiram do local . Do lado de fora, todos os sobreviventes ao ataque se aglomeraram após escutar os disparos, estavam apavorados, Sam olha para todos se despedindo .

– Não se preocupem, apenas uma garotinha morreu, foi bastante divertido atacar a residência, pouparei munição e deixarei vocês vivos, não podem fazer nada afinal . Mas agora tenho que ir, o povo de Charleston me aguarda .

– Desgraçado .. miserável ! – O povo da resistência grita em uníssono xingando bastante o loiro que nem da a mínima, eles entram nos seus veículos que usaram para atacar a resistência, caminhões, carros, e a van que trouxe consigo a queda de Henry, e vai embora lembrando a imensa dor do rapaz .

– Beth .. minha Beth .. não !! – Grita Jessie abraçando-se ao corpo da jovem que estava escancarado no chão, Jessie se mergulhava em um desespero visível, perder um filha é algo insuportável, e Henry e Jessie sofreram na pele essa sensação com as mortes de Hector e Beth .. que por ironia do destino eram bastante próximos .

– Calma .. – Dizia Henry acariciando o ombro da mulher ele queria completar a frase mas uma lágrima escorre perante seus olhos, o fazendo se envolver perante o momento delicado que Jessie passava .

– Mãe .. essa é .. essa é a Beth ? – Disse o jovem Ron ao se aproximar do local e ver o corpo de sua irmã no chão, ele fica apavorado, arregalando seus olhos, e chorando sem parar sendo acolhido por Jessie que da um abraço nele, obstruindo sua visão para que não visse a situação de sua irmã .

Mais tarde, os habitantes que morreram durante o ataque de Sam, eram enterrados, e aqueles que viraram errantes, cremados . Henry continua abalado pelas consequências dos atos de Sam, ele e Jessie perderam seus meios de sustentação nesse mundo perdido, a madrugada trazia consigo um enorme silencio perante todos, que agora, enxergavam um fim definitivamente próximo, o dia em que seus limites foram realmente testados, sempre ficará nas mentes perturbaras de cada um ali . Em um momento de calmaria entre Henry e Jessie, os seus olhos ficaram secos após derramarem inúmeras gotículas de lágrimas, tudo que poderiam fazer era seguir com a vida adiante, mas estava difícil .

– Eu vou mata-lo, é uma promessa que faço a mim mesmo, pelo Weaver ... – Indaga Henry, puxando o ar, dando um longo suspiro completando : - Hector .. Beth, e todos os outros que aquele desgraçado matou !

– Não Henry, não precisa fazer isso, você viu como esse monstro é, ele não tem piedade, irá matar você na primeira oportunidade que aparecer, então .. por favor, não vá, não quero perder você também . – Jessie responde tentando impedi-lo .

– Não adiante Jessie, eu já estou destruído, perdi meu filho, e aquele filho da mãe o tirou de mim, então não existem ninguém que mude esse meu pensamento, ele irá morrer, e eu o matarei . – Retrucou Henry demonstrando toda sua raiva .

– Mas você não pode ir sozinho, não tem armas .. como você vai enfrentar todas aquelas pessoas de Charleston ? – Jessie questiona aumentando seu tom de voz .

– Eu só quero matar o Sam .. e, não preciso de um arma . – Henry responde retirando-se doa alojamento .

Preocupada com Henry, Jessie procura por Adriana, que cuidava dos sobreviventes que foram feridos durante a invasão .

– Eles estão bem ? Qualquer coisa eu ajudo, afinal sou médica . – Diz Jessie aproximando-se do local .

– Não precisa, são simples ferimentos, mas acho que você veio até mim por outro motivo . – Responde a ex-militar .

– Sim, é que .. estou preocupada com o Henry . Ele disse que queria vingança, disse que vai até Charleston e matar o Sam, mas eu não quero que ele faça isso, não quero perder ele também .

– Jessie, ninguém sabe o que se passa na cabeça dele neste exato momento, desde que tudo começou, Henry vem andando e vivenciando um caminho doloroso, mas ele não escolheu seguir este caminho, o apocalipse que o obrigou, desde então, vimos coisas terríveis acontecerem, perdemos pessoas próximas a nós a todo instante, e a cada momento, a cada passo que ele da neste caminho sem volta, o Henry vem se superando e aprendo a lhe dar com os acontecimentos a sua volta, mas desta vez, sinto que não podemos impedi-lo . – Afirma Adriana relembrando tudo que passou ao lado de Henry, todas as perdas, e pequenas esperanças que surgiam, a morena da um leve suspiro e completa :

– Eu irei com ele, vou tentar traze-lo a salvo, mas com certeza .. não podemos impedi-lo .

