Apesar De Tudo, Será Que Estarei Ao Seu Lado? escrita por LayneAS


Capítulo 25
Capitulo 25 Final


Notas iniciais do capítulo

Pois é, estamos aqui e confesso que demorei um pouco pra terminar esse capitulo mais do que o previsto de propósito e essa manutenção " eterna" no site só me deu mais tempo.Depois de alguns meses e de receber tanto carinho, agora entrego pra vocês o último capitulo dessa fic tão especial para mim.E queria agradecer a todos que comentaram, favoritaram e recomendaram essa fic, queria colocar o nome de todos, mas achei melhor fazer um agradecimento coletivo.Obrigada pelo companhia de todos vocês.



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Eu ouvi um tiro e sabia que ali além de mim mais pessoas estavam.Um medo tomou conta de mim quando imaginei que pudesse ser o Mac.Tentei forçar a corda que me amarrava e vi que seria impossível rompe-la com a minha força.Eu precisava sair dali o mais rápido possível.

– Pensa Stella, pensa.

Olhei em volta procurando por algo que me livrasse daquilo, e a alguns metros, bem próximo aos meus pés, um pequeno caco de vidro.Me estiquei toda para tentar alcança-lo, mas quando um dos meus pés estava quase chegando perto, ouvi a porta se abrir.

– Oh Meu Deus, Ben? O que está fazendo aqui? Oh esquece, me ajude a sair.

Ele apenas me olhava enquanto eu voltei a fazer um esforço para me desamarrar dali.

– Que droga, Ben, vai ficar olhando? Não temos muito tempo.Nathalie pode voltar a qualquer momento.

– Ela nunca mais vai tocar em você, eu te prometo. - Ben começou a cortar as cordas do meu pulso.

– Você é um anjo e vou te agradecer o resto da minha vida por nos tirar daqui.

– Desculpe Stella, mas somente você vai comigo. - quando me vi livre, me levantei rapidamente e o olhei se entender.

– Ficou maluco? Eu não vou sair daqui sem a minha filha, Ben.

– Olha aqui, para de ser burra! - ele gritou - A Nathalie vai te matar se eu não tira-la daqui agora, é isso que você prefere? Morrer?

– Espera ai... vocês... estão juntos nessa?

– Eu tentei tirar essa ideia maluca da cabeça dela, mas se você não for comigo agora seu destino vai...

– Como você pode! - minha ira somente aumentava a cada segundo e eu me aproximei cheia de raiva daquele homem, infelizmente meu ataque de fúria só fez minha filha acordar e alguém abrir a porta pela segunda vez.

– O que está acontecendo aqui? O que pensa que estava fazendo, Ben? Não disse que era pra ficar longe dela? - Nathalie tinha uma arma nas mãos.

– Eu não vou deixar que você a machuque, pode ficar com a menina, mas a Stella vai comigo. - Ben ficou na minha frente.

Nathalie riu.

– Como você é idiota, está mesmo apaixonado por essa mulher? Acha realmente que vai conseguir que a Stella te ame? Forçada?

– Isso não é da sua conta, agora... - Nathalie não esperou que Ben terminasse.Apontou a arma para ele e atirou, Ben não teve qualquer chance de se salvar. O sangue da bala que acertou sua cabeça manchou toda a blusa que eu usava e ele caiu no chão, sem vida.Eu a olhei apavorada.

– Ele era um idiota, sempre se deixando levar pelo coração e acabava sempre fazendo merda, vai por mim querida irmãzinha.

– Você enlouqueceu de vez - Elise não parava de chorar e meu coração se apertava.Eu queria pegar minha filha nos braços, mas sentia medo que Nathalie fizesse qualquer coisa conta mim.

– Felizmente uma das suas amigas já se foi, agora só falta você e a... senhora Messer.

– A Jess e a Lindsay também estão aqui?! Sua maldita, o que você fez com a Jéssica?

– Pelo amor de Deus, Stella, para de fingir que se preocupa com essas mulheres.Nesse momento você devia pensar mais na sua filha e em você, porque devo dizer que está em uma situação pior do que Lindsay, afinal de contas ela não tentou fugir e não me deixou furiosa.

Eu não conseguia pensar em mais em nada, só queria acabar com tudo aquilo, viva ou morta, mas ia lutar para livrar minha filha das mãos daquela mulher.E com essa ideia, eu fui em direção a Nathalie sem deixar que ela tivesse qualquer reação em atirar.

XXXXXX

Eu só precisava que tudo aquilo fosse um pesadelo e que daqui a pouco eu ia acordar e nada disso estivesse acontecendo.Só que no momento que ouvi aquele tiro, senti como se minha alma saísse do meu corpo, que meu sangue tivesse derramado.

– Jess!! - eu gritei mais uma vez com a esperança que ela pegasse aquele maldito telefone.

– Consegui rastrear a ligação! - Adam apareceu correndo e eu mal ouvi o que ele falou depois, sai correndo e Mac, Danny e ele correram juntos.

– Onde elas estão, Adam? - Mac perguntou no mesmo momento em que entravamos no carro e ele pegava no volante, cantando pneus.

– O sinal mostra que a ligação veio de uma fábrica abandonada na parte nobre da cidade,podemos chegar lá em quinze minutos.

– Eu posso fazer muito menos do que isso.

Eu não conseguia pensar em nada.Jess precisava estar viva, eu não seria nada sem ela.Eu não conseguia mais chorar, minhas lagrimas tinham secado.Eu podia ver como Mac e Danny estavam com o mesmo medo que eu.

Era difícil demais aceitar que as mulheres da nossas vidas estavam correndo grande risco e nós não estávamos lá para protegê-las do mal ou de quer que fosse.

Chegamos no local indicado em tempo recorde.

– Você vai ficar aqui, Adam, não quero ninguém sem colete lá dentro. - Mac verificava sua arma e tanto eu como Danny fazíamos o mesmo.A vontade que eu tinha era invadir aquela fábrica de uma vez, cada segundo que se passava era uma angústia maior pra mim e eu não podia tirar a Jess da minha cabeça.

