Start? escrita por Sascha Nevermind


Capítulo 16
#14 - Afastando e Aproximando


Notas iniciais do capítulo

Yoo, amores =3
Como estou sem nada pra fazer hoje, postar mais cedo, né xD
Quero agradecer os comentários de:
#Anne Frank
#Guelbs
#Kashir
#Monkey D Amanda
#Vlad Ember
#MistyAlbarnEater (Becca-chan)
#Beatriz Carvalho
#Breaker
#Mari the Wolf
#Mari

Ow gente, vocês são tão fofas *--* Já falei que faço a dancinha da felicidade toda vez que vejo um comentário? Não? Acreditem, é bem constrangedor xD

Então, esse capítulo é bem inutilzinho, mas ficou legal ^^ Até lá embaixo!



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Subi para o meu lugar de sempre, arrastando Tsubaki comigo, e a fiz sentar ao meu lado. Pesquei o espelho e mexi no meu cabelo antes de guardá-lo e ficar só com o celular na mesa. Então encarei o quadro liso, um sorriso de satisfação quase rasgando meu rosto.

Tsubaki respirou fundo e perguntou:

– Maka, porque você queria entrar na sala assim que ela abrisse?

Olhei-a de lado, como se fosse óbvio, mas não era, nem pra mim. Não fazia o menor sentido.

A verdade é que eu odiei meu fim de semana - ou melhor, odiei o que o Soul me fez sentir esse fim de semana. Toda aquela raiva, aquele ciúmes, aquela dor, e aquele sentimento de que eu nunca mais poderia confiar nele, aquilo me matava por dentro. Eu queria confiar, eu queria estar com ele, mas as coisas começaram a descarrilhar quando voltei em casa para buscar o que eu precisaria pra passar a noite na casa da Tsubaki.

Sabe o que é você entrar no lugar onde uma pessoa que você se importa muito está, e essa pessoa agir como se você nem existisse? O Soul agiu exatamente assim. Quando eu entrei, fui educada e disse "Oi, Soul!" e ele só respondeu "Ei". Avisei que eu e Blair íamos passar a noite na Tsu-chan e tudo que disse foi "Tá". Isso sem olhar pra mim uma única vez.

Ah, não, ele olhou pra mim sim. Quando estava arrumando minha mochila, Soul parou na soleira da porta, de tênis, jeans, camiseta branca e jaqueta de couro, e me pediu pra trancar a porta quando fosse embora porque ele estava de saída. O cabelo dele estava meio úmido ainda do banho, molhado nas pontas, e o perfume amadeirado dele chegava até mim.

Tive certeza que ele ia se encontrar com a Liz, e aquilo me deixou tão... argh! Ele fazia questão de esfregar na minha cara. E eu fiz exatamente o que não devia: fiquei louca de ciúmes. Fechei a cara, quase sem pensar, e isso pareceu deixá-lo muito satisfeito. Soul saiu logo em seguida, e eu demorei mais meia hora escolhendo uma roupa pra vir pra Shibusen hoje e deixá-lo com um gostinho de "não deu valor, agora já era, que não sou tuas nega". Depois fiquei brigando comigo mesma por me importar tanto com a opinião dele.

Mas hoje era segunda-feira, e após uma noite quebrando a cabeça sobre o que fazer com Soul, uma madrugada agitada por causa de um pesadelo no qual eu estava presa numa sala escura e uma insônia que durou uma hora e meia depois disso, estar na escola era um alívio. Eu sabia o que esperar deste lugar. Iria me preocupar com minhas notas, minhas missões e meus amigos. Mesmo que hoje fosse complicado de encarar Kiddo, Soul e Liz, eu sentia como um recomeço.

O fim de semana acabou!

Quando expliquei isso pra Tsubaki, ela riu e disse que eu era meio doida, e, bem, eu concordei.

– E essa produção é pra fazer o Soul babar? - perguntou.

Encolhi os ombros, sem graça.

– Também.

