POV BRAIAN*

Eu estou na escola, no intervalo, conversando com a Layla, e outros amigos, Layla estava abraçado ao meu pescoço, e eu me sentia o popular, ate que eu joguei uma caixinha de toddy que acidentalmente acertou em alguém, olhou na direção da pessoa e vi novamente aquela menina, que disse que se chama Roselie.

Ele me olhou furiosa, por alguma razão, eu senti medo dela, então ela se levantou e venho na minha direção, gritou algumas palavras que me deixaram enfurecido e então ela enfiou aquela caixinha de Toddy na minha boca…

Depois tudo ficou escuro, como se o filme fosse tirado do DVD, e então outra imagem apareceu, eu estava em frente á uma enorme casa, encostado em meu carro, só que o meu carro estava escondido atrás das arvores, então eu ouço um grito, saio correndo em direção aquela casa e entro.

E novamente eu vejo aquela menina… A Roselie, ela esta sendo violentada por outro menino, que eu não sei quem é, puxei esse menino pelo a gola, o socando logo em seguida, depois que o menino ficou desacordado, peguei a menina que disse que se chama Roselie pelo o colo, e a levei ate meu carro, no caminho ate o carro eu a encarei, e senti um arrepio percorrer meu corpo, era estranha a sensação de… Paz. Que eu tive ao tê-la em meus braços…

Então, novamente tudo ficou escuro, e outra imagem apareceu, mas dessa vez eu estava sozinho com aquela menina, Roselie, e eu a beijei, a sensação que eu tive ao tomar seus lábios, foi boa, calma, tranqüila, fio “única”, ela retribuía o beijo, com amor, e eu aproveitava cada segundo daquela sensação maravilhosa que era ter aqueles deliciosos lábios colados aos meus.

Levantei-me brutalmente da cama, e reparei que ainda estava naquele quarto do hospital…

Suspirei e me deitei novamente.

—Calma, foi tudo um sonho… — Sussurrei para mim mesmo.

Olhei ao redor e percebi que estava sozinho no quarto, ainda não me contaram como eu vim parar aqui, na verdade ninguém sabia, nem mesmo eu, o Doutor só em disse que eu perdi algumas partes da minha memória, então… Talvez eu conheça aquela menina… como era mesmo o nome dela? …… Ah ! Roselie....

—Roselie. —Sussurrei me lembrando da letra “W”. —Roselie W—Falei estranhando aquilo, será que o sobrenome dela é “W” ?

Forcei minha mente ao Maximo, vasculhando meu cérebro á procura de algo sobre a Roselie, mas uma dor muito forte me atingiu, me fazendo desistir.

—Braian ! —Uma voz masculina disse feliz ao adentrar o quarto. —Se lembra de mim né ? —O menino disse sorridente e se aproximando de mim.

Olhei para ele  e sim eu lembro, é o Peter, mas eu irei pregar uma peça nele.

—Quem é você ?— Falei segurando o riso, e tentando fazer aquilo soar como verdade.

Ele parou de rir e ficou me olhando meio assustado, segurei ao Maximo, mas não consegui por muito tempo, e uma gargalhada estrondosa saiu de minha boca.

—Mano, você devia ter visto a sua cara, foi hilária !! —Falei rindo da expressão de raiva dele.

 —Não teve graça Braian !! —Peter disse me dando um tapa.

—A teve graça sim ! —Falei não conseguindo parar de rir.

—Agora é sério, como você esta ? —Peter perguntou se sentando na cadeira que tem ao lado da cama.

—Olha pra mim, é lógico que eu não to bem. —Falei revirando os olhos.

—Sabe, você tem que melhorar logo. —Peter disse sorrindo levemente. —As meninas lá da escola, estão muito deprimidas sem você. —Peter disse rindo.

—Nossa, eu sou tão popular assim ? —Falei confuso.

—Ta falando sério? você não se lembra da sua reputação na escola ? Perai, você se lembra pelo o menos da sua popularidade ? —Peter disse arregalando os olhos, inconformado.

—Eu sou popular !!? — Falei rindo não acreditando naquilo.

—Cara fala sério, olha, vou resumir, eu, você e mais dois meninos que são nossos amigos formamos o grupo de meninos populares, eu sou o mais “certinho”, Pedro é o mais “fechado”, Marcelo é o mais “Brincalhão, e você… —Peter disse meio receoso se falava ou não.

—Fala, eu quero saber quem eu sou ! —Falei estranhando aquilo que eu disse.

—Bom, digamos que você é o mais “Pegador”. —Peter disse fazendo aspas.

—Eu sou pegador ?....—Falei não acreditando naquilo. —Mas eu não quero o ser o pegador. —Falei super sério.

—Nossa, perder um pouco da memória não foi tão ruim assim. —Peter disse rindo e bagunçando meu cabelo.