– Chame reforços, mas nós não vamos esperar hoje eu não sou capaz de fazer isso. - Mac falou decidido e eu e Danny acabamos indo atrás dele, Adam ficou no carro.

Aquela fábrica parecia que estava a muito tempo abandonada, era um barracão bem velho e apenas uma luz fraca iluminava o local.

– Está vazio, Mac, será aqui mesmo o local? - perguntei sentindo minhas esperanças irem para o espaço.

– O Adam não ia se enganar, Don. - ele olhou em volta procurando por algo. - Eu tenho certeza que é aqui.

– E você realmente não está enganado, detetive Taylor. - viramos em busca da voz, com nossas armas apontadas para um lado totalmente coberto pela escuridão.Aos poucos alguém pareceu caminhar em nossas direção.

– Como vai... Mac? - uma mulher muito bonita apareceu e para nosso terror, junto com ela Stella também, com as mãos para trás e com uma arma na cabeça.

– Stella... - ouvi Mac praticamente sussurrar.

XXXXXX

Eu não conseguia me perdoar por ter deixado que Nathalie tivesse me rendido, depois de tentar recuperar minha liberdade e assim minha filha e minhas amigas daquele lugar.

– Se tentar se fugir ou qualquer outra coisa, eu juro Stella, por tudo que é mais sagrado, que acabo com as suas amigas e os filhinhos dela,você está me ouvindo?

Nathalie tirou uma algema do bolso da sua calça e me prendeu com as duas mãos para trás.Exatamente nesse mesmo momento escutamos um barulho.

– Será que é o quem eu estou pensando? - ela que me tinha em pé, me derrubou no chão e se aproximou da porta, onde por uma pequena abertura, dava para ver o que tinha do outro lado. - Até que eles não demoraram tanto. - ela voltou-se para mim e me puxou, me obrigando a ficar em pé novamente. - Chegou o momento que eu mais esperava, vamos querida irmã.

Ela me fez andar na sua frente, e eu nunca me senti tão humilhada em todo a minha vida.Tinha falhado na tentativa de salvar a Elise, Jess, Lindsay, Max, Aeron e o Noah.Quando finalmente encontrei com o olhar do Mac, a vontade que tive foi correr para seus braços.Eu podia sentir o medo e o desespero do meu marido.

– Você não devia esperar uma cena dessa, não é?

–Solte-a e ninguém aqui vai se machucar, você ainda não matou ninguém. - ouvi Don falar, mas eu só conseguia olhar para o Mac.

– Eu não matei ninguém? Creio que sua esposa, detetive Flack uma horas dessas deve estar no purgatório.

– Sua desgraçada!! - Don jogou sua arma no chão e foi cheio de raiva pra cima de Nathalie.Ela atirou e vi ele cair baleado no chão e sua perna direita sangrava e eu fiquei apavorada.

– Para com isso, você não precisa fazer nada disso, Nathalie, é a mim que você quer me leve com você e acaba com a minha vida, mas deixa eles em paz.

Mac que até então estava em silêncio, falou pela primeira vez.

– Eu não vou deixar ela sair daqui com você, Stella, sem chance.

– Mac, presta atenção... tudo isso é culpa minha.Eu não fui capaz de proteger nossa filha e preciso concertar as coisas. - as lagrimas já molhavam completamente o meu rosto e meu coração parecia ter parado dentro do peito.

Ele me olhava em silêncio e aos poucos foi abaixando a arma.

– Se você acabar com ela, vai ter que fazer isso comigo também. - vi Mac jogar a arma longe e tanto eu como Danny o olhamos assustados.

– Um detetive apaixonado se sacrificando para salvar a sua amada filha? Não sabia que você era esse tipo de homem Mac, não me admira minha irmã ser tão apaixonada por você.

– Me mate logo, Nathalie, e acaba logo com isso. - eu pedi mais uma vez, recebendo um olhar de pânico do meu marido.

– É o que eu vou fazer agora mesmo.

– Não!! - ouvi um grito e de repente tudo aconteceu muito rápido e eu não sabia se tinha me atingido, mas Nathalie caiu no chão depois de ser atingida com alguma coisa na cabeça.

– Lindsay!! - Danny correu até ela, que estava atrás de mim segurando um taco de beisebol, ela o jogou no chão como se tivesse sentindo repulsa daquilo e correu ao encontro do marido e o abraçou chorando. - Meu amor, pelo amor de Deus, não faz mais isso comigo.

Ao mesmo tempo que tudo isso acontecia, Mac veio ao me encontro preocupado.

– Stella!! - Ele me levantou do chão e me abraçou e eu senti todo o seu corpo tremer. - Você está bem? Está ferida? - ele segurava meu rosto e buscava nos meus olhos as respostas para as suas perguntas.Mas antes que eu respondesse qualquer coisa, ele me abraçou chorando.

– Querido... você poderia soltas minhas algemas? Preciso sentir você...

Ele se afastou por alguns segundos e buscou pelas chaves na Nathalie, ao encontra-las voltou rapidamente para perto de mim e soltou minhas algemas.Assim que me vi livre delas eu o abracei com força.

– Me perdoe por falhar em proteger você. - ele sussurrou.

– Me perdoe por fazer sofrer tanto.

– Cadê a Jess? Onde ela está? Cadê as crianças? - Don se aproximou mancando da perna atingida pelo tiro.

– Don... eu não consegui acorda-la, eu sinto muito...- Lindsay falou ainda abraçada ao marido.

– Ela não... não pode ser... - ele falou quase sem voz e saiu correndo em direção ao local de onde Lindsay tinha saído, eu tentei ir junto com ele, mas Mac me segurou.

– Você vai ficar aqui, Stella, eu vou com ele - ele me beijou e saiu rapidamente.Eu só conseguia pensar na minha filha, então fui atrás também, queria tirar a Elise dali o mais rápido possível.

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Eu não fazia ideia de onde estava indo e tentava ignorar a dor absurda que estava sentindo.Eu precisava encontrar a Jess e me negava a acreditar que ela tinha morrido, isso era inadmissível.Entrei em um sala onde uma grande porta de ferro estava aberta e vi ela caída no chão em volta de uma grande poça de sangue.Me desesperei e corri ao seu encontro.

