Capítulo

VII

Por que não fiquei de boca fechada?

Duas semanas depois ...

Elena estava com a casa só para ela nesse fim de semana. Damon foi passar um tempo com Alaric que estava um pouco deprimido. Sua namorada rompeu o namoro de quatro longos anos. Se apaixonou por outro. Então, Damon, Tyler e Matt foram dar um apoio emocional ao amigo.

A publicitaria arrumou a bagunça de Damon. Suas roupas estavam amassadas e socadas dentro das gavetas.

Elena ouviu o toque de seu celular e correu para atender. Temendo que fosse o Damon com a noticia que voltaria para casa. Assim, estragaria seus planos para aquela noite. Que incluia uma boa faxina na casa, filmes dramaticos, chorar ate ficar desidratada e se entupir de sorvete.

– Alô - disse Elena colocando o celular perto de seu ouvido de qualquer jeito e ouviu ao fundo vozes infantis. Presumiu que fossem seus sobrinhos.

– Elena, sou eu! Kath - falou Katherine com Claire no colo que não parava de chorar, tentando mexer o molho na panela e com Ben no seu calcanhar. Queria que a mãe comprasse um jogo novo para seu video game.

– Algum problema, Kath? - indagou Elena desconfiada ajeitando melhor o celular ao seu ouvido. Katherine raramente ligava e quando ligava nunca lhe dava boas noticias.

– Te liguei para lembrar que quinta-feira é o aniversário do papai. Porém, a festa será no Sábado - avisou Katherine.

Elena bateu com sua mão direita em sua testa. Damon a atormentava tanto que acabou esquecendo o aniversário de seu pai.

– Ok, Kath! Não me esqueci. Eu já estava te ligando para perguntar - mentiu Elena.

– Tem uma coisa. Você terá que levar o Damon - falou Katherine tentando demostrar naturalidade. Mas podia imaginar a face de sua irmã contorcida em ódio e deu um breve sorriso.

– Por que terei que leva-lo? - indagou Elena sua voz alterada. Foi quase um grito.

– Eu ... Sem querer, é claro! Contei a mamãe que o Damon e você casaram-se - respondeu Katherine ja se preparando para ouvir poucas e boas da publicitaria.

– Puta merda, Katherine! Por que você contou? TE PEDI PARA NÃO CONTAR! - gritou Elena desejando estrangular ou arrancar a língua de sua irmã. As duas ideias lhe agradaram.

– Mamãe me ligou e começou a reclamar que sou uma péssima filha. Que nunca ligo para ela, a não ser em datas comemorativas. Enquanto você sempre ligava e contava tudo o que acontecia na sua vida. Me irritei e para não mandar ela tomar no cú ... O que seria um falta de respeito. Por que ela é nossa mãe. Eu contei o que a filhinha perfeita dela fez - contou Katherine de uma só vez. Sem tomar fôlego.

– Caralho, Kath! Você é uma filha da puta de uma peste de irmã - reclamou Elena sem saber se suas palavras faziam sentido. Estava muito irritada.

– Se prepare, por que ela ficou uma fera - disse Katherine sorrindo.

– Obrigada, por estragar minha imagem de boa filha.

– Mais ou cedo ela descobriria. Poupei tempo a ela - zombou Katherine amando a situação - Ben, seu garoto chato! Não vou comprar merda de jogo nenhum. Para de me perturbar! - gritou Katherine ao telefone e Elena afastou seu celular de seu ouvido.

– Meu Deus! O que eu fiz para merecer uma filha chorona e um filho chato? Dá-me paciência, pois não quero ser presa! - falou Katherine com a mão na cabeça - Elena, tenho que desligar. Meus filhos estão me enlouquecendo! - gritou antes de encerrar a ligação. Nem deu tempo de Elena se despedir.

– Merda, Katherine - resmungou - Agora vou ter que ligar para a mamãe.

