Pov. Mônica.

– E os jogos começam!- disse abrindo minha mochila.

– Como assim? Quais jogos? Mônica, você vai esquecer assim na boa o que te aconteceu?- perguntou Julia pondo o dedo no arco de seu óculos.

– Ai, Ju! Fica calma, nós já passamos por coisas piores- disse Marina pegando a almofada do sofá, e sentando em cima.

– Ok! Mas quais vão ser os jogos?- ela perguntou.

– Olha só meninas! Espero que gostem de suco de morango!- disse Ana chegando com uma bandeja.

– Tudo bem! Mas eu acho que vou querer só água mesmo- disse colocando uma roleta em cima da mesa da sala.

– Ok, já volto!- disse a mesma entrando na cozinha.

– Bom, meninas aqui estão escrito o nome de vocês! Aqui estão alguns papéis em branco, para que vocês escrevem os desafios que cada uma vai cumprir. A pessoa desafiada precisa levar uma câmera na cabeça, para vermos se ela fez tudo certo, ok?- perguntei entregando uma caneta e um papel em branco para elas. –... Quem cumprir mais desafios ganha um ponto para a lista de desafiadas da semana- disse mostrando para elas um gráfico com a qualidade de desempenho de cada uma.

– Sim, mas o que não é permitido nesse jogo?- perguntou Julia.

– Esse jogo não tem regras Julia! As menores loucuras que já fizemos foram passar a noite pregada com um morto, ou viajar para outra cidade, como também pintar hospitais- tudo ao que dizia Julia parecia se recordar de alguma coisa.

– Nossa, é mesmo! Eu avia me esquecido das poucas que vocês já fizeram- ela disse.

– Vou girar a roleta no nome de quem parar sai o desafio!- eu disse. Girei a roleta e ela foi parando aos poucos no meu nome.

– Ok, vou ser eu a primeira! Agora vocês escrevam os desafios para mim... - disse. As meninas sorriram perversamente e escreveram.

–... Pronto? Coloquem aqui!- disse. Logo as meninas colocaram seus desafios dentro de um saco.

– Eita, você tá ferrada amiga!- disse Magali rindo.

– Ah, sei! Pelo o que me lembro da última vez você me desafiou para comer batom! Coisa mais fácil- retruquei enfiando a mão, e tirando um papelzinho.

– O desafio é da Cascuda! 'Você vai ter que ir ao quarto do cara que você esbarrou, e passar 30 minutos exatos!'- li um pouco debochado.

– Ok! Descobri o pior desafio do mundo, tem como melhorar, não?- debochei pelo desafio ser tão fácil.

– Vai cumprir ou não?- ela falou sem paciência. Não estava a fim de passear de calcinha, e sutiã, para a universidade inteira, então vou ter mesmo que cumprir.

– Vou sim! Mas antes vou ver se está tudo ok por lá!- pequei meu rádio de intercâmbio. – Isa, como está indo por aí?- perguntei.

– Está tudo bem, Mô! Até agora nade de... - me preocupei quando ela parou de falar.

– Isa? Isa, você está na escuta?- as meninas tomaram postos, já imaginando que ela estivesse com problemas.

– Meninas ela parou de falar! Vamos voltar agora, Julia você fica com a Ana para não arranjar encrenca, ok?- eu disse, e a garota assentiu.

Pegamos nossas bolsas, e saímos correndo pela rua, desviamos de carros, e motos e entramos becos, até chegar à escola.

– Ufa, que correria!- disse Magali ofegante.

– Ok, ok! Agora abram o portão, não vai dar tempo de pular o muro!- mandei.

Pov. Cebola.

Estávamos eu e os meninos no quarto jogando vídeo game e esperando o Do Contra. Nós já estávamos com tudo pronto só faltava ele chegar.

Toc Toc.

– Entra!- gritei. Logo o Dc entrou com o experimento que pedimos.

– Não acredito que você me fez fazer isso, Cebola! Por que não pediu para o Franja?- ele retrucou indignado.

– Por que você sempre vaza em todos os nossos planos!- eu disse.

– Vazo nada! Eu só não curto- ele disse.

– Ah, sei! Agora me dá essa belezinha- ele me entregou a tinta.

– Para que serve isso mesmo?- perguntou o sem noção do Cascão, com os olhos na tela.

– Essa tinta é para causar uma banalidade no quarto delas! Estragar roupas e etc., esse gás é para o caso de elas acordarem- eu disse passando o gás para uma lata de spray fazia.