– Jess! Fala comigo meu amor, fala comigo! - ela não abria os olhos.Eu a peguei no colo no exato momento que Mac entrou.

– Deixe que eu a levo, Don.

– Não, isso é meu papel. - saí dali rapidamente. - Por favor Mac, pega as crianças pra mim.Eu preciso tirar a Jess daqui, logo.

Cheguei a trombar na parede, mas não podia deixar ela cair dos meus braços.Consegui voltar para o mesmo local e só consegui encontrar Adam e vários outros policias.

– O que aconteceu? - Adam perguntou assustado ao me ver ferido e Jess também.

– Preciso tirar ela daqui, agora!

– Leve ela para a ambulância, Don.

Alguns médicos vieram ao meu encontro e a com a ajuda deles coloquei minha esposa na maca.

– A pulsação ela está muito fraca, precisamos leva-la imediatamente para o hospital. - um dos médicos falou.

– Eu vou com ela - eu disse firme, quase caindo no chão ao dizer isso.Minha voz saiu quase como um grito e algumas pessoas me olharam assustadas, mas eu não me importei.

– Você precisa de atendimento agora, senhor.Uma outra ambulância irá leva-lo.

– Nada vai me impedir de ir com ela, agora.Dane-se a minha perna, eu vou com a minha esposa.

– Tudo bem - ele concordou e antes que eu entrasse na ambulância, Mac apareceu trazendo meus dois filhos e eu só consegui chorar ainda mais ao vê-los.Beijei cada um dele e subi com dificuldade na ambulância. Só conseguia pensar na sobrevivência da Jess agora.

XXXXXX

Procurei Stella por todos os lados e não a encontrei.

– Mas que droga! - Mas antes que eu saísse a procura da minha teimosa esposa, ela apareceu carregando nossa filha nos braços.Acompanhada também por Danny e Lindsay, com o Noah.

– Quando você vai me obedecer, detetive Bonasera? - perguntei assim que ela se aproximou mais.

– Achei que era Taylor - ela disse tentando sorrir, mas senti que ela estava segurando para não chorar. Pedi que uma policial levasse os dois garotos Flacks para serem examinados por um médico.Assim que me vi as sós com a minha família eu a puxei de lado para um abraço e Stella finalmente deixou que sua tristeza e medo aparecessem através daquelas lagrimas.

Muitas coisas precisavam ser esclarecidas.Nathalie havia sido levada para o hospital também, além de Jess que parecia ser o caso mais grave.Lindsay e as outras crianças também, mas Stella resistia em ir até o hospital para tratar de alguns ferimentos no rosto e nos braços.

– Eu só preciso ir pra casa e ficar com as minha família,é pedir demais?

– Você vai para o hospital tratar desses ferimento e não se fala mais nisso.Para de bater de frente com uma decisão minha, pelo menos uma vez na vida.

– Tudo bem Mac, se é pra você ficar mais tranquilo eu vou.

– Obrigado.

Quando finalmente chegamos ao hospital, Stella e Elise foram levadas por algumas enfermeiras.Eu me sentei na recepção do hospital aguardando alguma noticia de todos, estava me sentindo exausto e cansado e o que eu queria era uma cama, mas junto com a minha esposa, com a mulher que eu amava do meu lado.Logo Sheldon, Adam e Sid apareceram buscando noticia de todos, mas nem eu sabia responder a pergunta deles.

– Estou preocupado com a Jessica, ela parecia não ter sangue nenhum no corpo. - Sid falou com a voz carregada de preocupação.Eu respirei fundo e encostei minha cabeça na parede fria mas próxima, fechando meus olhos por alguns segundos e o mantendo abertos em seguida.

– Eu também estou,Sid, eu quero muito que ela viva e se algo pior acontecer, eu não sei o que vai ser do Don, mas precisamos acreditar que tudo vai ficar bem.

Eu olhei em direção a porta onde a alguns minutos Stella e a minha filha tinham sido levadas.Se eu estivesse no lugar do Don, com certeza teria enlouquecido se minha esposa tivesse passando por tudo aquilo sem eu conseguir fazer nada para salva-la.Já estava se tornando rotina nossa equipe passar por aquilo, mas a cada vez que acontecia eu não conseguia aceitar ou me acostumar.Em um momento era Stella, eu, Danny, Lindsay... Jess e Don. Era um rotina que pedia que não acontecesse mais ou isso me mataria.

XXXXXX

Eu não aceitei que me examinassem antes de saber que ela estava bem, queria a todo custo entrar junto com Jess na sala de cirurgia, mas dois enfermeiros brutamontes se aproximaram e me seguraram e em poucos segundos eu apaguei depois de sentir uma picadas no braço.Quando acordei estava em uma cama do hospital e com a minha perna atingida pelo tio com um grande curativo.Ao me lembrar da minha esposa eu tentei levantar, mas fui contido por uma enfermeira.

– Não se levante, senhor Flack, você ainda não está em condições de fazer grande esforço.

– Nada vai me impedir de ver a minha esposa agora, eu preciso vê-la. - me levantei da maca um pouco cambaleante e fiquei de pé.

– Por favor senhor Flack, agora não é o momento certo, você não está preparado para...

Eu não dei qualquer atenção para o que ela estava dizendo, eu precisava ver a Jess e era agora.Ainda com dor na perna eu sai a sua procura e na verdade não sabia para que lado ir, então fiquei olhando para os dois lados a procura de uma direção, foi quando vi Danny sair de um quarto e ir em minha direção.

– Don, o que você está fazendo aqui?

– Eu preciso ver a Jess, sabe onde posso encontra-la? Ninguém me fala nada nessa droga de hospital.

– Calma Don, volta para o seu quarto e eu vou ver o que posso descobrir sobre ela.

– Você não vai me enrolar, Danny, qual é, você provavelmente saiu do quarto da Lindsay que está bem, mas é eu? Não faço ideia de como a minha esposa está e ninguém me diz nada.

Deixei Danny pra trás e entrei no primeiro quarto que vi pela frente.

– Don, espere...

