Acordei com meu despertador tocando, lembrei que hoje começo a trabalhar, me levantei correndo, me arrumei, me despedi de Jenny e fui de taxi até o Pallace, cheguei lá estava tudo em silencio, fui até meu quarto com pressa, tomei um banho, vesti uma calça jeans preta, e uma regata vermelha, com o meu nike de cano médio vermelho, prendi meu cabelo num rabo de cavalo folgado, peguei minha bolça e fui saindo de cabeça baixa, bati em alguem olhei para cima, era o Damon, ele parecia chateado.
– Oi. - falei, eu estava envergonhada pelos acontecimentos de ontem.
– Oi Elena.
– Eu to indo trabalhar, tchau - sai andando, ele me segurou.
– Porque saiu daquele jeito ontem?
– Eu não sabia o que fazer, como agir, o que achou que eu faria? levaria café pra você na cama? eu não sou assim Damon, e não foi nem um pouco certo.
– Você não gostou?
– Damon... Eu gostei, mas eu... Foi errado.
– Que seja Elena. - ele foi até o quarto dele, e eu sai.
Fui de taxi até até a Eleanor's, quando cheguei ela já me falou o que eu teria que fazer, eu tive que fazer alguns desenhos de roupas, de modelos, de tudo, e assim passou o meu dia, eu já mal sentia minha mão de tanto que tive que desenhar, voltei para o Pallace, o quarto do Damon estava fechado, resolvi não ir incomodar, fui para o meu quarto, tomei um banho e me deitei na cama, liguei o meu iPod e fiquei ouvindo Linkin Park, até a porta se abrir, relutantemente me sentei na cama, vi Miranda entrar.
– Ainda bem que voltou para casa - ela me abraçou, eu não retribui.
– É - forcei um sorriso.
– Me desculpa, por ter sido uma mãe tão terrivel, eu nunca percebi o mal que estava te fazendo.
– Tudo bem Miranda, já passou.
– Não filha, eu quero um jeito de corrigir isso, sem ser nada comprado.
– A unica coisa que eu preciso de você agora é um abraço - ela sorriu e me abraçou.
– O que houve?
– Nada.
– Certo... Bom eu tenho um jantar para ir, ah e fiquei feliz de você conseguir a vaga na Eleanor's, parabéns.
– Obrigada - sorri.
Ela saiu do quarto e eu fiquei deitada por mais um tempo, de olhos fechados, até sentir uma mão em minha coxa, olhei assustada era o Chuck.
– Oi Elena - ele sorriu e se sentou ao meu lado na cama.
– Oi Chuck.
– Você está bem? fazia tempo que não te via.
– Eu estou bem - forcei um sorriso.
– Quer alguma coisa?
– Meu cigarro, pode pegar por favor?
– Claro - ele foi até a cadeira, pegou minha bolça, revirou ela toda até achar meu cigarro e o esqueiro, me entregou.
Eu acendi o cigarro e ele abriu a porta da sacada, fiquei deitada na minha cama tragando o cigarro até ouvir alguem bater na porta, tentei esconder o cigarro.
– Elena, o que vai querer comer? - era o Damon.
– Tanto faz... Quando sair pode fechar a porta?
– Claro - ele saiu e fechou a porta.
Depois que acabei meu cigarro, Chuck veio me beijando, sua mão entrou dentro da minha blusa, e foi alisando minhas costas.
– Chuck... Para.
– O que foi? - ele disse beijando meu pescoço.
– Chuck, não dá mais, eu quero um namorado de verdade, que se importe comigo, não que queira me ver drogada, e que só queira sexo, eu estou cansada.
– Elena, você mesma diz que não se importa com sentimentos, porque mudou agora?
– Porque sim Chuck... Você pode ir embora?
– Já que não vai rolar nada, eu vou mesmo.
– Obrigada... Ah e deixa a minha encomenda em cima da mesa por favor, depois eu te pago.
– Que seja - ele jogou o pacote em cima da mesa e saiu andando.
