Closing Time escrita por Miss Petrova


Capítulo 10
Posso te pedir um favor?


Notas iniciais do capítulo

Olaaa, queria agradecer a todos que deixaram reviews fofos no outro capitulo - o que já se tornou rotina rs mas não estou reclamando eu amoooo os reviews de vcs ksksksk.

Espero que o Domingo de Pascoa de vcs tenha sido bom, o meu foi incrivel :)
Agora sem mais delongas *tô sem criatividade para escrever as notas iniciais kkkkkk*

Boa Leitura o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/341934/chapter/10

"É melhor viver o seu próprio destino de forma imperfeita do que viver a imitação da vida de outra pessoa com perfeição."

Comer Rezar Amar



~


Capítulo IX

Posso te pedir um favor?






Elena fechou seus olhos tentando esvaziar sua mente e apreciar a massagem.


Nesse instante a porta abriu-se e Damon deparou-se com a cena.


– O que esta acontecendo aqui, Elena? - indagou Damon batendo a porta com demasiada força desnecessária



Elena lembrou-se que tinha combinado com Damon de deixar a porta destrancada quando ele saísse e ela ficasse em casa. Assim, caso ela estivesse no banho - como já havia acontecido algumas vezes - não precisaria sair do banho quente para abrir a porta para ele.


Ela deu um pulo do sofá. Enquanto Pierre olhou para Damon com um olhar inocente. Sua expressão impassivel.


– Hã ... Damon, esse é Pierre nosso vizinho. Ele se trancou do lado de fora do apartamento e pediu para usar o telefone para ligar pro chaveiro - respondeu Elena atropelando as palavras, sem tomar folego.

O semblante de Damon a assustou. O olhar carregado e as sobrancelhas juntas. Indicava que ele estava furioso. Viu poucos vezes essa expressão do fotografo e ele costumava ser violento quando estava assim.


– Isso ainda não explica o que as mãos dele estavam fazendo no seu pescoço. Deveriam estar no telefone, né? - indagou Damon desconfiado.


– Não é isso que você esta pensando - disse Pierre levantando-se do sofá e indo em direção ao moreno.


– Esse idiota, não podia esperar no corredor pelo chaveiro, Elena? - indagou Damon olhando para a publicitaria e ignorando a presença do judoca a sua frente.


– Cara, sei que a situação é estranha. Mas não foi nada demais ...


– Nada demais, por que não é com você - vociferou Damon olhando diretamente para o judoca agora. Sua estava voz um pouco alterado, a irritação estava crescendo dentro dele.


– Olha ... Elena, obrigado por deixar usar seu telefone e pela xicara de cha. Eu já vou indo - disse ele em tom de despedida.


– Não era nem para estar aqui - resmungou Damon.


– Cara, tentei ser legal mas você é muito irritante e arrogante com esse seu tom tom de superior. É pessoas como você que costumo socar a cara - disse Pierre irritando-se - Não aconteceu nada e não iria acontecer nada.


– Eu sou irritante? - Damon o interrompeu - Chego me casa e vejo um boçal como você fazendo massagem na minha esposa. Espera que te trate como? Com um tapinha nas costas? - indagou Damon - Eu também costumo socar a cara de pessoas como você. Que gosta de dar em cima da mulher de outro - falou Damon dando um passo largo em direção ao judoca.

"Estou fazendo papel de idiota- pensou ele - Nosso casamento nem é de verdade. Mas por que ela deixa esse cara desconhecido tocar nela e eu não. Eu a conheço desde … Sempre! - irritou-se Damon."


Nosso fotografo era mais alto, porem o judoca tinha mais massa muscular. E fora que dominava bem os golpes do judô que podia imobilizar seu adversário em segundos.

Pierre não aguentou e começou a rir.


– Esta rindo do que seu, idiota? - indagou Damon irritado.


Elena estava num canto com os olhos arregalados temendo um possível confronto e que não conseguiria separa-los caso ocorresse. Já viu seu amigo lutar e ele não era nada piedoso com quem o irritava. Mas quando ouviu as palavras de Damon se juntou ao Pierre não contendo as risadas.


