Acordo com um barulho insistente. Pego meu celular na bancada e atendo.

– Oi amor.

– Oi, Peeta.

– Será que a gente poderia se ver hoje?

– Sim. Vem aqui depois do almoço. Tchau. – digo e desligo.

Tomo banho e troco de roupa, desço e, antes de chegar à sala, começo a escutar RAP.

– O que tá acontecendo aqui? – digo rindo. Olho para Madge e ela está super animada arrumando a sala e cantando Rap.

– Hoje é dia de arrumar a casa, Darling.

– Você pode se mexer assim? Digo, se exercitar? Digo, não sei, você entendeu?

– Entendi.

– Como você tá?

– To bem, na medida do possível. Sinto uns enjoos de vez em quando, mas acho que é normal.

– É, deve ser. Mas de qualquer jeito, acho melhor você não se esforçar muito. Que horas são?

– 12h. É melhor a gente ir almoçar, grávida não pode passar fome. – Mad diz e nós rimos.

– Let’s goooo.

Eu e Madge pedimos sushi, não demora muito e chega, e o entregador é gatinho. Dou o dinheiro e chamo Madge, e almoçamos. Não vi Finnick, mas também não estava preocupada com ele.

POV Peeta.

Olho no relógio e vejo que são 14h. Tomo banho e troco de roupa. Desço e vejo que Gale estava deitado no sofá, pensativo.

– Vou na casa da Mad, quer ir?

– Melhor não... ela tá com raiva de mim, e aquela menina com raiva, Jesus.

– Ahhh Gayle, para com isso. Tu tens que concertar a burrada que tu fez indo conversar com ela, no mínimo.

– Tá... Vai na frente, depois eu vou.

Pego a chave do carro e sigo em direção à casa de Mad. Chego no corredor, e encontro uma pessoa que eu realmente não queria ter encontrado.

– Ora ora, se não é o famoso Peeta! – Paul diz.

– E você quem seria? – digo, fingindo não saber quem é.

– Paul, amigo da Katniss, prazer. – ele diz e estende a mão. Dou um aperto e digo:

– Olha, eu adoraria falar com você – como sou falso hihihi – mas to com pressa. Prazer, tchau.

– Falooou. – ele diz.

POV Katniss.

A campainha toca e Madge pede pra eu atender.

– Oi amor.

– Oi, Peeta. Entra. – digo e fecho a porta depois que ele entra. – Senta.

– Então... Eu queria me desculpar por ter sido um completo idiota, é que, bem... eu sou ciumento, você sabe. Eu não lido muito bem com a ideia de te ver com outro, de poder te perder. É só que... você entende, não entende? É ciumenta também. – ele diz e eu sorrio.

– Não sou não. – digo e cruzo os braços. Ele se levanta e olha nos meus olhos. Senhor tá hot aqui...

– É sim. Lembra aquele dia no shopping?

– Ah... – digo e ele sorri.

– Eu te amo. – ele diz e me beija. Quando o beijo termina, nossas testas continuam juntas, e eu digo:

– Eu também te amo. – digo, e acabo sorrindo. É a primeira vez que digo isso a ele. – O Gale não vem também?

– Pensei que esse momento romântico seria só entre eu e você... – ele diz e eu gargalho.

– Não, babaca. Ele tem que falar com a Madge. Ele te contou a burrada/idiotice/gayzisse/maluquice/babaquice que ele fez?

– Contou, e cara, se eu fosse a Madge, eu nem olhava mais na cara dele. – ele diz. – Mas ele vem sim. Dizendo ele.

– Acho bom. Eles tem que se resolver, a Mad não pode fazer isso sozinha... Bom, acho que é hora de você ir. – digo e vou em direção à porta.

– o QUE? Você tá louca? O que eu fiz?

– Nada, você tem que ir embora.

– Katniss... Você vai fazer o que eu to pensando?

– Não...

– Katniss...

– Tá, eu vou! Vou jogar The Sims, me deixa. – digo e faço bico.

– Sozinha? – ele diz e meus olhos brilham.

– Você quer jogar? – digo mais feliz que o normal.

– Mas é claro. Vamos fazer a família Everllark. – ele diz e eu sorrio.

– Vou pegar o notebook, espera aí. – digo e pego meu notebook. Quando volto, a campainha toca e eu atendo. – Gayleeeee – o abraço e o deixo entrar.

– Hey, Catnip. Saudades minha pequena.

– Também senti. Ela tá no quarto. – digo, e ele sobe. – Beleza, vamos criar nossa família.

Começo criando minha personagem, e Peeta fica dando palpites toda hora, como: Seus olhos são mais claros, seus peitos são maiores, seu cabelo é mais longo...

– Peeta, já deu né? – digo e ele fica triste. – Acabei, faz você agora. – Digo, e ao contrário dele, não falo nada... não muito, quero dizer. Eu e Peeta ficamos jogando até que a campainha toca de novo, e eu atendo.

– Oi, Katniss. – ele diz e me abraça. – Você poderia me emprestar um pouco de açúcar? – ele diz e mostra uma xícara.

– Oi, Paul. Poder eu até posso, mas a casa não é minha – digo e ele ri. – eu também poderia perguntar pra Mad, mas ela tá conversando com o Gale e eu realmente não quero atrapalhar.

– Entendo. Poxa, espero que eles se acertem. Eles são tão lindos juntos.

– Também acho.

– Tá ocupada? – ele pergunta.

– Mais ou menos. – digo e aponto para Peeta.

– Ah... vocês se acertaram?

– Yes, graças a Deus.

– Ótimo. Bom, foi só isso que eu vim pedir mesmo. Se você não estiver ocupada depois, passa lá em casa. – ele diz.

– Ela vai estar ocupada o dia todo, meu chapa. – Peeta se intromete na conversa e me abraça.

– Mil perdões. – Paul diz e ri. – Tchau pra vocês.

– Esse menino não tem noção do que fala, minha santa Katniss. – Peeta diz e eu gargalho altíssimo.

– SANTA O QUE?

– Santa Katniss, você é minha santa.

– Peeta, você é realmente o garoto mais engraçado que eu conheço. Eu não posso ser santa, até porque, eu realmente não sou santa, se é que você me entende.

– Sim, eu realmente entendo. – ele diz e nós rimos. – Santa Katniss é porque você é minha santa protetora ué. – ele diz e eu o beijo.

– Tá bom, Santo Peeta.

– Esse menino é muito atirado, eu to aqui do seu lado e ele te convida pra sair na minha frente? Esse menino não sabe de uma coisa chamada respeito? – Peeta diz e eu gargalho.

– Cala a boca, ele queria fazer ciúmes em você. – digo rindo, e ele me olha feio. – E conseguiu.

– Ciúmes? Não tenho ciúmes. Você é minha, the end. – ele diz e eu sorrio.

– A Mad e o Gale estão demorando... acho melhor eu ir da uma olhada...

– Não Kat, é melhor não atrapalhar... De repente eles estão fazendo coisas inapropriadas para crianças como você, fica aqui.

– Nossa como você é engraçado, pega aqui seu prêmio. – digo e nós deitamos no sofá.

– Obrigado pela consideração, você é realmente um amor de pessoa. – ele diz e me abraça.

– Tomara que eles estejam bem lá.

– Eles estão. – Peeta diz. Fico deitada no sofá, abraçada a ele, e acabo adormecendo.