Peguei a jegging preta que parecia couro, a que marcava bem minhas pernas, porque Soul reclamava sempre que eu colocava. Vesti um blusão justo até o quadril, preto mas com as costuras e as barras vermelhas, e com o símbolo do shinigami gravado no peito - mas o escolhi porque me lembrava do Kid. E completei com as botas de cano curto cor de vinho que a Liz quis comprar uma vez mas não tinha o número dela. O cabelo deixei solto mesmo, e de maquiagem só passei lápis, rímel e brilho.

– Você ficou parecendo a Anne Hathaway em O Diabo Veste Prada, aquela roupa que ela aparece logo depois de mudar o visual. - Tsubaki comentou.

Eu ri.

– Não tenho nada a ver com a Anne! Talvez só com ela no início do filme. - completei, pensativa. - Mas a roupa ficou meio parecida mesmo.

– Então tentar agradar todo mundo traz bons resultados. - Tsubaki ergueu as sobrancelhas.

Me levantei e sentei na mesa, me apoiando nas mãos e balançando os pés ostensivamente.

– Fazer inveja também. - brinquei. Em seguida suspirei, parando os pés. - Se bem que eu é que devia sentir inveja dela.

Tsubaki fez bico, com um olhar meio maternal.

– Eu não acho. Ele não te merece.

– Ele merece, você sabe que sim. - rebati. - Só não está merecendo ultimamente. Mas acho que se eu esfregar a cara dele no asfalto a gente fica bem de novo.

Tsubaki gargalhou, e eu acabei rindo também.

– Mas, sabe, Tsubaki, não estou tão preocupada com o Soul agora. - admiti, sinceramente. - Eu quero esquecer esse fim de semana. Bom, não todo ele...

Corei um pouco, lembrando da noite com o Kiddo, e minha amiga riu.

– Ótimo! E como você e o Kid estão?

Olhei em volta, sem graça, e notei que os outros alunos já começavam a chegar. Foquei minha atenção de volta em Tsubaki, que estava com os cotovelos apoiados na mesa ao meu lado, esperando a resposta.

– Como eu estou com ele ou como ele está comigo?

Ela franziu o cenho, confusa.

– Como assim?

– Ele não me ligou, não mandou mensagem, não fez nada! Não tenho notícias suas desde que me deixou em casa sáb... domingo de madrugada. - desabafei. - E eu estava preocupada demais com o Soul pra puxar assunto, mas quando parei pra pensar sobre isso, quase tive um ataque! E se ele não gostou, e ficou com vergonha de falar na hora, e está me evitando?

Tsubaki me encarou, incrédula.

– Sério que está preocupada com isso?

– Claro! - insisti, inclinando-me em sua direção. - Porque eu não estaria?

– Porque ele te defendeu na frente de todo mundo quando o Soul falou mal de você no jogo de basquete! Você acha que Kid faria isso por qualquer uma?

Encolhi os ombros, ainda em dúvida. Kiddo era um cavalheiro, não duvidava que ele defenderia uma garota. Ainda assim, a resposta que ele deu, segundo Black, foi meio ofensiva. E se ele queria ofender o Soul, talvez realmente se importasse comigo...

– Tá, mas ainda não sei como agir com ele.

– Aja normalmente. - Tsubaki aconselhou. - Você quer... uma segunda rodada?

Assenti, corando ao perceber que queria uma terceira também, se possível.

– Então, não o afaste de você. - continuou. - Se Kid... Sabe, mostrar que quer também, então deixe ele perceber que tem chance. Mas também não seja direta. Ele é que tem que te conquistar, não o contrário. - acrescentou, logo.

– Como se eu soubesse conquistar alguém. - revirei os olhos.

Tsubaki riu de leve.

– Claro que sabe. E a prova disso está entrando na sala nesse instante.