Elena ligou para Miranda, sua mãe e explicou como tudo aconteceu. Omitindo, é claro; a parte dos dois milhões de dólares. Miranda achou tudo lindo e romântico. Pra ela sua filha fez uma loucura de amor ao casar-se com Damon. Pois sempre desconfiou que eles se gostavam e que isso futuramente poderia acontecer.

– Pronto, já resolvi o problema com a mamãe. Agora só falta convencer o Damon a ir comigo - pensou Elena.

Naquela noite Elena dormiu com o livro aberto em seu colo na página em que parou. Mas acordou assustada quando ouviu seu celular tocar.

– Alô - resmungou com a voz meio rouca.

– Elena, é você? - indagou alguém do outro lado da linha. Com uma voz estranha. Parecia que a pessoa estava bêbada.

– Sim, é ela. Quem é? - indagou Elena sentando-se na cama.

– Não reconhece a voz de seu marido? - indagou Damon com uma risadinha abafada.

– Você esta bêbado, Damon? - perguntou Elena revirando os olhos.

– Eu não tô bêbado! Por que todo mundo hoje esta me perguntando se tô bêbado? - indagou Damon sua voz meia zangada entre um soluço e outro.

– O que você quer? - indagou Elena impaciente.

– Eu liguei para dizer que gosto de você. Que penso em você mesmo quando não quero pensar ... Me diz, o que posso fazer para você gostar de mim ? Seu desprezo me entristece e seu sorriso me amolece. Rimei, mas não foi intencional - disse Damon soluçando fazendo Elena sorrir.

– Damon, você esta bêbado. Amanhã vai se arrepender de tudo o que disse. Então, desliga essa ligação e vai tomar um banho frio para curar essa bebedeira - disse Elena e depois apertou END em seu celular. Encerrando a ligação.

Mas essa agora! "Seu desprezo me entristece e seu sorriso me amolece" - Elena citou - Só Damon para inventar uma coisa dessas! - disse Elena rindo.

Lutando contra seu subconsciente de que não tinha gostado do que ouviu.

~

Damon voltou para casa mas como Elena não confiava nele.

Ele não tinha uma cópia da chave do apartamento. Pediu para o porteiro avisar a publicitaria que havia chegado.

Damon dividiu o elevador com uma ruiva peituda com um vestido grudado ao seu corpo esbelto.

O fotografo pensou ser impossivel conseguir respirar usando um vestido tão apertado como aquele aparentava ser.

– Você é morador desse prédio? Por que eu não te conheço - indagou a ruiva com uma voz aveludada.

– Me mudei a pouco tempo - respondeu Damon olhando descaradamente para o decote da mulher a sua frente.

– Então, esta explicado! Por que eu conheço todos moradores desse prédio - falou ela sorrindo.

Mas a resposta correta seria - eu já dormi com todos os homens e mulheres - sim, mulheres também - que moram aqui.

– Eu moro no apartamento trezentos e cinco. Se algum dia se sentir só e quiser companhia, é só aparecer - ofereceu-se a ruiva mordendo de leve seus lábios inferiores.

Damon ficou estático com a audácia da moça. Embora esteja acostumado com esse tipo de abordagem. Se fosse em outro tempo iria na casa daquela mulher agora mesmo. Todavia, permaneceu em silêncio.

– Desculpa, se te assustei sendo tão direta. Mas eu sou assim mesmo ... intensa - falou a ruiva fitando Damon com seus olhos cor de mel carregado de luxuria e se aproximou dele.

O encostou contra a parede num canto do elevador e roçou seus labios nos labios do fotografo.

– Adoro homens timidos - sussurrou em seu ouvido.

– Eu sou casado! - disse Damon sua voz tremula. Lembrando desse fato só agora.

– Eu não me importo em te dividir - falou a ruiva com mais tesão que antes que enfiou sua lingua no lóbulo da orelha de Damon que trancou seu maxilar para não gemer e dar a entender que estava afim.

