Só queria entender. Como essa... bitch, se atreve a querer guerrear pelo meu macho? Queridinha, só vou te falar uma coisinha (mentalmente, mas serve): Eu sempre ganho.

– Querida, por favor, olha seu físico, olha o meu. Sou uma barbie em pessoa, e você? Você é aquela velha gorda que fica em casa comendo sorvete, e o pior de tudo: é virgem! – ela diz. Não é por nada, mas permito-me olhar para mim mesma. Sou gorda? Claro que sou. Sou virgem? Também. Saio de perto dela, e vou para perto de Clove e Madge. 1 a 0 pra ela. Calma, eu ainda viro isso.

– Madge... você me acha gorda? – sussurro pra ela.

– Claro que não, Kat. Quem te disse isso?

– Ninguém, esquece.

– Kat, vem cá. – Gale me chama. Sentamos em uma cadeira, e eu fico esperando ele falar. – O que você tem? Me conta.

– Como assim? Não tenho nada.

– Kat, te conheço desde sempre. Anda, fala.

– Você me acha gorda? – falo rápido.

– Gorda? Você? Nunca. Você é gostosa, Kat. De onde você tirou isso?

– Esquece. – digo, e vejo os outros se aproximando, com bandejas de lanches.

– Olha, Kat. Trouxe seu milk-shake preferido. – Peeta diz, e o estende pra mim.

– Não quero.

– Como assim? Você nunca rejeita comida. – Peeta me estranha.

– Não quero, simplesmente. Já comi demais hoje. – Peeta acaba aceitando, mas Gale me olha indignado. Vou morrer, tchau galero. – Acho que já vou...

– Mas já? Socializa um pouco mais com a gente! Se você conseguir... – Glimmer diz. A ignoro, dou tchau pro pessoal e vou embora.

– KAT! Katniss! – viro-me, e vejo Gale correndo atrás de mim, e chamando a atenção de todo mundo. Valeu Gale.

– Calma moço. Respira! Diz.

– Me prometa. Me prometa que você não vai fazer nenhuma besteira. – ele diz arfando.

– O que eu poderia fazer Gale? Nada. Não posso me culpar por ser assim.

– Exatamente, Katniss! Você não pode se culpar por ser perfeita! Ouviu? Perfeita! Você sabe quantas garotas dariam pra ter o seu corpo? Você é gostosa, Katniss! Por favor, não faça nada que eu não faria.

– Tá bom, Gale. Obrigada. – digo, e ele me abraça. – Te amo.

– Também te amo. – ele diz, e me deixa ir.

Chego em casa e vou para meu quarto. Tiro minha roupa, e fico me olhando na frente do espelho. Claro que ela tinha razão. Eu sou gorda. Vou perder pra ela. Adeus Peeta. Todos esses pensamentos me dão vontade de vomitar. Não penso duas vezes, e vou para o banheiro. Adeus comida de hoje.

Escovo meus dentes e tento dormir. Não consigo, olho no relógio e vejo que são 1h da manhã. Pego meu livro novo e o leio, e acabo dormindo.

(...)

– Kat, acorda

– Oi? Que? – digo sonolenta.

– Atende teu celular. Tá tocando há umas 5 horas e tu não atende. – Prim diz.

– Deixa tocar.

– Atende antes de eu jogar essa porra na parede. – ela diz e joga o celular pra mim.

– Que é?

– Calma, miga. Vem aqui em casa, comprei uma coisinha pra você. – Madge diz. Uhuuuules;

– Partix.

(...)

– Katniss! Quanto tempo querida. – o porteiro de Madge diz.

– Beetee! É verdade! Como vai sua filha?

– Bem! Vai fazer 12 amanhã. Ah, como vocês crescem rápido! Enfim, é pra ligar pra senhorita Undersee?

– Sim, por favor.

– Pode subir.

– Tchau – digo e sorrio para ele. Vou à direção do elevador, quando esbarro em um menino que está carregando uma caixa que o cobre. Como não sou desastrada, acabo esbarrando forte demais, e ele cai com a caixa. – AI MEU DEUS! ME DESCULPA! – falo, e logo o ajudo a guardar tudo.

– Sem problema. – ele diz grosso.

– Escuta aqui querido, eu te ajudo na maior boa vontade e você me trata assim? Bota Deus no coração amigo!

– Desculpa. É que a mudança tá me estressando. Desculpa mesmo. – ele diz e me olha arrependido. Jesus. Olhos verdes. Socorrinho.

– Entendo... Desculpa por ser estabanada, também. – digo e ele ri. – Você tá saindo ou chegando aqui?

– Chegando, por que? – ele diz e meu celular toca. Faço um sinal para ele esperar.

– Fala Madge. To indo, tá, tá, tchau. Olha, tenho que ir...

– Paul.

– Tenho que ir, Paul. Depois a gente se esbarra de novo, quem sabe. – digo e ele ri.

– Tchau, moça estabanada. – ele diz e vou andando até o elevador. Como sou sortuda, estou chorando.

– MADGE AMIGA VOCÊ NEM SABE!

– CONTA MIGA!

– QUANDO EU TAVA INDO PRO ELEVADOR, ESBARREI EM UM GATINHO! CABELOS CASTANHOS, OLHOS VERDES... UM SONHO!

– Credo Katniss! Quando não é o Finnick, é o Peeta, quando não é o Peeta, é outro! Te acalma! – ela diz e eu rio.

– Claro que não, tenho que ter sempre um reserva hahaha.

– Não tens jeito.

– Enfim, por que me chamou?

– Olha o que eu compreeeeeeeei – ela cantarola.

– AI MEU DEUS NÃO ACREDITO!!!! Camisinha? Toma no cu Madge.

– To brincando. Tava me sentindo meio sozinha, Gale tá pro curso, to alone.

– Sou segunda opção agora? É isso mesmo? – digo e ela ri.

– Sempre foi. – ela diz e eu fecho a cara. – Ai, preciso fazer compras.

– Rt miga. Partiu? – digo, ela pega a bolsa dela e vamos para o corredor do elevador, e como era de se esperar, Paul está lá.

– Já vai? – ele pergunta assim que me vê.

– Sim e não. Vou ao shopping, talvez eu volte, se ela – aponto para Madge – me convidar.

– Convida então, amiga da Katniss– ele diz e eu rio.

– Convida você. – ela diz pra ele.

– Por mim... – ele diz e nós rimos. – Só não convido por causa da mudança, se não fosse isso... – ele me olha com malícia.

– Quando você arrumar tudo me liga então. – digo e pisco pra ele. Dou tchau, e partimos para o shopping.

Chegamos ao shopping e vamos a várias lojas, e então, entramos numa que tenho um heart attack...

– AI MEU BOM SENHOR! MADGE OLHA AQUILOOOOOO – digo e aponto para um estande que, tem uma miniatura da Demi.

– Calma Katniss, respira. – ela diz, mas eu a ignoro e saio correndo.

– TE AMO DEMETRIIIIIIIIIA! – digo e começo a abraçar o papelão. – tira foto Mad! – digo e dou o meu celular pra ela. Depois de muito abraçar a “Demi” de papelão, compro logo o cd e vamos pra praça de alimentação. O celular de Madge toca, e é Gale, então começo a prestar atenção pra escada rolante. Não creio. Vejo Peeta subir com uma garota. E o pior, não é Glimmer pra mim dar uns puxões de cabelo publicamente.

– Madge, olha aquilo! – digo e aponto para Peeta. – Filho da puta! – grito, e bato as mãos na mesa.

Mas... por que?