Me virei, bem a tempo de ver Kiddo, Patty e Liz entrando. Liz me olhou feio, mas não liguei pra ela - estava concentrada no Kiddo. Ele estava de all stars, jeans preto e um moletom fechado da Shibusen, com capuz, ao invés do terno de sempre. Já entrou olhando na direção em que eu sento, e quando nossos olhares se encontraram, ele deu aquele sorriso que sempre me dava na sala: meio de lado, meio sem graça, mas sem dúvidas feliz. Engoli minha timidez e acenei e dei um sorrisão, como sempre fazia, e me virei pra Tsubaki.

– E então? Aprovada em agir normalmente?

– Aham. - ela sorriu. - Agora se prepara que ele tá vindo.

Olhei pra baixo de novo, e ele estava subindo os degraus até onde eu estava. Tsubaki e eu apenas ficamos esperando (e eu pirando) até ele parar perto da gente, encolhendo os ombros, e logo em seguida estendendo a mão pra Tsubaki.

– Bom dia, Tsu.

– Bom dia, Kid. - ela sorriu.

Me segurei pra não bufar, indignada. Como assim ele cumprimentou ela primeiro?

Mas no segundo seguinte ele veio até mim, abrindo mais o sorriso.

– Bom dia, princesa.

Corei, e não pude evitar o sorrisinho satisfeito que dei.

– Bom dia, Kiddo-kun.

Ele não apertou minha mão, como fez com Tsubaki, ao invés disso passou o braço pela minha cintura e me puxou para um beijo na bochecha que demorou mais do que o necessário. Tive que me controlar pra não sorrir mais e ficar parecendo uma tapada. Só com aquilo, ele me fez sentir especial.

Kid se afastou um passo e eu cruzei as pernas, inclinando a cabeça em sua direção.

– Sem terno hoje? Que bicho te mordeu?

Ele puxou a gola do moletom, sem graça.

– Acordei atrasado, e nenhum estava passado. - explicou. - Essa era a coisa mais fácil que encontrei.

Avaliei-o por uns instantes, e declarei:

– Você fica melhor assim.

– É mesmo. - Tsubaki concordou.

Kid olhou pra própria roupa, então virou-se para nós novamente, meio sem acreditar.

– É sério?

– Com certeza. - Tsubaki confirmou, sorrindo.

– Você parece mais normal. - soltei.

– Mais normal...

Corei, e imediatamente me corrigi.

– Não, não é isso. É que você parece sempre tão distante, sabe, tão sério. Sempre o perfeito shinigami.

– É, ás vezes você é meio intimidante, Kid. - Tsubaki completou.

Assenti, e continuei:

– De jeans e moletom você se parece mais com um adolescente normal. Mais acessível.

Ao invés de responder, ele me deu um sorriso. Era aquele sorriso sincero, que me lembrou dele rindo na praça no sábado, e dele me beijando depois. Ele tinha sorrido enquanto me beijava, também. Corei, desviando o olhar, mas acabei sorrindo também, e Kid passou o braço pelos meus ombros.

– Você fala que se eu fosse assustador.

– Um pouco. - admiti.

– Então tem medo de mim?

Dei de ombros, sem saber direito como explicar. Kid assustava de um certo modo, porque ele realmente parecia sempre tão sério, tão fechado... Mas eu sabia que ele não era assim. Kiddo era fofo comigo, e engraçado e simpático, e seu sorriso era ainda mais lindo que sua cara de garoto misterioso. Ele me lembrava um velho amigo. Não havia porquê sentir medo dele. Só que não explicaria, de jeito nenhum.

O doktor chegou na sala pouco depois, e Kid desceu de volta pro seu lugar. Me sentei na cadeira também, reparando que nem Soul nem Black estavam na sala. Inclinei-me pra Tsubaki, curiosa.

– Tsu-chan, cadê os meninos? - perguntei.

– O Black está brigando com alguém lá fora, outro duelo, sabe. - deu de ombros, orgulhosa. - Mas o Soul está ali, Maka.

Olhei para trás, na direção em que ela apontava, e vi Soul sentado duas filas atrás, do lado direito. Eu nem vi ele passando! Quando notou que eu o olhava, surpresa, apenas me encarou apático, respirou fundo e virou pra frente.