Embora estivesse, não iria dar a chance de Elena o acusar de adultério e ficar com toda a grana.

– Mas eu me importo e minha esposa também - disse Damon tentando afastar a mulher predadora - A senhora devia se dar o respeito. Depois dizem que nós homens que não prestamos - falou Damon com uma voz firme sem se preocupar em magoar a moça.

Na verdade ela precisava de um choque de realidade. Ficar se oferecendo feito um pedaço de carne para um desconhecido. É repugnante! - pensou ele.

Rapidamente a ruiva se recompôs, levantou seu vestido afim de tapar seus seios fartos.

Quando o elevador parou os dois sairam e Elena estava a espera de Damon na porta do apartamento.

– Dividiu o elevador com essa vadia? - indagou Elena.

– Sim, e ela deu me cima de mim.

Elena lançou um olhar de puro ódio para Damon. Por que estou incomodada com isso? - pensou publicitaria.

– Com ciúmes, Elena? - perguntou Damon com um sorriso cínico no canto de seus lábios.

– Nã ... Não! - gaguejou Elena - Você não teria coragem de fazer isso. Correndo o risco de ser acusado de adultério - falou Elena cruzando os braços.

– Não se preocupa, baby. Eu não o Stefan McCoy - falou o moreno sabendo que isso irritaria a publicitaria.

– Não mesmo! Você pensaria em fazer algo pior do que ele fez . Talvez me trairia num desses programa de teste de fidelidade para minha humilhação ser publica - respondeu a morena dando as costas para o fotografo. Entrando no apartamento.

– Eu nunca faria com você o que ele te fez - disse Damon exasperado - Não me compare àquele idiota!

Por que estou me explicando? - o moreno repreendeu-se em pensamentos.

– Que seja, Damon - disse Elena dando de ombros - No próximo fim de semana é aniversário do meu pai. Teremos que ir, já que a fofoqueira da minha irmã contou para minha mãe que nos casamos - Elena jogou-se no sofá. Esperando o chilique do Damon.

– Vai ser legal voltar para a Virgínia depois de todo esse tempo - disse o moreno sorrindo. Gostando da viagem.

Ele sentou no sofá e repousou suas pernas no colo de Elena que o empurrou. Fazendo o cair no chão.

~

– Elena, vamos embora. Essa hora sua mala deve estar na India - reclamou Damon que não aguentava olhar mala por mala que passava na esteira.

– Eu vou tomar as providências necessárias - Elena encheu seu peito de ar e foi conversar com um dos funcionarios da empresa.

Preencheu um extenso formulario RIB (Registro de Irregularidade de Bagagem).

Torcendo mentalmente que encontrassem logo sua bagagem.

– Pelo menos sobrou essa aqui - disse Damon.

– Nessa mala as maioria das roupas é lingerie - disse Elena tentando lembrar o que colocou naquela mala.

– Já vi que esse fim de semana sera interessante - Damon fitou a publicitaria com um olhar malicioso.

Elena entendeu aquele olhar do fotografo. Sua face ficou corada.

– Tem meus cremes, maquiagem e o presente do meu pai também - explicou-se Elena dando um beliscão no peito de Damon. Proximo ao seu mamilo. Uma região bem sensivel.

– Não precisava me beliscar para dizer isso. Ai, vai ficar roxo - disse Damon massageando seu peito - Se me perguntaram o que foi isso. Vou dizer que foi você! Que você é selvagem na cama - falou Damon correndo de Elena que já ia lhe dar outro beliscão.

– Volta aqui, Damon! - gritou Elena correndo atras dele pelo aeroporto. Sem se importar com os olhares curiosos que estavam fitavam eles.

– Você corre feito uma velhinha! Minha avó corre mais rapido que você - zombou Damon acelerando a corrida assim que viu que Elena estava quase se aproximando dele.

