Start? escrita por Sascha Nevermind


Capítulo 21
#EXTRA# O Jantar


Notas iniciais do capítulo

Yoo babies S2 Estou feliz hoje!
A fic já foi favoritada 21 vezes! OMFG, eu nem reparei, gomenasaaaaai =s
Este extra é dedicado a todo jundo que favoritou: OBRIGADAAAA SEUS LINDOS, ESPERO QUE ACHEM DINHEIRO NA RUA ;*


Aaah, música do capítulo:
~Patience - Guns'n'Roses (http://www.kboing.com.br/guns-n-roses/1-200065/)
Sério, ouçam, esse extra só saiu na base dessa música repetindo milhões de vezes ;3



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Lasanha, salada de maionese e suco de kiwi. Tsubaki decidiu que esse seria o jantar de hoje.

Não que ela gostasse de kiwi, muito menos do suco daquela coisa estranha. Desde quando uma fruta tinha pelos? Mas era a favorita do Black*Star, então ela nunca reclamava. Tsubaki nunca foi muito de reclamar das coisas, na verdade, mas com Black aquilo ultrapassava os limites.

Ela ficou pensando naquilo enquanto começava a separar os ingredientes para cozinhar. Tsubaki sempre deixava o parceiro fazer “o que quisesse”, fosse comer algo, fosse fazer alguma besteira numa missão. Ela simplesmente aceitava e ficava perto, caso ele precisasse. Em casa, Tsubaki também nunca conseguia brigar sério com ele. Fosse para pedir para fazer algo, ou para não fazer, sempre acabava o adulando.

Tsubaki sabia que aquilo era estranho. Ela parecia uma mãe. Mas... de algum modo aquilo a deixava meio feliz. Era uma prova que se importava com ele, não? Ela não o impediria de fazer uma idiotice em prol da glória do Grande Black*Star, ela estaria sempre ao seu lado. Estava tudo bem.

Ela suspirou. Era patética.

Black entrou na cozinha nesse momento. Havia acabado de sair do banho e estava só de bermuda, secando os cabelos molhados com a toalha. Bastou um olhar em sua direção para Tsubaki corar – e pensar em coisas que não deveria pensar. Como nele a carregando na praia, em como os músculos dele eram rijos. Ela sempre tinha tanta consciência de seus quase 1,75m, mas naquele momento, ela havia se sentido uma garota indefesa que seria protegida pelo parceiro. E, kamisama, ela gostara!

Já haviam se passado três dias desde a praia – três dias em que Tsubaki não conseguia parar de pensar naquilo. Bastava lembrar e pronto, ela corava como um tomate e não conseguia mais encarar o Black. Como agora, em que a imagem dele sem camisa era o suficiente para fazê-la perder o foco.

Ele pareceu surpreso ao vê-la ali, perto da pia, com aquele monte de coisas à sua frente. Pendurou a toalha nos ombros, segurando uma ponta em cada lado, e perguntou:

– Tsubaki, o que você está fazendo?

Ela sorriu, tentando limpar a mente de qualquer pensamento depressivo ou impróprio para menores.

– Eu ia fazer o jantar. Está com muita fome?

– Na verdade, eu pensei em pedir comida fora.

Tsubaki ergueu os olhos, surpresa e só um pouquinho magoada.

– Porque?

– Bem, pensei que pudesse estar um pouco cansada. A gente treinou o dia todo hoje. – respondeu, corando um pouco e desviando o olhar. – Não precisa se esforçar só pra fazer a janta.

Tsubaki o encarou por alguns segundos, surpresa, então assentiu lentamente.

– Bem... e o que você quer comer?

– Tanto faz. – respondeu, dando de ombros e indo para perto dela, ajudando-a a guardar os ingredientes da janta de volta nos lugares. – O que você quer?

Tsubaki deu uma olhadinha rápida no Black. E então continuou olhando, reparando numa gotinha de água que escorreu do seu cabelo e foi descendo pela lateral da sua testa, passando pela têmpora, pela bochecha e pelo cantinho de sua boca. Por fim ela voltou a si, surpresa, e reparou como Black*Star havia corado. Ela mesma também deveria estar vermelha.

Mas ele não se afastou. Na verdade, Tsubaki teve a impressão que estavam mais próximos agora. Devia ser só uma impressão, mesmo.

– Anh... – pigarreou, finalmente desviando o olhar. – Que tal comida japonesa?

– Ótimo! – Black concordou. – Vou fazer o pedido.

