Os Mortos Também Amam - Livro 1 escrita por Camila J Pereira


Capítulo 29
Inspiração


Notas iniciais do capítulo

Damon forçando a barra com Stefan no último capítulo com o "genro".
Parece que este casal terá muitas coisas divertidas.
E sobre Klaus??? Que mistério!



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- Não me provoque Damon. Stefan falou entre dentes, ninguém poderia saber o tanto de autocontrole que ele empunha naquele momento, pois sua vontade mesmo era de separar aquelas mãos e avançar em seu irmão para fazê-lo ter algum juízo.

- Genro? Desdenhosa Bella sussurrou ao seu lado.

- Com certeza. Ele afirmou para ela parecendo mais leve do que ultimamente andava, aquilo fez com que ela sorrisse.

- Mas eu ainda não sei se quero namorar você. Ela expôs a sua dúvida. O tio mal acreditando em seus ouvidos.

- Não sabe se quer? Damon a encarou por um minuto. Olha gracinha, depois do que aconteceu hoje é melhor você querer. Ele ficou totalmente de frente para ela. Stefan cerrou os dentes.

- O que aconteceu hoje? Perguntou para os dois já louco de raiva.

- Ela se aproveitou de mim. Stefan pôs as mãos em seus olhos querendo negar o óbvio. Damon continuava a olhar para Bella.

- Eu não me aproveitei de você e você quem começou. Ela o acusou tentando se manter séria, mas sem vitória.

- E você adorou. Ele sussurrou em seu rosto.

- Dá para parar com isso? Stefan entrou parecendo meio tonto. Damon olhou de relance para o irmão e depois piscou para Bella.

- Você é diabólico. Bella falou baixinho e ele sorriu abertamente. Bella entrou levando-o com ela. Helena estava esperando mais adiante.

- Onde estiveram? - Sua tia perguntou.

- Passeando na praia. Um belo lugar para começar um romance. Ele sorriu para Stefan.

- Me dá um motivo para não quebrar a sua cara. Stefan falou ameaçadoramente, mas isso não fez com que o sorriso que parecia permanente saísse dos lábios de Damon.

- Por favor, vocês dois. Helena os repreendeu.

- Te dou dois. Primeiro: não conseguiria, não é mais forte do que eu. Você e a sua dieta... Ele revirou os olhos. Segundo: Bella ficaria chateada com você, eu acho. Ele olhou para ela para ver se tinha apoio.

- Ficaria mesmo. Sou a única que pode tentar quebrar-lhe a cara.

- Viu, só. Ele apontou para Bella divertido.

- Bella... Damon... Já chega. Helena não sabia o que fazer com aqueles três loucos.

- Então é isso? Estão... Namorando? Stefan perguntou. Damon sentou levando Bella junto e de repente ela se sentiu no meio daqueles filmes antigos onde o namorado pedia a mão aos pais. Como isso foi acontecer?

- Se ela não quiser, acho que vou ter que dar a vez a outra garota. Bella o fuzilou com os olhos. O que eu posso fazer se algumas garotas não conseguem resistir à minha beleza, meu estilo, meu charme e minha incrível habilidade de ouvir Taylor Swift?* - Bella nesse momento estava com as sobrancelhas unidas e de boca aberta para o cinismo dele.

- Era para ser engraçado? Ela perguntou meio enciumada.

- Para mim está sendo. Ele tinha adorado a cara enciumada dela.

- Se isso é um namoro terá regras. Stefan falou autoritário fazendo Damon gargalhar.

- Um namoro com regras? Sou um vampiro, além de ter mais de 150 anos e sou o irmão mais velho.

- Você tem que se decidir Damon... Ou é o meu irmão mais velho ou o meu genro. Stefan o colocou contra a parede. Aquilo fez um pouco do humor dele se esvair e calou-se com aquilo. Tudo bem então... Genro. Se vocês quiserem passar um tempo juntos, terá que ser aqui. Se quiserem sair terão que me pedir. Bella estuda e tem obrigações, terá também um horário limite para as visitas.

- O que?! Bella alterou-se. Acha que tenho 5 anos?

- Tem 15. Falou como se fosse a mesma coisa.

- Prestes a completar 16. Alterou-se um pouco.

- Calma querida. Helena pediu.

- Não muda nada. Rebateu.

- Não acha que está exagerando um pouco com esse horário limite? Isso está pelo menos há 20 anos ultrapassado. - Damon que não tinha soltado nem por um segundo a mão de Bella, fez uma pequena pressão nela. Stefan o fuzilou com o olhar.

- Ou concorda com os meus termos ou nada feito.

- Tio!

- Shiii... Calma. Se Stefan queria que eles namorassem sob suas vistas, era isso que teria. Ele não ia aguentar por muito tempo. Ok, irmão... Ops, sogro. Ele riu. Se é isso o que quer, tudo bem. Bella o olhou como se fosse outra pessoa falando e não Damon.

- Tudo bem? Ela enfatizou bastante olhando para Damon meio de lado.