Qual seria a minha chance de entrar no quarto certos entre vários daquele hospital? Pequenas.Mas por algum motivo aquele foi o certo e me deparei com Jessica, deitada naquela cama e parei chocado ao vê-la tão pálida e parecia... sem vida.Me aproximei da sua cama, ela estava respirando por aparelho e eu por um segundo cogitei que aquela não era minha esposa.Jess sempre foi cheia de vida, linda... e seu sorriso era uma das coisas que mais mexia comigo e agora olhar pra ela e vê-la naquele estado me fazia entender que a vida não era justa.

– Senhor Flack? - me virei e encontrei um homem que logo supôs que era o médico que estava cuidando da minha esposa - Sou o doutor Nicolas,fiquei sabendo da pequena tempestade que causou a alguns minutos atrás, e para que tudo isso não tenha sido em vão eu vim aqui trazer notícias dela.

– Ela vai sobreviver, não é? - eu estava com medo de ouvir qualquer coisa que fosse negativa, mas felizmente Danny ficou do meu lado me dando força e eu agradeci por ter um amigo como ele do meu lado.

– Foi um grande milagre a Jessica ter sobrevivido e eu com toda a minha experiência não sei dizer como ela conseguiu chegar com vida no hospital.Se você não acredita em poderes divinos, senhor Flack, acho que agora seria uma ótima oportunidade para começar a acreditar.A senhora Flack levou um tiro na cabeça e por muito pouco não comprometeu seu cérebro, faltou menos da grossura de um dedo para que ele fosse atingido.

– Ela vai ficar boa, doutor? - perguntei em um fio de voz, ainda chocado com o que tinha acabado de ouvir.

– As últimas horas são decisivas, nas poucas horas que ela está aqui não obteve nenhuma melhora, mas mesmo assim estou confiante.

– Ela precisa ficar bem doutor Nicolas, temos dois filhos pra criar e eu... não vou conseguir seguir adiante sem ela, não vou ter forças.

Eu me sentei em um cadeira do lado da cama dela e me peguei rezando pela melhora dela e pedindo, implorando a Deus que não a tirasse de mim.

– Don, eu preciso ficar com a Lindsay agora, você vai ficar bem?

– Só vou ficar bem quando ela for pra casa comigo.

– A Jess passou muito tempo com a Stella, tenho certeza que a teimosia da senhora Taylor foi compartilhada e a Jess vai ser teimosa o suficiente para lutar pela sua vida, confia em mim. - ele me deu um leve tapinha nos ombros e saiu, deixando somente eu e ela naquele quarto tão frio.

– Vamos meu amor, você precisa ficar bem.Eu preciso de você Jessica, não brinca comigo ou vou ser obrigado a ficar com a detetive Lovato e tenho certeza que você não vai gostar nada disso, então será que você poderia melhorar logo? Eu preciso de você, nossos filhos precisam de você.Eu te amo.

XXXXXX

Quando Danny entrou de volta no meu quarto eu respirei aliviada, por um segundo achei que ele tinha ido embora.

– Como você está querida? Está se sentindo melhor? - ele sentou na beirada da minha cama e segurou minha mão. - Você me deu um baita susto, senti medo de te perder, Lindsay.

– Acho que você não sentiu mais medo do que eu, quando perdi o meu marido, o verdadeiro Danny.

– Você quer dizer que não amou o novo Danny?

– Claro que sim, mas... no fundo ainda tinha esperança de ter o homem com quem eu me casei de volta.

Ele ficou em silêncio e sorriu pra mim, depois segurou meu rosto e me deu um suave beijo.

– E você acha que eu não voltaria um dia? - Eu não entendi de primeira o que ele quis dizer com aquilo, mas aos poucos minha ficha caiu e eu simplesmente tive a única reação esperada naquele momento.Eu o puxei pra mim e o beijei emocionada.

– Oh Danny, eu senti tanto a sua falta, meu amor... - entre um beijo e outro eu dizia tudo o que queria.

– Eu nunca mais vou sair de perto de você, Lindsay, eu prometo.

– Isso é bom - eu sorri -Como estão as crianças? O Noah?

– Felizmente todos bem, o Noah está um pouco assustado, mas vai se recuperar logo, tenho certeza.

– Ele está em casa?

– Sim, o levei a uma hora atrás e Grace insistiu em ficar com ele, as vezes acho que abusamos tanto dela, mas se eu falar isso tenho certeza que ela irá ficar furiosa.

– Tenho certeza que sim.E Stellla? Jess?

Vi o olhar do meu marido se tornar triste e meu coração se apertou.

– A Stella não sofreu nada grave e está se recuperando rapidamente, mas a Jess... você já deve imaginar que o caso dela é mais grave.Don está desolado.

– Ela vai se recuperar, não vai? - perguntei em um fio de voz.

– Eu estou torcendo para que sim, meu amor.

XXXXXX

– Está pronta pra ir pra casa?

Estava de costas para porta, arrumando a minha bolsa de roupas em cima da cama, virei-me e Mac estava encostado na porta de braços cruzados.

– Não vejo a hora de sair daqui e ir pra casa, estou morrendo de saudades da minha pequena. - era só citar o nome da nossa filha que eu sentia meu coração se apertar de saudades. Mac se aproximou fez com que eu me virasse para ele.

– Não chore, meu amor... seu que está sentindo falta dela, mas daqui a pouco vai ter a Elise nos seus braços.

– Não estou chorando somente por isso, Mac, eu... agora me dou conta que muita coisa poderia ter dado errado lá e eu poderia estar morta agora e como ia ser tudo?

– Confesso que quase enlouqueci quando descobrir que você e nossa filha estavam nas mãos daquela psicopata da sua irmã e tudo piorou quando você praticamente entregou sua vida nas mãos dessa mulher.

– Desculpe por isso, mas eu não sabia mais o que fazer e estava tão desesperada.

– Amanhã a Nathalie vai ser interrogada também, acredite, mesmo depois da pancada que levou na cabeça ela se recuperou muito bem e em muito pouco tempo.

– Vaso ruim não quebra.

– O que mais me surpreende é que mesmo sendo irmãs vocês são tão diferentes.Fico feliz que tenha escolhido a irmã certa.

