Pov. Pansy Parkinson

Que ódio daquela Gabrielle. Primeiro ela rouba o MEU Draquinho e depois me humilha na frente da Sonserina inteira... Era só o que me faltava. Ela vai MORRER!

Perdida em meus devaneios de como e quando irei mata-la, esbarro em alguém... Quem será?

Levanto-me devagar, me preparando para pedir desculpas se fosse um garoto gato (e se fosse da Sonserina, seria muito melhor) ou xingar muito a pessoa se fosse qualquer garotinha metida a besta ou um garoto feio.

- Ah, é você?! – Perguntei com um desgosto totalmente aparente na voz.

Tinha MESMO que ser essa dai?

- Oi Pansynha linda do meu coraçãozinho, tudo bem com você?

Que garota mais sínica.

- Cala a tua boca Cordaro, que hoje eu não estou para nenhum tipo de brincadeira infantil.

- Que feio Pansyta, mandando os outros calarem a boca... E para a sua informação, eu não “calo” a boca para cadelas como você, querida. – A morena concluiu a frase com um sorriso doce e falso naqueles lábios ressecados e ridículos. Bleh. Passei o olhar desgostosamente de seus pés até a cabeça, devolvendo o sorriso a ela; respirei fundo, aproximando-me devagar e completando com um a voz ameaçadora:

- Felizmente eu não sou você para ser uma “cadela”, Gabi. – Terminei a conversa com a palma da minha mão indo direto para a bochecha esquerda de Cordaro.

E é agora que começa a ficar interessante.

Pegando-me de surpresa, a ravina puxara-me pelos cabelos, fazendo um grito agudo sair do fundo da minha garganta. Obrigara-me a deitar-me no chão, enquanto me debatia e tentava fazer a aquela mestiça soltar as minhas madeixas. Os pés da garota chutavam minhas coxas e eu me esquivava cada vez mais.

Juntei toda força que ainda havia no meu corpo e embolei minha perna esquerda sobre a dela, fazendo Gabrielle cair no chão comigo. Segurei seus punhos, colocando por cima de sua cabeça e apertando com força. Naquele momento, com tantos gritos, provavelmente todos já estavam observando-nos.

Mas eu não me importo. Gosto de uma plateia.

- Parem com isso agora mesmo! Nunca vi ato tão... Feio entre duas garotas.

Essa velha sempre vem estragar as minhas diversões.

- Me desculpe professora McGonagall, foi puro impulso. – Ela estava bancando a santinha na minha frente?

- Não banque a santinha Cordaro, não adiantará! - Falei com desprezo iminente na voz.

- Cale-se Parkinson, não te perguntei nada!

- Ah, sua...

-Já disse chega, vocês duas, para a minha sala agora mesmo.

Velha chata!

Fui seguindo em direção à sala dessa velha que se diz professora, com a besta da Cordaro ainda do meu lado, toda descabelada.

Chegando lá a professora falou:

- Sentem-se, as duas.

Sentamo-nos e ela começou com um discursinho besta, que me fez ficar com sono, portanto não prestei a mínima atenção, mas acho que ela percebeu, porque perguntou:

- Esta ouvindo, senhorita Parkinson?

- Ah, sim... Claro.

- Então, como ia dizendo, depois de ver ato tão horrendo entre duas moças de alto padrão, é óbvio que terei de aplicar uma punição nas duas. Nas próximas duas semanas cada uma ficarão encarregadas de ensinar um aluno de Hogwarts, que eu mesmo irei determinar, do mesmo ano que vocês!

- Ok, professora. – Falamos em uníssono.

- Senhorita Parkinson, você ensinara o senhor Zabini com qualquer matéria que ele pedir, enquanto a senhorita Cordaro ajudará o senhor Malfoy, também em qualquer matéria que ele desejar.

Essa velha só pode estar de zoação com a minha cara. Enquanto eu tenho que aturar o mala do Zabini, a Gabizinha vai ficar “ajudando” se querido namoradinho nas matérias que ele desejar.

Mas não falei nada, pois se o fizesse, tinha certeza que ela me colocaria por mais duas semanas com aquele chato.

Sai da sala, e logo atrás veio a Cordaro.

- Que peninha, né Parkinson? Enquanto você ajuda aquele chato do Blásio, eu vou ajudar meu lindo e perfeito namorado a “estudar”. Tenho tanta dó de você.

Cansei dessa garota. Virei-me de costas e sai andando, deixando-a falando sozinha.

Entrei no corredor e vi Blásio se atracando com uma menina. Decidi dar as boas novas a ele.

Fui chegando mais perto, e nenhum dos dois pareciam ter me visto ainda, portando, não pararam de se agarrar. Nem EU fazia isso no meio dos corredores de Hogwarts.

- Hã-hã, desculpe incomodar o showzinho de vocês, mas tenho que falar com você. Blásio.

- Agora não Pansy, não vê que estou ocupado.

Tão ocupado...

- Blásio, é urgente!

- Tudo pode esperar Pansy.

Decidi apelar ao máximo. Se não queria ouvir a verdade por um segundo, ele ouviria a mentira, e perderia essa garota que parece que esta tentando engolir.

- BLÁSIO ZABINI, ESTOU GRÁVIDA DE UM FILHO SEU!

Parece que deu certo, pois os dois pararam de se engolir na mesma hora.

- Blásio, você disse que nunca teve nada com ela. – A garota estava totalmente furiosa.

Meu plano deu mais certo do que eu esperava.

- Mas eu te juro, nunca encostei um dedo na Pansy.

- Não era o que parecia naquele dia Blás... Você disse até que gostou! Ah, e na semana anterior, e na outra, e na outra...

- CALA. A. BOCA. PANSY. A GENTE CONVERSA DEPOIS.

- Na-na-ni-na-não. Eu disse que era importante e nós vamos conversar agora.

Arrastei-o até um canto, enquanto a garota saia correndo e gritando.

- POR QUE DIABOS VOCÊ FEZ ISSO PANSY?

- Você não queria me escutar, então tive que apelar.

- Precisa apelar tanto?

- É que assim foi mais engraçado.

- Ok, essa passou. Mas então o que você quer que é tão importante assim?

- Apenas queria avisar, que graças a uma briguinha minha com a nova namoradinha do Draco, na qual a gente saiu no tapa, nós...

- Espera aí. Você saiu no tapa com a Gabi?

- Claro. Ela já estava me irritando profundamente, e ela merecia isso.

- Meu Merlin, não acredito nisso. Ok, prossiga.

- Então, como ia dizendo, após nossa briga, fomos parar na sala da McGonagall, e ela nos deu uma detenção. A minha foi te ajudar por duas semanas em qualquer matéria que você quiser.

- E qual foi a da Gabrielle?

- Ela ajudará o DRACO em qualquer matéria que ele quiser.

- Há! Ok. Mas quando você diz em qualquer matéria, é em qualquer matéria mesmo?

- Nem pense nisso Blás. Você sabe que nós somos apenas amigos. Nada mais que isso.

- Mas mesmo sendo amigos, bem que podia rolar uns beijinhos durante as aulas, né?

- N-U-N-C-A. Ouviu, NUNCA. Vão ser apenas aula para eu te ajudar nas matérias que você está tendo dificuldades e pronto. Nada mais. Ponto final.

- Ok, então.

Saímos daquele canto em que estávamos e seguimos para o Salão Comunal da Sonserina.

Chegando lá, avisei que iria pegar meu material, e que era para ele fazer o mesmo, pois iriamos começar nossa primeira aula.