Doutor: “Alessa,  é o seguinte :  Você rompeu totalmente os ligamentos do seu pulso esquerdo , e fizemos uma cirurgia, nesta madrugada. A lesão foi grave, e talvez você não consiga ter movimento total nesse pulso , mexer bem as mãos.”  Explicou.
Alessa: “Quer dizer que... “  Mexendo a cabeça negativamente.
Doutor: “Sim , você po..” Foi interrompido por ela.
Alessa: “Que eu sou incompetente, é isso? Não vou poder tocar guitarra? Baixo? Não vou poder tocar, jogar.. É isso?”  Lágrimas escorriam em seu rosto
Doutor: “Mas você pode recuperar 100% , mas as chances são complicadas.”  Disse com sonceridade.  Alessa não parecia acreditar.
Alessa: “  Dediquei a minha vida para isso.. “  Arrasada.
Leigh: “Calma,  Alessa.”   
Alessa : “Calma?  Já bastava o Miguel ter te machucado. Ele me tira 11 anos dedicados de pura determinação minha de tocar instrumentos, era a minha vida,  era o meu amor , a minha paixão..  Ele faz isso comigo?”  Revoltada, chorando mais ainda.
Doutor: “Se contenha , Alessa.. Pense na sua saúde,  na sua recuperação. Depois você pensa nisso.”  Fazia gestos de calma.
Alessa: “Não, isso pra mim é como se fosse a minha morte.”  Não aceitava aquilo.
Leigh: “Acho que ela precisaria ficar sozinha , não ? “  Ele entendia o lado de Alessa.
Doutor: “ Acho que sim.. Vou dar um tempinho para ela.”  Concordou.  Alessa se isolava. 
Alessa: “Melhor mesmo.. Eu não quero ver mais ninguém , desculpe, Leigh”   Fitou Leigh
Leigh: “Tudo bem.. “ Deu um beijo em sua bochecha.   Alessa ficou sozinha assim que a porta se fechou,  ela não conseguia entender,  como se um pedaço dela foi destruído.
Alessa pensava desde a sua infância , toda a dificuldade que tinha de aprender,  que foi se aprimorando assim que crescia,  era o motivo de se orgulhar por tudo aquilo ,  era um talento múltiplo que ela desenvolveu,  ela não fazia questão  do Miguel fazer isso com ela.
Ela lembrava de todas as apresentações que ela já fez, várias com a banda que ela tinha em Lisboa , inclusive Júlio era seu baterista.  Vários shows que ela tinha feito na escola,   ela tocava guitarra além de ficar no vocal, tocava vários tipos de Rock clássico , músicas românticas , enquanto não tocava suas músicas próprias.   Sua identidade se desenvolveu em cada acorde aprendido durante toda a sua infância.

Ela olhou um buquê de flores que estava perto da cama, ela sorriu, e queria saber de quem foi.  Um pequeno bilhete estava entre aquelas flores.  Ela abriu e leu
“ Com todo o amor para você.  Você é guerreira. Recupere logo.
Beijos, te amo muito.
Nathaniel “ 

Alessa fica surpresa,  admira aquelas rosas vermelhas, uma delas azul,  ela cheirou-os, estavam perfumados.   Ela derreteu-se pelo gesto de Nathaniel , que foi muito carinhoso e gentil com Alessa, e que agradeceria isso à ele pra sempre. 
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Leigh voltava do quarto , dando boas notícias para todos
Leigh: “ Alessa acabou de acordar.” Sorriu.
Castiel: “O quê ? Ela acordou?”  Tinha acabado de chegar quando ouviu Leigh falar a notícia.
Leigh: “Sim,  ela acabou de acordar.”
Rosalya : “E aí? “ Com risos
Lysandre: “Ela está bem?” 
Raven: “Não acreditoooooooooooooooooooooooooooooooo”  Fez escândalo no hospital.
Dimi: “Xiu , escandalosa.”  Dizia no ouvido de Raven, ao abraça-la por trás.
Germana: “Ótimo , já ligo para os pais dela.” Dizia discando o número e foi para o lado de fora do hospital.
Leigh: “É que a Alessa está sabendo o que aconteceu com o pulso dela, e está transtornada. “  Lamentou .
Castiel: “Eu converso com ela.”  Dizia confiante.
Leigh: “Ela quer ver ninguém.. Ela disse pra mim.. que está chateada e precisa ficar sozinha.”    Argumentou.
Castiel: “Deixa eu ir lá.. Eu converso com Alessa sobre isso.”  Seu olhar convenceu todo mundo. Castiel ía ver ela. 
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Alessa estava quieta, com lágrimas umedecendo seu rosto, ainda refletindo e tentando engolir esse problema.   A porta foi batida.
Alessa: “ Quem é?”  Olhava para a porta.  Castiel entrou,  ela passou a sorrir com a presença dele.   Nenhuma palavra foi tocada, Castiel se aproximava , e sentou naquela cama, vendo Alessa triste, mesmo com aquele sorriso.
Castiel: “Você já sabe, né?”  Perguntou , limpando aquelas lágrimas.  Alessa sentia falta daqueles toques.   Alessa respondeu com mais uma lágrima caindo.  __” Não precisa ficar assim, eu sei que você é capaz de tudo que você quiser.. “ Ele olhava no fundo daqueles olhos,  que tanto sentia saudades.   
Alessa: “E se eu não conseguir, e se não tiver jeito? Eu virei incapaz” 
Castiel: “Xiu..”  Ele ainda segurava aquele rosto macio.  __” Você não precisa disso, não agora. Chorar por algo que você ainda nem tentou. Espere recuperar. Eu vou estar ao seu lado.”  Com rostos próximos , olhares fixos, olhares pouco trêmulos , que brilhavam um para o outro.  Aquele olhar de Castiel a confortava,  ela fechou os olhos ao sentir a aproximação de Castiel  que  fez a mesma coisa, sentindo o calor daqueles lábios,  o calor da vida , o calor da vitória... Maciez do amor, ao se encontrarem mais uma vez.