– Ok! Agora vamos logo- disse Jeremias e os outros meninos.

– Ei, mas e o jogo? Eu tava na fase 2 e...- puxei ele porta á fora.

Andamos pelos corredores até encontrar o quarto em que elas estavam, mas avia uma garota na porta. Nós se escondemos e esperamos ela sair, mas nada! Então resolvemos seguir á diante! Peguei o spray do sono e joguei um pouco nela que caiu de uma vez, acho que estava no celular. O Titi ficou de vigia e nós entramos.

Entramos no quarto, mas nós se surpreendemos pois não avia ninguém.

– Ué? Para onde elas foram?- perguntou Cascão.

– Não sei será que... - estava prestes a falar, mas entra um garoto apavorado no quarto.

– Galera elas vem vindo!- batemos pernas do quarto! Eu fui para o meu quarto e os outros para os deles.

Joguei-me na cama, bravo. Como elas ficaram sabendo que a gente ia invadir o quarto delas? Ou será que não sabiam? Espero que elas não desconfiem se verem aquela garota na porta caída.

Vesti uma roupa para dormir. Me deitei mas não consegui dormir, mesmo achando melhor deixar o plano para amanhã eu ainda queria tentar de novo! Mas e se elas ainda não tivessem dormindo? É melhor não arriscar.

– O que foi cara? A gente vai tentar outra vez amanhã, larga a mão de besteira- disse o Cascão lendo uma daquelas, idiotas, revistas esportivas.

– Você fica aí lendo essas revistas e nem se preocupa com o plano, né?- disse bravo com sua simplicidade.

– Eu tenho que treinar para os jogos ora? Vou beber água- ele disse saindo.

Pov. Mônica.

Usamos um cartão de crédito para abrir a maçaneta da porta! Logo saímos as pevas pelos corredores. Quando estávamos chegando eu podia jurar que vi algum menino saindo correndo de lá. Chegamos e vimos a Isa desacordada.

– Eu sabia!- disse abrindo a porta e entrando para ver se avia alguém ali! Mas não tinha ninguém.

– Mônica, a Isa está com um brilhinho no rosto!- disse Magali. Saí para ver e vi uns brilhos no rosto dela.

– Mas o que é isso?- perguntou Marina se aproximando.

– Deve ser uma espécie de gás do sono!- disse Cascuda.

Esses brilhos eram um pouco semelhantes ao experimento que vi aquele garoto do laboratório fazer! Logo juntei as peças, e constatei que ele estava conspirando contra nós.

– Ele deve ser tão jovem! Seria um desperdício morrer tão novo!- eu disse me referindo a esse tal de Cebola que eu iria descobrir quem era! As meninas me entreolharam, um pouco surpresas.

– De quem você está falando, Mônica?- perguntou Magali.

– De um cara chamado Cebola! Aquele que eu pedi para vocês ficarem de olho- disse.

– Eu sei quem é!- disse Magali. Todas ficamos chocadas por ela já saber quem seja, no nosso primeiro dia aqui.

– Quem?- perguntei apreensiva.

– O garoto que você esbarrou!- ela respondeu.

– Você tem certeza? Essa não é informação errada, né?- perguntei para não haver erro.

– Não, um amigo dele me contou, sobre seus amigos e deixou escapar quem ele era- ela respondeu, e eu dei um sorriso indecifrável.

– Aí está, meninas! Esse Cebola deve ser o mesmo que eu esbarrei, certo?- elas assentiram – Ou seja, eu só preciso cumprir o desafio!

– Como assim?- perguntou Marina.

– Simples, já que eu vou ter que ficar no quarto dele, por 30 minutos eu posso dar um jeito de saber se ele e mesmo esse Cebola- eu disse e elas sorriram.

– É, mesmo, Mô! Já que você vai fazer isso leva a câmera por que nós vamos voltar- disse Marina abrindo sua bolsa e me entregando a câmera.

– Mas e a Isa?- perguntou Magali.

– Vocês a levem para seu quarto! Eu vou para o quarto dele!- disse pegando a câmera e amarrando na cabeça.

As meninas me olharam com desconfiança! Elas são umas loucas, por pensar que eu vou agarrar o cara, só por que ele é gatinho e não levou uma surra. É lógico que não! Aliás, seu parceiro de quarto vai estar lá! Eu espero.