Henry procurava por algo enquanto que Adriana chega observando mesmo, que não fala uma palavra sequer .

– Henry, eu sei o que você vai fazer .. – Afirma Adriana sendo interrompida rapidamente por Henry que diz :

– Até você acha que aquele imbecil merece viver ? Ele matou inúmeras pessoas .. ele matou o Hector !! – Branda Henry enquanto que acha o que procurava, um facão enorme .

– Não, ele deve morrer, deve ser vingado, por isso que estou me oferecendo para ir com você até Charleston, somos só restou eu e você de todos nossos companheiros, e você deverá encarar isso também ... – Retruca Adriana rapidamente .

– Se você quer me acompanhar tudo bem, mas se arrume logo, partiremos agora pouco .

– Henry, você ta ficando maluco ? Não vou deixar você ir a essa hora, matar aquele verme, você deve se acalmar, se lembra do Nick Colleman ? Ele matou a Lisa, e a Sally não se explodiu após ver sua filha morta, você deve ter calma, iremos amanhã . – Indaga Adriana convencendo Henry que no inicio hesita mas acaba aceitando a proposta .

Amanheceu, e Henry juntamente a Adriana, partiram em um carro, em direção a Charleston, a garota sabia onde fica o centro de refugiados de Sam, pois já foi lá com Weaver inúmeras vezes, era bem cedinho, e ninguém notou a ausência deles, apenas Jessie que se despediu do seu amado . Depois de alguns minutos de viagem, os muros de Charleston podiam ser vistos, com homens armados vigiando tudo ao redor do local, Henry então para o carro, e são obrigados a descerem .

– Não podemos chamar atenção, ou eles vão nos notar . Daremos a volta e veremos se existe alguma entrada na parte de trás ! – Exclama Henry em sussurro .

Os dois então, vão pela mata e conseguem dar a volta em Charleston, sem que ninguém notasse, na parte de trás, existia um portão, por ser cedo, as pessoas devem estar dormindo, o portão é aberto por Adriana lentamente para não causar barulhos, eles conseguem finalmente adentrar ao local, como eles imaginavam, ninguém estava acordado, apenas os dois vigias lá na torre olhando para o além .

– Ali era onde o Sam ficava, quando eu vim aqui uma vez, ele saiu daquele local . – Sussurra Adriana apontando para um local onde aparentemente parecia ser um abrigo.

– Verei se os capangas deles estão por ai, me aguarde, não faça nenhuma besteira . – Completa a morena se distanciando de Henry e olhando nos outros locais, a fúria de Henry se aglomerava dentro dele, e explodiria a qualquer momento, sua teimosia era grande, e o homem foi em direção ao local onde Sam residia . Ele abre a porta de madeira do local lentamente, fazendo apenas um pouco de barulho, começa a andejar bastante atento no interior do local, olhando para os lados procurando o loiro, que surge na sua frente dando um soco em Henry que cai no chão .

– Eu estava ansioso por sua visita, mas realmente .. você não é nada discreto .

– Droga !! – Indaga Adriana ao ver que Henry não estava onde ela mandou ficar, corre em direção ao local onde Sam fica, e entra rapidamente presenciando Sam socando Henry por pura diversão, dando chutes e mais chutes, sua mão estava toda ensanguentada de tanto bater .

– Sam . – Diz Adriana .

– Olha só quem apareceu, então quer dizer que você também veio ? Adriana ? Não esperava encontra-la viva . – Indaga ele reconhecendo a morena, Sam da uns passos a frente, se distanciando de Henry .

– Realmente, seria um desperdício mata-la, você é bastante bonita .. – Ele diz enquanto se aproxima da morena e da um leve soco no rosto dela .

– E burrinha .. – Ele completa a frase dando um longo sorriso sarcástico .

– Vocês dois, são completamente burros, acharam que poderiam me pegar enquanto dormia ? O outro ali veio desarmado, coitado .. vocês não passam de .. – Indagou Sam com uma expressão séria em face, principalmente quando notou a ponta de um facão em seu pescoço, e Henry atrás dele .

– O que ?? – Questionou o loiro .

– Chegou sua hora, seu verme desgraçado . – Afirma Henry, enquanto que Adriana fica olhando assustada .

– Calma, você esta descontrolado, podemos conversar, posso devolver a cura de vocês, mas não faça essa besteira ! - Fala Sam temendo o seu fim .

– Não converso com gente morta ...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vírus" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.