Ele sorriu e eu dei um leve tapa no seu braço, depois o beijei com carinho.

– Vamos logo senhor Taylor, antes que você mude de ideia.

Durante todo o trajeto para casa eu fiquei em silêncio e agradeci mentalmente por Mac entender que eu precisava daquilo.Me peguei pensando em tudo o que tinha acontecido, nos Messer, nos Flack e principalmente na Jess.

Eu passei o resto do dia na companhia da minha família, dei o dia de folga para a babá.

– Devia ter dispensado elas por algumas semanas. - Como eu ainda conseguia me arrepiar todo vez que ouvia a voz do meu marido tão perto de mim? Mac me abraçou de costas e sussurrou em meu ouvido e pra mim não existia nada mais sexy do que aquilo.

– Sabe muito bem que não vou aguentar tanto tempo em casa. - falei enquanto olhava nossa filha dormir no berço.

– Nem se eu pedir e dizer que fico com você?- Me virei surpresa, mas ele não me soltou.

– Você ficar em casa? Isso sim seria algo difícil de acreditar.

– Pois pode acreditar, meu amor, porque é exatamente o que eu vou fazer.

XXXXXX

Eu tentei de todas as formas fazer com que a Stella ficasse em casa, mas ela insistiu que precisava acompanhar o depoimento da Nathalie, agora que ela estava de alta e recuperada.Ela me acompanhou até a delegacia, e ficou da outro lado escuro do vidro, junto com Danny e Lindsay.Acabei tendo que conduzir o depoimento sozinho.

– Quero que me conte quem mais além do Ben participava dessa quadrilha.

– Antes de tudo gostaria de dizer que você é um péssimo detetive, sabia? Porque mesmo com todo esse esquema montado para proteger a sua equipe, eu consegui capturar todas as elas e bem debaixo do seu nariz.

– Não me venha com isso agora, Nathalie, você conseguiu passar por cima de tudo isso somente porque teve ajuda e nada me tira da cabeça que tem alguém do laboratório metido nisso.

– Detetive Taylor sempre tão esperto - ela deu mais um daqueles sorriso e eu senti vontade de deixar que a minha raiva falasse por mim.- Não tenho nada a perder escondendo mais nada.Eu tenho uma equipe muito bem estruturada e claro, tenho membros da polícia também e uma pessoa muito próxima a você, Mac.Se lembra de Jackson? Sim, o amiguinho da Lindsay, ele se infiltrou no laboratório para me passar todas as informações possíveis, inclusive sobre a investigação do famoso assassino que vocês procuraram por meses... Mas ele quase jogou tudo no lixo quando se aproximou da Lindsay e quase perdeu o emprego, felizmente o bom detetive Taylor deu uma segunda chance e facilitou tudo pra mim, mas não adianta ir atrás dele agora, uma hora desses Jackson deve estar vendo as estrelas e não tem a menor chance de contar mais nada.

– Não precisa, você já disse tudo que eu precisava, levem ela daqui.

Nathalie foi levada pelos policiais e eu fiquei olhando para a porta fechada que a poucos segundos ela tinha saído, mas um pouco depois Stella apareceu e me olhou preocupada.

– Está tudo bem? - ela se sentou na cadeira onde Nathalie estava e segurou minha mão por cima da mesa.

– Nunca me senti tão incompetente em toda a minha vida, por minha causa eu quase perdi vocês e nunca ia me perdoar de algo mais grave tivesse acontecido.

– Não fale assim, querido, não foi sua culpa, Nathalie mesmo disse que teve ajuda aqui dentro e como você ia imaginar que o Jackson ia ser um dos membros da quadrilha?

– Eu tinha obrigação de saber - falei um pouco mais alto me levantando - Sou o chefe desse laboratório e tenho a obrigação de zelar pela segurança dos meus funcionários.

Stella me olhava e logo se aproximou, me puxando para uma abraço.

– Não fala assim, meu amor, Nathalie vai pagar por tudo que fez e a justiça vai se encarregar disso, vamos pra casa descansar disso tudo?

Nos afastamos e eu dei um suave beijo em seu lábios, antes de pegar em uma das sua mãos e sair dali.Em poucos minutos estávamos no estacionamento no nosso carro em direção a nossa casa e quando chegamos encontramos a babá ninando nossa filha.

– Obrigada Maria, pode ir pra casa que agora eu assumo.

Depois que babá foi embora ficamos somente eu, Stella e nossa filha.Enquanto ela colocava nossa pequena no berço eu resolvi tomar um banho e tentar tirar um pouco daquele peso das minhas costas.A água do chuveiro parecia levar todo o meus medos embora e finalmente eu conseguia sentir um alivio grande por ter minha família bem e do meu lado.Quando sai do banheiro com apenas uma toalha amarrada na cintura,Stella estava sentada na cama, e com os sapatos jogados no chão.

– Você parece bem cansada.

– Vou ficar bem - ela balançou a cabeça de um lado para o outro tentando com isso relaxar um pouco. - Só preciso toar um banho também, acho que isso melhora tudo.Mac, quanto tempo de cadeia você acha que a Nathalie vai pegar?

– Uns quinze, vinte anos ou até mais. - Stella retirou seu casaco e logo depois a blusa que usava por baixo, ficando de sutiã e calça. - Formação de quadrilha, assassinato ela não vai conseguir sair tão cedo assim.

– É tão estranho descobrir alguém da família dessa forma, daria tudo para que essa história toda tivesse um final diferente. - ela ficou em pé e retirou a calça, ficando somente de roupas intimas.

Era magnífico ver ela dessa forma, sua pele morena em contraste com a lingerie branca era a visão de uma deusa.

– Você está linda meu amor.

– O que?

– Eu disse que você está linda - ela sorriu.

– Porque mudou de assunto tão rápido, detetive?

– E como eu consigo me manter concentrado com você na minha frente dessa maneira? Isso é castigo comigo, Stella.

– E você vai ficar só me olhando?