– Qual é a piada? Que chá é esse que vocês beberam? Chá de cogumelos? - indagou Damon e pegou a xicara e cheirou seu conteúdo.


– Cara, relaxa! - disse o judoca ainda rindo - Eu sou gay. Não estava dando em cima de sua esposa - falou Pierre rindo ainda mais daquela situação que era muito frequente com ele - Já vou indo - disse ele e acenou para Elena. Ao passar por Damon deu um tapinha em seu ombro e voltou a rir.


– Você podia ter dito que ele é gay - reclamou o fotografo.


– Sua. Cara. Foi. Impagável. - falou Elena dando uma pausa em a cada palavra pois ainda estava rindo da situação - Pierre, é meu amigo desde que me mudei para esse apartamento. Há uns três anos. Por ele lutar judo e ser forte as pessoas pensam que ele é hétero. Mas não é o caso - explicou a publicitaria - Ele foi para a França e contou para sua família sobre sua opção sexual e fui eu que o apoiou quando ele tomou essa decisão. Ele é muito legal - respondeu Elena.


– Poxa , agora fiquei mau - disse Damon coçando a cabeça - Vou convida-lo para tomar um cerveja. O que acha? - indagou o moreno.


– Não sei se é uma boa ideia.


– Por que não? Eu não tenho preconceito, Elena. Cada um tem sua vida e é problema delas a maneira como escolhe vive-la - respondeu Damon sentindo-se ofendido.


– Não é isso é que ... Você faz o tipo dele - disse Elena e soltou uma gargalhada.


– Muito engraçada você - disse Damon não demostrando que havia ficado constrangido - O que posso fazer se sou tão lindo, sexy e atraente. Até o desejo de outro homem consigo despertar. É muito poder - zombou ele.


– Menos, Damon, menos ... - disse Elena - É assim que começo a curiosidade de como vivem as pessoas do outro lado do arco iris e eu não quero um marido gay - debochou a morena.


– Agora eu é que te digo. Menos, Elena, menos. Esse risco você não corre comigo. Eu gosto de mulheres. Pena que você não quer meu amor - disse Damon agora adotando um semblante fechado.

Elena imediatamente parou de rir e o encarou com uma expressão de espanto. Damon nunca tinha sido tão direto como agora.


– Te peguei! - zombou ele com um largo sorriso de escarnio - Sua cara foi impagável, Elena - debochou o fotografo.


Elena pegou a almofada que estava no sofá e jogou na direção de Damon. Que desviou com destreza e foi para o banheiro se lavar. Ainda rindo da reação da morena.

É impressão minha ou ele ficou com ciúmes ? - indagou Elena amando constatar que sim.

Sim, ele ficou com ciúmes - disse seu subconsciente.


No dia seguinte ...


– Damon, abre essa porta!- disse Elena.


– Esta aberta! - gritou Damon.


– Ainda bem eu estava muito apertada para fazer … - disse Elena parando sua frase e segurando o tampa do sanitário - Ah, meu Deus! Você esta pelado! - gritou Elena tapando seus olhos com suas mãos.


– Confessa, que você gostou de ver o meu amiguinho - debochou Damon com um sorriso irônico.


– Damon, seu ... doente! - gritou Elena e saiu as presas do banheiro. Mas deu com a cara na porta fazendo Damon soltar uma gargalhada em divertimento.


Elena sentou-se no sofá massageando sua testa que estava doendo.

Damon, como você pode ser tão idiota? - indagou em pensamento sorrindo com o que aconteceu.




~



– Elena, o Senhor Columbus esta te esperando na sala dele - falou Jenna a secretária do chefe.


Elena levantou-se meio vacilante. O que será que o chefe quer comigo? - pensou nervosa seus músculos paralisados em pavor só de pensar em entrar na sala daquele homem. Só o tinha visto uma única vez. Numa festa da empresa e ele pareceu ser uma pessoa seria e centrada. Embora, não pudesse ler muito bem suas expressões facias por causa do grande exagero de plásticas que ele já fez para esconder sua verdadeira idade.


