Apesar De Tudo, Será Que Estarei Ao Seu Lado? escrita por LayneAS


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olá povo, mais um capítulo ai pra vocês.Espero que realmente gostem porque ele foi bem cansativo para concluir e tive até dificuldade.Quero avisa-los que já estou pensando em finalizar a história.

Bom, agora curtam sem moderação.



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Eu ainda estava assustada com o que tinha acontecido e para piorar as coisas as crianças não paravam de chorar e eu fiquei mais do que aliviada ao ver que nada grave tinha acontecido a eles três.Desci do carro e vi que tinha sido atingida por um outro carro pela traseira.

– Está tudo bem? – um homem me perguntou ao sair do seu carro.

– Sim, não nos machucamos, mas o que foi que aconteceu? Você nem estava correndo e na verdade nem tem como, com esse trânsito infernal – falei olhando em volta.

– Estava no celular e me distrai... acabei acelerando sem querer.Mas irei arcar com todo o prejuízo, afinal a culpa foi toda minha. – ele pegou um cartão do bolso e me entregou – Por favor, me ligue no final do dia para acertarmos tudo.

– Tudo bem – voltei para dentro e Lucy, Noah me olhavam ainda assustados, enquanto o Connor ainda chorava. – Vai ficar tudo bem, meus amores. – Finalmente me lembrei de Danny – Meus Deus, ele deve estar morrendo de preocupação.- Peguei meu celular disquei o número de casa e ninguém atendeu e seu celular caiu na caixa postal – Droga! Será que ele está vindo para cá? Só espero que esteja tudo bem...

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A sensação que eu tinha era que estava perdido no meio do espaço, mas era tudo branco.Será que eu tinha morrido? Eu não fazia ideia do que tinha acontecido.Vinha coisas na minha cabeça que não faziam o menor sentido para mim, mas nesse momento estava sentindo uma dor muito forte na cabeça, mas... porque eu não conseguiu abrir os olhos? Onde eu estava?

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– Stella... - Claire se afastou de mim e também olhou para ela, ficamos em silêncio por alguns segundos se trocar qualquer palavra.

– Você é Stella Bonasera. - Claire falou indo em direção a ela, mas eu continuava parado onde estava, olhando para a minha esposa e ela sem desviar o olhar.

– Na verdade sou Stella Taylor, esposa do Mac. - falou de uma forma firme, olhando diretamente para Claire agora.- aceitou a mão estendida da dela.

– Ela veio conversar, me explicar o que aconteceu.. - consegui falar enfim .

– Isso é bom, mas o que foi decidido? Você já escolheu com quem vai ficar? - a muito tempo eu não via raiva nos olhos da Stella e sua palavras chegaram a me assustar.

– Stella... eu ainda amo o Mac, não posso e nem quero esconder isso, mas ele quer você agora.Por favor, não o jogue fora, porque se fizer isso e vou estar bem perto para recupera-lo, é bom que você saiba disso.

Claire meu deu um último olhar

– Conversamos outra hora, Mac. - ela me deu um pequeno sorriso e saiu.Confesso que senti medo quando vi ela partir. Era como se Claire estivesse "morrendo" novamente, eu não queria que ela sumisse, desaparecesse de novo.Tínhamos vivido muitos bons momentos juntos e poderíamos continuar amigos, ou não? Mas nesse momento eu não queria pensar nisso, agora tinha que resolver algo muito mais importante.Olhei para Stella e ela me olhava como se estivesse esperando uma explicação.

– O que ela estava fazendo aqui?

– Você sabe que isso ia acontecer, Claire precisava me procurar e conversar, mas foi só isso. - Eu me aproximei com cautela e Stella desviou o olhar, eu notei que ela se segurava pra não deixar que as lagrimas rolassem pelo seu lindos olhos.- Stella...

– Coloque-se no meu lugar, Mac, como acha que me senti quando abri a porta da sua sala e vi você aqui, abraçado com a mulher que amou por tanto tempo... - ela me olhou com desespero e senti meu ar faltar. - Eu tento colocar na minha cabeça que devo confiar em você, que sei que você me ama, mas... tudo isso foi por água abaixo quando abri essa porta e vi vocês dois abraçados, Mac... Só de vê-los assim hoje eu senti que... Meu Deus, a história de vocês não terminou.

– Você não vai fazer isso de novo, não é? - eu a segurei carinhosamente pelo braço fazendo com que Stella me olhasse. - Nem pense na possibilidade de me abandonar de novo senhora Taylor, dessa vez eu não vou deixar você sumir da minha vida e farei o que for preciso para ter você sempre do meu lado, sempre.Eu te amo Stella e vou dizer quantas vezes for preciso que é com você que eu quero ficar, até se sentir segura o suficiente e ver que não precisa sentir medo, eu não vou te deixar por causa da Claire, entende isso meu amor.