- É, tudo bem. Ele repetiu e Stefan achou que fora fácil demais.

- Eu não concordo com esses termos. Isso é demais para mim! Agora foi Damon que a olhou assustado. Pois é. Sou uma adolescente, sinceramente esse lance de namorar e ainda sob vigilância não é para mim.

- Bem, eu concordo com ela. Bella está muito nova para namorar. Stefan apoiou a sobrinha. Damon apenas ensaiou um esgar para o irmão.

- Então você não quer namorar comigo? Damon virou para fitá-la.

- Eu nem sei por que esse assunto surgiu. Não tínhamos falado nisso antes. Ela confessou.

- Surgiu naturalmente. Ele afirmou.

- E tão rapidamente. Damon segurou-a pelo rosto fazendo-a encará-lo.

- Se sentiu o mesmo que eu quando estávamos juntos... Então deveríamos namorar. Ela ficou flutuando ao tê-lo tão perto e estar diante de olhos azuis tão hipnotizantes. Demorei quase dois séculos para pedir alguém em namoro... Leve isso em consideração. Chantageou. Veja que frustração seria se dissesse não.

- Já te disse que é diabólico? Ela sorriu e ele quis beijá-la, mas afastou-se ao ouvir o pigarrear de Stefan.

- Bem, estamos namorando e aceitamos as regras. Damon falou.

- Ótimo. Vocês poderão ficar juntos até as 20 horas. Bella arregalou os olhos e Damon apenas rio com o irmão exagerado.

- Querido você pode ceder um pouco também. Elena ao lado de Stefan segurou-lhe a mão.

- Já estou fazendo o máximo. Stefan respondeu olhando para Damon seriamente.

- Irmão, podemos negociar isso. Damon falou. Que tal 23 horas? Ele estava disposto a manter um horário razoável.

- 21:30 parece razoável para os dois. Este será o horário. Elena decidiu. Stefan a olhou desgostoso, mas não proferiu nenhuma palavra para desagradar a esposa. Damon sorriu novamente fazendo-o espumar.

- Senti-me uma vaca sendo coisa sendo negociada.

- Não uma coisa, você está mais para... Damon a olhou inteira. -... Uma pantera. Sussurrou.

- Chega! Stefan explodiu. - Damon por favor vá embora.

- Mas ainda não é o horário limite e ainda precisamos falar sobre Klaus. Falou inocente.

- Hoje não. Stefan estava sério e Damon quis poupá-lo um pouco. Levantou-se e Bella o seguiu.

- Até amanhã. Falou para Stefan e Helena. Bella o acompanhou até a porta e a fechou quando estavam do lado de fora.

- Isso foi terrível. Ela disse. Não gostei da maioria das coisas.

- Mas sei do que gostou. Ele falou intenso e segurou firme em sua nuca, puxando-a para si e a beijou sem pedir licença. Bella sentiu-se esmagada entre a porta e o corpo de Damon.

Segurou em seus ombros e sentiu seus músculos sob a camisa. Ela se permitiu deslizar as mãos até o peitoral dele que constatava ser tão rijo como aparentava. Damon devagar soltou a sua nuca e quando as mãos dela estavam deslizando ainda mais para baixo ele as pegou e interrompeu o beijo.

- Devagar, querida. Seus tios ainda estão atentos. Ele dissera e recebera em resposta um biquinho que achou lindo. Você é minha namorada agora.

- Quem diria. Ela riu.

- Pois é. Damon inclinou-se sobre ela e depositou um selinho em seus lábios. Durma bem essa noite. E prometo vê-la amanhã cedo. Ele piscou para ela e se afastou, entrando no carro e partindo, não sem antes buzinar duas vezes para ela.

Damon não lembrava a última vez que se sentira assim, leve, disposto e completo. Talvez estivesse sentindo-se assim pela primeira vez. Foi com um leve sorriso para casa durante todo o percurso, pois sabia que veria Bella dali a algumas horas. Se fosse por sua vontade, estaria com ela todo o tempo. Ele já dissera o quanto o gênio dela o fascina? Não se cansaria de repetir aquilo. Apenas a sombra da presença de Klaus o preocupava. Não queria que nada de ruim acontecesse a Bella e por isso se manteria atento e redobraria a atenção nela. Ela iria odiar, mas ficaria em seu pé o tempo todo.

Bella subira e depois de tomar seu banho sentara um pouco em sua cama. Respondera com sms as ligações que vira dos seus amigos. Eles queriam saber se ela estava bem, mas todos concordaram que não ligariam para a casa dela, sabiam que Bella não contaria a Stefan e Helena o que se passara. Bella permitiu-se ficar ali parada se sentindo diferente, leve e feliz e sabia que era por causa de Damon. Nunca fora de pensar em namorar sério e de repente lá estava ela, namorando um vampiro... O improvável dos vampiros, estúpido e estupidamente lindo. Além de estar revelando para ela outras nuances que sinceramente ela estava amando. Ele era atencioso e dedicado, perspicaz e tinha um senso de humor que inevitavelmente a subjugava, pois parecia com o dela. Estava mesmo apaixonada.

