Minha Vida Fora De Casa! escrita por Jade Potter


Capítulo 14
Capítulo 14




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/341717/chapter/14

No outro dia eu acordei e já vi todas as minhas malas na sala.

---O que é isso?

--- Á suas malas! ---falou Miguel saindo da porta, eu o olhei sem saber o que falar.

---Eu sei! Mais eu não sabia que queria se livrar de mim assim tão rápido. ---tá! Eu não sei o que foi isso. Talvez tenha sido um momento de paquera...

---Eu não queria, mas sabia que ia acabar indo de qualquer jeito, então... ---falou. ---E também você não vai se livrar de mim, tão cedo!

Eu sorri com a idéia, e eu realmente não sabia o que estava acontecendo comigo.

---Eu preciso que você vá á um lugar comigo. ---falou.

---Contando que eu não vá algemada, eu aceito! ---falei, e depois me senti uma garota que estava começando a ficar dependente de outra.

---Bom... É um enterro. ---falou.

---De quem? ---falei assustada.

---Você vai ver. ---falou. ---vem.

---eu preciso me arrumar. ---falei, por que eu estava completamente desarrumada. Não me olhem assim! Não vou me entregar de bandeja pra ele. Eu não quero nada com o Miguel!

---Então vá;

Botei um vestido preto com um sapato preto alto, luvas e um chapéu. Se era um enterro eu precisava ir bem arrumada.

Assim que ele me viu começou a rir, eu olhei pra ele irritada.

---se não quiser que eu vá, eu não vou! ---falei e comecei a subir ás escadas.

---Não! Eu quero. ---falou e eu olhei pra trás. ---É que não precisava... Deixa pra lá. Vamos.

*

Chegamos no lugar e quando eu ia olhar, vejo um carro todo arregaçado no meio das latas velhas.

---Onde estamos? Eu pensava que nós íamos pra um enterro!

---E estamos. No enterro do meu carro! ---falou, eu olhei pra ele e o bati. Como ele teve coragem...

---MIGUEL! Eu detesto você. Eu vim toda arrumada e você... Você não fala nada!

---Eu queria saber como você iria reagir. ---falou ele rindo.

---Gostou da minha reação? ---falei. ---ótimo! Bem pouco que o seu carro morreu! Assim você aprende a não prender os outros...

---Quê! Eu trago você pra vê-lo no seu leito de morte e você o esculhamba?

---Eu não culpo o seu carro, a culpa é toda sua! ---falei e ele sorriu.

---Serio? Bom... Pelo menos agora estamos separados. ---falou ele serio.

Eu o olhei agora seria.

---Por que ele tá assim?

---Um ladrão pegou a minha chave e deve ter estraçalhado ele todo. ---falou ele.

---Tem como você comprar um carro novo? ---falei com um tom de brincadeira. Ele me olhou e falou irritado.

---Você ta rindo? ---falou e me botou de cabeça pra baixo.

---ME SOLTA!

---É isso que dá dar risada da desgraça alheia. ---falou ele e me fez cócegas.

Ele me soltou e eu tive uma vontade imensa de beijá-lo, mais ao mesmo tempo eu tinha medo, medo que possa me entregar e me ferir de novo.

Depois que nós saímos do suposto enterro e depois de eu ter cacetado ele todo, nós fomos pra um restaurante comer alguma coisa, eu seria uma amiga. Pelo menos isso, por incrível que pareça eu não queria machucá-lo como ele fez comigo, apenas não conseguia mais...

---Esse é o pior jantar da minha vida! ---declarei pra ele que riu e fingiu estar magoado, o motivo pelo qual eu falei isso foi por que o Miguel esqueceu a carteira e nós tivemos que fugir do lugar depois de comer, pois é! Baixaria!

Nós estávamos perto de casa, quando ele falou:

---Eu realmente não sei o que aconteceu! Simplesmente a carteira sumiu. ---falou.

---Você deve ter feito isso pra que eu aceitasse fugir com você sem reclamar. ---falei rindo.