Ela me deu um sorriso ainda triste e me abraçou, eu a segurei com medo que Stella desaparece dos meus braços.

– Me desculpe querido, mas esse últimos dias estão sendo complicados pra mim.

– Eu não consigo aceitar que sou a causa de todo esse seu sofrimento e ver você assim acaba comigo. - eu a beijei suavemente nos lábios e depois sua testa e a abracei novamente. - Tudo vai ficar bem meu amor, mas por favor, não sofra mais por isso, não duvide do que eu sinto por você.

– Eu vou tentar, mas você vai ter que me convencer de que me ama de verdade. - ela sorriu insinuante;

– E por onde seria o melhor caminho? - a puxei de encontro a mim e já sentia meu corpo responder aquele contanto.

– Que tal irmos para casa e descobrir isso?

– Agora? No meio do expediente?

– Nós somos o chefes aqui, será que isso é o suficiente para aceitar a minha oferta, concorda senhor Taylor?

– Completamente

Mas assim que eu e Stella estávamos saindo para pegar o elevador, Adam veio ao nosso encontro, e parecia apavorado.

– Mac! - gritou no começo do corredor e eu e Stella no viramos. - Espera! - ele correu em nossa direção.

– O que foi, Adam? Qual o problema?

– Um acidente, Mac, com o Danny e parece que é bem grave.

– Oh mas o que aconteceu? E a Lindsay? Já sabe? - ouvi Stella perguntar.

– Eu não sei ainda como foi, mas acabaram de ligar aqui falando do acidente e sobre a Linds, eu não faço ideia.

– Para onde os levaram, Adam? - perguntei apertando o o botão do elevador.

– Para o hospital American.

– Estamos indo para lá agora mesmo, avise a todos da equipe, inclusive a Lindsay.

– Pode deixar chefe.

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Eu estava chegando em casa quando recebi o telefonema do Adam, e ele gaguejava tanto que já sabia que tinha alguma coisa errada.

– Adam, calma e me conta logo o que aconteceu.É alguma coisa com o Danny? Ele está bem?

– Ele sofreu um acidente gravíssimo e eu... caramba porque Mac pediu que eu ligasse?

– Adam! - gritei já bem nervosa.

– Aah desculpe, Lindsay eu nãos ei como ele está, mas acho melhor se apressar.

Depois que ele me passou para onde tinha levado meu marido, passei na casa da Grace pedindo que ela ficasse com as crianças.

– Desculpe passar sem avisar, mas... eu preciso que fique com eles. - pedi chorosa. - Só confio em você.

– Querida o que foi? O que aconteceu?

– É o Danny, ele... sofreu um acidente e está internado em estado grave.

– Oh Lindsay... Pode ir tranquila que eu fico de olho nesses anjinhos, mas á com calma na direção, ok?

– Pode deixar Grace e obrigada - dei um beijo no rosto dela e sai.

Sentia uma grande angústia dentro de mim, Danny era um homem forte, jovem e eu mesmo não sabendo o que tinha acontecido, tinha a certeza que ele ia se recuperar, afinal ele tinha me prometido nunca me deixar sozinha.Quando cheguei no hospital, entrei apressada e com o coração na boca, felizmente Mac e Stella já estavam lá.

– Sabem de alguma coisa? Como ele está?

– Lindsay, o acidente foi bem grave - Mac me olhava como se quisesse me conformar com os olhos, senti o ar faltar. - Ele sofreu um acidente de carro, ainda não sabemos onde ele estava indo, mas aprecia dirigir feito louco, o que eu acho estranho porque Danny sempre foi responsável em relação a isso.

– Oh Meu Deus - me sentei na cadeira mais próximo e Stella veio me socorrer - Ele estava indo atrás de mim, eu estava com as crianças parada no trânsito e enquanto falava com ele pelo celular um carro bateu no meu carro, acabei deixando o celular cair no chão e perdi contato com ele.

– O que fez Danny sair de casa correndo ao seu encontro - Stella completou.

– Ele está assim por minha culpa.

– Claro que não querida, não pense dessa forma, ok?

– A sorte dele foi que o carro bateu do lado do passageiro, caso contrário...Lindsay, Danny está vivo e lutando pela vida e vai conseguir, você vai ver. - Mac também sentou do meu lado, apoiando um mão no meu ombro.

– Eu queria acreditar muito nisso Mac, mas... caramba eu estou sentindo tanto medo agora.Eu não posso perder ele, eu não vou ter forças se isso acontecer, eu não vou...

