As Foragidas escrita por Nise Andredy Damasceno


Capítulo 9
Capítulo 9 Um pouco do nosso passado


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas da minha life! Que saudades de vocês, espero não ter demorado muito! Quero agradecer a todos que comentaram, MUITO obrigada, viu? Esse cap vai falar um pouco do passado da nossa irreverente Mônica Souza e Magali Abernathy. Quero agradecer a Brenda Alves por favoritar, MUITO obrigada linda.
Espero que gostem.
Boa leitura!
Beijos.



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Pov. Mônica.

– Sim! Ou você espera que eu vá com essa roupa? – Ele disse bagunçando o cabelo na frente do espelho, e passando um pouco de perfume. –... Não está com vontade de ir embora, não? – Ele riu debochado.

Então esse já era outro plano? Primeiro ele queria levantar falso testemunho para a coordenadora, agora ele quer me instigar com essa ideia de se trocar na minha frente? Realmente, bem bolado.

– Não estou com a mínima vontade de ir embora isso eu garanto! Mas já não posso dizer o mesmo de quebrar a sua cara. – Falei calmamente com os olhos pregados na tela da televisão.

– Então vem quebrar! – Me assustei com seu pedido, mas resolvi manter a pose.

– Quem mexe com lixo é lixeiro! Minhas mãos preciosas não teriam coragem de se ofender com tal absurdo. – Para ser sincera eu queria quebrar a cara dele, mas estava bem mais divertido provocá-lo com meu dom de ser insuportável.

– Olha aqui! Você pensa que é quem para ir me insultando assim, em garota? – Ele disse se pondo ao lado da televisão.

– Eu insulto quem eu quiser! Você não manda em mim! – Retruquei ainda olhando para o jogo, na melhor forma de ignorá-lo.

– Tem certeza? Não está nem um pouquinho incomodada comigo? – Ele disse se agachando e repetindo as palavras no meu ouvido, com uma voz sedutora. Senti um arrepio, e acabei me descontrolando, fazendo assim meu plano de ignorá-lo evaporar.

– Porra, garoto! Por que você não vai dormir e me ignora? – Gritei. Ele se levantou.

– Se você me explicasse o que quer aqui, talvez! – Respondeu sério cruzando os braços.

– Pra mim já chega! Quer que eu coloque uma mordaça nessa sua boca? – Perguntei me levantando, já com pouca paciência.

– Mordaça? Não acha que isso só pioraria para o seu lado? Pelo o que sei posso dizer isso á coordenadora também. – Ele disse sorrindo maliciosamente. Droga! Esse animal é muito esperto. Mas ao menos encontrei um oponente á altura.

– Você tem provas? Pode provar todas essas insanidades sobre mim? – Disse. Como não sou nada burra, tenho meus atributos de QI também.

– Você é muito ingênua! Não vê que sua fama já não é boa? Se eu contasse isso não faria diferença. – Ele riu sarcástico.

– Ora seu... – Pensei em xingá-lo mas ele entrou no banheiro. Hein? Tinha um banheiro e eu não vi? Droga, meu prazo para sair daqui ainda falta muito! Se ele for para a coordenação eu não posso impedi-lo por que não posso sair do quarto!

Mas e se ele não for para a coordenação? E se ele nem sequer sair desse banheiro? Acho que tive uma ideia.

Pov. Magali.

Eu e o garoto com riscos nas bochechas saímos andando pela universidade! Ele parecia ser novato e não sabia ao certo muito bem onde era o jardim ou o refeitório, sala de biologia, terceiro ano científico, biblioteca, quadra de esporte, laboratório, diretoria, sala de coordenação, acho que nem mesmo onde era a sala que nós estudamos de manhã ele lembrava, mas. Ri um pouco com o jeito desorientado dele.

– Tá rindo de que? – Ele perguntou enquanto andávamos pelo refeitório que estava escuro, mas tinha algumas faxineiras limpando.

– Nada não! Mas parece que você é novo aqui, né? – Perguntei. Já estávamos atravessando a refeitório e chegamos ao jardim.

– Sou! Mas já a você devo dizer o mesmo, né? – Ele perguntou enquanto passávamos pelas arvores até encontrar um banco.

– Sim, minha vida não é tão fácil quanto parece! – Abaixei a cabeça, fitando o chão.

– Acredite, a de ninguém é assim! Posso saber seu nome? – Ele perguntou, olhando alguns adolescentes passeando pelo jardim.

– Magali! E o seu? – Eu perguntei olhando para o céu e notando que iria chover.

– Cascão! Agora, você quer me contar o motivo de sua vida não ser fácil? Ou o fato de gostar de sair em plena madrugada? – Ele perguntou divertido. Me fez rir.