Damon e Bella lembravam quase que ao mesmo instante dos beijos trocados, eles queriam mais e mal esperavam para terem a chance de caírem novamente um nos braços do outro. Imaginando os beijos trocados Bella passou os olhos pela sacola que usara no dia que fora surpreendida pela vampira na estrada. Imediatamente lembrou-se do livro que Benn lhe dera e ficou tensa esquecendo-se dos bons momentos vividos naquele dia.

Levantou e como se não tivesse muita certeza do que estava fazendo, pegou o livro e voltou para a cama. Sentada de pernas dobradas estava acariciando a sua capa. Bella considerava se lia ou não algumas páginas. Lembrou-se do dia em que o ganhara, Benn estava extremamente estranho naquele dia. Seus olhares intensos e misteriosos, sua conversa com significados subentendidos e seu tom de voz. Bella abriu o livro e começou a ler. DIÁRIO DE JONATHAN HARKER. Parecia interessante e prosseguiu, logo estava lendo sobre um homem que saíra de Munique para encontrar-se com uma pessoa na Transilvânia, descobrira em seguida que essa pessoa era o Conde Drácula.

Uma chave girou na fechadura, com um rangido característico do desuso, e a pesada porta se abriu. No lado de dentro, estava de pé um velho alto, sem barba e com um comprido bigode branco, vestido de preto da cabeça aos pés. Trazia na mão uma velha lâmpada de prata, cuja chama lançava nas paredes sombras enormes. Bella imaginara o Conde mais garboso do que aquilo. Todos os vampiros que conhecera eram extremamente bonitos. Porém uma característica era semelhante, quando queria os vampiros eram muito educados. Talvez uma tática para a presa aproximar-se.

Continuou lendo sobre a descrição que Jonathan fazia de Drácula. Tem nariz aquilino, narinas dilatadas, testa ampla e bela cabeleira, já rareando nas têmporas, mas muito abundante no resto da cabeça. Suas sobrancelhas são espessas, quase se encontrando sobre o nariz. A boca, pelo que pude ver, sob o bigode espesso, é firme e dura, e os dentes são particularmente aguçados e brancos, projetando-se entre os lábios, cuja cor demonstra extraordinária vitalidade para sua idade. Quanto ao resto, as orelhas são pálidas e muito pontudas, o queixo largo e forte e as faces firmes, embora finas. O que mais impressionava, no entanto, era sua extraordinária palidez.

Bella ficou imaginando como seria óbvio se o reflexo dos vampiros não fosse refletido pelo espelho como era mencionado no livro. Provavelmente ela andaria enfiando espelhos na frente de todos da cidade até encontrar o Klaus. Muitas coisas poderiam ser evitadas, ela descobriria quem era ele e onde se escondia e sua vida ficaria mais fácil sem ter tanta gente preocupada com a sua segurança.

- Bella, ainda acordada? Helena entrara em seu quarto e sentara ao seu lado.

- Estava lendo este livro, me distrai. Ela fechou o livro e sua tia o pegou rindo em seguida ao ler o título.

- Eu já li... Não acha que a sua vida já tem terror demais? Perguntou brincalhona. - Onde o conseguiu?

- Ah... Foi o primo do Riley quem me deu. Ela suspirou e deitou-se na cama cobrindo-se. Helena pôs o livro no criado-mudo e beijou a sua testa.

- Ele vai ficar bem? Referiu-se a seu tio.

- Sobreviverá. Helena sorriu. Boa noite.

- Boa noite.

Pela manhã Damon estava lá para brindá-la com um lindo sorriso e um beijo no rosto. Eles tomaram café juntos, Stefan estava calado, mas Helena parecia mais tranquila. Confiava mais em Damon do que Stefan. Seguiram o plano. Damon ficou atrás para resguardar a escola, atento a tudo. Bella procurara Riley no horário do lanche e o levara para uma área mais vazia... Tinha que contar o quanto antes, não podia mais sustentar aquilo.

- Entendo... Ele murmurou depois que Bella contara que estava se envolvendo com Damon. Só que...

- Só que...? Bella estava incomodada com a situação. Não queria de maneira alguma magoá-lo.

- Besteira. Ele balançou a cabeça e riu amargurado.

- O que, Riley?

- É que... Pensei que duraria por que... Sou muito na sua Bella. Mas tudo bem, ok? Não quero estragar seu lance. Eu preciso ir. Ele disse tudo muito rápido nem dando tempo para Bella argumentar. Ela ficou mais algum tempo ali se sentindo a pior de todas as criaturas. Sabia que ele estava triste, só que não podia evitar.

Quando voltara para perto de suas amigas, não teve como disfarçar o seu estado de espírito. Contou sobre a conversa que teve com Riley. Elas ficaram surpresas, mas logo entenderam que tudo só poderia estar ligado ao primo misterioso de Bella, Damon. E ela ficou vermelha ao contar que agora namorava o primo. As garotas ficaram alvoroçadas e pediram para Bella contar tudo nos mínimos detalhes.