– Você não vai perde-lo, olha pra mim Linds - Stella segurou me rosto entre suas mãos - Se apegue nisso, minha amiga, vamos pensar positivo.

– Tudo bem - sussurrei.

Um pouco depois Sheldon e Adam apareceram querendo saber notícias, logo Sid também.Estávamos todos reunidos ali e eu agradeci por ter o pessoal do laboratório ali perto de mim, eu não saberia o que fazer se estivesse ali sozinha.

Poucas horas depois quando estava apavorada sem notícias, um médico apareceu.

– Acompanhante de Daniel Messer?

– Eu sou a esposa dele, então doutor, como o meu marido está? - estava ansiosa demais e não parava de esfregar minhas mãos, uma na outra.

– Sou o doutor Gary. O senhor Messer está recobrou a consciência e está respondendo a medicação.

– Graças a Deus - senti um alivio invadir meu peito. - Posso vê-lo?

– Tem algo que precisa saber antes disso, senhora Messer.

– Eu preciso vê-lo doutor, eu preciso olhar nos olhos do meu marido.

– Lindsay, escute o que o doutor tem para dizer. - ouvi Stella pedir, mas estava cega de felicidade e não queria ouvir nada.

– Ele está dormindo agora senhora Messer, se quiser, vou pedir para uma enfermeira acompanha-la até o quarto dele.Podemos conversar depois.

– Eu realmente ia agradecer muito se fizesse isso por mim, doutor Gary.

um pouco depois sai dali com uma enfermeira e tinha a leve ilusão que tudo ia ficar bem agora.O doutor Gary ficou na recepção do hospital conversando com os meus amigos.Eu até senti curiosidade de saber o que eles falavam, mas minha vontade de ver o Danny era maior do que tudo.

XXXXXX

Depois que o doutor Gary saiu, eu olhei para Stella e todos ali presentes.Lindsay ia precisar de todos nós nesse momento.O doutor parecia preocupado quando ela saiu para ver o marido e eu já imaginava que tinha alo a mais.

– Como você acha que ela vai reagir quando descobrir? Vai ficar arrasada - Sheldon falou próximo a mim.

– Nem quero pensar muito nisso, vamos ter que aguardar.

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Quando a enfermeira abriu a porta eu o vi deitado na cama do hospital e parecia dormir profundamente, parecia bem.

– Vou deixar você com ele por alguns minutos. -a a enfermeira me falou antes de sair e eu agradeci antes de voltar minha atenção para ele.Fiquei em pé do lado da sua cama e acariciei seu rosto.

A verdade era que era um pouco assustador ver ele com alguns arranhões e com um curativo no alto da cabeça.

Eu não sei exatamente quanto tempo fiquei ali olhando para ele e segurando sua mão.Sei que era impossível enfermeira ter me esquecido ali, mas agradecia por ficar ainda mais tempo do lado dele.

Eu vi quando ele abriu os olhos lentamente e prendi a respiração.Quando finalmente Danny me olhou e sorri para ele.

– Oi querido como você está? Se sente melhor?

– Eu... onde eu estou? - ele parecia bem confuso e olhou ao redor depois fechou os olhos rapidamente como se com isso a dor que poderia estar sentindo pudesse diminuir.

– Está em um hospital querido, mas vai ficar bem.

Ele me olhou parecendo mais confuso ainda.

– E espero... que sim doutora, porque sinto meu mundo... rodar e minha cabeça parece... parece que vai explodir.Mas... onde está minha mãe? Onde está a minha namorada? Eu... poderia vê-las?

– O que? Mas... Danny... - minha ficha caiu de uma vez e eu tive que me sentar pra entender tudo aquilo.Agora sabia o que tanto o doutor Gary queria me contar e também sabia que ele não acreditava que Danny fosse acordar agora porque nunca teria me deixado entrar sem me contar o que tinha acontecido com o meu marido.

Quando olhei para ele novamente, Danny já estava dormindo.Grossas lágrimas cairam pelo meu rosto e eu senti minha vida acabar.

– Não Danny, por favor, não... Você precisa se lembrar de mim, você precisa.

Coloquei as mãos no rosto e sentia que o ar faltava dentro de mim e a dor me consumiu.O doutor Gary entrou um pouco depois.

– Senhora Messer, está tudo bem?

– Não doutor, não está tudo bem - falei enxugando meu rosto e ficando de pé. - Dannny não se lembra de mim, ele acordou e falou comigo como se eu fosse uma desconhecida.

– Ele acordou? - ele pareceu bem surpreso. - Mas isso aconteceu muito rápido e...

