Pov. Harry Potter

Toda a Hogwarts já estava sabendo que o Malfoy havia “virado humano”. Se declarar em publico para uma garota, ainda mais de outra casa, era demais para um Malfoy! Dessa vez ele se superou.

- Vocês já ficaram sabendo do que o Malfoy fez? – Perguntei. Eu, Ginny, Ron e Hermione estávamos nos jardins de Hogwarts, aproveitando o sol da manha que esta maravilhoso.

- Claro. Hogwarts inteira já sabe né amor! – Ginny respondeu com carinho.

- Ele se superou dessa vez. – Ron falou.

- É verdade. Isso mostra que todos nessa vida são humanos, por mais que alguns não admitam, um dia já não da mais para esconder. – Nossa, que sentimentalismo foi esse que surgiu da Hermione agora?

- Virou poeta Mi? – Ginny perguntou em tom de deboche.

Todos nós rimos inclusive Hermione.

- Claro que não Ginny, só estou falando a verdade! – Ela falou ainda rindo.

- Sei! – Ron respondeu arrancando risadas de todos.

Hermione sentou no colo de Ron e começou a beija-lo para ver se ele parava de rir, ou pelo menos assim eu acho.

Olhei para Ginny, que fez o mesmo, e decidimos sair dali no mesmo instante.

- Vamos amor, vamos ser mais discretos, e não no meio do jardim da escola! – A minha ruiva disse com um tom meigo.

Fomos andando sem rumo, e quando nos deparamos onde estávamos, olhamos um para o outro com uma carinha maliciosa.

Estávamos na frente da Sala Precisa, com os mesmos pensamentos.

Mas...

Simas veio correndo em nossa direção com um bilhete na mão, esbaforido pela corrida, e gritando meu nome.

- HARRY! HARRY! Que bom que te encontrei! Procurei-o pelo castelo inteiro. Você te noção do tamanho disso tudo? – Ele perguntou ainda um pouco esbaforido, enquanto apoiava as mãos no joelho para descansar. – Dumbledore esta te chamando. Já faz mais de uma hora que era para eu ter te entregado esse bilhete, mas não o achei como já disse. Ele quer ver você no escritório dele em quinze minutos.

Simas me entregou o bilhete e comecei a ler:

“Harry gostaria de te falar sobre mais algumas coisa das horcruxes! Quero você em meu escritório daqui a duas horas. A senha é Suco de Abóbora.

Ass.: Dumbledore.

Obs.: Coloque fogo nessa carta para ninguém descobrir nada.”

Fiz o que Dumbledore me pediu, dei um beijo em Ginny e me despedi de Simas, e sai correndo direto para a sala do diretor.

Chegando lá, falei a senha e entrei o mais rápido que consegui, mas sem correr.

Dumbledore me olhava humildemente. Seu rosto parecia estar muito velho e cansado. Notei sua mão em cima da mesa. Ela estava...

- Professor, sua mão? Ela está preta!

- Harry, isso é uma das coisas a qual as horcruxes podem fazer. Lembra o anel do avo de Tom? Ele era uma horcrux, e isto eu já havia te dito faz tempo, mas conforme o tempo foi passando comigo usando o anel, minha mão foi ficando cada vez pior, até chegar a este ponto.

- Professor mal isso não lhe faz mal? – Perguntei assustado com essa possibilidade.

- Fazia Harry, fazia... Quando descobri o efeito que o anel causava, chamei o professor Snape para ver o que era, e de início, ele me receitou uma poção que retardava o que o anel iria acabar fazendo, que era me matar. Só que após mais ou menos dois meses de muita pesquisa, o professor descobriu que quando combinada uma poção com um feitiço, anulava o efeito do anel para sempre.

Fiquei pensando se aquilo que o professor me disse era verdade ou apenas ele não queria me preocupar.

- Mas Harry, não te chamei aqui para falar da minha mão. As horcruxes são mais importantes que eu!

- Certo, vamos lá! Antes de o senhor falar qualquer coisa, queria perguntar algo que venho pensando há um tempo. O senhor sabe destruir as horcruxes?

- Sim, eu sei, mas primeiro quero te mostrar uma coisa. Como sabe, a horcrux daquela noite a caverna de Voldemort ficou comigo, e você não conseguiu olha-la muito bem. Quero que veja agora.

Fiquei animado com a possibilidade de fazer isso... Peguei-a em minha mão, e imediatamente percebi que não era parecida com a que tinha visto na penseira, e ligeiramente mais leve.

- Professor? Tem certeza que esse é o verdadeiro medalhão do herdeiro de Salazar Slytherin? – Perguntei.

- Fico feliz que tenha percebido isso mais rápido do que eu Harry. Mas não, esse não é o verdadeiro medalhão do herdeiro de Salazar Slytherin.

- Mas e agora professor? Arriscamos nossa vida por nada? O senhor quase morreu por nada? – Não conseguia entender, se não era o verdadeiro medalhão, então tudo tinha sido em vão?

- Não acho que tenha sido por nada Harry. Abra-o! – Ordenou Dumbledore.

Abri. Havia um bilhete, que eu li em voz alta.

- “Ao Lorde das Trevas.

Sei que há muito estarei morto quando ler isto,

Mas quero que saiba que fui eu quem descobriu o seu segredo.

Roubei a Horcrux verdadeira e pretendo destruí-la assim que puder.

-Enfrento a morte na esperança de que, quando você encontrar um adversário à altura, terá se tornado outra vez mortal.

R.A.B.”

Nós perdemos o tempo, e tínhamos uma angústia: tinha pegado uma falsa horcrux. O maligno objeto já tinha sido levado pelo misterioso R.A.B. Logo as perguntas eram recorrentes.

Quem é R.A.B.?

Será que ele tinha destruído a verdadeira horcrux?

Mas, felizmente, algumas já tinham respostas!

“Lorde das Trevas”. Só um comensal (ou ex-comensal) chama Voldemort de “Lorde das Trevas”.

O objetivo do bilhete já tinha descoberto. Era fazer com que Voldemort soubesse quem roubou à verdadeira horcrux, e isso significa que Ele entenderia perfeitamente quem era R.A.B. Ele o conhecia, o que deixava mais claro que R.A.B. era um comensal.

Não sabíamos de mais nenhuma respostas, mas cada vez mais perguntas surgiam.