Confesso que fiquei um pouco chateada, queria que ele tivesse dito, ' vou mudar, vou ser um namorado melhor ' mas ele não disse nada disso, e foi grosso ainda. Meus olhos encheram de lagrimas, não, espera, eu Elena Gilbert chorando? triste? nada disso, me levantei e fui até meu closet, peguei um vestido preto com umas correntes douradas, o vesti, ele estava na altura da minha coxa, gostei disso, calcei um sapato fechado e bem alto, passei uma maquiagem toda preta, coloquei meus acessórios, deixei o cabelo como ele estava, deixei o celular em cima da cama e sai, pedi ao porteiro para chamar um taxi, e não demorou para o tal taxi chegar, entrei e falei para ele o endereço, pensei em chamar a Jenny, mas acho que preciso ir sozinha. Em quarenta minutos o taxi chegou, o paguei e entrei na boate, haviam muitas pessoas ali, e o cheiro de cigarro predominava em meio aos diversos perfumes, fui direto ao bar e pedi uma vodka com energético, ele me entregou eu bebi um gole e fui para a pista de dança, comecei a dançar, esquecendo as outras pessoas que estavam ali, senti uma mão na minha cintura, virei o rosto havia um homem, ele ficou dançando comigo, depois me beijou, em meio aos amassos procuramos uma mesa, me sentei e ele se sentou ao meu lado, sem tirar a mão da minha cintura, depois que paramos eu sai da mesa e voltei para a pista, dançando com o ritmo eletronico da musica que tocava, quando senti meu rosto sendo puxado e labios nos meus, me etreguei ao beijo, e só parei quando não senti a pessoa mais ali, abri os olhos e vi um homem no chão, e ao meu lado Damon, toda a alegria que eu estava sentindo virou raiva.
– O que você pensa que está fazendo? - disse dando um soco no peito de Damon.
– Te tirando daqui, vamos agora. - ele me puxou pelo braço.
– Tira a mão de mim, você não manda em mim, e eu não saio daqui.
Fui até o bar e pedi duas doses de tequila, virei uma atrás da outra, do outro lado vi um grupo rindo alto, resolvi ir até lá.
– Oi gata - o que estava em pé me olhou dos pés a cabeça.
– Oi - disse com a minha voz sedutora. - Meu nome é Elena...O que vocês estão usando? - vi os olhos vermelhos, a agitação.
– Ecstasi, vai querer?
– Quero - sorri, ele colocou o comprimido na minha mão, quando a levei proxima a boca senti algo bater na minha mão - Ah qual é, deixa de ser idiota.
– Elena, vamos embora, agora. - ele me segurou.
– Não vou.
– Você vai - ele me jogou para cima do ombro e saiu andando comigo em meio a multidão, eu gritava e batia nele, mas ele ignorou.
Ele me literalmente me jogou dentro do meu carro, e entrou logo depois, ele travou as portas e acelerou, eu confesso que queria pular, mas só ia me machucar, respirei fundo e olhei para ele.
– Que porra é essa? que saco você podia deixar eu viver minha vida né?
– Deixar você viver a vida se drogando? isso não é viver a vida.
– Damon, para de achar que sabe o que é bom para mim.
– Eu sei, e eu sei o que vou fazer com você.
– O que? Damon eu preciso ir para casa, eu tenho que trabalhar amanhã.
– Eu falo com a Eleanor.
– Damon...
– Chega, fica quieta ou eu paro esse carro no meio do nada e faço você ficar quieta do meu jeito.
– Idiota. - virei a cabeça para a janela e fiquei observando a escuridão.
Em algumas horas nós chegamos, não essa casa de novo não, ele saiu do carro e eu fui atrás, entrei na casa e me joguei no sofá.
– Vamos ficar aqui uma semana.
– Uma semana? - gritei - Eu tenho um trabalho, uma amiga, uma vida, não pode me prender aqui uma semana.
– Elena, esquece tudo, essa semana você vai esquecer tudo, vai ser só eu e você.
– Que pena.
Fui para o quarto, tranquei a porta, tirei o vestido e os meus sapatos, me deitei na cama e com toda a bebida, a hora e o cansaço acabei pegando no sono.