No final do dia de aulas, Bella esperava seu tio na entrada da escola. Viu Riley ao longe e eles trocaram um longo olhar. Ela não queria manter-se longe dele, mas no momento não sabia se isso era bom. Mesmo assim deu um passo em direção a Riley e viu em sua frente a figura de Damon aparecer. Ele sorriu para ela suspeitando do que ela iria fazer.

- Oi. Ele disse.

- Oi. Ela o olhou meio surpresa e depois olhou em direção a Riley que ainda continuava no mesmo local olhando para ela. O que faz aqui?

- Ora, não é a recepção apropriada e com certeza não a esperada.

- Bem, você deveria estar investigando ou sei lá... Ela o olhou novamente.

- Você poderia ser mais receptiva comigo. Somos um casal agora. Deveria demonstrar atitudes felizes e entusiasmo quando me visse chegar e pular em meus braços. No entanto, parece que quer me ver longe.

- Desculpe. Ela lamentou verdadeiramente.

- Será perdoada sim, depois disso. Damon a segurou pela cintura para mantê-la perto de seu corpo e depois subiu com uma mão para a sua nuca e a puxou em um beijo.

Bella sentiu-se mole de repente e nada mais parecia existir. Só lembrou onde estava e o que estava fazendo quando ouviu o roncar estridente de uma moto. Riley, Bella pensou e afastou-se de Damon para confirmar que fora ele indo embora. Ela ficou angustiada imediatamente.

- Fez isso de propósito?

- Beijar você? É claro, penso nisso o tempo todo e não posso perder uma só oportunidade. Ele acariciou o rosto dela com as pontas dos dedos.

- Estou falando de me beijar para que Riley visse. Ela ficou impaciente.

- Ah... Aquele garoto? Não me interessa meu bem. Bella não sabia o que fazer diante dele que parecia tão calculista.

- Damon, o que há? Stefan chegou.

- Simplesmente visitando. Ele falou tranquilo. A propósito, Bella vai comigo. Stefan parou por um momento depois riu como se enfim tivesse entendido a piada.

- Acha que é assim? Ainda sou o tio dela. Bella vai para casa comigo. Falou autoritário.

- Seja razoável, são apenas poucos minutos. Damon insistiu.

- Não. Ele foi enfático.

- Ah! Sabe de uma coisa? Estou cheia de vocês dois. Bella olhou de um para outro e saiu decidida a ir pra casa andando.

- A culpa é sua. Damon falou para Stefan e seguiu Bella, Stefan fez o mesmo. - Bella espere! Todos olhavam curiosos à cena que se desenrolava e Bella irritou-se mais com eles por isso.

- Entre no carro, Bella! Stefan falou quando ela passou por ele, mas ela não entrou.

- Vou andando! Damon percebeu que ela falava a sério e então entrou em seu carro e a seguiu devagar, acompanhando seus passos. Stefan veio logo atrás.

Na estrada os carros emparelharam, deixando-a no meio, mas ela continuava andando como se eles não estivessem ali.

- Bella, entre e vamos aproveitar o tempo juntos. Eu sei que vai se arrepender depois. Damon falou nada modesto.

- Está garoando Bella, ficará resfriada. Stefan tentou persuadi-la.

Ela não queria papo com nenhum dos dois. Encontrou Helena no meio do caminho e a sua tia olhou para a cena sem entender.

- Eles me deixam louca, tia. Explicou-se antes de ela perguntasse. A tia acariciou seus braços aquecendo-a, Bella estava gelada e com algumas gotas da chuva em seu corpo. Os carros pararam assim como elas.

Helena olhou para Damon e depois para Stefan achando que não estava lidando com vampiros bicentenários. Pareciam mesmo adolescentes assim como Bella. Na verdade, olhando bem ela entendia aquilo tudo, um pai ciumento e um namorado petulante e provocador. Rolou os olhos para a constatação.

- Ela deve entrar em meu carro. Stefan insistiu e Helena fez cara de quem estava sem paciência.

- Vá com o Damon...

- Helena... Stefan a interrompeu, mas ela continuou.

- Eu vou com o Stefan. Bella olhou para Damon ainda não querendo entrar em seu carro, mas ele tinha um olhar tão pidão que não resistiu. Quando fez menção de entrar ele sorriu vitorioso.

- Muito melhor. Ele disse.

- Não enche. Respondeu. Ele apenas sorriu e começou a dirigir.

- Tão delicada. Ele cantarolou.

- Tão estúpido. Ela o imitou e ele sorriu.

- Um estúpido irresistível para você. Ele piscou para ela. Assim como você é para mim.

