Amanda: ON

Preciso contar para Henry sobre a conversa que tive com Carol, ele precisa saber que ela se lembra dos olhos dele. Fui até a casa dele e apertei a campainha e então alguém veio abrir.

–Tia Emma oi.

–Oi Amanda. –Ela me abraçou. –Entre.

–Henry esta em casa?

–Não, ele foi até a o Granny’s eu acho.

–Quando ele chegar pede para ele ir lá a minha casa que eu preciso conversar com ele. Eu já tentei ligar para ele, mas toca e ninguém atende.

–Ele esqueceu o celular no quarto ouvi o celular tocar, mas está trancado no quarto dele.

–Thau Tia. –Sai e fui para casa.

Cheguei a minha casa subi as escadas tomei banho tirei toda a maquiagem e vesti uma blusa rosa e um short jeans uma sapatilha passei rímel e um batom e desci para a sala de TV, estava passando o filme “Feitiço Negro” eu já perdi a conta de quantas vezes já o assisti. Uns 30 minutos depois a campainha tocou e a empregada abriu e porta e alguém entrou na sala de TV.

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–Henry! –Pulei o sofá e me joguei em cima dele e dei um longo abraço. –Vem senta no sofá que eu tenho várias coisas para te contar.

–Começa a contar. –Ele estava sério e sentou ao meu lado.

–Eu fui ver a Carol...

–Eu não quero saber disso... –Ele me interrompeu e abaixou a cabeça.

–Ei... A notícia é boa.

–Vindo de vocês duas juntas?

–É, digamos que agora meio que somos amigas.

–Nossa! Tô surpreso.

–Idiota. E tem outra coisa, ela se lembra de um relicário.

–Eu dei um relicário para ela.

–Ela se lembra dele, ela sonha com ele só não consegue ver a foto que tem lá. E ela sonha com os seus olhos.

–Como sabe que são meus olhos?

–Eu mostrei a foto dos seus olhos e ela confirmou.

–Você contou para ela que ela é minha tia?

–Não. Fiquei com medo de ela surtar.

–E quanto ao relicário você acha que ela vai se lembrar das coisas se a gente mostrar o relicário para ela?

–Acho. Você sabe onde está?

–Não.

–A gente vai ter que achar esse relicário.

–Vamos! –Ele se levantou.

–Agora não. Tô cansada e não arrumada!

–Chata, eu já vou.

–Não vai não. Fica aqui comigo! Tô carente de você, nunca mais você me deu atenção eu sinto sua falta sabia?!

–Sente é?

–Sinto. –Ele sentou no sofá e eu coloquei a cabeça no colo dele e começamos a prestar atenção no filme.

Henry: ON

Eu estava olhando para a televisão e com a cabeça em mil lugares. Onde estaria o relicário que dei a Carol? Onde será que ela colocou? Deve estar no quarto dela! Mas como eu e Amanda entraríamos lá. Tô surpreso com Amanda estar preocupada com Carol elas nunca foram amigas mas agora são, isso está tão confuso.

–Henry...

–Oi.

–Tá pensando em que?

–Em tudo, tá tudo tão confuso. Eu queria ter certeza de alguma coisa! Tudo na minha vida esta fundado em “E se” tô me sentindo perdido.

–Henry não fica assim.

Amanda virou de novo para TV e eu fiquei olhando para ela, passei a mão pelo cabelo dela e vi o que eu nunca havia prestado atenção antes Amanda era linda. Mas o que estou pensando?! Tô ficando louco! Ela olhou para mim e eu me perdi nos olhos dela.

–Henry! O que você tem?

–Por quê? –Eu disse saindo do transe balançando a cabeça em sinal de confusão.

–Tá com um olhar estranho. Quer me falar alguma coisa? –Eu gosto do jeito maluquinho dela, ela me tirava da tristeza toda vez que eu me sentia afundando nela.

–Sabe... Você é linda Bat Girl. –Ela me olhou surpresa.

–Você não me chama assim desde quando éramos crianças e eu era apaixonada pelo Batman. E fico ainda mais surpresa por estar dizendo que eu sou linda!

–Por quê?

–Porque só me chama de feia, nojenta, patricinha como o típico irmãozinho chato que você sempre foi e sempre será.

–Se eu não fosse seu irmão eu te beijaria! –Ela arregalou os olhos e tirou a cabeça do meu colo e se ajeitou no sofá.

–Para Henry! Que besteira é essa agora?

–Só estou acordando da minha depressão hoje e de repente eu percebi o quão bonita você é e que se eu não fosse seu irmão te beijaria.

–Mas nós somos irmãos! –Ela abraçou uma almofada tentando se sentir segura atrás da mesma como se a almofada fosse uma armadura.

–Não, a gente não é irmão de verdade! Você sabe disso. Não precisa ficar com medo eu não vou te agarrar não coisa estúpida! –Ela estreitou os olhos e jogou a almofada em mim.