– Isso não vem ao caso agora doutor Gary, o que eu quero saber é quando vou ter meu marido e minha vida de volta. - perguntei cheia de esperança que ele me dissesse que no máximo dois dias tudo estaria do mesmo jeito, mas o olhar do doutor me fez ver que estava completamente errada.

– Sinto muito senhora Messer, mas a memória do Daniel pode demorar muito tempo pra ser recuperada ou...

– Ou? - insisti com o coração na mão.

– Ou pode ser que ele nunca a recupere.A pancada que ele levou na cabeça foi muito forte e teve sorte e não ter sofrido um traumatismo craniano.Eu realmente sinto muito.

– Oh Danny - me virei para ele, dormindo profundamente naquela cama.O que seria de mim dali por diante? O que eu ia fazer da minha vida?

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Eu ainda não fazia idéia de como Jess e Stella ainda sequer tivessem desconfiado da proteção policial que Mac tinha providenciado para as duas.Certa noite acordei se me sentei em um cadeira do nosso quarto e fiquei vendo minha esposa dormir profundamente.

Jessica Angell Flack, minha esposa e a mulher que eu mais amo nesse mundo.Eu não podia permitir que ninguém a machucasse, ou que ousasse chegar perto dela ou do meus filhos.Eu não sei quanto tempo fiquei por ali, mas quando dei por mim já estava amanhecendo e eu tinha prometido para a Jess que ia acorda-la um pouco mais cedo para dar uma passada no hospital e ver como estava as coisas.

– Jess, acorda meu amor - beijei suavemente o seu rosto e ela abriu os olhos vagarosamente.

– Bom dia querido- ela deu um sorris e levantou-se decidida. - Vou tomar uma ducha, vem comigo?

– Eu adoraria senhora Angell, mas ainda preciso preparar nosso café da manhã e o dos bebês também, sabe disso - estava bem próximo a ela e segurei seu queixo com umas das mãos..

– Eu sei que sim, você é um pai muito aplicado detetive, sabia?

– Sei que sim, tive uma ótima professora - a beijei carinhosamente e sai do quarto logo depois.

Quando já estava quase tudo pronto ela entrou na cozinha, empurrando o carrinho de bebê duplo com nossos dois filhos.

– Como eles estão? - me aproximei e Aeron e Max dormiam tranquilamente.

– Muito bem, lindos como sempre. - de repente seu sorriso sumiu e Jess me olhou com tristeza. - O que vai ser da Lindsay, Don?

– Eu não sei, mas ela vai precisar do nosso apoio agora mais do que nunca.

– Imagino como deve ser difícil.Don?

– Sim? - a olhei no fundo dos olhos e ficamos nos encarando por algum tempo.

– Quem está nos ameaçando? Qual o motivo de a vários dias uma viatura de policia me acompanhar em todos os lugares?

– Eu achei que você nme tinha notado.

– Você sabe muito bem que eu ia descobrir isso em algum momento.E então? O que é?

Eu a puxei vagarosamente pela mão e a fiz sentar no meu colo, quando me sentei na cadeira da mesa da cozinha.

– Você sabe que aquele assassino voltou a fazer novas vitimas, não sabe?

– - Sim, não se fala em outra coisa.

Ele tem deixado alguns...

– Alguns?

– Alguns bilhetes ameaçando membros da nossa equipe e tudo nos leva a crê que, se trata de você e da Stella.Pode ter mais pessoas, até a Lindsay, ainda não sabemos.Estou apavorado, Jess porque esse assassino pode estar em qualquer lugar e nós não fazemos ideia de quem possa ser e o porque de querer nos ameaçar dessa forma.

– Você não podia ter me escondido isso, Don, Não só eu posso estar correndo perigo como os nossos filhos também.

Jess levantou do meu colo e andava pela cozinha nervosa.

– E se ele pegar as crianças? E se ele vier atrás deles?

Fui até ela e a abracei, senti que ela chorava nos meus ombros e a segurei com mais força.

– Antes dele fazer isso nós vamos pega-lo, eu prometo pra você.

– Eu não quero que se machuque, Don, eu quero você inteiro, aqui do meu lado.Isso eu quero que você prometa, não vou suportar ficar sem você.

– Eu que não iria conseguir viver se vocês...

– Don...

– Tudo bem, eu prometo.

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Eu estava me sentindo estranha e sentia como se nada fizesse muito sentido.Me sentia perdida.A única coisa que me mantinha viva era meu trabalho e meus pequenos anjinhos.Danny se recuperava bem felizmente, mas não fazia idéia de quem eu era.Eu evitava ir até o quarto dele, porque era dolorosa demais não ser reconhecida, aproveitava quando ele estava dormindo e ia até ele.Sentia vontade de beija-lo e abraça-lo forte, mas tinha que me contentar com um simples carinho no rosto ou um selinho rápido.Quando voltei para a recepção, Sid me esperava e eu agradecia que ele estivesse ali comigo.