Para aquilo Bella não tinha argumentos, era verdade. Damon era irresistível para ela e de alguma maneira sabia que ele se sentia assim também. Quando chegou em casa, tomou banho e desceu ajudando a sua tia a preparar o jantar. Notara que seus tios e Damon também se alimentavam menos ainda de comida humana, estavam todos tão apreensivos assim?

Estava de saco cheio durante o dia todo e agora que queria poder beijar o vampiro maravilhosamente lindo que estava ao seu lado, não podia. Seu tio não os deixava a sós de maneira alguma. Damon então esticou o braço passando por trás dela e tocou-a no ombro. Instintivamente aninhou-se contra seu corpo.

- Parece chateada. Ele falou e ela bufou.

- Não era para estar? O meu dia foi tedioso e tive que magoar uma pessoa.

- Magoar? Ele interessou-se.

- O Riley. O semblante dele iluminou-se.

- Ah sim, o garoto. Damon não escondeu o sorriso presunçoso.

- Não ria. Bella pediu. Gosto muito dele.

- Sei. Ele falou adquirindo uma fisionomia raivosa. Espero que tenha deixado bem claro os fatos para ele e espero mais ainda que ele não dê uma de insistente.

- Por que se não você faz o que? Bella ficou irritada com a sua maneira de falar.

- Quebro-lhe o pescoço dele. Era o que já deveria ter feito quando ele te beijou. Falou tão sério e convincente que Bella não duvidou, à medida que ele falava ela também notou como seus lábios mal abriram de tanta raiva que parecia ter.

- Não faria isso. Ela tentou duvidar.

- É tudo o que mais quero. Os olhos de Damon enegreceram um pouco e sua fisionomia dava medo. Bella levantou-se tomada de irra.

- Experimente fazer isso e eu nunca mais vou querer ver você! E deu um passo para ir embora, mas ele a deteve segurando a sua mão, mas Bella segurou em seu pulso puxando ao mesmo tempo a sua mão da dele e ele a soltou para que ela não se machucasse. Ela subiu correndo para seu quarto e bateu a porta com força.

- Droga! Ele falou pressionando as têmporas com os olhos fechados, mas os abriu ouvindo a risada baixa de Stefan.

- Tão desastrado. Stefan falou e levantou-se o deixando também.

Bella ficou um tempo tentando melhorar o seu humor. Ás vezes Damon a tirava do sério. Aquela maneira que ele achava de resolver as coisas era irritante para ela. A vida de ninguém valia a pena para ele. Sabia que um namorado normal sentiria vontade de esganar alguém que achasse que estivesse atrapalhando seu relacionamento, mas sabia que Damon não se limitava apenas em sentir vontade, ele fazia e aquilo a transtornava.

Recomeçou a ler o livro que Benn lhe dera e logo tinha esquecido o que houve na sala. Estava envolvida nos diários dos personagens que contavam cada um, um momento vivido. Seus relatos se completavam. Tudo começando com o diário de Jonathan e então Bella lia a sua chegada ao castelo do Conde e como ele achou as maneiras do nobre estranhas, até descobrir que ele não poderia ser apenas humano e constatar que era prisioneiro dele. Jonathan escapa do castelo, mas o Conde já esta fazendo outras vítimas em Londres. O Conde torna-se mais belo e moço a cada vítima. Naturalmente sabia que vampiros não se modificavam.

Ainda na estória uma mulher torna-se vampira e Van Helsing com ajuda de outros personagens mata-a com uma estaca em seu coração. Bella sabia através de seus tios que essa era a maneira de se matar um vampiro. Capítulos mais tarde, Bella dorme com o livro sobre ela. Quando acorda o livro está no criado-mudo e ela mesma estava coberta. Arrumou-se rapidamente e desceu as escadas, deparando-se com Damon em pé perto do primeiro degrau.

Ele estava diferente, parecia chateado e trazia em mãos um pequeno ramo contendo três pequenas flores violetas. Ele não sorriu, pareceu antes ficar mais tenso a medida que ela se aproximava. Bella o observou até ficar cara a cara com ele, parando no último degrau e mesmo assim não ficando mais alta que ele.

- Desculpe por ontem. Não sei lidar com algumas emoções. Bella sentiu-se boba por Damon ter confessado isso para ela. Ele ergueu a mão com as flores e as colocou nos cabelos de Bella.

- Como estou? Ela perguntou e ele a admirou longamente.

- Perfeita. Sussurrou e ela sorriu.

- Perdoo você. Ela disse e ele sentiu-se bem com isso. Bella aproximou-se e beijou Damon nos lábios com doçura.

Como acontecia sempre não conseguia se conter. Agarrou-se aos cabelos de Damon, sentindo seus dedos entre os macios fios negros. A língua de Damon massageava a dela em uma dança sincronizada. Damon a segurou firme pela cintura e suas mãos acariciam-na até abaixo dos seios. Bella sentiu um frio na barriga com o carinho. Ela quis sentir seu corpo colado no dele, mas foi afastada. Bella investiu mais uma vez, mas foi detida novamente.

- Não... Ele murmurou sem olhá-la ainda. Suas sobrancelhas unidas e respiração entrecortada.