–Te odeio Henry!

–Eu também me odeio! –Ela olhou com pena.

–Não fala assim. –Ela passou a mão no meu rosto e eu olhei dentro de seus olhos o que fez ela se afastar novamente de mim. –Vamos terminar de assistir o filme você sabe que eu gosto dele!

–Tá. –Ela voltou a atenção para a TV e eu fiquei olhando de canto para ela. Ela sentia a emoção dos personagens e ela sabia o feitiço principal todinho. Quando o filme acabou ela se levantou e ajeitou a blusa.

–Cara! Eu amo esse filme!

–Como é o feitiço mesmo?

–Eu não vou dizer! Toda vez você faz dizer isso e fica me zuando depois!

–Eu prometo que não vou fazer isso com você!

–Não! –Ela foi até a cozinha e voltou com dois copos de refrigerante e dois mistos.

–Saiu da dieta foi?

–Não é da sua conta. –Ela me mostrou a língua avermelhada.

–É sim!

Eu me sentei no sofá e ela se sentou em frente a mim na mesinha de centro e cada vez que ela encostava o copo na boca eu sentia vontade de ser o copo.

–Henry! Você tá olhando estranho de novo! Eu não gosto disso.

–Ok. Desculpe! Eu já vou.

–Tá.

–Não vai me impedir? Dizer que está carente de mim?

–Não, e antes que pergunte por que eu já vou lhe responder tô ficando com medo de você me olhando com essa cara estranha.

–Fui! Dá um beijo na Regina por mim!

–Tá. –Eu me virei e ela veio atrás.

–Eu ainda sei onde é porta!

–Eu sei! Só estava tentando ser educada. –Ela revirou os olhos e mordeu o lábio inferior com ela sempre fazia quando estava indignada com alguma coisa, mas hoje estava diferente quando ela fez isso a boca dela ficou irresistível e eu sem pensar e sem dar tempo de ela fugir eu a beijei. Toquei nossos lábios bruscamente e incrivelmente ela aceitou o beijo, mas antes que sentíssemos falta de ar ela me empurrou.

–Você ficou louco? –Ela gritou e subiu a escada correndo e fui atrás ainda assustado pelo que eu tinha feito. Bati diversas vezes na porta do quarto dela e ela nem me respondia.

–Amanda! Abre a porta! Desculpa! Abre a droga da porta! –Eu estava quase derrubando a porta. –Amanda! Abre essa porta! Que merda!

–Henry o que está acontecendo aqui?

–Regina! –Eu virei e fiquei assustado ao vê-la se ela souber ela me capa!

–Eu... Eu... Eu e a Amanda... A gente... Meio que...

–Brigou! –Amanda gritou lá de dentro. –Sai daqui Henry! –A ouvimos jogar algo na porta que fez um barulho.

–Thau Regina! –Desci a escada correndo, abri a porta e sai correndo subi na moto e fui embora.

O que eu fui fazer? Cheguei a minha casa e já fui gritando.

–Mãe! Hook!

Os dois vieram assustados.

–O que foi Henry? –Falaram ao mesmo tempo.

–Eu beijei a Manda!

–O que? –Minha mãe arregalou os olhos.

–Você tá ferrado quando a Regina descobrir isso! É melhor você desaparecer! Ela vai tirar seu... Seu... Ah você sabe! –Hook disse achando graça da situação e recebendo um tapa nas costas da minha mãe.

–Mocinho! Nós vamos ter uma conversa séria!

–Mãe eu tô arrependido!

Amanda: ON

Minha mãe bateu na porta.

–Henry já foi?

–Já eu estou sozinha. –Destranquei a porta. -O que aconteceu minha filha? Porque vocês brigaram desta vez?

–Porque Henry me beijou!

–O que?

–Mãe você ouviu!

–Eu vou acabar com Henry! Ele não pode te beijar! Ele vai te iludir! Vai quebrar seu coraçãozinho e vai fazer minha princesinha sofrer. Eu vou capar aquele menino! Deixa só seu pai chegar.

–Para mãe! Não é para tanto!

–Eu sei só que eu realmente fiquei brava! Muito brava. Você se arrependeu do beijo não é minha filha?

–Claro que sim mãe! E a culpa é dele ele que me beijou e eu o empurrei!

–Tá. –Ela sentou na cama e eu coloquei a cabeça no colo dela, não sei por que esse beijo me afetou tanto.

–Nós somos irmãos mãe! Tô me sentindo uma pecadora das piores! Tô me sentindo suja!

–Vocês não são irmãos de verdade, ou seja, isso não foi um pecado! Mas mesmo assim não quero vocês dois juntos. Ele iria te fazer sofrer minha filha.

Henry: ON

ARREPENDIMENTO: É tudo o que eu estou sentindo agora.