– Haha! Ok, tudo começou quando eu morava em outra cidade com minha amiga e vizinha Mônica! Nós éramos grandes amigas, duas crianças que brincavam e eram felizes, mas... – Não consegui prosseguir.

– Mas...? – Ele pediu que continuasse.

– Mas diferente de qualquer criança nós éramos diferentes! A Mônica tinha uma mãe muito pobre dona de uma lavanderia, uma mulher trabalhadora e honesta, um irmão com dois anos pela qual sua mãe não tinha como sustentar, um pai que agredia tanto ela quanto a mãe! Seu pai antes era um homem de negócios bem sucedido e com uma grande empresa transferidora! Mas quando começou a desconfiar que a mãe de Mônica estivesse o traindo, começou a beber e abandonar tudo o que conquistou.

Avia vezes que eu visitava Mônica e ouvia o choro de sua mãe no quarto. Minha mãe era muito amiga da mãe dela, já nossos pais não eram muito amigos e viviam brigando. Um dia a mãe de Mônica já não aguentava ver sua filha e seu filho sofrer tantos maus tratos e resolveu deixa-los com os avós, três dias seguidos eu conheci umas garotas que eram vizinhas dos avos de Mônica, nós se tornamos amigas, só que elas também passaram por coisas difíceis até piores. Um mês depois meu pai morreu em um acidente de carro, e minha mãe era ameaçada de morte por bandidos.

O pai de Mônica foi morto em um tiroteio deixando assim os bens para sua esposa. A Mônica ficou revoltada quando soube que os mesmos bandidos que ameaçaram minha mãe foram os que mataram seu pai.

Mônica e seu irmão já podiam voltar para a casa de sua mãe, mas sua avó estava com um grave problema de saúde e teve que trabalhar em casas de família, minha mãe estava com grandes dividas e tivemos que nós mudar para a casa da minha tia. Mas a boa notícia era que Mônica trabalhava na casa dela, assim nós voltamos a ser amigas. Minha mãe cuidou do irmão de Mônica por que sua avó não podia, Os avós de Mônica aviam morrido duas semanas depois. Trabalhando com a gente Mônica conheceu nosso vizinho chamado Henrique.

Logo, a cidade entrou em pânico por que descobriram que uma foragida estava á solta da prisão, a mãe de Mônica era muito parecida com ela e foi presa em seu lugar e...- Começou a chover, Cascão me puxou que nem um louco para dentro do colégio.

– Calma, é só chuva! – Disse por que ele estava muito desesperado. Foi até engraçado na hora ver ele que nem um aleijado fugindo de tiroteio.

– Exatamente! Isso é chuva, esse é o problema. – Ele disse tremendo.

– Vai me dizer que você tem medo de chuva e... – Ouvi meu celular tocar.

Pov. Cascuda.

Demoramos uma encarnação para colocar a Isa na cama! Mas enfim conseguimos. A Marina ficou com ela para analisar o tal gás do sono, e ficar no seu lugar de vigia, já que as pessoas que colocaram esse gás na Isa poderiam voltar, ou caso a Denise volte com o mapa. Eu tento achar explicação para a Mônica implicar tanto em gostar de alguém, por que vai que esse cara aí seja especial! Por que para ela não bater nele chega a ser histórico.

O que será que ela vai fazer para saber se ele é mesmo o tal de Cebola? Acho que não devo me preocupar afinal ela levou sua bolsa. Sei não, o que será que vai acontecer nesse quarto por 30 minutos? Também não preciso me preocupar, ela vai filmar tudo mesmo. Eu me pergunto desde quando a Magali usa a cabeça para investigar tão bem assim? Ao menos ela está se saindo melhor que antes e... Alto lá, onde está a Magali? Desesperei de vez! Lembro que ela estava com a gente antes de deixar a Isa na cama e depois sumiu!

– Meninas cadê a Magali? – Perguntei já desesperada.

– Hã? Ela não estava andando com a gente? – Perguntou Carmem parando de andar. Ainda bem que nós nem aviamos saído ainda.

– Mas como ela some desse jeito? – Perguntei tentando adivinhar onde ela se meteu.

– A gente não pode sair para procurar por que alguém pode ver a gente vestida assim! Então liga para ela. – Disse Maria Mello pegando seu celular dentro da bolsa, e o ligando por que sempre desligamos todos os celulares durante uma missão, logo ela me entregou e tratei de discar seu número.


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Notas finais do capítulo

Hum... O que será que vai acontecer, em? Isso só será revelado nos próximos capítulos. ( Não diga ¬¬) Enfim, se quiserem comentar, favoritar, acompanhar ou recomendar depende só de cês, ok?
PS: Se quiserem, com 5 comentários eu posto amanhã ou depois de amanhã. Beijos.