---Você fugiria comigo, mesmo sem essa desculpa. ---falou com um sorriso lindo.

--- Você se acha!

---E você não negou... ---falou e seu sorriso aumentou ainda mais. Eu preciso de um tempo! Eu vou acabar cedendo e me machucando. Sem pensar acabei...

**

...

Eu acordei de uma hora pra outra no quarto de Alex e com uma baita dor de cabeça.

Alex veio até mim, e sentou na cama, eu sentei e a olhei completamente confusa.

---O que aconteceu? ---falei. Ela me olhou e sorriu bondosa.

---Nada, não importa mais. Já passou...

---Aconteceu alguma coisa com o Miguel? ---falei.

---Não... Quer dizer, mais ou menos, Você deu um murro na cara dele de uma hora pra outra. ---falou ela, eu estava pasma. ---Vocês, diz ele, estavam no maior clima quando você deu um murro na cara dele...

---Ele ta bem? Eu não fazia idéia... Eu realmente não sei por que eu fiz isso! Eu fiz mesmo isso?

---Fez, ele disse que depois que você deu um murro na cara dele, você começou a chorar e pedir desculpas, mas depois você, de repente, desmaiou. ---falou ela preocupada. ---eu estou seriamente preocupada.

---Será que eu tenho distúrbio de personalidade múltipla? Eu nunca iria querer machucar o Miguel! ---falei. Ela me olhou sorrindo.

---Ele sabe disso!Só está confuso. Você também está. ---falou. ---Quer ir lá?

---Quero, tenho que me desculpar e...

---Quer saber o que eu acho disso tudo? ---falou Alex.

Fiz que sim com a cabeça.

---Você está com medo. Está com medo de ir fundo demais, e pensando que o murro o deixaria longe, acabou fazendo. E depois... Parece que você não agüentou a pressão e acabou desmaiando.

---Não! Eu... Eu tenho completa segurança do que eu quero, Alex.

---Pois não parece, você é minha melhor amiga. Se a alguém nesse mundo que eu quero o bem é você.

Eu só fiquei a olhando. Estava tão confusa que poderia pular de uma torre e ficaria em duvida se teria feito isso ou não.

---Eu só quero descer, ta legal! ---falei e desce.

Assim que eu desci encontrei o Miguel passando gelo na testa, onde pelo jeito, eu dei o murro. Ele me viu e eu nunca me senti tão culpada, ele sorriu pra mim, depois de eu ter dado um murro na cara dele!

Só tinha eu e ele na sala-cozinha.

Fui até ele e passei o gelo em sua testa, ele fechou os olhos como se o meu toque o tivesse feito ficar nas nuvens.

---Desculpe. ---falei em um sussurro. ---Eu não sei o que deu em mim. Por que eu sempre tenho que bater em você?

Ele abriu os olhos e sorriu.

---Sinceramente... Eu não sei. ---falou ele e pareceu não querer explicações sobre o meu ato de maluquice. ---Só espero que não seja, por eu ter feito algo errado...

---Não... Você não fez nada de errado. Eu acho que eu tive algum colapso de rebeldia.

Tirei o gelo da sua testa e a alisei. Me levantei um pouco e beijei a sua testa.

---Isso foi pra compensar. Nunca mais me deixe te machucar de novo... ---falei e ele não falou nada apenas ficou me olhando, até que a porta se abre com tudo e Vitor sai dela.

---OLAAAA MUNDIÇAAAA! ---gritou.

Eu sorri ao ver a figura mais engraçada de todo o mundo.

---VITOR! ---gritei e o abracei.

---Oi minha flor!

---Sempre chegando na hora errada, não é Vitor? ---falou Miguel o fulminando no olhar.

---Não posso fazer nada se minha presença não te deixa feliz, baby! ---falou ele.

---Vitor! ---falou Alex quando viu ele na porta.

---Oi pra você também, mundiça dois! ---falou. ---tenho ótimas noticias!

---ótima que não é. Pelo jeito sua presença agora é constante, não é? ---falou Miguel.