Acho que por isso que tenho medo dele - conclui a publicitaria em pensamento - Parece que ele acabou de sair do clipe do Michael Jackson. Aquele dos zumbis, Thriller - pensou Elena e permitiu-se dar um leve sorriso para seu pensamento inadequado. Permitindo esquecer-se que estaria cara a cara com ele dali a alguns segundos.

Foi caminhando devagar até a sala do Sr. Columbus e Jenna a sua frente indicando o caminho.

Raramente ele chamava um de seus funcionários em sua sala. A não ser para ... despedi-los! - pensou Elena e seu nervosismo aumentou.

Suas pernas fraquejaram e seu salto virou. Mas imediatamente ela segurou-se na parede. Evitando que batesse com seus joelhos no chão.


– Você esta bem ? - indagou Jenna que teve que dar dois passos largos para tras para chegar até a Elena.


– Sim, estou. Não foi nada - respondeu e sua voz falhando duas vezes.


– Será, que você esta grávida? - indagou Jenna sorrindo e as rugas abaixo de seus olhos ressaltaram.

Ela era louca para engravidar mas para isso precisava de um homem e não tinha tempo para namorar. Sua vida era o trabalho. Então, chegou a pensar numa barriga de aluguel ou em uma inseminação artificial. Mas não teria tempo para cuidar da criança. Teve que desistir do seu sonho de ser mãe. Ou adia-lo por um tempo. Como ela gostava de pensar ... ou seria se iludir? . Por que sabia que era só uma desculpa. Não teria filhos tão cedo e sabia que se quisesse ter um bebê algum dia teria que recorrer a adoção.


Voltando para Elena que estava com os olhos arregalados para a pergunta de Jenna. Sentiu um frio na espinha só em pensar em estar gravida de um ser tão irritante como Damon.


– NÃO! - gritou perdendo o controle - É,… não - respondeu novamente tentando controlar sua voz ao perceber que assustou a ruiva a sua frente. Sua voz saiu mais suave, mais ainda tinha uma pontinha de desespero nela.

– Meu marido e eu não ... é ... hã ... Nós nos cuidamos - disse por fim.


– Mas às vezes acontece - insistiu Jenna.


– Eu tenho certeza que não estou grávida. Eu saberia se estivesse - respondeu com um sorriso amarelo.

Como explicar que nosso relacionamento baseia-se no fato de podermos ganhar um milhão cada um ? - pensou ela.

Achou que seria complicado e desnecessário ter que se explicar. Então, limitou-se a sorrir e ficou encarando Jenna, que depois de alguns segundos voltou a andar pelo imenso corredor que parecia não ter fim.

Chegando perto da porta que estava escrito em letras douradas e brilhantes " Mikael Columbus". Elena ficou a encarar a porta. Tentando acalmar-se encheu seus pulmões de ar e depois o soltou. Mas não adiantou muito. Até que deu duas batidas tímida quase inaudíveis na madeira a sua frente.


– Pode entrar - ouviu uma voz grave e firme que fez os pelos de seus braços arrepiarem.


– Com licença, Sr. Columbus - falou Elena sua voz fraca e entrou na sala.


– Sente-se, Senhora Salvatore. Pronunciei o sobrenome corretamente ?- indagou Mikael ajustando seus óculos em seus olhos que pendiam na ponta de seu nariz.


– Sim - respondeu Elena sentando-se na cadeira revestida de couro.


– Srª Salvatore, eu estou um pouco chateado com a Senhora - disse Mikael assustando a jovem publicitaria a sua frente - A senhora casou-se a um certo tempo e eu só fiquei sabendo agora - falou ele encarando com demasiada atenção para a expressão de alívio estampada na face de Elena.


– Desculpe-me Sr. Columbus. Mas o senhor é um homem muito ocupado. Achei que seria desagradável da minha parte em incomoda-lo com assuntos pessoais - respondeu Elena um pouco mais tranquila.


– Não seria desagradável de sua parte - repetiu Mikael a frase da publicitaria - Eu gosto de ser informado em tudo que acontece em minha empresa. Até mesmo a vida pessoal de meus empregados. Por que se sua vida pessoal for mal. O trabalho que você ira prestar não será produtivo. Empregado infeliz não rende - respondeu ele e esboçou um leve sorriso em seus lábios.