Ele foi para a sala, e Tsubaki logo acabou de arrumar a cozinha, pensando na sua escolha do jantar. Comida japonesa. Fazia sentido, o clã do parceiro era japonês e ela também, criada desde criança no regime tradicional por pais que prezavam muito pelos antigos valores. Se seu irmão não houvesse escolhido o caminho do demônio, talvez eles nem a houvessem deixado vir para Death City, estudar na Shibusen.

Tudo bem que no início ela realmente não veio para a Shibusen. Ela ficou na casa de uma tia, pois os pais decidiram que Tsubaki precisava aprender como o mundo ocidental funcionava antes de entrar num lugar tão competitivo. Foi aí que Tsubaki descobriu que sua vontade de agradar sempre não era tão boa assim, e também que conheceu a Maka, e decidiu só trocar de escola quando ela fosse junto.

De qualquer modo, era legal que tanto ela quanto Black fossem japoneses. Seus pais o aceitariam mais fácil. Não que ela fosse o abandonar por causa da opinião dos pais, mas tradicionais do jeito que eram, Tsubaki arranjaria problemas se seu namorado fosse um estrangeiro.

Não, namorado não. Parceiro, isso. Parceiro.

Quando Black voltou pra cozinha, sem a toalha mas ainda sem camisa, Tsubaki estava sentada na mesa, tomando água. Seu coração estava batendo mais rápido, e isso só piorou com a chegada do parceiro. Ele se sentou à sua frente, mesmo que ela estivesse evitando olha-lo, e ficou a encarando daquele jeito dele. Sabe, o jeito do Black*Star. Como se ela fosse uma equação complicada, e ele estivesse curioso e determinado a resolvê-la.

– Tsubaki, algum problema?

– Não! – respondeu, rapidamente. – Nenhum.

– Ah... – ele suspirou. – É que, sabe, você está estranha ultimamente.

– Não estou. – ela sorriu, o coração martelando.

Os dois ficaram em silêncio apenas por um momento. Logo Black*Star começou a falar novamente, parecendo animado.

– E então? Gostou de ir à praia domingo?

– Amei! – Tsubaki respondeu, sinceramente. – Acho que nem te agradeci por ter me chamado. Foi muito divertido!

– Claro! Eu estava lá! – ele rebateu, rindo.

Tsubaki torceu o nariz, rindo de leve.

– Você ficou a manhã toda treinando!

– Mas a tarde só foi divertida porque eu fiz o pessoal ir pra água.

Ele não devia ter dito isso, Tsubaki pensou. Agora ela havia lembrado dele a carregando, de sentir-se frágil e feminina, de como ele segurava suas coxas quando foram fazer a briga de galo... Ela sentiu seu rosto esquentar. Ela havia se sentado nos ombros dele. Ele a havia abraçado pela cintura, por trás, quando foram jogar vôlei na água. Ele a teve nos braços, levando-a para a água como um noivo na noite de...

Tsubaki levantou, rápido, sem olhar para o Black*Star, e foi para a geladeira, fingindo procurar algo lá dentro. Talvez o ar frio esfriasse seu rosto, e seu sangue. Talvez.

Mas ela sentiu uma presença atrás de si, e quando virou era o Black, parado a centímetros dela. Estava presa entre a geladeira e ele, que estava com aquela expressão engraçada de novo.

– Olha, Tsubaki... Eu não entendo muito dessas coisas. – ele começou, coçando a cabeça. – Eu não sou muito bom em entender as garotas, mas parece que você está fugindo de mim.

Ela abriu a boca para negar, mas Black a interrompeu com um único olhar, e também segurando a lateral da geladeira com uma mão e a porta com a outra. Um arrepio subiu pelo corpo de Tsubaki, e não era só por causa do ar gelado às suas costas.

– Não adianta falar que não é nada, Tsubaki. Um cara grande como eu não se engana assim. E eu sou seu parceiro. Não mereço a verdade?

A verdade? Tsubaki quase riu. Devia falar da diferença de altura ou do modo como sempre concordava com tudo por ele e depois se sentia mal? Devia falar da sua criação rígida ou do medo de acabar perdendo ele de vez? Qual desculpa deveria usar?

– Tsubaki, eu gosto de você. – ele disse, corando muito, mas olhando-a firmemente. – É por isso? Pode me falar, uma pessoa grande como eu não força ninguém a...

– Não, Black! – ela interrompeu, rápido. – Eu só... não sei bem o que fazer com o que sinto.