---Miguelito! Que broca é essa no seu rosto? ---falou.

Ele olhou pro Vitor e sentou no sofá sem falar nada.

---Enfim... Qual é o motivo da sua chegada? ---falou Alex.

---Eu me separei do Orlindo Orlando, vi que ele na verdade era pobre também. E ainda... Depois do nosso divorcio ele queria pensão alimentícia pensando que eu era rico e só se casou comigo por causa disso! Pode?

---Ele ainda demorou... ---falou Miguel, eu ri.

---Enfim... Vou voltar a morar com vocês, mundiças. Já falei com a sua mãe, Alex. ---falou Vitor com um olhar significante para Alex.

---Isso é uma chantagem?

---Se você não quiser virar mulçumana, É! ---falou e deu a sua risada diabólica.

---Seu gay de uma figa! ---falou ela e foi pra cozinha.

Vitor olhou pra mim e sorriu:

---Como você está, fofa?

---To indo... E você?

---To duro! Sem nada, isso quer dizer que eu estou triste. Por isso eu vou me deitar e desarrumar ás minhas coisas... ---falou e foi pro seu quarto.

---Ainda bem que eu não moro mais aqui, esse ser me deixa sem vontade de viver. ---falou Miguel.

Eu fui pro sofá e sentei do seu lado.

---Bella... ---falou ele, eu olhei e dei de cara com os olhos azuis. ---Eu gostaria de te dar um presente de aniversario.

---Eu pensava que tinha esquecido! ---falei.

---Como poderia esquecer... ---falou e depois balançou a cabeça como se quisesse expulsar algo de lá. ---Posso te levar á um lugar essa noite?

Eu estava com medo, medo de dar um murro nele de novo. De me machucar.

---Eu não sei...

---Bella, eu... Eu só quero te recompensar. ---falou imitando ás minhas palavras.

---Tá. ---falei sem compreender que eu iria sair de noite com o Miguel. Perigo!

**

Estava me arrumando, botei um vestido azul um sapato alto e desci. Ele estava me esperando embaixo, mais eu vi uma mesa com velas e peru e com vários tipos de comida, estava tudo perfeito. Ele nunca tinha feito um jantar pra mim assim.

---mileide! ---falou pegando a minha mão. Eu estava chorando, mas não de tristeza e sim de felicidade.

Ele afastou a cadeira pra eu sentar, e depois se sentou do outro lado.

---Vamos fingir que estamos em um restaurante cinco estrelas. ---falou.

---Está, realmente, parecendo com um. ---falei.

---Que bom isso, quer dizer, que eu fiz um bom trabalho. ---falou e sorriu.

---Obrigado. ---falei. E então comemos, falamos de tantas coisas divertidas. Era como passar um domingo com o seu marido tentando aproveitar os poucos minutos que você tinha até o a semana começar de novo.

---Posso? ---falou em pé, me convidando pra dançar.

---Eu sou uma péssima dançarina. ---falei. ---Não sei dançar.

---Não precisa saber, para poder. ---falou e pegou a minha mão e quando eu vi já estava de pé dançando de um lado pra o outro, uma valsa maravilhosa onde ás únicas pessoas da pista eram nós.

Dançamos até a musica terminar, quando a musica acabou eu senti o meu coração palpitar como se a coisa que viria a seguir fosse a coisa mais fantástica no mundo e foi. Nós nos beijamos.

Minhas mãos estavam na nuca e as dele na minha cintura. Foi um beijo feroz mais gentil. Como se o mundo fosse acabar amanha e só tivesse agora para nos beijarmos.

Nós fomos subindo ás escadas ainda nos beijando, cada minuto era precioso, e eu não sabia o que eu estava fazendo, só queria beijá-lo, não me importava aonde eu iria parar, um dia eu iria chegar.

E a noite foi assim... Eu o beijando, ele me beijando e eu sabia que isso não teria fim, não importava o quanto eu lutasse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? O próximo é final, espero que tenham gostado da história! Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha Vida Fora De Casa!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.