~

Na casa dos Gilbert's ...

– Eles chegaram! - gritou Miranda agarrando Elena num abraço apertado - Minha menina casou-se - disse orgulhosa - Meu querido genro. Sempre desconfiei que vocês ficariam juntos. Formam um casal tão lindo - disse exungando uma lágrima.

– Entrem - convidou.

– Papai - Elena correu para os braços estendidos de Grayson Gilbert.

Como senti falta de você, de seu cheiro e de seu afago. Meu querido paizinho - pensou Elena.

Não conseguiu deter a emoção e começou a chorar. Assustando seus pais. Elena não era o tipo de garota que ficava lamuriando e sim fingia de forte para chorar mais tarde em seu travesseiro.

Damon ficou num canto da sala observando aquela cena. Estava emocionado. Lembrou-se da ligação que tinha com sua mãe e a falta que ela fazia a ele as vezes.

– Esta tudo bem, minha pequena, esta tudo bem - repetiu Grayson afagando as costas de sua filha.

~

– Katherine e as crianças ficaram com o quarto que era de vocês - falou Miranda subindo as escadas, parou e virou seu pescoço para olhar para Damon e Elena - Elijah e Katherine brigaram. Então ele não vira - sussurrou Miranda como se fosse segredo para alguem que o casamento deles não estava nada bem - Vocês vão ficar com o quarto de hospedes - disse a mãe de Elena parada na frente da porta do quarto.

– Não precisa, mamãe. Eu posso dormir com a Kath e as crianças e o Damon no sofá.

Damon cutucou as costas da publicitaria com uma das malas em sua mão em sinal de reprovação. Elena lançou para ele um olhar feroz e Damon fingiu não ver.

– Nada disso! Vocês são praticamente recém-casados tem que dormir juntos - falou Miranda e quando ela usava aquele tom Elena sabia que não adiantava dialogar ela ja havia decidido.

– Estamos casados há quatro meses - falou Damon.

– Cinco - respondeu Elena com um olhar frio para Damon.

Por que não fiquei de boca fechada? - pensou ele.

Elena estava com com uma expressão de assassina e isso assustou Damon.

Não quero dormir com essa mulher ao meu lado - pensou desesperado.

– Já vou indo para vocês descansarem - disse Miranda descendo as escadas.

– Você assustou sua mãe - observou Damon.

Entrando no quarto, colocou as malas no chão e jogou-se em cima da cama.

– Ela vai superar. Se ela aceitou você como genro dela. Depois dessa mais nada conseguira abalar a coroa - respondeu Elena movendo o pescoço de um lado para o outro fazendo o estalar.

– Tendo uma filha como você. Ela ja aprendeu a lhe dar com os sustos da vida - respondeu Damon apoiando seus cotovelos na cama. Assim poderia olhar para Elena que estava sentada numa poltrona de bebê que tinha no quarto.

– Damon, você é tão infantil! Você me irrita - falou Elena mirando seu sapato em Damon e acertou o olho esquerdo do moreno.

– Que droga, Elena! - disse o fotografo deitando na cama e levou sua mão ate seu olho que estava lacrimejando.

– Desculpa - Elena correu ate ele e ficou ao seu lado - A culpa é sua! Que ficou se mexendo. Era para acertar sua testa - falou Elena tentando tirar a mão de Damon para poder ver se foi grave.

– Claro, você ameaça jogar um sapato em mim e eu tenho que ficar imovel? - reclamou Damon.

– Deixa eu ver - falou Elena e conseguiu remover a mão de Damon.

Inclinou-se mais para frente para poder ver melhor. Constatou que não foi nada grave. Nada que uma compressa gelada no local não resolva - pensou.

Damon, com seu olho bom, ficou admirando a beleza da morena, seu cuidado e sua preocupação com seu olho machucado. Elena pigarreou alto chamando a atenção do fotografo. Que estava nas nuvens e nem percebeu que suas mãos estavam no seios da publicitaria.