– Soube que você esta interessada no cargo de Gerência Publicitária disse ele - Para sua sorte abriu uma vaga nesse setor. Só que temos mais três concorrentes - acrescentou Mikael e Elena não conteve o desapontamento ao ouvir aquela noticia.

– Teremos uma festa na empresa. Para escolhermos a melhor candidata e estou contando com sua presença - falou Sr. Columbus de uma forma instigante. Quase como uma ordem.


– Eu estarei presente - respondeu Elena com um sorriso animado.


– Traga seu marido. Apesar de ser um jantar de negócios queremos que seja agradável. Mais informal - falou ele e novamente sua tentativa de sorrir falhou.

Elena não sabia se ele estava sorrindo, se estava com enxaqueca ou dor de barriga. Ele era um homem estranho apesar de estar tentando ser agradável. Suas feições faciais não ajudavam muito.


– Então, nós iremos. Meu marido e eu - respondeu Elena com um sorriso forçado.


Meu sorriso deve estar igual ao sorriso desse homem. Que de tanto aplicar botox no rosto não dava para ler sua expressão facial - pensou Elena reprimindo o riso e seu próprio pensamento que o denominou como "maldoso".

Agora só falta convencer o Damon a ir comigo. Ele anda meio mal humorado esses dias. Como irei convence-lo a ir? - pensou logo em seguida.




~



Elena chegou em casa, tomou um longo e delicioso banho, se perfumou e colocou um vestido azul com um leve decote nos seios. Não muito vulgar e foi procurar o Damon.

Ele estava de costas para ela em frente a pia, sem camisa e terminando de lavar a louça.

Ela se aproximou dele, respirou fundo e colocou um leve sorriso nos lábios. O sorriso que chamava de "sorriso fatal".


– Damon? - chamou Elena com uma voz aveludada .


– Oi - falou Damon.


Virando seu corpo ficando de frente para Elena e de costas para a pia.

O olhar seduzente de Elena incomodou um pouco o fotografo e fez seu corpo estremecer com o contato visual.

Seu olhar percorreu o corpo da morena que destacou suas curvas naquele lindo vestido azul.

Seria a visão do paraíso ou do inferno? - indagou ele em pensamento.

Mas logo espantou aquele pensamento de sua mente. Se bem conhecia a publicitaria. Ela queria te pedir algo e isso o irritou.

Só assim mesmo para ela me dar um pouco de atenção - pensou com agastamento.


– Posso te pedir um favor? - indagou Elena.

Não disse! - pensou Damon sorrindo de como era fácil decifrar as intenções da morena. Isso o alegrou, pois a conhecia muito bem e apesar do afastamento que eles tiveram isso não mudou.

Elena aproximou-se de Damon e acariciou delicadamente seu peito nu.


Era difícil resistir a algo tão atrativo como os lábios dela quando ela dava aquele sorriso que perfurava a defesa que construi contra ela. Não gostei dessa invasão - pensou Damon.


– Até dois se quiser - respondeu o moreno arqueando a sobrancelha - Mudou de ideia? - indagou ele com um sorriso malicioso.


– Não, seu idiota! - respondeu Elena depois de um tempo encarando aquele sorriso cínico do fotografo ao perceber o que ele estava insinuando deu um tapa em seu braço que estalou e ficou a marca dos seus dedos no local.


– Ai! Porra, mais que mão pesada - reclamou Damon - Não vou fazer favor nenhum - respondeu ele alisando seu braço que estava ardendo - Sua indelicada - reclamou.


– Perdão, mas você só pensa besteira. Tem uma mente muito poluída - falou a publicitaria se aproximando novamente de Damon.


– Você vem toda sedutora, se aproveitando do meu corpo. Quer que penso o que? - indagou Damon indignado - Se eu chegasse assim em você - disse Damon que puxou Elena pela cintura.

Apertando seu corpo contra o dela e com sua mão livre deslizou pela lateral do corpo da morena e depois acariciou seu baixo ventre.

