Chegamos ao castelo um pouco cansado, na noite anterior havíamos ficado acordados ate tarde fazendo o plano. Dessa vez ele não poderia falhar, era impossível. O castelo estava silencioso. Havia dois guardas sapos como da ultima vez na porta. De acordo com o plano, eu com que sumissem como todos os outros guardas. Chegamos ate a porta de um cômodo que parecia ser o quarto da rainha, conseguia escutar seus passos incontroláveis, e repetia a mesma coisa para si mesma.

- como pude os deixar escapar? – ela estava realmente impaciente – e agora, aonde será que eles podem estar? – como assim? Ela não sabia sobre o castelo de meus pais?

- Nós estamos aqui! – eu disse abrindo a porta e puxando Tom pelo braço. Eu estava com um pouco de medo, acho que minhas mãos estavam tremendo, assim como meus joelhos. Pena que não podia simplesmente imaginá-la morrendo, então, imaginei uma espada grande e afiada. Assim que a espada apareceu em minhas mãos, soltei as mãos de Tom e segurei-a com firmeza. A rainha estava apavorada, mas era necessário, seus olhos que antigamente penetrava nos das pessoas e as deixava com medo, nesse momento estava pedindo por um milagre,mas todos a queria morta. Tudo que conseguia ver era seus olhos fechando, sua boca torta e entreaberta, logo escorregou da grande espada e caiu no chão.

Na frente do castelo estavam todos os habitantes do meu reino, assim que aparecemos, eles nos olharam procurando uma resposta. Peguei na mão de Tom e levantei-a junto a minha. Eles gritavam nossos nomes e nos agradeciam, de longe conseguia ver o pai de Tom, soltei sua mão e o mostrei-o seu pai. Seu olhar era de orgulho, poderia estar fazendo papel de Chapeleiro Maluco, mas mesmo assim, ainda era o mesmo pai de sempre. Tom correu ate ele no meio da multidão e o abraçou. Depois de tudo aquilo, fizemos uma festa de comemoração.

 Tom estava em uma mesa conversando com seu pai, conseguia o ver perfeitamente. Do mesmo jeito que conseguia ver todos da festa de onde estava. A festa estava sendo nos fundos de meu castelo, eu estava na janela de meu quarto, ainda estava suja e desarrumada. Sai da janela e fui me arruma. Coloquei o meu vestido favorito, o vestido da qual eu havia desejado no meu primeiro dia neste castelo. Meu vestido azul que dava no joelho, com um forro branco por cima, e babados por baixo. Desci para minha festa, acho que era a primeira vez quedava uma festa. Fui ate Tom, o cumprimentei e logo em seguida seu pai. Ele estava realmente muito feliz. Seus olhos não paravam de brilhar, parecia que ia chorar a qualquer momento, fui pegar uma bebida pra mim, e fiquei encostada na mesa observando toda a festa. Chapeuzinho vermelho estava conversando com sua avó e dona Lívia. Steve estava abraçado com Natalia, Karine e James, Jake e Ana estavam conversando entre si.  Acho que agora parecia que eu poderia chorar a qualquer momento, e pensar que fui eu que fiz todos esses sorrisos voltarem à aquele lugar. Uma coisa eu não entendia, se tudo já havia voltado ao normal, porque eu e Tom ainda não voltamos à vida real? – Alice. – uma garotinha pequena com um vestido azul escrito “Maria” me tirou de meus devaneios. – muito obrigado, por tudo! – aquilo mudou meu dia, acho que nunca iria voltar para o mundo real, mas seria melhor assim. Fiquei observando a garotinha andar ate seu irmão, que também tinha uma blusa com seu nome”João”.

-João e Maria. – eu disse em voz alta.

- o que? – perguntou Tom.

- ah! Que susto, nem tinha visto você chegar. Estão a festa ta legal?

- ta sim,mas eu acho que você vai gostar de outra coisa.

- o que? – eu disse, ele envolveu seus braços na minha cintura, e me beijou.

- estava esperando anos para fazer isto.

- por que estamos fazendo as malas Alice? – perguntou Tom pela centésima vez.

- Tom eu já disse. O livro disse que teríamos de ir para a casa do mago com o nome estranho. Disse que teríamos de levar nossas coisas de uma vez. – eu já estava ficando estressada com Tom, era sempre a mesma pergunta. Mas por um lado eu o entedia, ficaria mais um bom tempo sem ver seu pai. Mais uma vez. Acho que o mesmo pensamento passou pela sua mente, ele sentou na cama abaixou a cabeça e encheu os olhos de água. – calma Tommo, você sempre vai ter a mim. talvez o mago que a gente vai visitar tenha algo que você possa se comunicar com seu pai. Agora, levanta daí, vamos terminar de arrumar suas coisas porque sua mãe também deve estar preocupada contigo. Ele passou a mao em seu rosto frio, e voltou a arrumar suas coisas. Eu fiz o mesmo, teríamos uma grande viagem, ainda bem que eu tinha meu carro “mágico” ainda.

- Por que ele esta preso? – perguntei ao homem alto e musculoso com armadura de cavalheiro que simplesmente parecia não rir de nenhuma forma. Ele não me respondeu, continuei seguindo-o, ainda segurando a mão de Tom. Finalmente chegamos, cela dele não tinha um cheiro ruim, mas também não era de admirar. – Pode nos ajudar? – perguntei ao homem encapuzado em um canto escuro da cela enorme. Ele levantou-se e se aproximou de mim. – me disseram que você pode nos ajudar a sair daqui.

- você quer dizer, seu livro te isso? – ele disse, sua voz era um tanto estranha.

- claro. Você pode nos ajudar? – eu perguntei me afastando da grade e novamente pegando na mao de Tom.

- Sim, mas vocês devem saber que toda magia vem com um preço, eu te dou a sua viagem de volta com seu amigo, dou ao seu amigo uma forma de vocês se comunicarem com as pessoas daqui, mas eu vou precisar de seu colar. – ele disse apontando para meu cordão de ouro, aquele cordão foi o presente de minha avó, ela o comprou antes de morrer, mas isso não era a única coisa que eu tinha dela, ela havia me dado e feito muitas coisas para mim. tirei meu colar e o entreguei. Ele me deu em troca um espelho pequeno e um vidro com um liquido dentro. – o liquido vai levá-los de volta, o espelho vai matar a saudade de vocês.

- a seção de vocês com Rumplestilskin, acabou. – disse o guarda. Voltamos para o castelo somente para pegar nossas coisas.