- Damon? Bella queria saber o que se passava.

- Você tem um cheiro tão gostoso. Ele falou.

- Você nunca me disse isso.

- Mas tem. Ele a olhou enfim, seus olhos de um azul escuro. Antes mesmo de vê-la pela primeira vez... Senti seu cheiro suave, doce e puro. Queimou minhas narinas, mas ao mesmo tempo foi o melhor aroma que senti e você era apenas um bebê. Aquilo enterneceu seu coração, sentiu-se emocionada pela declaração. - E sua pele é tão macia... Mesmo sob as roupas. - Bella não soube o que dizer com revelações tão inesperadas e a intensidade dos olhos escuros de Damon. Ele ainda a segurava pela cintura firmemente, mas distante de seu corpo. Ela apenas segurou-o novamente pela nuca e o beijou, ele aceitou e correspondeu ao beijo sem nenhuma resistência... Por poucos segundos. Precisa comer alguma coisa e ir à escola.

- Você está ficando pior que meus tios. Ela reclamou por ele ter quebrado o clima. Damon sorriu mais leve. Falando nisso onde eles estão?

- Foram vitimar alguns esquilos. Ele piscou.

- Nos deixaram sozinhos? Bella suspeitou.

- Helena precisava se alimentar e eu gentilmente me ofereci para ficar enquanto os dois partiam já que não podemos sair sozinhos. Ele falou malicioso.

- Então porque eu preciso ir à escola? Vamos ficar aqui ou sair e curtir. Falou animada.

- Seria maravilhoso, mas eu prometi a Helena. Bella agarrou-se no pescoço de Damon e o beijou profundamente e desceu até seu queixo, fazendo-o suspirar. Ela então soube que ele gostava de beijos no queixo. Damon a afastou novamente e manteve-se em suspense por alguns segundos. Bella achou que ele a afastaria ainda mais, mas então viu incerteza nos olhos de Damon, aproveitou então para beijá-lo mais uma vez.

- Acho que temos um tempo ainda. Damon abraçou-a pela cintura erguendo-a e a carregou até o sofá. Ainda com seus lábios grudados nos dela, a deitou e fez o mesmo por cima dela, tendo cuidado de não colocar seu peso nela.

O coração de Bella estava aos pulos, aquele era primeiro momento mais íntimo que estava tendo com Damon. Sentiu o corpo dele, firme e definido contra o seu. Aquilo a fez sentir-se ainda mais ávida por ele. Instintivamente enlaçou-o com suas pernas. Aquilo fez com que seus corpos ficassem ainda mais colados e Bella sentiu o quanto Damon estava com tesão.

Ele separou seus lábios dos dela apenas para beija-lhe o pescoço. Ouvia o martelar de seu coração, podia imaginar o caminho que o seu sangue fazia. Desejou morder aquele pescoço leitoso, desejou arrancar aquelas roupas do corpo esbelto embaixo do seu. Então para seu desgosto ou salvação lembrou-se de Elena mais cedo pedindo que cuidasse de sua sobrinha, dizendo-lhe que confiava nele. Lembrou-se de Stefan ao dizer que Bella ainda era apenas uma garota. E ela era, apenas 15 anos, apenas 15... Ele parou de beijá-la. Bella estranhou aquilo.

Damon ergueu o seu rosto até a altura do dela. Viu que ela não estava entendendo a reação dele. Bella olhou dentro dos seus olhos e foi como sentir o calor do próprio sol invadindo o seu corpo, aquecendo tudo. Ela era agora a coisa mais importante para ele, ele a amava. Ele deveria esperar, fazer as coisas corretamente, como nunca tinha feito, mas sentia vontade agora.

- O que aconteceu? Bella perguntou ficando preocupada.

- Precisamos ir devagar. Nunca imaginou que falaria isso. Bella tocou-lhe a pele abaixo dos olhos, e devagar foi até seus lábios.

- Devagar? Você nem parece 200 anos.

- Você tem 15... é uma enorme diferença. Bella curvou os lábios para baixo. Ele soube que ela não tinha gostado do que ouviu.

- Mais uma crise de consciência Damon? Isto não faz muito o seu estilo.

- Você me confunde. Na maioria das vezes quer que eu tenha consciência e quando finalmente tenho você reclama. Bella estalou os lábios. Temos que ir. Continuou agora com os olhos voltando a cor azul. Damon a carregou colocando-a sobre o seu ombro. Desça-me, Damon. Ela exigiu, mas ele a levou até a cozinha e lá a pôs de pé. Ele tinha que leva-la para a escola, tinha prometido e ainda por cima se ficasse com ela a sós não seria capaz de se controlar. - Café da manhã e escola. Ele falou e então se sentou vencida.

- Tudo bem. Falou zangada.