– Trouxe um café pra você querida.

– Obrigada Sid - eu aceitei segurando com a mão um copo com um café fumegante sem tocar nele.

– Stella e Jessica acabaram de ligar para saber notícias, pediram mais um vez mil desculpas por não vir porque não conseguiram ninguém para ficar com as crianças, e você sabe... que com essas ameaças acontecendo, o Mac e o Don não querem sair perto delas.Mas não dou muito tempo para que todos apareçam aqui, com criança e tudo. - ele sorriu.

– Eles são os melhores amigos que eu tenho e não sei o que seria de mim sem vocês.

– Nós amamos você Lindsay - ele me puxou carinhosamente fazendo com que eu apoiasse minha cabeça em seu ombro. - Sabe que a considero como uma filha, não é?

– Sei sim - respondi enxugando mais uma lagrimas.

Começamos a ouvir uma voz alterada e levantei minha cabeça para ver o que estava acontecendo.

– É a Catherine - eu tinha esquecido completamente de avisar a mão do Danny o que tinha acontecido, eu sabia que ela tinha o direito de saber, mas nada me deixava mais apavorada do que ver essa mulher novamente.Eu me aproximei de onde ela estava e Sid me seguia.

– Eu exijo ver o meu filho, ou coloco esse hospital de cabeça pra baixo! - ela gritava chamando a atenção de todos.

– Cath - ela se virou e me olhou.Primeiro surpresa e depois parecia furiosa.

– O que você fez com o meu filho? A culpa de tudo isso é sua, não é Lindsay?

– Eu nunca faria qualquer coisa que atingisse o meu marido. - tentei me defender e me manter calma.Não podia perder a cabeça.

– Desde a primeira vez que a vi sabia que não era mulher para o meu filho, ma mulherzinha como você, vulgar, não é boa para nenhum homem da face da terra.

– Olha aqui senhora Messer, não vou permitir que ofenda a Lindsay. - Sid deu um passo a frente, olhava furioso para aquela mulher.

– Vocês poderiam parar com essas discussão ou vamos ter que chamar a segurança para conte-los?- uma enfermeira se aproximou com cara de poucos amigos.

– Vou providenciar que fique longe do meu filho.

–Você não pode fazer isso Catherine, ele é meu marido! - falei apavorada só de pensar na possibilidade de ficar longe do Danny, ia ser demais para mim.Já estava sendo horrível ele nãos e lembrar de nós, mas ficar sem vê-lo? Isso não.

–Eu posso e vou fazer isso. - Cath saiu em direção ao quarto onde Danny estava, acompanhada por um homem muito bem vestido socialmente e eu logo imaginei que fosse seu advogado.A enfermeira ainda tentou barra-la pelo estado alterado que ela se encontrava e que poderia perturbar o paciente, mas Cath disse que ia se conter.Eu ainda tentei ir atrás dela, mas Sid me segurou.

– Espera LIndsay, não vá lá agora.

–Vai saber o que essa mulher vai falar de mim para ele? Ela vai encher a cabeça do Danny contra mim, Sid, o que eu vou fazer? - nesse momento eu já deixava o desespero tomar conta de mim e grossas lágrimas caiam pelo meu rosto.Sid me abraçou.

– Tente se acalmar minha querida, vamos dar um jeito em tudo isso. - Sid me abraçou ainda mais forte e eu tentava acreditar nas suas palavras, eu tinha que fazer isso.Se ficasse longe do Danny ia enlouquecer.

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Eu tinha acabado de voltar do hospital e estava arrasada com tudo aquilo que estava acontecendo com a Lindsay, eu estava triste por eles, afinal de contas, ela e Danny era como uma família pra mim.

Assim que entrei em casa procurei pelas crianças e Alissa estava com Max no colo enquanto o Aeron estava deitado no bercinho.

– Como eles se comportaram? - perguntei ao acariciar o rostinho do Aeron e depois pega-lo no colo.

– Choraram e choraram - ela sorriu pra mim - Mas se comportaram muito bem.Bom Jessica, eu preciso realmente ir.

– Tudo bem Alissa, obrigada - ela colocou Max adormecido no outro bercinho e eu sorri ao olhar para cada um deles.- Que tal tomar um baiozinho, hein meu amor?

Primeiro tirei o macacãozinho verde claro com um leãozinho risonho na frente, que tinha sido presente do Sheldon, depois a fralda que ainda estava seca.

– Já está virando um rapainho? - beijei delicadamente seu nariz.