– Quando ele foi pra lá, Tsubaki? - perguntei.

– Não sei, mas quando Kid desceu ele já estava lá.

Franzi a testa, sem saber se estava magoada ou com raiva. Os dois, provavelmente. Mas decidi que não devia me preocupar, se Soul estava agindo igual a um doido, problema dele. Não estava de bom humor pra ficar atrás perguntando o que tinha de errado. Quando ele decidisse virar homem e agir que nem gente comigo, ok.

Virei pra frente, olhando pro doktor. Melhor prestar atenção na aula.

***

Daí em diante, as coisas só pioraram com o Soul.

Tsubaki disse que estávamos num impasse: eu estava magoada com ele por ter ficado com a Liz (ainda por cima no baile em que eu era seu par) e ele estava magoado comigo por ter ido embora do mesmo baile com o Kiddo. Disse a ela que não seria eu a me desculpar, afinal, foi o Soul que começou. Ele me devia desculpas, antes de tudo. Mas Tsubaki insistiu que Soul provavelmente nem sabia que eu estava com raiva por causa disso.

– Os garotos são meio lentos nesse tipo de coisa. - explicou. - Aposto que Soul acha que você está de cara fechada com ele por causa do Kid.

Mas, sinceramente, o que eu ia fazer? Chegar nele e dizer "Soul, eu fui embora com o Kid porque você beijou a Liz e partiu meu coração"? Liz disse que ficava com ele desde o ano passado, e nós nunca tivemos nada. Por mais que eu sentisse como se houvesse sido traída por ele, tecnicamente, a única coisa que ele fez de errado foi ter deixado a parceira sozinha, já que eu nem devia ter visto os dois.

Soul só sentou longe de mim na segunda, daí em diante voltou pro meu lado - e Kid não subiu mais. Mas isso era tudo. Em casa, mal nos falávamos, só o estritamente necessário. Não víamos mais filmes juntos, não arrumávamos a casa juntos, e percebi que até das nossas brigas eu sentia falta. Também não saímos em nenhuma missão, nem treinamos - a última vez que eu toquei no Soul foi quando dançamos no baile. Em compensação, ele passou a ficar bem próximo da Liz. Os dois começaram a andar juntos sempre, e a cada vez que eu os via, ficava um pouquinho mais triste e um pouquinho mais com raiva.

E, para falar a verdade, não era totalmente culpa dele, eu também não conseguia olhá-lo do mesmo modo que antes. A imagem que tinha dele mudou totalmente, de cara perfeito pra duas caras, e não me sentia confortável ao seu lado. Definitivamente, algo entre nós se quebrara. Eu só não sabia a profundidade do dano.

Por outro lado, tudo estava perfeito com o Kid. O garoto tinha uma coisa que, não sei, parecia sempre saber o que fazer ou dizer.

A cada momento ficava mais óbvio que eu sentia algo diferente por ele. Seja com aqueles olhares que me lançava, que pareciam capazes de me derreter, ou como ele sempre me tocava “acidentalmente”, ou como parecia se importar verdadeiramente comigo.

Não conversávamos tanto na escola, lá éramos mais discretos. E na verdade, de tarde também não, eu sabia que Kid tinha compromissos como sucessor do Shinigami-sama e eu também tinha que estudar e treinar, mas isso só fazia as coisas ficarem melhores. Eu sentia saudades o suficiente pra não enjoar, mas não o suficiente pra me sentir mal. Esperava ansiosamente, todo dia, pelas 7 horas da noite, que era o horário que costumávamos começar a conversar, e eu sabia que ele também.

Cada besteirinha era assunto pras nossas conversas, cheias de piadinhas e frases de duplo sentido, e eu adorava-as. Não havia nada como saber que ele me queria, e eu sabia que sim. Se antes eu achava que seria estranho com ele depois que nos beijamos, estava redondamente enganada.