Ela era a mulher mais especial de todas e nem Claire, Peyton ou qualquer outra que eu tinha me envolvido emocionalmente chegava aos seu pés. Stella era a mulher completa, linda, companheira e o melhor de tudo era que era a minha esposa, no papel ou não eu sabia que ela era minha e que ia ser assim pra sempre.

Eu simplesmente sorri para ela antes de puxa-la para meus braços e beija-la com paixão, acabamos caindo na cama dando gargalhadas e eu fiquei feliz por ser a causa disso.Ela estava feliz, feliz comigo e isso era algo mágico.

– Eu te amo, Stella Taylor.

– Eu te amo, Mac Taylor.

XXXXXX

Eu me sentia exausto.Minha barba não era feita a vários dias e pra dizer a verdade estava com uma aparência um pouco assustadora e só notei que realmente precisava dar um jeito naquilo quando peguei Max no colo e ele pareceu se assustar, chorando por vários minutos depois. Jessica tinha melhorado, mas ainda não tinha recobrado a consciência eu sentia que tinha perdido a minha esposa, mas nem por isso podia abandonar nossos filhos e tinha certeza que ela ia me matar se eu fizesse isso, por esse motivo agora estava com a chave de casa nas mãos, entrando vagarosamente no nosso apartamento depois de vários dias sem voltar pra lá.Era estranho ficar naquela casa sem ela e ainda mais quando a mulher que cuidava dos nossos filhos não era ela.A babá da vez era uma senhora de uns cinquenta anos, bem amorosa e melhor de tudo, segundo a própria Jess, tinha quase idade pra ser nossa mãe.Ciúmes.

– Como vai senhora Owen? Como os meninos passaram o dia hoje? - entrei no quarto dos meus filhos no mesmo momento em que ela colocava o pequeno Aeron no berço.

– Estão sentindo saudades da mãe, estão bem irritados ultimamente.Sei que quer ficar perto da sua esposa, Donald, mas seu filhos também precisam de você agora.

– Eu sei disso e é por esse mesmo motivo que estou aqui... confesso que me partiu o coração deixar a Jess lá, mas fiz o médico me prometer que qualquer mudança nela é pra me avisar.

– Ela vai melhorar e voltar pra casa, eu tenho certeza que sim.Bem, preciso ir agora,, vai precisar de mais alguma coisa?

– Não obrigada senhora Owen, pode tirar o dia de folga amanhã, eu vou ficar com os garotos.

– Tudo bem, mas se precisar de alguma coisa pode me ligar.

– Obrigado.

O dia seguinte foi bem tranquilo e o Max e o Aeron pareciam felizes por me te por perto, de alguma forma eu acreditava que estava ajudando meus filhos a superar a saudades que sabiam que eles sentiam da mãe.Um dia depois da minha folga eu recebi um telefonema que me deixou um pouco atordoado, minha mãe estava também no hospital e pedia pra me ver porque tudo levava a crer que não se salvaria dessa, porque a alguns meses tinha descoberto um câncer de mama e tinha escondido isso de mim. Agora eu teria que ir até sua cidade e ela ficava a mais de 500 quilometros de Nova York.

– Eu não sei quanto tempo vou ter que ficar por lá, Lindsay, mas me prometa que qualquer coisa que acontecer com a Jess vai me ligar?

– Vai tranquilo, Don, eu te aviso.

– Vai logo, cara, sua mãe precisa de você agora.

Lindsay e Danny eram grandes amigos e ela praticamente me obrigou a deixar o Aeron e o Max com ela, fazendo assim que eu dispensasse a senhora Owen por algum tempo o que até foi bom pra ela de alguma forma, porque precisa visitar uma filha que estava grávida. Esses dias não estavam sendo nada fáceis e saber que duas mulheres tão importantes da minha vida estavam tão debilitadas me fazia ver que eu tinha perdido tempo com pequenas coisas ao invés de aproveitar a companhia de cada uma delas por mais tempo.

No mesmo dia em que recebi a notícia da internação da minha mãe eu parti, deixando um pedaço do meu coração junto com a Jess e as crianças e na esperança de que tudo estivesse melhor quando voltasse e que quando eu chegasse naquele hospital onde minha mãe estava internada eu também recebesse um boa notícia, ela não poderia morrer, não agora que eu me sentia tão sozinho.

Quando cheguei em o estado de saúde da minha mãe era bem delicado e eu senti a vida dela por um fio, não fui um filho muito presente nesses últimos tempos e vendo ela tão mal agora me fazia sentir ainda mais péssimo do que antes.

– Que bom ver você Donald, como está a Jessica e as crianças?

Foi a primeira coisa que ela me perguntou quando entrei no seu quarto.

– As crianças estão bem, mas a Jess... mamãe ela está internada a alguns dias e... eu não faço ideia de quando vou poder falar com ela novamente. - falei tentando segurar a emoção.

– Oh querido eu sinto muito, se soubesse não teria te chamado aqui, você precisa ficar do lado da sua família e não aqui.

– Você é minha mãe e eu viria de qualquer forma e estou muito bravo por você não ter me chamado antes, apesar que também tenho culpa por não... te visitado antes.

– Está tudo bem meu filho e o mais importante agora é que veio se despedir de mim.

– Não fala assim mãe, você vai viver por muito tempo ainda.

– Eu não sei Donald, na noite passada eu sonhei com o seu pai e acredito que ele veio me chamar para ir com ele, talvez já tenha chegado a minha hora.

Depois da minha chegada, minha mãe conseguiu viver por mais duas semanas antes de fechar seus olhos para sempre.Samantha, minha irmã estava desolada e eu não sabia nem o que dizer a ela, no enterro permanecemos abraçados por muito tempo e quando o caixão da nossa mãe foi abaixando vagarosamente eu apertei ela um pouco mais forte nos meus braços, ganhando com isso uma força pra mim.Por mais que eu estivesse sentindo saudades da minha família em Nova York eu senti necessidades de ficar um pouco mais.

No dia que resolvi voltar pra casa, Samantha me levou até o aeroporto.

– Tem certeza que não quer vir comigo? Você vai ficar aqui tão sozinha.

– Eu vou ficar bem, Don, além do mais tenho meu trabalho aqui e só tirei alguns dias por causa do velório da mamãe e agora preciso correr atrás.

