School Outside The Normal escrita por BiiaahStyles1D


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oiiee... Novamente um capítulo Valew... :) Viram que eu mudei a sinopse? xD Sou péssima, mas tudo bem... Vou logo avisando que minhas provas começam na segunda, então eu posso demorar um pouco mais para postar... E a entrega de boletins é no sábado, então estou quase certa de que só vou conseguir entrar nos finais de semana, ou seja, se eu não conseguir postar durante a semana, posto dois ou três capítulos nos finais de semana... Enfim, espero que gostem....



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Andrew's POV

Acordei antes que Valerie. Tentei sair da árvore, mas não queria correr o risco de acordá-la, pois sabia que era a primeira vez que ela dormia tão bem em meses, ou talvez anos. Consegui colocá-la em uma boa posição para que eu pudesse sair, então desci da árvore com cuidado.

Valerie parecia tão fraca e indefesa, mas ao mesmo tempo tão poderosa. Ela é, basicamente, uma das elementares mais poderosas que já existiram. Se prestasse atenção, podia-se ver a pequena aura azul celeste saindo dela e a protegendo. É uma pena ela se considerar tão fraca.

Tentei testar meus poderes, já que me sentia ótimo. Só que não aconteceu nada. Não conseguia usar meus poderes de viajar pelas sombras, simplesmente não conseguia! Tinha certeza que conseguiria usar qualquer outro poder, menos o de viajar pelas sombras, e isso me irritava. Como sairíamos daqui?

Pude ouvir Valerie se mexendo na árvore. Ela acordou, piscou três vezes e suspirou. Desceu da árvore com um pulo, o que me surpreendeu e como um reflexo, recuei. Valerie deu um sorriso desanimado e se aproximou.

– Desde pequena amo a natureza – informou pensativa. – Adorava subir em árvores, nadar em lagos... Pra mim era normal. Ganhei uma agilidade incrível com tudo isso, por isso é fácil para eu subir e descer de árvores.

– Seria estranho se não fosse assim – falei e ela deu outro sorriso desanimado. – Acho que é um dos motivos para você e Hannah se darem tão bem. Tem muitas coisas em comum com ela.

– Sim... O que vamos comer? Está de manhã, precisamos comer alguma coisa.

– Você pode pescar – falei. Ela arqueou uma das sobrancelhas, apontou pra si mesma e perguntou com os lábios, sem fazer som: Eu? – É, você que é a que se entende com a natureza. Eu sou o garoto das sombras.

– Por falar em sombras... – Neguei com a cabeça, desanimado. – Certo. Vou pescar enquanto você faz uma pequena fogueira e vai atrás de algumas frutas – Assenti.


Valerie's POV

Tudo bem, eu já tinha pescado antes. Seria fácil.

Achei um grande galho que poderia se passar por lança e me aproximei do lago. Foi puro instinto, mas eu sabia onde estava cada peixe desse lago.

Peguei vários peixes, e mesmo tendo entrado no lago, estava seca. Vi que Andrew já tinha acendido a fogueira e pego as frutas. Ele parecia querer distância do fogo, mas eu não precisava perguntar. Era lógico que ele preferia o escuro.

– Voltei – cantarolei. – Agora fica pra você assar os peixes.

– Já imaginava – resmungou. – Quando estiver pronto te chamo. Imagino que vá dar uma volta, explorar.

Assenti. Adentrei a mata, me certificando de que não estava longe de mais do pequeno acampamento que montamos. Naquelas matas, mesmo de dia, era muito escuro. Dava até vontade de voltar e pedir para que Andrew me acompanhasse. Sempre me senti mais segura na companhia dele e de Peter.

Depois de um tempo caminhando hesitante, comecei a andar calmamente, tentando fazer o possível para não fazer barulho, e sim escutar. Podia ouvir o canto dos pássaros, o barulho dos peixes sendo assados, o som de passos pesados vindo nessa direção... Passos pesados de mais para serem de Andrew...

Me virei rapidamente para o lado de onde vinha o som. Podia ver o vulto negro me espionando, então imediatamente recuei, mas acabei paralisando ao ouvir um rosnado nada amigável. Me virei devagar e vi um tipo de cachorro... Não, não. Aquilo media uns 3 metros de altura, era peludo, com seu pelo da cor de lama e com os olhos vermelhos. Ele tinha dentes afiados e garras enormes. Além disso, saia um tipo de gosma verde de sua boca. A imagem era tão perturbadora que essa era o melhor jeito de descrevê-la. Era claro que essa coisa estava com raiva e com fome. E eu parecia ser a presa por ali.

A criatura avançou na minha direção, e eu desejei fortemente que houvesse alguma forma de me defender. E nesse exato momento, aconteceu algo inesperado.

Um tipo de espada e um escudo d'água se formaram em minhas mãos, e logo se tornaram sólidas: uma espada e um escudo de verdade. A lâmina estava mais afiada do que nunca, e parecia ter um brilho próprio.

O monstro me atacou, e eu usei o escudo para me defender. O impacto foi tão forte que eu senti as coisas vibrarem ao meu redor, mas o escudo estava intacto. Desferi um golpe com a espada no animal por puro reflexo. Sabia que devia deixar meus instintos me dominarem. Acabei acertando uma de suas patas, e o bicho uivou de dor. Logo essa dor foi consumida pela raiva e a coisa avançou para cima de mim. Agachei rapidamente, e quando ele já estava do outro lado, dei um golpe em suas patas traseiras. O animal caiu, e eu aproveitei para subir pelas suas costas e enfiar a espada onde deveria ser seu coração.

A besta, como resolvi chamar, caiu para o lado, morta. Saí de cima dele atordoada. Olhei para minhas mãos: estavam sujas de sangue. Estremeci, pensando no que eu tinha acabado de fazer. Havia respingos de sangue no chão à minha volta. Alguns eram da besta, outros, percebi que eram meus. Vi que em meu braço esquerdo havia um corte em formato de garras, e saia muito sangue. Não tinha percebido quando ele havia feito aquilo. Mas não importava no momento. Olhei para as armas que eu segurava, e no momento em que fiz isso, elas caíram no chão em formato de água.

Isso era muito estranho. Comecei a sentir muita dor no braço machucado. Peguei alguns pedaços de folhas grandes e enrolei em volta do ferimento, com a intenção de estancar o sangramento.

Me lembrei do vulto que havia visto. Olhei com medo na direção que havia o visto, mas ele ou ela não estava lá. Vi que minha roupa estava toda manchada de meu próprio sangue, e meu braço coberto dele.

Annie provavelmente ficaria desesperada – pensei.

Começou a escurecer rapidamente, sendo que devia ser um pouco mais de meio-dia. Corri feito doida na direção do acampamento, seguindo as pegadas que eu mesma deixei.

Ao chegar lá, pela perda de sangue, caí no chão com tudo, com a mão no ferimento, por pura dor que eu estava sentindo. Andrew olhou na minha direção e se levantou de uma vez, correndo para onde eu estava, com evidente terror no rosto.

– Valerie! O que aconteceu? Seu braço... – Começou. Tentei me levantar com a ajuda dele. Estava começando a ficar tonta.

– Só... – Então eu não consegui mais falar. Desmaiei nos braços de Andrew. Fraca e impotente... De novo.


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Notas finais do capítulo

Quem será ou o que será esse vulto? E sobre Valew, o que vocês acham? Ah, a Valerie não é boa com a espada, isso foi só coisa de momento, viu? ;) Avisem se tiver algum erro! :D Espero que tenham gostado! Próximo capítulo na sexta!