– Estão bem firmes - disse Damon com um sorriso forçado. Mas mesmo assim não perderia a chance de fazer uma piada - Definitivamente você não precisa de silicone, baby - disse com um meio sorriso.

– Tira suas mãos imundas dos meus seios. Antes que eu jogo o meu outro sapato no seu olho bom - ameaçou Elena.

– Foi mal - disse Damon levantando suas mãos.

– Vou tomar um banho - falou Elena afastando-se do moreno que sentiu falta de seu perfume e ficou observando ate ela entrar no banheiro e trancar a porta.

~

Todos estavam jantando e mais tarde iriam cantar parabéns e presentear o Sr.Gilbert.

Claire não queria comer e Katherine sem paciência deu um beliscão na menina. Elena a repreendeu e foi conversar com sua sobrinha. O que não adiantou muito e Claire ainda chamou Elena de feia.

No final foi Damon quem a convenceu a alimentar-se.

Contou para a menina que uma princesa para conseguir um príncipe precisa ser saudavel, fazer todas as refeiçoes e obedecer os adultos.

Claire ficou admirada com a atenção e carinho que Damon teve com ela. Isso lhe faltava todos os dias. Seus pais trabalhavam muito e ela ficava com a babá. Na verdade, Katherine não tinha tempo e nem paciência com as manhas de sua filha. Então a ignorava ao inves de tentar corrigi-la.

Mais tarde Damon brincou de cavalinho com ela. Claire montou nas costas do moreno enquanto ele corria pela casa com elas em suas costas.

Combinou no dia seguinte de tomar chá com ela e as bonecas. Após tanta traquinagem e risadas. Ao final da noite Damon adormeceu sentado no sofá com a cabeça de Claire pousada em seus ombros. Eles estavam exaustos.

Elena cutucou o ombro de Damon e ele lentamente abriu seus olhos.

Katherine agradeceu algumas vezes por ele cuidar de sua filha e a levou para dormir na cama no quarto.

– Ela é uma fofa - falou Damon entre um bocejo vendo Katherine se afastar com a menina em seus braços.

Mesmo com esse cabelo despenteado. Como pode ficar ainda mais gato? - indagou Elena em pensamentos. Olhando o minuciosamente queria guardar para sempre aquela memoria.

Ela meneou a cabeça não acreditando em seus pensamentos. Tentando afasta-los de sua mente.

– Sua sobrinha me pediu em casamento. Serei um príncipe - zombou Damon sorrindo ao lembrar da risadinha de Claire ao fazer o pedido.

– Será sim - respondeu Elena num impeto - Ja que minha sobrinha é uma princesa. Se você casar-se com ela se tornara um principe - rapidamente a publicitaria acrescentou tentando desfazer o deslize que deu.

Mas ja era tarde. Damon estava olhando para ela com ponderação.

Elena perdia totalmente o controle de suas ações quando ele a fitava daquele jeito. Ele conseguia perfurar um pouco a barreira de odio que ela ergueu contra ele. Como se ele fosse um invasor perigoso. Mas talvez o cavalo de Tróia ja estivesse em seu coração. Esperando o momento certo para atacar.

– Eu vou me deitar - falou a publicitaria meio desnorteada.

– Também vou. Amanhã tenho um chá importantíssimo com as bonecas. Não posso perder -falou Damon ficando de pé ao lado de Elena.

A morena tentou se controlar mais foi inevitavel e acabou dando um sorriso para Damon.

– Milagre! Elena riu de algo que eu disse - zombou Damon surpreso.

– Não começa - reclamou Elena passando por ele e subindo as escadas. Damon foi logo em seguida.

Eles deitaram-se, desejaram "Boa noite" e fecharam seus olhos.

Naquela noite ambos sonharam um com outro.

CONTINUA …

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar".

William Shakespeare