Elena contraiu seu abdômen e trancou seu maxilar quando percebeu que soltaria um gemido.


– Você pensaria o que? - indagou Damon despertando Elena que estava alucinando com as mãos do fotografo em seu corpo.


– Eu pensaria que você esta se aproveitando da situação para me bolinar - gritou Elena se dando conta que estava quase cedendo aos encantos do moreno e o empurrou.

Fazendo Damon bater com as costas na lateral da pia. Ele gemeu baixinho de dor.


– Caralho, Elena! Você vive me machucando. Vou ficar bem longe de você - ameaçou ele.


– A culpa é sua. Fica me irritando! Eu quero te pedir um favor - disse Elena com uma voz chorosa.


– O que você quer? - perguntou Damon se aproximando da publicitaria passou suas mãos novamente pela cintura da morena e deu um beijo em eu pescoço fazendo Elena arrepiar-se dos pés a cabeça.


Já que ela quer algo de mim. Por que não se aproveitar da situação um pouquinho - pensou Damon divertindo-se.

– Se você me empurrar ... - disse Damon dando um pausa para beijar ao longo do pescoço da morena - Eu não vou querer nem ouvir o que você tem para me dizer - disse ele parando sua carícia. Esperando a mão pesada de Elena lhe bater. Mas ela não o fez.


Elena respirou fundo, estava meio desnorteada com o assedio do fotografo. Que voltou a beija-la no pescoço enquanto suas mãos acariciavam seu corpo.


– Vai ter uma festa no trabalho e eu preciso que você vá comigo. Meu chefe sabe que casei e pediu para leva-lo - respondeu Elena meio ofegante dando uma pausa demorada entre uma palavra e outra.

Seu corpo estava fervilhando, seu coração disparado e sua respiração descompensada.


– Você quer impressionar seu chefe? - indagou Damon que parou com o que estava fazendo para olhar para os olhos febril de Elena.


– Sim - sussurrou ela. Sua voz fraca pela excitação.


– Não quero ir - disse Damon soltando Elena e se afastou.



A morena imediatamente se apoio na bancada da cozinha. Suas pernas fraquejaram e seu corpo sentiu falta do calor que emanava do corpo do outro. Odiava admitir mas Damon a pegou de guarda baixa e ela quase cedeu. Se ele não parasse ... Não quero nem pensar! - repreendeu seu pensamento.


– Por que não? - indagou ainda meio desnorteada. O fato dele estar sem camisa desfilando com seu abdômen bem definido não estava ajudando ela pensar com clareza.

– Eu faço o que você quiser! - prôpos a ele.


– O que eu quiser? - indagou Damon para ter certeza que ouviu direito.


– É, o que você quiser - disse Elena esperando não se arrepender por ter proposto isso.


– Eu quero que você ... - ele estava com uma cara enigmática - Me dê um beijo - disse Damon.


– Eu não vou te beijar na boca! - disse Elena iritada com aquele sorrisinho no canto dos lábios do fotografo.


– Quem disse que é na boca? - indagou Damon com escarnio.


– É aonde então? - indagou Elena sentindo-se aliviada.

Não é que não queria beija-lo. Ela não queria demostrar que estava interessada nele naquele momento e que só precisava de uma aproximação mais profunda para render-se aos seus encantos.


– No meu pé - disse Damon com um olhar sapeca.


– Beijar o seu pé? - indagou Elena surpresa.


– Sim, meu pé - disse Damon divertindo-se com a cara de surpresa da publicitaria.

Ele também não queria que ela soubesse que estava desejando seus lábios nos dele naquele exato momento e se não fosse tão orgulhoso. A tomaria em seus braços sem pestanejar.


Elena pensou por alguns segundos.

– Esta bem - disse com agastamento e ajoelhou-se e beijou o pé de Damon.

Deixando o fotografo de queixo caiÍdo. Nunca imaginou que Elena fosse aceitar aquela proposta.


– Eca , que nojo! - disse Elena com asco limpando com as mãos seus lábios. Fazendo Damon rir de sua expressão enojada.