- Estou louco para ficar aqui com você, não vejo mal algum em matar uma aula de vez enquando ainda mais você que é tão inteligente, mas eu prometi a sua tia e com certeza não quero tornar as coisas mais fáceis para o meu irmãozinho. Isso seria um motivo para que ele torna-se as coisas ainda mais difíceis para nós dois. Bella compreendeu, ele não teve coragem de falar sobre a sua total falta de controle com ela.

- O que Stefan dirá a escola?

- Ligeira indisposição. Damon respondeu. - Ele só se permitiu ir porque estava também fraco e não daria muitas aulas hoje.

Damon a levou para escola e ao se despedir ele beijou-a novamente nos lábios e sussurrou-lhe que estaria por perto. As meninas a esperavam do lado de dentro loucas para fofocarem. Riley passou por ela, mas não falou nada. Bella ficou triste imediatamente e não teve mais ânimo para participar da conversa.

No intervalo, Bella ficou com Leah, Emily e Mike, mas Riley não se aproximou da mesa em que estavam. No entanto, vez ou outra lançava para Bella olhares magoados.

- Riley está triste, mas vai superar. Leah falou ao notar que Bella olhava para o amigo ao longe.

- Você o nocauteou. Mike riu e recebeu um tapa na cabeça de Emily. Ai, o que eu falei? Perguntou chateado. Emily lançou para ele um olhar de aviso.

- Não quero que as coisas fiquem assim. Suspirou. Gosto muito do Riley e não queria perder a sua amizade.

- Só lhe dê tempo Bella, ele está te dando gelo, mas sabemos que deve escutar músicas de dor de cotovelo as escondidas. Daqui a pouco ele estará pronto para falar com você. Emily confortou-a.

Bella achou por bem esperar, mas ficou cada dia mais triste ai ver Riley sempre a evitando. Certo dia quando chegara em casa, soube que os Cullen, pelo menos parte deles estavam a caminho de Forks, isso a alegrou um pouco mais. Não ficou completamente satisfeita, pois soubera que Edward não viria. Ela já estava acostumada com aquilo, Edward tentando ser o salvador da alma de Tanya, aquela vampira já estava perdida só ele não se dava conta.

- Fala sério, aqueles chatos virão mesmo? Damon perguntou.

- Eles não são chatos. Bella respondeu chateada.

- E precisamos de ajuda Damon. Helena completou.

- Sim, precisamos. Ele confirmou olhando para Bella.

Bella estava sendo vigiada quase que 24 horas e aquilo estava subindo a sua cabeça. De vez em quando via até mesmo a noite um de seus tios entrando em seu quarto para verificar se estava tudo bem como quando era criança. Tinha certeza de que tivesse passe livre, Damon também revezaria com ele nas olhadelas noturnas. Porém, sabia que ele sempre estava por perto.

Aproveitou que os três estavam discutindo seriamente sobre o que poderiam fazer com a ajuda dos Cullen e dirigiu-se até a cozinha para beber um copo dágua. Enquanto estava bebendo sua água olhando para a janela pensando que finalmente viria os Cullen sentiu o vento soprar em seu rosto e lembrou-se da sensação de andar de moto com Riley. Foi aí que a ideia veio. No mesmo instante Bella silenciosamente pulou a janela e correu o mais rápido que pôde. Por sorte, viu Mike com o seu carro e ele parou vendo-a correr.

- Ei! Ele a chamou e ela parou ofegante.

- Pode me dá uma carona? Pediu.

- Claro, entra.

Logo estava em frente à casa de Riley. Sabia que tinha poucos minutos antes de alguém aparecer e tinha que falar com Riley depressa. Antes mesmo de bater à porta foi aberta e Benn apareceu com um sorriso muito receptivo e um brilho indecifrável em seus olhos.

- Senti sua falta. Ele revelou. Bella sentiu-se desconcertada por um momento. Entre. Ele convidou.

- Você me viu chegar? - Perguntou já entrando.

- Sim. Estava na janela.

- Onde está o Riley?

- Agora está descansando. Ele teve muitas tarefas depois da aula. Parecia que ele queria dizer outra coisa com aquilo.

- Oh que pena. Bella lamentou.

- Você partiu o coração dele. Benn falou sério fitando Bella como da última vez, seus olhos intensos e brilhantes firmes nem piscavam. Espero que não faça isso comigo. Bella não entendeu ou não quis entender, mas ficou vermelha. Essa cor rubra em seu rosto te deixa linda.

- Benn... Bella ia pedir para ele parar de dizer tais coisas, mas foi interrompida.

- Começou a ler o livro? Ele mudou completamente de assunto. Bella esperou um segundo antes de responder para se situar.

- Sim, na verdade estou quase terminando. Gosta de livros de terror?

- Principalmente aqueles que contemplam os vampiros. Acredita em vampiros, Bella? Emudeceu-se por um minuto e depois riu nervosa.

- Benn, se eu acredito em vampiros? Ma-mas é claro que não. Essas coisas não existem. Falou tentando ser convicta. Ele apenas sorriu.

- Mas são criaturas fascinantes e adoro os mais determinados. Drácula era muito determinado. Inspiro-me muitas vezes nele.