Ela ficou olhando para o chão, e ele ficou em silêncio. Kamisama, acabara de se declarar! Para o Black! Tsubaki já estava começando a pensar que falou algo errado, quando ele disse, a voz diferente:

– Então você sente algo por mim?

Tsubaki ergueu os olhos, sem graça, mas a expressão do parceiro era tão contente que tudo que ela pode fazer foi assentir. Black deu um sorriso meio de lado, e respondeu:

– Tudo bem. Eu sei o que fazer com isso.

Então ele se aproximou e a enlaçou pela cintura, mantendo a porta da geladeira longe deles. E Tsubaki notou, pela primeira vez, que daquela distância ela não era tão mais alta do que ele.

Black aproximou seus rostos até estarem com as bocas roçando, e Tsubaki pensou que ele fosse beijá-la, mas ele desceu as mão até suas coxas e a ergueu no colo, segurando cada coxa de um lado de seu quadril e se afastando, fechando a geladeira com o pé. Tsubaki deu um gritinho, surpresa, e abraçou o parceiro, que riu e a apoiou na parede ao lado.

Tsubaki estava super sem graça, nunca ficara assim com garoto nenhum, mas esqueceu desse detalhe simples quando ele a beijou.

Black beijava como lutava: rápido, intenso, mas sem a machucar. Tsubaki estava acostumada com aquele ritmo tão diferente do dela, mas que parecia completa-la. Ela o adorava.

Tsubaki acariciou os cabelos do parceiro e envolveu sua cintura com as pernas, se firmando mais e dando a ele a oportunidade de ter as mão livres. Black*Star manteve uma em sua coxa, acariciando-a, e com a outra segurou os cabelos da nuca de Tsubaki e os puxou levemente, fazendo-a inclinar mais a cabeça. Calor se irradiou pelo corpo de Tsubaki, e ela desceu as mãos para o tórax de Black*Star, arranhando de leve sua barriga. Ele grunhiu e subiu a mão pela coxa dela, apertando sua bunda. Tsubaki até pensou em afasta-lo dali, mas... Ela não queria, notou, com surpresa. Não estava deixando para agradar o parceiro, estava deixando porque não queria que ele parasse.

Black separou suas bocas, beijando o maxilar da parceira e puxando um pouco mais a nuca dela, e....

A campainha tocou.

Tsubaki o empurrou, surpresa, mas Black não a soltou, apenas comentou:

– Deve ser a comida.

Tsubaki assentiu, admirada com o fato do outro não estar sem ar como ela, e disse:

– Vai lá pegar.

Ele ignorou o segundo toque da campainha e a encarou:

– Você não vai fugir de novo, vai?

– Não. – Tsubaki riu.

Black se deu por satisfeito e a colocou no chão, indo correndo para a sala. Tsubaki se apoiou na parede e deu um risinho. Kamisama, aquilo foi inesperado! Ela precisava respirar fundo para controlar-se, seu corpo todo pulsava. Como ele conseguia fazer aquilo?

E, bem, ela falou a verdade. As diferenças não pareciam tão grandes agora. Ela não ia fugir.

Logo Black voltou com duas caixinhas de comida, e colocou-as na mesa, corando, antes de dizer, sem graça:

– Então, Tsubaki... O que acha de namorar comigo?

Tsubaki não pode evitar uma risadinha. Ele não hesitava em beijá-la como beijou, mas ficava todo inseguro em pedi-la em namoro. Ele ainda tinha dúvidas? Seu parceiro era realmente uma gracinha.

– Eu adoraria, Black.


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Notas finais do capítulo

...Aquele momento em que o Black*Star tem mais pegada que o Kid e o Soul juntos. '-'
Enfiiim, desencalhados ^u^ E juro não fazer nenhuma piadinha sobre "comer"

E como bônus pra quem lê as notas finais (obrigada por dar atenção as minhas idiotices /apanha) aí vai um trechinho do capítulo que acabei hoje(sem spoilers hahaha):
" Peguei a almofada que estava ao meu lado e joguei na cara do Black*Star, acabando com o clima.
— Gente, eu sei que vocês se amam, mas foca aqui, ok? Aí eu vou embora e vocês vão ter a casa livre pra fazer sexo.
Tsubaki me olhou de queixo caído, e Black se levantou e veio para o meu lado, me dando uns tapinhas nas costas.
— Isso aí, Maka, esse é o espírito!"

Kisuuus amores ;*