Eu realmente pensei, por um segundo, que conseguiríamos fazer algo assim. Estávamos juntos e mais forte que nunca. Os restos de Lorien estavam juntos.

Pensamos que éramos fortes. Que estávamos preparados. Mas nós estávamos errados. Penso no que aconteceria se não fossemos tão idiotas. Tão autoconfiantes. Tão estúpidos.

Quando Oito começou á destroçá-los, em sua forma de leão com dez braços e com a ajuda de BK; Quando eu e Quatro, lado a lado, destruímos toda a linha de frente deles, manuseando o fogo como se ele fosse um velho amigo; Quando Nove e Seis, como dois reais líderes, lutaram por um momento de igual para igual com Sétrakus; Ou até quando Ella e Marina transformavam, de longe, os Mogs em pó, eu pensei que conseguiríamos vencer, que estávamos á poucos segundos de acabar com toda a guerra, que tudo iria, finalmente, acabar.

Mas não.

Fomos muito ingênuos.

Nós não estávamos nem um pouco preparados pra tudo aquilo.

Quando os raios azuis deixaram os dedos de Sétrakus, e nossos legados nos deixaram, eu sabia que tínhamos perdido.

Nesse momento eu lembrei-me do que vi. Eu lembrei o que eu tinha que fazer.

Eu nunca realmente acreditei em destino, mas eu estava lá por um motivo: A garde.

Aquilo realmente teria que acontecer. Aquilo que eu vi, mas nunca acreditei. O que eu ignorei por muito tempo, até o fato tornar-se inevitável.

Assim que percebi o que teria que ser feito, eu senti uma coisa que não sentia em muito tempo: Paz.

Por alguma razão, não estava com medo, como eu provavelmente deveria estar. O desespero não ponderara meu corpo, como deveria ter ponderado.

Não queria fugir. Não. Não mais. Eu, mais que nunca, queria lutar.

Lutar pelo que eu acreditava. Lutar pelo que eu achava certo. Lutar por tudo o que eu tinha aprendido á amar nos últimos dias. Lutar por Lorien.