O Kiddo dava um jeito de tentar me incluir em tudo. Me chamava pra ver filme na casa dele, pra ir na livraria, pra ir tomar sorvete, pra ir na casa dele provar o brigadeiro que ele fez. Quando me dei conta, também fazia isso: cheguei a chamá-lo, sem pensar, pra ir no supermercado comigo. Tudo entre nós fluía facilmente, sem pressão, num ritmo tão gostoso que me vi enfeitiçada por aquilo.

Os outros acabaram reparando, por mais discretos que fossemos. Os rumores que Kid gostava de mim aumentaram, mas agora falavam que eu gostava dele também e que tínhamos um caso. Eu, sinceramente, não me importava. Adorava passar tempo com ele, e torcia secretamente para que ele realmente gostasse de mim. Kiddo era a melhor coisa que havia me acontecido ultimamente.

No fim de semana seguinte, ele me chamou pra ir dar uma volta com ele. Não disse pra onde íamos, só que seria algo mais informal, e aquilo me deixou com um friozinho na barriga. Foi assim, informal também, no dia que saímos do baile.

Tsubaki e Blair quase vomitaram de felicidade quando souberam. Insistiram que eu tinha que ir linda – como se eu não soubesse. Escolhi um jeans claro e justinho, uma blusa de frio azul marinho de ombro caído e um salto de tiras. Deixei o cabelo solto e liso, normal, e passei só rímel, delineador de gatinho e um brilho de morango – porque, né, sempre bom estar preparada.

Quando saí do quarto, Soul estava mexendo no aparelho da TV a cabo, com Blair a seu lado, e os dois se viraram pra me olhar. Ele me encarou de cima a baixo, e eu ergui o queixo, sustentando seu olhar. Soul pareceu gostar, chegou a dar um sorrisinho, mas então fechou a cara e perguntou:

– Vai sair?

Antes que eu pudesse dar uma resposta mal criada, Blair se intrometeu:

– Sim. A Maka-chan vai encontrar o Kid-kun, Soul-san.

Lancei a Blair um olhar constrangido – ela tinha que me deixar contar, pelo menos! – e me virei pra observar a reação do Soul. Ele travou o maxilar, irritado, e virou-se de volta pro aparelho, falando, frio.

– Ah, que legal. E com essa roupa, ainda.

– Não sei qual é o problema dela. – rebati. – Aliás, isso nem é da sua conta, Soul.

– Com certeza não é. Depois as garotas ficam falando que os homens são tarados quando ficam olhando.

Revirei os olhos, incrédula, e começando a ficar com raiva.

– Bom saber que você acha meu ombro tão sexy, porque essa é a única parte do meu corpo que está exposta!

Soul lançou um olhar ás minhas pernas e disse:

– Com essa roupa, também não precisa pensar muito pra adivinhar o que tem por baixo.

– Soul-san, acho que você... – Blair começou, mas a interrompi.

– Soul, qual o seu problema? Você é idiota ou o quê?

Já havia perdido a paciência. O cara me ignora o tempo todo, quando fala comigo é só o essencial, e quando vou sair fica dando pitaco na minha roupa? Aliás, aquilo era a cara de uma crise de ciúmes. Por um segundo eu fiquei feliz, mas logo a ficha caiu. Aham, agora ele fica com ciúmes. Depois de ficar a semana toda pendurado na Liz e mal falar comigo. Ah, vai se ferrar, né.

Soul se virou de volta pra mim, parecendo ainda mais irritado que eu.

– Você não ia sair, porra? Tá fazendo o que aqui ainda?

Prendi a respiração, surpresa. Soul xingou, pra mim. Eu mal podia acreditar. E, por incrível que pareça, depois de uma semana ele havia encontrado um modo de partir ainda mais meu coração.

Sua expressão se suavizou um pouco ao notar o que tinha feito, mas seja lá o que ele fosse dizer ou fazer depois daquilo, eu não queria ouvir.

– É, eu já estou atrasada mesmo. – disse, logo antes de dar as costas e ir embora.


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Notas finais do capítulo

Vou ficar quietinha aqui u,u
Kisuus gente ;*