Acariciei o rosto da minha irmã com carinho e depois beijei sua testa.

– Qualquer coisa me ligue se precisar de alguma coisa, qualquer coisa.

– Eu ligo sim.

Eu me senti culpado em deixar Samantha ali sozinha, porque sentia que deixava ela a própria sorte, mas minha irmã já era adulta e odiava que a tratasse como uma adolescente.Cheguei em casa e senti um perfume conhecido no ar, mas achei que fosse coisa da minha cabeça afinal de contas estava a tanto tempo fora de casa.Joguei a minha pequena mala no chão da sala e me joguei no sofá, fechei os olhos na vaga esperança de cochilar um pouco.

– Donald Flack, o que pensa que está fazendo? - quase cai do sofá e ainda assustado tentei localizar de onde vinha aquela voz ou se mais uma vez estava delirando.Mas ela estava ali, parada na porta e vestia um vestido de algodão florido e me olhava muito séria, com as duas mãos na cintura.

– Jess?!

– Esperava outra pessoa detetive? Não vai me dizer que arrumou outra só porque fiquei algumas semanas internada?

– Você morreu e veio se despedir? Ninguém me contou nada...

Ela começou a rir e eu fiquei mais perdido do que nunca.

– Você bebeu Don? Eu estou aqui, em carne e osso. - ela ficou séria novamente. - Me toque, venha aqui...

Eu fiquei olhando pra ela por alguns segundos antes de finalmente levantar do sofá e ir em sua direção, a cada passo nossa distância diminuía e eu podia ouvir o coração dela bater acelerado.Ela esticou um dos braços para que eu a tocasse e nessa hora eu já chorava de felicidade e a puxei de encontro a mim.

– Eu... eu senti tanto sua falta, eu achei que fosse te perder Jess.Nem posso acreditar que está aqui comigo e estou com tanto medo que isso seja um sonho.

– Eu estou aqui de verdade meu amor - ela segurou meu rosto entre sua mãos e eu pude ver que assim como eu Jess estava muito emocionada, logo a beijei com todo o amor que podia e fiquei assim por tanto tempo que não saberia dizer.Quando nos afastamos cada um sorria para o outro.

– Quando você voltou pra casa? Porque ninguém me contou?

– Quando abri meus olhos a primeira pessoa que vi foi a Stella e s perguntei por você, isso tem uns dez dias... ela me contou o que aconteceu com a sua mãe e eu pedi, praticamente implorei para que ela não te contasse nada, eu queria fazer uma surpresa, mas quase me arrependi quando você quase teve um ataque do coração.

– É tão bom ver você aqui do meu lado, eu não ia suportar perder você também, Jessica.

– Sei que o que vou dizer é um pouco cafona, mas, nascemos um para o outro e eu te amo, amo o que construi com você e te ainda mais por ter me dado o meu em mais precioso, nossos filhos.

– Falando neles, onde estão agora?

– Dormindo - ela sorriu - Senti tanta falta de pegar eles no colo, de ouvir seus chorinhos, até de trocar fraldas.

– Se eles estão dormindo isso quer dizer que temos um tempo?

– Um bom tempo eu diria - sem esperar mais um segundo sequer eu praticamente pulei em cima dela e cai por cima dos eu corpo em no sofá e entre um beijo e outro dizíamos juras de amor enquanto nos amávamos.

XXXXXX

Era um dia lindo, tudo perfeito para o primeiro dia depois de tanto tempo que eu tinha finalmente a minha equipe completa.Eu olhava Adam e Sheldon passar em frente a minha sala sorrindo de alguma coisa, Lindsay mostrar alguns papeis para um atento Danny, Don e Jess caminhar junto com Sid até a sua sala.Stella passar no corredor e sorrir pra mim, antes de entrar na minha sala.

– Tá tudo bem querido? Parece que está em outro planeta.

– Não cheguei a tanto, só estou aliviado que tudo tenha voltado ao normal e que nossa equipe esteja de volta.

– Já estava sentindo falta disso, cada pessoa desse laboratório tem a sua importância e todos aqui são como uma família pra mim.

– Don e Jess chamou todos da equipe para um jantar na casa deles hoje, vamos? Disse que ia confirmar com você se tudo bem.

– Claro que sim, nosso primeiro jantar depois de tudo vai ser bom.Preciso visitar uma cena agora, nos vemos mais tarde. - ela se aproximou um pouco da minha mesa e inclinando-se sobre ela me beijou suavemente - Até mais.

Conforme as horas foram passando o laboratório foi se esvaziando, Lindsay e Danny antes de ir pra casa passaram na minha sala confirmando o jantar e que todos nós nos encontraríamos na casa do Don e da Jess.Eu olhei no relógio e vi que Stella já devia ter voltado a muito tempo, foi quando vi Don passar em frente a minha sala e fiz sinal para que ele entrasse.

– Você sabe onde a Stella está? Ela foi com você na cena, não foi?

– Sim, mas eu não a vejo tem algum tempo.A última vez foi quando nos despedimos na cena do crime e ela disse que ia passar aqui antes pra vocês dois irem juntos pra casa.

– Ela não apareceu ainda - peguei o telefone e liguei para seu celular por diversas vezes, mas ela não atendeu.

XXXXXX

Estava deitada na cama, na verdade jogada na cama e não sentia a menor vontade de sair de lá tão cedo.Estava tão mal que não senti vontade de atender meu celular que insistia em tocar na sala, mas depois me dei conta que não tinha avisado ao Mac que ia pra casa e ele provavelmente deveria estar preocupado com a minha demora.

– Alô?

– Stella, onde você está? Já chegou em casa? Está se sentindo bem? - ouvi ele fazer uma pergunta atrás da outra, preocupado.

– Mais ou menos, deve ser alguma coisa que comi. Eu estava indo para o laboratório me encontrar com você quando me senti mal e achei melhor ir pra casa e descansar um pouco antes de ir na casa dos Flacks.

– Você devia ter me ligado imediatamente, Stella, fiquei preocupado, mas já estou indo pra casa, daqui a pouco estou ai, beijo.