Na festa ...




– Nossa eu amei vocês. Seu marido é muito engraçado, Elena - disse Mikael rindo da piada que Damon contou a alguns segundos atras.


– Ah, que isso! O senhor também mandou bem. Aquela piada da freira ... Eu quase me mijei de tanto rir - disse Damon tentando ser simpático.


– Vocês formam um belo casal. Elena, você é uma mulher de sorte. Pena que minha filha não teve a mesma sorte. Você não teria um irmão gêmeo, Sr. Slavatore? - indagou Mikael em tom de diversão.


– Sinto lhe informar ... Mas não, sou único - disse o fotografo sorrindo.


– Agora vou deixar vocês em paz. Por que não dançam um pouco? Ainda não vi vocês irem para a pista de dança - falou Mikael com um sorriso forçado que o deixava com um semblante constipado.


– Você quer dançar? - indagou Damon olhando para a face corada da publicitaria.


Elena olhou o Sr. Columbus que assim como Damon, estava esperando a resposta da morena.


– Sim - sussurrou sentindo-se derrotada.

Estava ficando difícil fingir que não se importava com o fotografo.


Eles deram as mãos entrelaçando seus dedos e caminharam ate a pista de dança. Onde outros casais estavam dançando uma música lenta.

Damon envolveu suavemente suas mãos em volta da cintura da morena. Elena pôs suas mãos em volta do pescoço de Damon. O fotografo encostou seu rosto próximo ao ouvido de Elena. Eles ficaram assim, com seus rostos colados um no outro. Suas respirações se misturando. O sangue fervilhando em suas veias.

Estava ficando complicado tentar não reagir aquele contado. Damon sentiu seu corpo acender-se em brasas.

Começou a inspirar e expirar mais fundo o ar. Tentando normalizar sua respiração.



~

Para cada pedaço meu que te quer

Há um outro que não


Porque você me dá algo

Que me faz sentir medo

Isso poderia não ser nada

Mas estou disposto a tentar

Por favor, me dê algum sinal

Pra que algum dia eu possa conhecer meu coração

~


Elena fechou seus olhos afim de certificar-se que não era um sonho e que ao abri-los novamente continuaria ali. Nos braços de Damon.

Aspirou aquele perfume que a embriagava e causava as sensações mais adversas em seu corpo e ... em sua mente.


Era como se tudo estivesse acontecendo me câmera lenta. Damon faz sentir-me em paz. Seu toque acalma minha alma aflita. Sua respiração é a melodia que acalenta meu coração - pensou Elena com seu coração martelando em seus ouvidos.

Para cada negação em sua mente. A repreendendo por se entregar aquele momento. Cada nervo em seu corpo dizia que era certo. Que não podia mais negar. Mas seu coração dizia sim ao som de uma harpa - a melodia dos anjos - e sua mente gritava um cortante não, aterrorizante como um Heavy Metal.



~

Mas talvez seja um segundo tarde demais

E as palavras que eu nunca consegui dizer

Sairão de qualquer jeito


Porque você me dá algo

Que me faz sentir medo

Isso poderia não ser nada

Mas eu estou disposto a tentar

Por favor, me dê algum sinal

Porque você me faz sentir alguma coisa

Que me faz sentir medo

Isso poderia não ser nada

Mas eu estou disposto a tentar

Por favor, me dê algum sinal

Pra que algum dia eu conheça meu coração

Conheça meu coração, conheça meu coração, conheça meu coração.

~



Como pode ceder tão facilmente? -indagou o subconsciente de Elena advertindo sua atitude.

Você esta fazendo papel de idiota. Saia já daí! - ele gritou em sua mente.


– Damon - disse Elena sua voz fragilizada - Eu preciso ir ao banheiro - disse o empurrando.


Damon ficou sem entender o que houve. Parado na pista de dança.


Elena foi até o banheiro e sentiu um alivio quando viu que estava vazio. Abaixou a tampa do sanitário, sentou-se ali e se entregou as lágrimas que insistiam em estragar sua noite.



No estacionamento ...