Depois de preparar o seu banho e deixar a banheira em cima da minha cama, comecei a jogar a água morna no seu corpinho e Aeron ficou em silêncio e parecia me olhar com interesse, eu sorri para ele.

– Acho que nunca vi uma imagem mais linda em todo a minha vida, sabia? - não cheguei a me assustar quando ouvi a voz de Don atrás de mim.

– Nem quando você me viu nua? - sorri maliciosa, sem me virar para ele.

– Essa pergunta foi golpe baixo, Jess. - ele se aproximou e depositou um beijo em meu pescoço e eu senti todo o meu corpo se arrepiar.- Sabia que você está muito sexy assim?


– Sexy? - eu tinha trocado de roupa e vestia uma camiseta velha que era tão grande que mal dava para ver o short que eu estava usando. - Acho que posso acreditar que você realmente me ama, essa roupa está simplesmente horrível.

– Eu acho que você está maravilhosa.- ele me abraçou pela cintura, enquanto eu lavava delicadamente a cabeça do Aeron com seu shampoo. - Dei uma passada no hospital e Sheldon e Adam estavam fazendo companhia para a Lindsay.

– E como ela está? - Don me soltou e colocou a toalha que eu tinha no ombro para cobrir nosso filho. - Quando saí de lá, a Cathrine tinha acabado de sair.Eu não gosto dessa mulher, Don, ela quer acabar com o casamento deles.

– Eu ainda acho que a mãe do Danny está preparando mai alguma coisa,afinal porque ela ia sair tão facilmente de perto do filho se não tivesse pretendendo fazer mais alguma coisa?

– O que você acha que pode ser? - perguntei ao mesmo tempo que colocava a fralda do Aeron.

– Eu não faço idéia, Jess.Mas precisamos ficar de olho.- Don ficou em silêncio de repente como se prestasse atenção em alguma coisa. - Acho que ouvi um choro - Ele saiu rapidamente e logo ouvi eles conversando com o Max, sorri ao imaginar ele com o filho nos braços.Um pouco depois os dois apareceram no nosso quarto. - Acho que esse rapazinho aqui também precisa de um banho.

– Tudo bem, cuida do Aeron pra mim enquanto eu cuido disso.

– Acho que você está me subestimando, Jessica Angell Flack.

– Você vai dar o banho nele? É isso? - claro que fiquei surpresa, afinal Don sempre tinha evitado em fazer isso porque sentia medo de fazer alguma bobagem.Como deixa o shampoo cairi no olho do bebê, deixar a água cair no ouvido.

– Sim, acho que já estou preparado pra isso. - pareceu encher os pulmões quando disse essas palavras.

– Quer que eu fique por perto? Se precisar de alguma coisa...

– Amor, confia em mim, ok? Sabe como ninguém que se eu não tivesse tão confiante no que vou fazer, sequer teria pensado na possibilidade de fazer isso.

– Você tem razão, desculpe - me aproximei ainda com Aeron no colo e beijei a cabecinha do Max, em seguida Don abaixou a cabeça e me beijou nos lábios. - Qualquer coisa estou no sala, amamentando.

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Assim que a Jess saiu e voltei toda a minha atenção para o meu filho.O deixei deitadinho na cama protegido por várias almofadas ao redor enquanto trocava a água para o banho.

– É garotão, agora é só eu e você.Confia em mim, Max? - ele deu uma piscadinha - Devo levar isso como um sim?

Eu o deitei com todo cuidado em cima da cama e retirei seu macacão de bichinho, logo depois a fralda.Depois de verificar a temperatura coloquei Max na banheira.Confesso que me senti o melhor homem do mundo ao fazer aquilo e enquanto dava o banho no meu filho, conversava com ele.

– É Max, você teve a sorte grande de ter uma mãe como a sua, sabia? Somos loucos por ela, não é?

Depois de terminado o banho e feito todo o processo de passar a pomada de açadura no bumbum, colocar a fralda, colocar a roupa limpa e uma gotinha de colônia de bebê e fui até a sala orgulhoso do meu trabalho.

– Pelo silêncio que notei em todo esse momento,acho que deu tudo certo. - Jess estava sentada no sofá com um Aeron adormecido nos braços.

– Ele se comportou muito bem, né filho?

– O papai fez um bom trabalho, não é meu amor? - ficamos sentado um do lado do outro.

– Fizemos um bom trabalho, não é? Como eu ia imaginar que teria filhos tão lindos como eles?

– É que tudo que fazemos, fazemos direito. - aquele sorriso dela me fazia esquecer qualquer coisa.