– Beijos.

Caminhei vagarosamente até a cozinha ainda sentindo um pouco de tontura e resolvi tomar um chá pra ver se as coisas melhoravam o que acabou não ajudando muito, enquanto praticamente todo o chá verde que tinha na minha xícara esfriava, eu abaixei a cabeça em cima da mesa usando meus braços como apoio.

– Stella? - Mac estava do meu lado.Como ele tinha chegado tão rápido? - Você está pálida, acho melhor leva-la para o médico.

– Não Mac, de verdade eu já estou bem melhor, vou tomar um banho agora e tenho certeza que vou melhorar completamente, não quero me atrasar para o jantar.

– Eu vou ligar para o Don e avisar que não vamos, você não está em condições de sair de casa hoje.

– Nem pensar, eu já disse que estou melhor e nós vamos nesse jantar.

– Stell você...

– Nós vamos nesse jantar, Mac, eu vou ficar bem.

– Promete que se sentir alguma coisa mais forte vai me avisar?

– Eu prometo.

– Você é tão teimosa Stella que mesmo se tivesse em uma cama de hospital não ia faltar nesse jantar por nada.

– Me conhece muito bem, sabe que eu faria isso mesmo.Bem agora vou toma meu banho. - o beijei e me afastei.Felizmente aquela água fria me fez muito bem e pude notar que estava realmente bem melhor.Cerca de uma hora depois já estávamos a caminho da casa da família Flack. Quando chegamos só faltava Adam e ele chegou pouco depois de nós três.Jessica parecia muito bem e estava muito feliz com os dois filhos nos braços e Don olhava sorrindo para a esposa por diversas vezes, Danny segurava o pequeno Connor nos braços, enquanto Lindsay e Sid brincavam com o Noah e a Lucy no tapete da sala.Adam começou um papo sobre mulheres com Sheldon e por diversas vezes os dois riam entre eles.Para variar Elise dormia nos braços do pai.

– Eu estou louco para aumentar a família, mas Lindsay disse que sou louco por querer uma filho agora.

– Isso é uma decisão que temos que pensar com muito cuidado, já te disse isso milhares de vezes. - ela falou enquanto entregava um carrinho para o Noah.

– Você nasceu pra ser mãe, Lindsay, se eu fosse a metade do que você é já ficaria feliz. - Jess falou enquanto entregava Max para o marido.

– Todas somos boas como mãe e tanto eu como você e a Stella aprendemos com as nossas dificuldades e estamos levando isso muito bem, diga-se de passagem.

– Vocês me dão licença, mas preciso ir ao banheiro.

Me levantei apressada e quando cheguei ao banheiro deixei que tudo o que tinha comido durante o dia fosse pra fora.Ouvi batidas apressadas e fortes na porta,mas não sentia forças para me levantar a abri-la.

– Stella!! Abra essa porta agora mesmo ou eu vou derruba-la. - eu sabia que Mac era bem capaz de fazer isso então reuni minhas poucas forças e abri, todos estavam lá me olhando preocupados, mas antes que Mac fizesse qualquer pergunta Lindsay foi mais rápida.

– A quanto tempo está sentindo isso? Essas coisas?

– Não sei, a umas duas semanas talvez...

– Enjoo, vomito e...

– Pode parar Jess, não é nada disso que está pensando.

– Tem certeza que não? - Sid perguntou sorrindo.

– Oh Deus, será? - perguntei olhando para Mac, que olhava do meu rosto para a minha barriga e logo um sorriso nasceu em seu lindos lábios e eu fui contagiada por ele, logo ele me abraçou emocionado.

– Isso quer dizer que vamos ser tios novamente? Cara, estou adorando isso. - ouvi Adam dizer antes de nos abraçar também e logo todos da equipe fizeram o mesmo.

– Ainda bem que deixei as crianças dormindo no moises, senão seriam esmagados aqui - ouvi Jess dizer.

Eu estava me sentindo tão feliz que não sabia se chorava ou ria de tanta alegria e ver nos olhos do meu marido o mesmo entusiasmo com isso fez meu coração acelerar ainda mais.Tudo estava perfeito e eu podia agradecer por viver aquele momento mais uma vez.

XXXXXX

Estava em pé na porta do nosso quarto e olhava minha família dormir na nossa cama, sim, a minha família completa.Lindsay, Lucy, Noah e o Connor.A poucos dias tínhamos nos mudado para uma casa maior e para variar Grace fez questão de comprar a casa do lado.Era maravilhoso ficar olhando para eles e eu podia ficar assim a noite toda,mas Lucy acordou e ainda sonolenta me chamou.

– Vem papai, tá tarde e cê precisa dormir.

– Já estou indo meu amorzinho.

Caminhei até a cama e me deitei devagar para que os outros não acordassem, Lucy aninhou-se nos meus braços e dormiu logo, mas eu ainda fiquei mais um pouco olhando para eles e agradecendo por te-los do meu lado.Minha família.


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Notas finais do capítulo

Ufa esse foi o maior capitulo que eu fiz e na verdade ainda ele não saiu como eu queria realmente.Gostaria de pedir algo e olha que eu nunca faço isso, mas gostaria que todos que acompanharam a fic nesse tempo deixassem um comentário, do que mais gostou em toda a história, o que não gostou só pra mim ter uma noção do que vocês acharam, pode ser?

Mais uma vez agradeço de coração todos vocês e antes de tirar "minhas férias" do site vou postar um fic Dantana e está quase terminando.
Até a próxima.
PS: Uma curiosidade, pra quem acompanhou desde o começo a fic ia ser totalmente Dantana, mas fui criando espaço para a Stella e o Mac depois Don e Jess e deu no que deu, Ela ia se basear somente no Danny descobrindo que tinha um filho, brigar com a Lindsay por causa disso e ele acabar pedindo ajuda a ela pra cuidar da criança depois que a Nikki morresse, ou seja, praticamente nada do que escrevi depois disso estava nos meus planos e era pra fic ter terminado a muitos capítulos atrás.Foi quase um novela mexicana, eu sei, mas me apaguei tanto a ela que tentei seguir o máximo que deu. :)



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