– Ah, eu quero chegar em casa, tomar um belo banho e dormir - disse Elena levantando os braços para o céu espreguiçando-se.


– Que tal, irmos para outro lugar? - indagou Damon.


– Que lugar? - Elena perguntou curiosa.


– Você vai ver - respondeu Damon pegando a chave do carro das mãos de Elena.

– Eu dirijo - disse ele.


Ela abriu a boca para contestar. Mas desistiu. Estava cansada de ficar dando murro em ponta de faca. E que mal faria um passeio com o Damon?- pensou ela.



~


Eles foram para praia. Ver o pôr-do-sol, conversaram e riram. Até o Sol aparecer.


– Que lindo! - disse Elena extasiada com a beleza daquele céu manchado de amarelo-alaranjado. Que causava um contraste visual belíssimo com o reflexo na agua.


Damon passou sua mão em volta do ombro da publicitaria e a abraçou.


– É lindo mesmo. A visão do paraíso - disse sorrindo.


Seus olhos estavam num tom de um azul meio esverdeado por causa da luz que provinha do astro do dia.

Elena olhou com atenção para aquele olhar que a deixava sem ar, sem palavras e com sua mente vazia. Fazia tempo que não recebia aquele olhar amistoso de Damon. Um olhar livre de escarnio, sem malicia, um olhar genuíno.


Eles se aproximaram e Damon encostou sua testa na de Elena. Fechou seus olhos, tentando organizar seus pensamentos, tentando ver se sem o contato visual seu desejo que ansiava sentir o gosto do beijo da linda mulher a sua frente passasse. Mas foi em vão, sentiu falta daqueles olhos cor de chocolate e febris que o fitavam e abriu seus olhos novamente. Encontrando um par de olhos confusos. Não era mais aquele olhar que o desejava e sim um olhar que o negava silenciosamente. Isso absorveu seu desejo fazendo-o adotar sua característica armadura e seu olhar amargurado.



– É melhor nós irmos - disse Elena acabando com todo o clima que ainda pairava sobre eles. Com menos força que antes, mas ele ainda estava ali. Dissipando-se aos poucos.


– Então, vamos - falou Damon afastando-se da publicitaria e pondo-se de pé e ajudou a morena a levantar-se.


E assim, despediram-se daquele lindo pôr-do-sol que costuma acalentar os corações dos apaixonados, mas que para eles teve um efeito contrario. Entretanto, a culpa não era daquela bela paisagem do amanhacer e sim do casal complicado e confuso que lutava com todas suas forças contra seus reais sentimentos que tinha um para com outro.



~


"Afinal de contas, você é o que você pensa. As suas emoções são escravas dos seus pensamentos, você é escravo de suas emoções."

Comer Rezar Amar - Elisabeth Gilbert


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom por hoje é só ... rs
Um cap com quase 5.000 palavras. Prometi que se ficasse grande postaria assim mesmo.
Espero que tenham gostado o/ mais um capitulo romantico e com pensamentos confusos do nosso adoravel casal Delena. Sei que prometi um DEX mais achei que nesse cap seria forçado.
É melhor as coisas aconteceram naturalmente e esse ñ era o momento para ter sexo entre eles. Então, no proximo cap prometo ter DEX ;)
Eu achei esse cap muito revelador como podemos ver eles estao ficando cada vez mais atraidos um pelo outro e isso é bom.
Agora, o que acontecera no proximo capitulo? Façam suas apostas kkkkk
E A MUSICA DO MOMENTO DELENA É " YOU GIVE ME SOMETHING - JAMES MORRISON."

COMENTARIOS SÃO SEMPRE BEM VINDOS. ENTAO, FIQUEM A VONTADE!

E GOSTARIA DE PEDI PARA VCS *LINDAS LEITORAS* PARA RECOMENDAR A FANFIC. ESSE É O MELHOR JEITO DELA GANHAR MÉRITO E MAIS LEITORES. SE VCS ACHAM QUE ELA MERECE, ENTAO RECOMENDEM ^^

ps. escrevi com o caps lock ñ para brigar com vcs e sim para chamar atenção skkskskss


XOXO