Estávamos rindo, e conversando animadamente, mas um aperto no meu coração me atingiu, uma sensação de que algo ruim esta acontecendo ou pra acontecer, uma vontade de chorar, um sensação esquisita se alojou em meu coração, e por mais assustador que pareça a imagem daquela menina Roselie, me venho á cabeça, e isso fez meu desespero aumentar.

 —Braian, você ta bem ? —Peter perguntou percebendo meu estado.

—Eu não sei, to me sentindo estranho, uma sensação de que algo vai acontecer. —Falei franzindo a testa meio confuso.—Por incrível que pareça e acho que tem a ver com aquela menina. —Falei observando o chão.

—Que menina ? —Peter disse confuso e super sério.

— Ela disse que se chama Roselie. —Disse fixando o Peter.

—Calma, nada vai acontecer com ela, eu estava com ela quase agora, ela ta bem, esta em casa, assistindo Bob Esponja. —Peter disse rindo.

Soltei uma risada, mas a sensação de que algo vai acontecer ainda me incomodava, mas resolvi focar na conversa com o Peter para esquecer isso.

POV ROSELIE*

Porque será que eu sou tão odiada pelo o destino, primeiro minha mãe é alcoólatra e esta internada no hospital, depois Charlie vai embora nos abandonando, Braian não se lembra mais de mim, e agora Derick esta aqui, literalmente aqui, me torturando com seus beijos, que me dão nojo e repulsa.

Ele me prensou contra a parede, enquanto me beijava e apertava meus seios fortemente.

—DERICK ME LARGA !! —Gritei juntando todas as minhas forças e o empurrando.

—O que foi ? Vai gritar ? Dessa vez não tem ninguém pra te salvar. —Derick disse sorrindo sinicamente.

—E quem disse que eu preciso de alguém pra me salvar ? —Falei cruzando os braços.

—Eu amo esse seu jeito independente, me excita. —Derick disse se aproximando de mim.

—Se afasta Derick, eu to avisando. —Falei ainda de braços cruzados mantendo um semblante sério.

—Porque, o que você vai fazer ? —Derick disse pegando na minha cintura e colocando meu corpo no dele.

Fechei meus olhos com nojo, Derick é um menino cheiroso, limpo, mas o nojo que eu estou sentindo não é nesse sentindo de higiene, e no sentido sentimental.

Ele mordeu o lóbulo da minha orelha, e não pude evitar sentir um arrepio percorrer minha espinha.

—Roselie, lembra quando eu disse, que o playboyzinho iria pagar, pelo o que ele fez ? —Derick perguntou sussurrando no meu ouvido.

—Lembro… —Falei abrindo meus olhos, sentindo novamente uma dor por ter me lembrado que Braian não sabia quem eu era.

—Então, eu ainda estou disposto a cumprir essa promessa, e eu soube, que ele esta e uma cama de hospital, indefeso, completamente indefeso, a oportunidade perfeita para eu cumprir minha promessa. —Derick disse se afastando e fixando minha face com um semblante sério.

—Derick, deixe o Braian em paz, ele não tem nada haver com sua obsessão. — Falei em um tom quase implorando.

—Ele começou a se envolver na noite em que interrompeu meu divertimento, agora ele irá pagar. —Derick disse se sentando no sofá.

Olhei para o chão pensativa, eu não posso deixar o Braian correr perigo, principalmente agora, nas condições que ele ta, ele não pode fazer muita coisa, eu preciso fazer alguma coisa.

—Derick…—Sussurrei o nome dele, não acreditando no que eu iria fazer.

—Sim meu amor? —Derick disse sorrindo ironicamente.

—Se eu te der uma coisa, você promete não matar o Braian? —Falei tomando uma decisão drástica.

—Depende, o que você irá me dar ? —Derick disse se levantando do sofá e vindo na minha direção interessado no assunto.

Olhei para o chão, minha respiração estava pesada, meu coração acelerado, minha mente gritava para que eu não fizesse isso, mas eu sabia que era o certo a se fazer, era o certo para que o Braian ficasse seguro… Ele já salvou minha vida, eu devo isso á ele.

—Eu te dou o meu…—Hesitei em falar, levantei minha cabeça e encarei o Derick que estava bem perto de mim, com um semblante sério. —Eu te dou o meu Corpo. —Falei sussurrando, sentindo um tremor percorrer minha espinha.

Derick me encarou de início com o semblante sério, mas depois um sorriso vitorioso e irônico cresceu em sua face, ele acariciou meu rosto com as pontas dos dedos, olhei para o lado, sem querer encarar os olhos dele, e não pude conter uma lagrima que fugiu de meus olhos.

Derick virou meu rosto, me forçando a encará-lo, ele secou a lagrima fujona e segurou meus cabelos, fixando meus lábios.

—Ok meu amor, trato feito. — Ele disse antes de atacar meus lábios em um beijo feroz, e dominador...