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Mais uma vez eu estava ali na recepção do hospital, tinha ido para casa algumas vezes para ver as crianças e ver se estava tudo bem, afinal ainda precisava amamentar o Connor .Os dias tinham passado e Danny enfim iria receber alta, eu estava feliz demais pela melhora dele, claro, mas meu coração estava apertado por saber que ele não ia para casa.Cathrine tinha feito questão de deixar isso bem claro na última vez que nos encontramos e na verdade eu não consegui lutar contra ela.

Estava sentada em uma das cadeiras e essa vez quem me acompanhava era o Adam.Vi ela se aproximar, e dessa vez não estava sozinha, uma mulher a acompanhava e tive que piscar os olhos ao vê-la, ela se parecia um pouco comigo. Cath parou na minha frente, eu não estava com a menor vontade de ouvir desaforos naquele momento e esperava que ela não brincasse comigo.

– Gostaria de apresenta-la a uma pessoa, essa é a Lira, ex-namorada do Danny, lembra-se dela?

Me levantei surpresa. Qual era o objetivo da Cath levar aquela mulher ali?

– O que ela está fazendo aqui, Cath? - perguntei tentando segurar a minha raiva.

– Ela é a última mulher que Danny se recorda, então... porque não dar uma nova chance a isso? Meu filho precisa ser feliz e Lira está aqui para ajudar.

– Você não pode estar falando sério? - fiquei incrédula ao ouvir aquela palavras.Só podia ser brincadeira.-Estará enganando o seu filho, isso é um... absurdo e eu não vou permitir uma coisas dessas com o meu marido, não vou permitir.

– Poupe suas palavras, Lindsay, acha realmente que ele vai ouvi-la? Por favor, ele sequer lembra de você, para o Danny não passa de uma desconhecida.

Aquilo tudo parecia uma cena de filme, de novela ou sei lá mais o que.Eu me senti auma garotinha indefesa e perdida sem saber o que fazer.Quando finalmente vi ele sair, Danny me olhou curioso e ficou alguns segundos assim.Senti o coração acelerar dentro de mim e um fio de esperança nasceu, mas Cath fez questão de afasta-lo e tive que engolir ela e Lira levarem ele para longe de mim.

Voltei para casa arrasada e felizmente Adam respeitou meu silêncio e enquanto ele dirigia eu fitava as arvores passarem correndo do lado de fora.

– Se precisar de alguma coisa, pode me ligar Linds, tenho que cuidar bem de vocês.Somos seus amigos e nos preocupamos, se alguma coisa acontecer com você, quando Danny recuperar a memória i nos matar. - eu sorri e beijei carinhosamente seu rosto.

– Obrigada por tudo Adam, não sei o que faria sem vocês.

– Amigos são para isso senhora Messer. - sorri novamente para ele e sai do carro, entrando na minha casa.

As crianças estavam passando o dia na casa da Grace, mas uma vez e eu resolvi tomar um banho antes de ir busca-los.Eu não sei como seria daqui pra frente, teria que ser forte o suficiente para aguentar a saudade que sei que sentiria dele.Estava entregue a minha banheira quando ouvi a campainha tocar. Me enrolei rapidamente no meu roupão rosa, presente do Danny, que disse que eu ficava muito sexy nele.Imaginei que fosse Grace trazendo as crianças, mas quase caí pra trás quando abri a porta e me deparei com ele na minha frente.

– Danny... - seu nome saiu como um sussurro. Vi ele pegar a carteira e pegar umas fotos.

– Quem é você afinal? Quem são essas crianças? - Peguei as três fotos que a alguns meses atrás eu havia dado de presente para ele e junto uma foto minha.Eu o olhei sem saber o que dizer.

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Mac estava bem tenso nesses últimos dias e eu já sabia porque, aquele assassino estava mexendo com todos nós e para ele se alguma coisa acontecesse conosco, a culpa seria toda dele.Tínhamos acabado de chegar em casa e ele resolveu preparar o nosso jantar.Estava com Elise nos braços e ela olhava para mim, e sorri ao ver minha garotinha ensaiar um pequeno sorriso.

– Estava morrendo de saudades de você minha querida.

O primeiro dia sem ela foi o pior da minha vida e deixar minha pequena na creche foi algo que tive que fazer um grande esforço para não chorar na hora.A coloquei na minha cama do meu lado, depois de colocar algumas almofadas do lado dela, deitei do outro lado.Ela ficou quietinha olhando para mim e senti vontade de beija-la muitas vezes.Vi Elise fechar os olhos e dormir Eu ainda fiquei olhando para ela por um bom tempo até pegar no sono também.

Não sei quanto tempo se passou, mas quando abri os olhos ela não estava mais ali, me levantei assustada.

– Ela está aqui comigo, Stella. - Mac segurava nossa filha nos braços.

