Living a Teenage Dream escrita por A nova Cinderela


Capítulo 21
Acidente


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Ela me colocou deitada em seu colo e fez carinho em minha cabeça.

– Sabe filha, quando seu pai me deixou não foi fácil. Eu amava aquele homem. Eu sonhava em viver com ele até eu morrer, mas não deu certo. Ele foi embora e me deixou aqui. Sozinha, com uma filha de seis anos e outra em minha barriga. Eu lutei, com todas as minhas forças e consegui criar vocês duas com muito amor. – ela fez uma pausa enquanto eu chorava em silêncio – Filha, oque eu estou tentando dizer é que nada é para sempre. Ele pode não voltar a te procurar e você vai ter que continuar a sua vida. Entendeu? – aquelas palavras me fizeram refletir muito.

Apenas assenti. Minha mãe era uma mulher forte e sabia muito bem como é a dor de uma perda, mas ela nunca parou de lutar. Ela sabia que iria ser difícil cuidar de duas filhas, sozinha, mas ela batalhou e aqui estamos hoje. Nós três juntas. Eu amo muito minha mãe, ela é minha guerreira.

Acabei adormecendo no colo dela. Foi tão bom.

Acordei pela manhã e eu estava ainda no sofá. Peguei meu celular que estava caído no chão e vi que tinha trinta e uma chamadas perdidas e dez mensagens. Minha mãe já havia saído para trabalhar e provavelmente minha irmã estava dormindo. Resolvi não olhar as mensagens para não ter que chorar de novo. Tomei um banho e fui procurar alguma coisa pra comer. Fui ao meu quarto e deitei em minha cama. Fiquei em silencio olhando para minha caixa de coisas do meu ídolo. Levantei-me e peguei a caixa. A cada foto que eu via, uma lagrima escorria em meu rosto. Eu não sabia ao certo se iria poder ver novamente aqueles olhos encantadores e aquele sorriso lindo, eu não sabia nem ao menos se eu iria poder sentir novamente aqueles lábios de seda nos meus. De uma coisa eu tinha certeza, eu o amava e estava sofrendo.

Talvez seja por isso que eu nunca quis me apaixonar. Eu tinha medo de sofrer por amor.

Eu já estava guardando as coisas na caixa meu celular tocou. Era o número desconhecido. Eu não sabia se devia atender ou apenas deixar tocar. Resolvi atender.

- Quem é? – perguntei tentando afirmar a voz.

– Julia, é a Bruna. Menina, por que você não atende esse celular, em? Estou atrás de você desde ontem! – ela estava muito nervosa.

– Ahm, oi Bruna. Eu estou um pouco mal, mas oque aconteceu? Por que esta nervosa? – perguntei assustada.

– O Rafa está com você? – me surpreendi com a pergunta.

– Claro que não. Por quê? – eu estava assustada.

– Como não? O Rafael não esta em casa e nem foi pra Campo Grande! – eu me desesperei.

– Como assim não esta em lugar nenhum? - eu estava começando a me desesperar.

– Vocês brigaram? – perguntou ela, eu não sabia se devia dizer tudo a ela.

– Sim – respondi seca.

– Por quê? – curiosa.

– Bruna, não é a hora certa pra isso. Quando eu te encontrar juro que te conto tudo.

– Esta bem, vamos procura-lo antes que ele faça uma besteira. – disse ela e eu estava com o coração disparado.

– Se souber de alguma coisa, por favor, me liga.

– Ok.

Desliguei o celular e liguei a TV. Interromperam a programação para passar aqueles plantões que assustam todo mundo. Eu me sentei rápido e aumentei o volume.

“Na noite passada, em torno da meia noite, o cantor Rafael S. sofreu um grave acidente em uma rodovia entre os estados do Paraná e São Paulo”. “Ele já foi encaminhado para um hospital particular em São Paulo (capital). A família acabou de ser avisada e esta a caminho. Mais informações a qualquer momento aqui no plantão”.

Meu celular tocou e eu atendi rápido.

– Julia... – era Bruna pra contar oque havia acontecido, mas eu já sabia.

– Já estou indo. – foi oque consegui dizer antes de desligar.

Arrumei-me rápido no meio de lagrimas. Deixei um bilhete que mal dava pra ler pra minha irmã. Pedi pra ela avisar minha mãe que eu fui ver Rafael no hospital. Peguei o carro e corri o mais rápido que pude. O hospital era longe, mas cheguei lá em quinze minutos. Estacionei e disparei para a entrada de emergências. Havia muita gente lá fora. Imprensa, fãs, familiares, funcionários do hospital, curiosos e etc. Fui me enfiando no meio das pessoas, tentando chegar até a recepção. Quando finalmente cheguei à porta, estava fechada. Não me deixaram entrar.

Eu não podia dizer que era a namorada dele, pois iriam rir de mim. Tentei ligar para Bruna, mas estava muito barulho e só consegui dizer que eu estava lá fora. Não sei se ela ouviu direito, mas depois me mandou uma mensagem dizendo para eu dar a volta e entrar pelos fundos que ela estaria me esperando lá. Dei a volta correndo e encontrei com Bruna.

– Como ele esta? Você já o viu? Ele esta acordado? – disparei as perguntas e Bruna parecia chorar.

– O estado dele é muito grave. Não sabemos como ele esta. Não podemos vê-lo.


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Notas finais do capítulo

Foi o máximo que consegui. Desculpem.