- Como pode se inspirar nele? Benn ergueu uma sobrancelha e manteve nos lábios um sorriso sombrio. Bella arrepiou-se novamente com aquilo e então ouviu do lado de fora da casa gritar seu nome.

- Vieram te procurar. Benn falou sem tirar os olhos dela. Parece ser seu primo... Namorado agora, segundo Riley.

- Tenho que ir. Ela falou.

- Mas antes... Benn aproximou-se e colocou os cabelos dela atrás dos ombros, deixando o seu pescoço a amostra. Bella sentiu um gelo cortar o seu corpo, mas não conseguiu mover um músculo -... Tenho todos os motivos para me inspirar nele. Ele sussurrou em seu ouvido. Bella tremia incontrolavelmente com aquela atitude dele. E sou muito determinado, Isabella. Benn pronunciou seu nome com desejo só então ela deu dois passos para trás afastando-se dele.

- O que quer dizer com tudo isso? Sua voz estava trêmula assim como seu corpo. Bella assustou-se com a campainha. Benn passou por ela e foi abrir a porta dando de cara com Damon visivelmente preocupado.

- Boa noite. Damon o encarou, nunca teve oportunidade de ficar cara a cara com ele, mas não gostou daqueles olhos maliciosos.

- Boa noite. Benn respondeu.

- Sou Damon Salvatore e estou... Damon viu Bella aproximar-se da porta. Por Deus! Pegou-a pela mão para que ela ficasse perto dele. Temos que conversar. Falou baixinho com ela e depois se voltou para Benn novamente.

- Acredito que encontrou o que procurava. Benn sorriu para Damon que desconfiou ainda mais dele. Sou Benn Barnes, primo do Riley. Apresentou-se.

- Vim buscar a Bella, já estamos de saída. Ele segurou-a pela cintura mantendo-a bem perto de si.

- Tudo bem. Benn pareceu notar aquela atitude.

- Até mais.

- Até mais. Até mais Bella. Ele olhou para Bella de uma maneira que Damon não gostou e puxou-a com ele rapidamente até seu carro. Quando estava longe o suficiente da casa encostou o carro.

- Você ficou louca? Saindo assim sem avisar, o que deu em sua cabeça? Ah nem me fale, o mesmo que no dia do penhasco. Nada, não é? Não há nada em sua cabeça. Você age tão inconsequentemente, isso é irritante! Ás vezes penso que o seu cérebro está sendo corroído. Talvez seja muito para a sua mente conviver com as verdades que ninguém mais sabe. Damon descarregou toda a sua preocupação e sua raiva nas palavras ditas, mas Bella nada disse. Apenas continuava olhando para frente e pensando no que Benn lhe dissera O que? Nenhuma palavra? Pelo menos sabe que estou certo então. Damon a olhou e não teve reação por parte dela, ele ficou intrigado. Bella? O que houve?

- Nada. Ela enfim respondeu.

- O que veio fazer aqui?

- Falar com Riley. Damon revirou os olhos, isso ele sabia.

- Falar o que com ele?

- Riley anda me evitando, não quero que fique assim. Disse com voz baixa e de uma maneira que Damon preocupou-se.

- Ele te tratou mal? Porque se ele ousou fazer isso eu...

- Não... Nem falei com ele, estava descansando. Bella o cortou.

- Então o que foi? Não entendo.

- Não é nada, Damon. Leve-me para casa, aposto que meus tios estão preocupados.

Durante o caminho Damon falara para ela que tinha ligado para Alice ver para onde ela tinha ido. Ficou com dó de Alice que estava sendo muito incomodada ultimamente.

- Da próxima vez, peça e nós vamos com você. Stefan falou.

- É justamente isso que não quero. Tenho quase 16 anos e quero, necessito de um tempo, sozinha. Vocês me sufocam. Falou antes de subir para seu quarto.

Ao deitar em sua cama Bella não relaxou. Pegou o seu novo livro e tentou se distrair. Quando se deu conta, já o tinha terminado. No fim, Drácula fora vencido, sua determinação como Benn falara não o tinha levado a nada, mas antes de chegar ao seu fim, ele destruiu muitas vidas durante o percurso. Lembrou-se das palavras de Benn: ... tenho todos os motivos para me inspirar nele e sou muito determinado, Isabella..

Todos os motivos? Como? Impossível ele ter motivos para se inspirar em um vampiro. Só se ele fosse um. Bella agitou a cabeça negativamente. Mas... Tudo o que ele vinha dizendo, a forma como ele vinha agindo, parecia tão dissimulado assim como o próprio Drácula. Era como se Benn fosse duas pessoas, aquele simpático rapaz que conhecera e o misterioso e sombrio.

Benn parecia... Não, ele não era, não podia ser um vampiro. Riu de si mesma por ter chegado nesta conclusão. Benn era primo de Riley, não podia ser um vampiro. Não podia? É claro que podia. Essa doença dele.... Vampirismo?


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