– A quanto tempo você está aqui?

– A uns dez minutos.Vim chama-la para jantar e a encontrei dormindo.Já falei que você fica linda assim?

– Muitas vezes, mas eu não acredito nunca.

Poucos depois do jantar , depois de colocar nossa filha para dormir novamente, eu e o Mac sentamos no sofá da sala, assistindo qualquer coisa na televisão.

– Quando tudo isso acabar, poderíamos fazer uma viagem, que tal?

– Quando tudo isso acabar? O que quer dizer com isso?

– Danny recuperar a memória, esse assassino parar de deixar bilhetes ameaçadores e você voltar a confiar em mim.

Mac me soltou dos seus braços

– E quando eu deixei de confiar em você?

– Eu sei que você foi conversar com a Claire novamente na hora do almoço, porque não me contou isso? Eu gostaria de saber, Mac.

– Não foi nada importante, só queria saber como ela estava.Stella, agora vou ter que te contar tudo que acontecesse no meu dia? Você vai começar de novo com isso?

– A questão não é que você tem que contar tudo o que acontecesse, Mac, mas tem certas coisas que eu gostaria de saber.

– Se sentir ameaçada pela Claire é ridículo, Stella.

– Não estou me sentindo ameaçada por ninguém eu só não consigo entender essa sua mania de não me contar certas coisas.

– já chega, hoje você está impossível - cheguei a me assustar com o tom de voz do Mac.ELe levantou do sofá e saiu em direção ao nosso quarto, logo depois apareceu com um travesseiro e foi em direção ao nosso quarto de hospedes.Eu suspirei alto, odiava brigar com ele, mas Mac agia assim quando não queria me contar alguma coisa.Fui até nosso quarto e tentei dormir, o que não consegui com muita facilidade.

No dia seguinte resolvi sair primeiro que ele para evitar qualquer situação tensa entre a gente logo no começo do dia, depois de preparar nosso café e arrumar a Elise eu sai logo de casa, deixei nossa filha na creche e fui para o laboratório.

–XXXXXX

Estava me sentindo um idiota.Quando levantei pela manhã e vi que ela não estava mais em casa, vi o quanto ficar brigado com a Stella me afetava profundamente.Depois de me arrumar, saí para o trabalho e quando cheguei no laboratório, ela estava na sala de descanso sentada em uma poltrona, com os olhos fechados.

– Stella - ela abriu os olhos e olhou para mim.

– Está mais calmo agora?

– Gostaria que me desculpasse, eu só fiquei um pouco nervoso com essas perguntas sobre a Claire, sabe como isso me deixa, não é?

– Pois isso naõ deveria te deixar tão nervoso.Afinal de contas você não tem masi nada com essa mulher.

– Entenda, meu amor, por mais que eu nãos eja mais marido da Claire, eu me preocupo com ela.

– Olha Mac, se você quer continuar amigo da sua ex-mulher eu até entendo, mas me entenda você também.Eu ainda não consigo me sentir a vontade com isso, me dá um tempo, ok?

– Eu te dou o tempo que precisar, meu amor, mas não quero mais ficar assim com você por causa da Claire, isso me mata Stella e eu sempre acabo fazendo bobagem e me arrependendo depois.

– Me desculpe também, mas você sabe como fico quando me sinto ameaçada por qualquer coisa, também não respondo por mim. - ela sorriu e me deu um beijo suave. - Estamos entendidos agora?

– Claro que sim. Adoro seu sorriso sabia? Adoro seus olho... tudo em você.

– Pode parar seu Taylor, ficar me elogiando não vai levar a nada, sou uma mulher bem difícil de conquistar.

XXXXXX

Minha mãe tinha me falado que tinha poucas semanas que tínhamos no mudado para aquela nova casa, o que eu achei bem estranho, mas não quis querer saber muito sobre isso.Tinha ficado feliz por Lira ficar hospedada com na nossa casa.Quando entrei no meu quarto, foi bem estranho porque não senti que ele era realmente meu e quando me sentei na cama olhei em volta para ver se reconhecia alguma coisa e parecia que tudo era de outra pessoa.

Abri a mochila que estava comigo e de lá encontrei a minha carteira, a abri e encontrei quatro fotos.Uma era de uma imagem de ultrassom, depois de uma garotinha linda e de um menino que parecia ter a mesma idade que ela, mas foi a última foto que me deixou mais perturbado.Era uma mulher, muito bonita por sinal e eu tinha quase certeza que a conhecia de algum lugar.

– Mas claro, era... era a médica, ou pelo menos eu pensei que fosse.Mas... o que uma foto dela faz aqui? E essas crianças?


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?